Auto-Conhecimento

O que aconteceu com a vida tranquila das gerações anteriores?

Hoje compartilho com vocês um artigo da Rosana, do Simplicidade e Harmonia. Como disse em posts anteriores, são poucos os blogs que acompanho, e este com certeza é um deles.

Boa leitura!

O que aconteceu com a vida tranquila das gerações anteriores?

A cena de uma pessoa idosa que todos os dias senta-se em uma cadeira de balanço para admirar a natureza, o pôr do sol ou o canto dos pássaros na varanda de uma casa com amplo quintal e muros baixos parece até coisa de séculos atrás.

A cena de uma mulher de meia idade que tira o período de uma tarde inteira em um dia de semana para efetuar reparos em roupas da família ou criar alguma nova peça em sua máquina de costura parece até algo de outro mundo nos dias atuais.

O adolescente ou o adulto que conversa com seu amigo em uma praça arborizada sem carregar consigo ao menos um telefone celular parece algo de décadas atrás.

A criança que brinca de pular corda, amarelinha, andar de bicicleta, de boneca, de carrinho, que tem realmente tempo livre e amplo espaço para as brincadeiras de criança, que vive sem estar sobrecarregada de atividades também parece algo que ocorreu somente em tempos muito distantes da atualidade.

parque-infantil-ilustracao

Sociedade dos excessos

Não há dúvida de que a tecnologia é extremamente útil, que veio para ficar e facilitar a vida. Mas o que vemos não é bem isso.

Todas as faixas etárias parecem estar viciadas em tecnologia. Cada um em seu mundo – um mundo repleto de estímulos visuais e sonoros, mas que carece de contato real.

Há excesso de bens materiais, atividades e sonhos de consumo. Ao mesmo tempo, há escassez de paciência, de descanso, de vida saudável e até de tempo!

Vida tranquila x vida estressante

Diariamente nossos bisavós, avós e até alguns pais almoçavam em casa – algo impossível nos dias atuais para a maior parte dos habitantes das grandes e médias cidades brasileiras.

Se as refeições e o convívio familiar desses momentos foram prejudicados, o sono então nem se fala…

Em meados do século XX, por influência das teorias da administração, dormir passou a ser considerado perda de tempo. Não consigo entender como essa teoria foi – e continua sendo – tão bem aceita pela sociedade, já que é durante o sono que muitos processos de restauração e limpeza ocorrem no organismo, sendo que alguns desses processos são mais eficientes durante o sono.

Cada vez mais a comunidade científica mundial tem percebido que muitas doenças têm muito mais relação com o estilo de vida do que se acreditava.

Poluição, trânsito e alimentação industrializada prejudicam ainda mais o quadro estressante e degradante da atualidade.

cidade-transito-predios

Silêncio x barulho

O silêncio puro e absoluto, o canto dos pássaros, o coaxar dos sapos e os sons na natureza de forma geral foram substituídos por buzinas, sirenes e motores de todos os tipos e em quase todos os lugares. E em qualquer hora do dia ou da noite.

Simplicidade x complicação

O estilo de vida das gerações anteriores era simples. Com muitas privações, mas o básico estava disponível para uma grande parcela da população.

Em poucas décadas, o simples tornou-se complicado demais. Não houve equilíbrio e nessa transição parece que tampouco bom senso. O resultado é o que vemos no dia a dia em todas as faixas etárias: impaciência, apatia, falta de domínio próprio, tristeza, consumo excessivo, ansiedade, agonia, síndrome do pânico, depressão, pressa, somatização, doenças físicas causadas principalmente pelo estresse, etc.

Idosos trabalham, pois geralmente a aposentadoria não é suficiente. Infelizmente para muitos faltaram recursos, mas também um pouco percepção em relação ao consumo exagerado. Por isso, a educação financeira é muito importante, sendo que quanto mais cedo, melhor.

Jovens procuram emprego e não encontram uma vaga. E quando encontram, geralmente o salário é baixo demais para o custo de vida atual.

Quem está entre os dois grupos anteriores precisa fazer atualizações e cursos periodicamente para conseguir manter-se no mercado de trabalho.

Aceleramos demais…

O progresso é bom e a tecnologia também. Desde que usados de forma equilibrada.

A vida tranquila do início do post não vai mais voltar, mas para o próprio bem estar, para a manutenção da saúde física e mental, é necessário desacelerar.

Estabelecer prioridades.

Ter foco.

Saber dizer “não” quando preciso.

Meditar e/ou orar.

Ter contato com a natureza.

Valorizar o que realmente importa.

Valorizar mais o ser e menos o ter.

Viver o momento presente.

Dormir a quantidade de horas que sejam o ideal para você e não o que a sociedade impõe como correto, já que essa padronização não existe.

Praticar o desapego.

Viver com simplicidade.

Vida = momentos + momentos + momentos…

Momentos bons, ruins, tranquilos, estressantes, bem aproveitados, desperdiçados… Que todos nós sejamos capazes de caminhar pela estrada da vida da melhor maneira possível, de acordo com nossa essência, valores e crenças.

pessoas-tirando-fotos-do-por-do-sol

Que as ilusões do mundo não nos atraiam e que as imposições da sociedade da pressa e do consumo estejam, na medida do possível, sob o nosso controle.

Crédito das imagens: Annalise BatistaPexels e andy chung.

Minimalismo

15 dicas para aproveitar os dias de frio

O frio voltou com força (pelo menos aqui em São Paulo) e a coragem pra lavar a louça vai diminuindo…

Nesses dias de frio, por sorte, pude ficar em casa (esta semana é a minha última semana de férias), e com isso selecionei algumas coisas que tenho feito nestes dias preguiçosos:

1. Assar algo no forno

Doces, O Gingerbread, Árvore De Natal, Moço, Forno

Nunca usei tanto o forno como esta semana. Fiz granola, torradas, frango assado, mandioca com manteiga, focaccia… vamos engordando e esquentando um pouco a casa. Por diversas vezes sentei na frente do fogão pra aproveitar o quentinho do forno.

2. Tomar um banho bem demorado

Chuveiro, Duche, Casa De Banho, Limpa, Água, Banho

Tudo bem que nestes dias de frio, haja coragem pra tomar banho. Mas já embaixo do chuveiro, me permito ficar um pouco mais de tempo para aproveitar a água quente.

3. Assistir um filme enrolado no cobertor

Lanterna, Vela, Cobertor, Cozy

Nada como um bom filme, seriado ou documentário para assistir, agarrado no cobertor. Se bem que ultimamente tenho assistido só a desenhos infantis.

4. Usar meias divertidas

Leitura, Meias, Café, Manhã, Mulher, Estilo De Vida

Quem nunca?

5. Dormir até mais tarde

Dormir, Cansado, Cama, Pés

Só para quem está de férias.

6. Dormir com as crianças

Bebê, Criança, Bonito, Pai, Papai, Família, Filho

Parece que as crianças sentem bem menos frio que a gente, sempre estão quentinhas. Adoro colocar as meninas para dormir na nossa cama.

7. Tomar um café bem quente e gostoso…

Café, Caneca, Copo, Bebidas, Capuccino, Café Expresso

… em qualquer horário do dia.

8. Ler um bom livro…

Café, A Cafeína, Bebidas, Copo, Xícara De Café, Bom Dia

… com uma xícara de café com leite.

9. Tomar sol sempre que possível

Summerfield, Mulher, Menina, Pôr Do Sol, Crepúsculo

Meu marido fala que parecemos baratas. Sol? Saímos para a rua.

10. Rever fotos antigas

Menino, Fotógrafo, Câmera, Criança, Lente, Minolta

Nostalgia total. Com crianças pequenas em casa, as fotos de 2 anos atrás parecem que foram tiradas há 10 anos.

11. Comer algo que esquente o corpo

Sempre que possível, vou no Aska. Uma delícia.

12. Abrir as cortinas…

Janela, Mulher, Manhã, Menina, Alongamento

… e deixar o sol esquentar a casa.

13. Morar no sofá

Home, Vida, Sofá, Confortável, Relaxamento, Masculino

Trago o mundo inteiro para o sofá… o notebook, o recarregador já com o cabo de extensão ligado na tomada, celular, kindle. Tudo para não precisar sair do sofá.

14. Planejar um pouco a minha vida

Escrito, Escrever, Pessoa, Papelada, Papel, Notebook

Nesses dias de frio, gosto de dar uma olhada nas minhas listas de tarefas, de como andam as minhas metas e fazer os ajustes necessários.

15. Eu, ainda gosto de rascunhar posts para o blog

Computador Portátil, Computador, Negócios, Tabela

E você, o que gosta de fazer nos dias de frio?

~ Yuka ~

 

Auto-Conhecimento

Casal que rala junto, cresce junto

Casal, Mãos, Segurando As Mãos, Homem, Parceiro

Eu e meu marido somos o típico casal que estamos sempre ralando juntos.

Quando nós começamos a namorar, eu morava em um apartamento alugado. O apartamento ficava no último andar, e tinha um quintal, ou seja, morava em uma cobertura. Só que esse apartamento não tinha nada de glamour, aliás tinha dois detalhes: 1.) o aluguel era barato; 2.) ele estava detonado.

Hoje, é até difícil de acreditar, mas quando chovia, simplesmente chovia dentro de casa, pelas frestas das portas e janelas. Secar o chão com pano de chão era uma missão quase impossível, eu tinha que trazer todas as minhas toalhas de banho e um balde para segurar a inundação. Em dias de temporal, lembro das cenas em que eu e meu marido (na época, namorado) ficávamos enxugando as paredes e o chão, tentando conter a cachoeira que descia pela fresta da porta do quintal.

O apartamento todo tinha frestas consideráveis nas janelas e nas portas. No inverno rigoroso, passávamos tanto frio dentro de casa que meu marido falava que queria entrar na geladeira para se esquentar um pouquinho. Por várias vezes, quando saíamos de casa, ficávamos perplexos quando percebíamos que a rua estava mais quente do que dentro de casa.

Mas eu fui muito, muito feliz lá. Tanto, que mesmo todos dizendo para eu não comprar, eu comprei esse imóvel por um preço muito justo quando a proprietária perguntou se eu tinha interesse. Contratei um ótimo pedreiro e reformei tudo, desde piso até as janelas. A reforma ficou tão boa que meu marido falava que era o melhor apartamento que tinha morado até então.

Ele quase branco de tanta poeira da obra, me ajudou a limpar a casa que na época nem era dele. Foi enquanto morava nesse apartamento que a minha primeira filha nasceu. Como o apartamento era de 1 quarto, resolvi vender e voltar a morar de aluguel.

Ele recebia sua bolsa de doutorado, e mesmo não ganhando muito, já poupávamos pensando no nosso futuro. Para economizar, nós pintávamos as paredes, montávamos os móveis que comprávamos pela internet, carregamos muitas vezes os móveis pequenos no metrô para economizarmos no frete, pois o dinheiro era muito contado.

E que fique bem claro… eu sou a mestre de obras e meu marido é o ajudante. Eu faço a instalação das prateleiras, a montagem dos móveis, instalação das cortinas etc. Ele é o ajudante que limpa a sujeira que faço. E achamos isso lindo. Cada um faz o que tem mais habilidade.

Aliás, todo mês quando ele recebe o salário, separa uma pequena parte do que chamamos de mesada e que já virou uma piada interna. Ele transfere integralmente seu salário para a minha conta bancária, para que eu possa aplicar nos investimentos. Agora eu pergunto: que marido permitiria fazer isso? Trabalhar o mês inteiro para transferir todo o salário para a esposa? Sim, ele faz isso, porque temos objetivos em comum, ele acredita no meu sonho.

Eu e meu marido desde o início ralamos juntos. Aliás, quando as nossas filhas nasceram e eu queria estudar sobre investimentos, foi ele que se prontificou em colocar as crianças para dormir e a limpar a casa para que eu pudesse ter tempo para estudar. Enquanto ele lavava o banheiro e estendia as roupas no varal, eu estudava ferozmente, das 20h à 1h da madrugada.

Era ele que fechava o meu notebook e colocava despertador no meu celular para o dia seguinte, quando eu adormecia na cama enquanto estudava.

Quando vejo as minhas fotos de 4 anos atrás, quando ainda não tínhamos as nossas filhas, vejo como éramos jovens, e percebo como a maternidade acelera o envelhecimento. Até brincamos que éramos bonitos e não sabíamos. Mas a parte boa é que nós dois envelhecemos, e não só a mulher, como costumo perceber. Rimos das nossas rugas novas e das nossas olheiras, sinal da falta de sono e cansaço. Sinto um certo orgulho de saber que novamente, estamos ralando juntos.

Aliás, meu marido passou em um concurso para professor visitante de uma universidade pública, em um contrato de 2 anos. Ele chorou. Eu também chorei. A conquista dele é conquista minha. A alegria dele é a minha alegria. Sei o quanto batalhou para esse momento chegar.

Durante os 9 anos que estamos juntos, sempre dei força para ele continuar na área da pesquisa, mesmo sendo tão difícil ser bem remunerado, e a cada 2 anos ficarmos com a sensação de que “desta vez não vai dar certo”. Falava para ele aproveitar que eu sou concursada e que tenho estabilidade.

Mas quem mais abriu mão da carreira não fui eu. Foi ele. Ele é campeão de desistir de boas oportunidades na carreira por mim.

Hoje, posso dizer que vivemos uma vida confortável. Depois de diversas escolhas que fizemos, de contarmos moedas, de juntar os esforços para aumentar os aportes, estamos cada dia mais tranquilos com a reserva financeira que temos criado.

A cada ano que passa, estamos mais unidos, mais fortalecidos como casal. Temos mais maturidade, mais companheirismo, mais amor e respeito pelo outro.

Nós dois crescemos. Nós dois amadurecemos. Nós dois abdicamos de muitas coisas por ter decidido ter filhos. A parte boa é que sempre estamos juntos, na alegria e na tristeza. Na pobreza e na riqueza.

Sempre achei que por trás de um casal que rala junto, tem sempre uma linda história de superação e de amor para contar.

~ Yuka ~

Dinheiro, IF e FIRE

Como gastar dinheiro em coisas que traz felicidade

Pão, Cozimento, Frescos, Feito Em Casa, Alimentos

O tempo tem me mostrado que as escolhas que tenho feito para a minha vida estão acertadas.

Há 9 anos, quando eu e meu marido nos apaixonamos, decidimos que viveríamos juntos para sempre.

Desde então, muitas coisas mudaram. A minha forma de amar mudou, tornando-se mais madura, mais completa, mais plena.

A minha forma de viver mudou, passei a focar mais no que era essencial, no que era importante, vivendo uma vida mais minimalista.

Mesmo com o nascimento de duas filhas, continuamos com o nosso estilo de vida simples e o dinheiro passou a sobrar todos os meses.

O interesse pelos investimentos aumentava a cada dia. Aliás, desde que eu aprendi a investir direito, a vida foi se tornando cada vez mais fácil. Isso porque o minimalismo fez com que eu focasse no que era realmente importante e também porque após 8 anos investindo, os benefícios dos juros compostos já começaram a surtir efeito.

Eu não compro roupa para estar na moda, não compro presentes para pessoas que não tenho afinidade, não compro algo só para agradar alguém.

Aprender a diferenciar o que traz felicidade genuína com a felicidade momentânea foi essencial. Perceba que somos nós que damos poder ao dinheiro.

Para mim, uma roupa, é uma felicidade momentânea. Já uma viagem, é uma felicidade genuína. A lembrancinha da viagem, um chaveirinho, um souvenir são felicidades momentâneas, mas uma toalha de mesa comprada nessa cidade, é uma felicidade genuína, já que todas as vezes que preparo a mesa para jantar, lembro do prazer que senti em conhecer o local. Almoçar em restaurantes durante a semana com os colegas de trabalho é felicidade momentânea. Já almoçar com os melhores amigos é felicidade genuína.

Essas sensações do que é felicidade genuína e momentânea é muito pessoal, não dá para generalizar, cada pessoa tem a opinião do que é importante.

Vou dar outros exemplos.

MORADIA

Para mim, o bairro que eu moro traz felicidade genuína. Sinto gratidão todos os dias (não estou exagerando), sinto segurança mesmo andando à noite, é u m bairro com bastante iluminação, próximo de metrô, mas é um bairro caro. Para conseguir morar em um bairro assim, eu equilibro as contas deixando de ter algumas outras coisas como:

  • Carro: eu e meu marido decidimos não ter um;
  • Creche: decidimos morar em um bairro melhor, porque creches municipais em bairros mais centrais não são tão concorridas como as creches das periferias;
  • Lazer: por morar perto de praças, parques e Sescs, economizamos no lazer.

Repare que são economias grandes. Não é uma economia de 1 café, e sim de 1 carro e de todos os outros gastos que vem junto (IPVA, seguro, manutenção, etc); mensalidade escolar para 2 crianças, etc.

ALIMENTAÇÃO

Desde o mês passado, após assistir a alguns documentários e ler bastante a respeito sobre os efeitos dos alimentos industrializados, agrotóxicos e transgênicos na nossa saúde, eu decidi que passaria a consumir mais alimentos orgânicos, livres de venenos.

Tomar essa decisão fez com que eu gastasse mais na alimentação da família, mas a felicidade que sinto quando vejo minhas filhas comendo um morango sem veneno, um ovo sem antibióticos e hormônios, um milho sem ter sido geneticamente modificado, não tem preço.

Eu acredito que a médio, longo prazo, aumentar o consumo dos alimentos orgânicos vai nos proporcionar ainda mais saúde, menos ida aos médicos, menos gripes, menos alergias etc.

CONFORTO

Há quase 2 anos, eu e meu marido trocamos o nosso colchão. Na época, ficamos em dúvida qual compraríamos, mas depois pensamos “Quantas horas dormimos por dia?” e “Compramos um colchão pouquíssimas vezes na vida”. E com isso decidimos comprar um colchão mais caro, de uma qualidade infinitamente superior. Até hoje comentamos como o nosso colchão é confortável.

Outro item que eu tenho há alguns anos é a geladeira inverter da Panasonic. Conheci essa geladeira que tem o freezer na parte de baixo quando fui ao Japão em 2008. Além do freezer ser enorme, não ter todo aquele ar gelado em cima do meu rosto toda vez que abria a porta do freezer era (e continua sendo) um atrativo enorme para mim.

O sofá também foi um outro item que escolhemos a dedo. Na época, dos sofás que gostamos, acabamos escolhendo o mais caro por 3 motivos: eu tinha gostado demais do design, meu marido tinha gostado demais do conforto e nós dois tínhamos consciência da qualidade da estrutura do sofá. Com 2 crianças pequenas, sabíamos que o sofá teria que ser resistente, para que elas pudessem pular por muitos e muitos anos.

Pessoas que ganham o mesmo salário que eu, às vezes se surpreendem como consigo “esticar” tanto o dinheiro. Pois bem, eu mesma pinto as paredes do apartamento, eu não tenho diarista, nem passadeira, quando compro algum móvel eu mesma monto (desde uma simples sapateira até um guarda-roupa enorme), meu marido faz conserto elétrico simples, não frequento salões de beleza, a lista na verdade é bem longa…

PEQUENOS GASTOS DIÁRIOS

Tenho diversos exemplos de valor menor, mas de gastos constantes:

  • Eu não costumo comprar algo pelo preço, e sim pelo seu valor, por exemplo os esmaltes. Eu compro sempre da marca Revlon ao invés das marcas mais populares como Impala, Risqué ou Colorama. O esmalte da Revlon é mais caro, mas dura muito, muito mais. Todos os esmaltes que comprei da Revlon eu consegui usar até o final, enquanto de outras marcas, sempre acabo jogando fora por ficar duro;
  • Eu e meu marido somos pessoas simples, então um passeio pelo bairro já nos deixa felizes, um pão na chapa com um cafezinho à noite já nos alegra. Ontem mesmo ele comentou que estava com vontade de comer um brigadeiro e lá fui eu abrir a lata de leite condensado para fazer um brigadeiro bem gostoso. Para deixar com uma aparência mais gostosa, eu sempre tenho em casa forminhas coloridas de papel e chocolate granulado. Assim, o brigadeiro tem sempre cara de festa;
  • Todos os meses, faço um aporte considerável para alavancar os investimentos. Um dos motivos (dentre os vários que já citei por aqui) é que não tenho plano de saúde top de linha. Tenho um que atende as necessidades da família. Se nós tivéssemos alguma doença crônica ou até mesmo ficássemos doentes com frequência, talvez teria um plano top, mas como raramente ficamos doentes, preferi ter um plano bom e investir a diferença;
  • Minhas filhas possuem brinquedos relativamente caros, como a cozinha de madeira, a casa da Peppa Pig e outros brinquedos. Mas em compensação, não costumam ganhar presentes fora das datas que estipulamos (aniversário, dia das crianças e Natal):

espaço criança.JPG

Elas também têm a casa da Peppa Pig:

Resultado de imagem para casa peppa

São brinquedos caros, mas que mesmo após semanas, meses e anos, elas continuam brincando quase que diariamente.

E assim, cada vez mais, a nossa casa tem se tornado um lugar gostoso de estar, pois estamos rodeados de coisas que nos fazem feliz.

Escrevi esse post para deixar claro que para termos algo, precisamos abrir mão de outras coisas. O que eu mais vejo são pessoas que querem tudo, mas não estão dispostas a abrir mão de absolutamente nada.

Então para gastar melhor o dinheiro, é preciso:

  • desaprender o que nos ensinaram sobre consumo;
  • não se comparar com outras pessoas;
  • deixar de ter/fazer/comprar coisas desnecessárias;
  • aprender a gastar dinheiro em coisas que traz felicidade genuína.

Esse post é mais um complemento do post anterior, onde comentei sobre rotinas que tornam a nossa vida melhor.

Boa semana para vocês.

~ Yuka ~