Olha eu aqui insistindo na história da composteira…
Pelo título do post deu pra perceber que eu ainda não desisti.
Ao fazer uma busca no Google por uma composteira doméstica, surgiram várias composteiras elétricas, o que me pareceu que esta prática já é bastante difundida no Japão. Empresas como Panasonic, Hitachi etc já possuem modelos de composteira elétrica há pelo menos 10 anos.
Muitas pessoas até diriam que é bobagem gastar dinheiro com isso, para eu tentar a composteira tradicional. Já tentei diversas vezes, algumas vezes compartilhada aqui no blog, e eu nunca consegui. Era muito bicho, muita larva, cheiro de lixo e eu tinha nojo demais. Desisti por diversas vezes, mas depois de alguns meses, tomava coragem para enfrentar mais uma vez a jornada da compostagem. Até que desisti… em partes.
Foi por acaso que descobri o Decomposer, a composteira elétrica da Trasix e depois de muito pensar, ficar em dúvida, convenci o marido a alugarmos por 2 meses. Achei melhor alugar antes de comprar, pois o preço é bem salgado.
A composteira tem uma pá giratória que mistura o composto e aquece a uma temperatura suficiente para que os micro-organismos se multipliquem. São esses micro-organismos que transformam restos de alimentos em adubo em menos de 24 horas. Posso jogar qualquer tipo de comida como feijão, sopa, pão, frutas, ovos, carnes, osso pequeno de frango, etc. Resumindo, tudo o que a gente consegue comer, pode descartar na composteira.
A ideia de jogar o lixo orgânico em uma composteira elétrica que simula uma lixeira é maravilhosa e muito prática.
Nosso lixo orgânico reduziu para zero, e basicamente temos 3 grandes tipos de lixo: os recicláveis (vidro, plástico, papel, etc), lixo do banheiro e os resíduos orgânicos.
Faz 2 meses que a lixeira da cozinha está vazia.
Esses resíduos orgânicos podem ser utilizados como adubo na proporção 7 de terra para 1 de adubo. Levo um pouco desse adubo para a horta de onde eu trabalho e também dou de presente para as pessoas que tem interesse em receber.
Esta composteira tem 2 poréns:
1.) É relativamente grande para ser colocada dentro de um apartamento. Para quem mora em casa, recomendo este produto, pois é viciante saber que o lixo orgânico vira adubo para as plantas. Agora, para quem mora em apartamento pode ser um pouco complicado.
2.) O cheiro é um pouco forte, principalmente quando coloco resíduos como carne e ossos. Nessa hora achei que não fosse aguentar o cheiro de ração molhada. A sorte é que tenho uma varanda grande onde pude deixar a composteira. Com o passar dos dias o cheiro foi diminuindo consideravelmente, talvez porque a serragem já fica bem seca. A única umidade que entra é a do alimento que eu jogo 1 vez por dia.
Após esta experiência, decidi que vou esperar a Panasonic trazer a composteira para o Brasil. As marcas japonesas não utilizam micro-organismos, elas simplesmente desidratam os alimentos até virar pó. Dizem que esse processo dura em torno de 1 hora, o cheiro é bem menos característico e o ponto forte é que tem o tamanho de uma lixeira tradicional. Para apartamentos pequenos é o ideal.
Outro dia fiquei sabendo pela minha mãe que o vaso sanitário hi-tech-ultra-moderno-do-Japão já chegou no Brasil.
Quem sabe a composteira elétrica também não começa a ser comercializada aqui em alguns anos?
~ Yuka ~