Minimalismo

A esperança em 2021

Mãos, Macro, Planta, Solo, Crescer, Vida, Cinzento Vida

Sou uma pessoa de ciclos.

Gosto de fechamentos anuais, assim como gosto de acreditar que a cada 10 anos podemos ter grandes saltos de aprendizagem que podem mudar, inclusive, o rumo da nossa vida.

Esse ano, particularmente, foi um ano difícil, um ano de muitas perdas. Muitos de nós, perdemos familiares, parentes, amigos. Comigo também não foi diferente.

O próximo ano chega timidamente com a esperança da vacina. No otimismo, quero acreditar que ainda tomaremos em 2021.

Em um ano com tantas perdas, tivemos também muitos ensinamentos. Foi um ano em que nos reconectamos com as pessoas, encaramos os monstros que habitam dentro de nós, tivemos que rever valores, reordenar as prioridades, a cuidar do próximo, acolher e ser acolhido.

Gostaria de expressar meu profundo agradecimento a todos que me acompanharam este ano.

Obrigada por terem separado parte do seu tempo lendo meus posts, por terem escrito comentários longos que me fizeram refletir. Vocês compartilharam seus conhecimentos, suas experiências… não é à toa que aqui é o espaço onde me encontro, onde me reconecto, onde sinto amor.

Desejo a todos vocês, um 2021 repleto de momentos significativos, que encontrem seus maiores tesouros nos pequenos prazeres.

“Mude, mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade.” Clarice Lispector

Nos encontramos em 2021!

~ Yuka ~

Dinheiro, IF e FIRE

Gamificando a jornada FIRE

Super Mario Bros e a busca interminável pela felicidade - Serial Cookies

Vocês já jogaram Super Mario Bros da Nintendo?

Quando eu era mais nova, era viciada nesse jogo. Jogava na casa dos meus primos e mais pra frente, consegui comprar um Game Boy só pra jogar esse jogo. Os outros jogos não me interessavam. Só esse.

Não é a primeira vez que penso nisso, mas eu enxergo a minha jornada FIRE como um jogo de videogame.

Eu enxergo os 12 meses do ano como 12 fases para passar. Isso significa que todo início do mês, tenho algumas tarefas que precisam ser cumpridas como fazer aportes, eliminar gastos supérfluos e tentar reduzir os gastos sem reduzir o padrão de vida. Veja bem, não é parar de consumir, nem deixar de gastar em coisas que traz conforto e felicidade pra família, estou falando em eliminar supérfluos, eliminar gastos desnecessários.

Depois vem o fechamento patrimonial do ano, esse fechamento anual é o chefão que preciso enfrentar para passar para a fase seguinte.

Se tudo estiver nos conformes, eu mudo de “mundo”, e tenho um novo ano (no caso, 2021) para começar tudo de novo. E assim, estabeleço recompensas como viagens com a família.

Eu sem saber, utilizava uma técnica chamada de gamificação:

“Gamificação é o uso de mecânicas e dinâmicas de jogos para engajar pessoas, resolver problemas e melhorar o aprendizado, motivando ações e comportamentos em ambientes fora do contexto de jogos.” Fonte: Edools.

O desafio desse ano, era aportar um determinado valor. Esse valor era algo um pouco irreal, mas não importava, para mim era o desafio, a sensação do jogo. A pandemia chegou, ficamos mais tempo em casa do que gostaríamos, não viajamos, não fomos para restaurantes, não passeamos, não fizemos grandes compras e eis que esse valor irreal de alcançar a meta do aporte não foi só alcançada, como foi superada.

Esse ano, meu IPCA pessoal ficou em 4%, em parte por conta dos aumentos nos itens do supermercado, mas também porque tive gastos extras ao mudar de cidade, contratação de caminhão, pintura e a adequação do novo apartamento, compra de alguns móveis, o que gerou alguns gastos a mais. Ainda estou pensando o que irei gamificar no ano que vem. Talvez me desafiar à uma deflação de 10%, com o desafio de reduzir 10% dos meus gastos anuais, sem reduzir o padrão de vida? Talvez um novo número de aporte anual? Vamos ver, ainda não decidi.

Gamificar a própria vida financeira tem tornado a minha jornada FIRE mais divertida.

~ Yuka ~

Auto-Conhecimento · Dinheiro, IF e FIRE

Chegou a hora de rever o ano de 2020

E chegamos enfim, no mês de dezembro. Que ano…

Dezembro é o período em que eu faço revisão da minha vida. Afinal, é o fechamento do ano.

Reservo alguns dias para analisar o que fiz de importante no ano e, principalmente, o que não foi feito, já que dezembro é um ótimo período para revisitar os planos da vida, renovar projetos e desenhar um ano seguinte melhor.

Então basicamente faço o seguinte:

1.) Avaliação das conquistas

Ao longo do ano, vou listando as minhas pequenas conquistas e também as conquistas da minha família. Na minha lista deste ano, tem várias coisas, desde a maravilhosa notícia de que minha filha mais velha finalmente conseguiu parar de roer unha (era uma coisa desesperadora de se ver, até sangrava), o desfralde da caçula e também o início do seu tratamento da gagueira. Também descobri uma receita de pão melhor do que a minha (que se tornou a oficial desde então), ter me mudado de São Paulo, ter atingido a meta do aporte anual… Não posso esquecer também de ter tido a grata oportunidade de ler o livro do André, do Viagem Lenta, antes de ser publicado, e dar meus humildes pitacos para alguém que já é FIRE há 10 anos (Já leu? Recomendo muito! Viagem Lenta: a jornada para a liberdade e independência financeira).

Como vocês sabem, faço essa Lista das Conquistas desde 2008, um ano que foi muito difícil, pois foi quando divorciei. Desde então, nunca mais parei, porque descobri que quando faço essas anotações, tenho a oportunidade de ter meu momento de reflexão, de relembrar todas as coisas boas que aconteceram no ano.

Esse ano é um exemplo de como essa lista foi importante. Num ano com tantas perdas, ler essa lista me faz enxergar que aconteceram muitas coisas boas também.

É como se fosse um caderno de memórias, que me dá a oportunidade de revisitar todas as listas dos anos anteriores, mas que só contém notícias boas. Alimentar essa lista ao longo desses 13 anos, permitiu perceber que o que considero como “conquistas” têm mudado ao longo dos anos. Antes, a conquista era muito material, relacionado sempre com dinheiro: a compra de uma bicicleta, a compra de um eletrodoméstico, um eletroportátil, uma roupa. Com o tempo, os meus valores de vida e a percepção do que é realmente importante começaram a maturar, e hoje, consigo ficar feliz de forma sincera a descoberta de uma receita nova, da família estar jantando juntos, de ter minhas plantinhas, das minhas filhas não ficarem doentes.

2.) Fechamento patrimonial

O fechamento patrimonial é uma das minhas diversões. Desde 2015 (quando descobri sobre FIRE, aposentadoria antecipada), faço religiosamente o fechamento patrimonial do ano.

É por meio dessa planilha que acompanho a minha evolução financeira.

Ver a evolução do gráfico é algo gratificante, já que todos os dias são como grãos de areia. Tomamos decisões minúsculas para construir algo quase imperceptível. Por isso, quando vejo a curva acentuada do gráfico anual, os juros compostos mostrando a sua força, é algo que realmente me faz sentir que as escolhas que fiz lá atrás foram acertadas.

3.) Revisão e previsão orçamentária anual

Basicamente, tudo o que acontece na minha vida financeira, consta no aplicativo Minhas Economias, desde salário, restituição do imposto de renda, renda extra, aluguel, condomínio, contas, boletos, tudo.

Anoto tudo, porque quando chega o final do ano, vem a recompensa: o meu único trabalho é entrar no site do aplicativo e gerar o relatório/gráfico para descobrir meus gastos em todas as categorias, como alimentação, moradia, restaurantes, viagens. É tudo muito simples e maravilhoso.

Avalio quanto gastei no ano, analiso as categorias de gastos, se extrapolei em algo, se devo mudar algum mau hábito financeiro, ou até mesmo gastar mais em alguma determinada categoria.

4.) Cálculo do meu IPCA pessoal

A partir do relatório gerado pelo aplicativo Minhas Economias, transfiro os gastos totais de cada categoria para uma planilha para descobrir o meu próprio IPCA. Em 2018 por exemplo, a minha inflação pessoal foi de 35,96%. Foi com esse número exorbitante que no ano seguinte, consegui ter uma deflação do meu IPCA em -20,63%. Este ano, está em 4%.

5.) Definição (e revisão) de prioridades

Dou uma olhada nas metas do ano, se deixei de fazer algo importante, e se ainda a meta faz sentido pra mim. Por várias vezes, percebi que algumas perdem o sentido, então não vejo motivo de levar para o ano seguinte.

Além disso, tenho o costume de nomear o ano que vai vir. Claro que há sempre diversas prioridades, mas dar um título para o ano é a forma que eu encontrei para lembrar o meu norte, onde tenho que colocar mais força. Por falar em força, a desse ano de 2020, foi “Força no aporte”, por causa do contrato de trabalho de 2 anos do meu marido. Não queríamos deixar passar essa oportunidade.

O tema de 2021 ainda não decidi, mas acredito que será algo ligado às minhas filhas.

6.) O que eu não quero levar para 2021

Siiim, isso é algo que penso também.

O que eu fiz este ano que não quero levar para 2021?

São tantas coisas que não quero levar para o ano seguinte…. rsrs.

Esse ano foi difícil. Com a pandemia, eu vi o trabalho invadindo minha vida privada e foi bem difícil lidar com isso (na verdade, ainda está sendo). Eu tive dificuldades em lidar com o isolamento, vi minhas filhas ficarem muito ansiosas e com mais birras que o normal, isso me desestabilizou, principalmente por conta das demandas do trabalho.

Minhas amigas e meu marido dizem que é por causa do isolamento, que foi a pandemia que está causando o estresse, mas sendo bem sincera, eu não gostei de mim como mãe esse ano.

Há algumas semanas, decidi que iria mudar a forma como lido com as birras homéricas das minhas filhas, e comecei procurando por conteúdos sobre psicologia infantil para que eu pudesse ajustar o meu comportamento, dar uma orientação melhor no momento da birra, e não simplesmente fechar a cara e colocar de castigo. Afinal, se eu não ensina-las a como lidar com as frustrações do dia-a-dia, quem irá ensinar? O óbvio tinha deixado de ser óbvio e foi preciso me distanciar para perceber que algo não estava legal.

Futuramente, pretendo escrever um post sobre esse assunto, mas não será hoje.

E fazendo esses 6 passos, consigo deixar 2020 para trás, e começar o ano de 2021 com a cabeça erguida. É um ritual de passagem de ano, o momento de ser honesta comigo mesma, afinal, o que eu quero mudar em mim? Para onde quero ir? Quais são as pessoas que quero do meu lado?

Tudo o que faço sempre foi, e sempre será para que eu não tenha uma vida com tantos arrependimentos.

~ Yuka ~

Dinheiro, IF e FIRE

Os 5 gastos mais úteis do ano de 2020

Para continuar com a tradição que comecei no ano passado com o post “As 5 compras mais úteis do ano de 2019“, fiz a lista dos meus 5 gastos mais úteis do ano de 2020:

  • Table Grill
  • Airfryer
  • Tatame de E.V.A.
  • Mochila da Xiaomi
  • Sessões de fonoaudiólogo

Os 3 primeiros itens, talvez se não fosse pela pandemia, eu nem teria tido interesse, mas depois de 9 meses em casa, foram as compras que mais valeram a pena:

Table Grill

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Em junho, publiquei um post detalhando sobre a Table Grill, uma churrasqueira portátil que usa carvão. Passados 7 meses, posso dizer que essa churrasqueira é simplesmente maravilhosa, diversão garantida aqui em casa.

Airfryer

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Eu relutei muito em comprar uma airfryer (fritadeira elétrica), porque era mais uma coisa para ocupar espaço em casa. Mas nessa pandemia, me rendi. Eu passava muito tempo na cozinha e isso já estava começando a me incomodar.

Aproveitei a Black Friday e comprei o modelo Turbofryer, da Philips Walita. Não foi barato, mas já que é pra comprar, quis comprar um que realmente fosse bom. Estou usando há algumas semanas, e estou aproveitando bastante. Ela é bem versátil e consigo fazer várias receitas sem sujar o fogão, muito boa mesmo.

Tatame de E.V.A.

Diferença entre tatame, tapete e colchonete em EVA | AMS

Esse item eu comprei por conta das crianças. Minhas filhas (assim como nós), passam praticamente 24 horas do dia em casa desde a pandemia. Duas crianças trancadas em casa, querendo fazer coisas de crianças é algo desesperador em relação a barulho (escrevi um post quando estava com 1 mês de quarentena… imagina a minha situação depois de tantos meses em isolamento). Como o vizinho de baixo é um aposentado, ele também fica em casa o dia todo, ou seja, ouvir o barulho estrondoso das minhas filhas não deve ser algo fácil de tolerar.

Colocamos feltros anti-ruído em todas os pés das cadeiras, mesa, sofá, cama, tudo para evitar barulho desnecessário. Mas eu ainda achava que não era o suficiente.

A compra mais acertada em relação a esse assunto, com certeza foi o tatame de E.V.A. Não comprei aqueles tatames infantis (que eu já tive por sinal e não adiantou para muita coisa). Comprei tatames que academias de jiu-jítsu e muay thai utilizam para amortecer a queda dos lutadores. Que ma-ra-vi-lho-so!!! Eu devia ter comprado isso há mais tempo. Forrei o espaço entre o rack e o sofá, onde elas costumam brincar de casinha (cada tatame mede 1m x 1m, então comprei 3). Agora as panelinhas que antes batiam no chão, são amortecidas com o tatame. Elas pulam, dão cambalhotas e não ouço nenhum ruído.

Mochila da Xiaomi

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A leveza da mochila da Xiaomi foi algo que me surpreendeu. Eu comprei antes da pandemia, bem no início do ano, e fiquei impressionada de como era leve, compacta, e bem feita. Cabe muita coisa (capacidade de 10 litros), era algo que usava muito quando ainda saía de casa.

Sessões de fonoaudiólogo

Eu outubro desse ano, minha filha caçula que tem gagueira, começou com as sessões semanais de fonoaudiólogo. Já nas primeiras sessões, percebi uma melhora na fala. Claro que ainda tem um loooongo caminho que terá que ser percorrido, principalmente, porque ela gagueja muito, dificultando inclusive no entendimento de frases simples. Por isso, eu nem considero isso como gasto, e sim como investimento na qualidade de vida dela. Posso economizar em qualquer outra coisa, menos nessas sessões.

E você? Quais foram as compras mais úteis do ano de 2020?

~ Yuka ~