Nesses últimos meses, tenho permitido descansar mais, (re) conhecer e cultivar pequenos prazeres.
Um pouco desse reflexo, vocês já devem ter percebido aqui mesmo no blog, pois em alguns domingos, não há postagens de textos.
Falando sobre reconhecer e cultivar os pequenos prazeres, eu sempre gostei muito do universo do papel.
Quando criança, colecionava papéis de carta, lápis e canetas. Gostava de ficar só observando, organizando os itens por cores e tipos.
Na adolescência, passei a gostar de escrever em diários e a fazer listas de afazeres.
Foi nessa fase também que comecei a revirar sebos da minha cidade. O dono do sebo, era um senhor de barba branca, que sempre recomendava ótimos livros. Foi com ele, aliás, que aprendi a devorar livros, costume que tenho até hoje.
Ainda na adolescência, aprendi diversas técnicas com papel, como scrapbooking, cartonagem, encadernação.
Quando entrei para o mercado de trabalho, fui engolida pela correria da vida moderna e muitas das coisas que gostava ficaram para trás.
Contei para vocês que há alguns meses, tive depressão e crises de pânico, em parte por causa da pandemia, em parte, por causa do trabalho.
Passado a pior fase, achei bom relembrar quais eram as coisas que gostava de fazer, e recuperar justamente as coisas boas que por algum motivo ficaram para trás. Ora por falta de tempo, ora por falta de dinheiro, ora por falta de espaço físico, ora por falta de oportunidade ou iniciativa.
E resolvi que não iria mais me distanciar do papel.
Justo eu, que fui do livro físico para o livro digital.
Que adora a agenda eletrônica.
Que ama ter todas as listas e documentos na palma da mão (no caso, dentro do celular).
Toda essa integração digital aconteceu, porque gosto muito de uma vida com praticidade.
Mas estou numa fase que nem tudo precisa ser prático, principalmente se são coisas das quais tenho apreço. Algumas coisas podem sim, não ter a praticidade do mundo moderno.
Nos próximos posts vou falar um pouco sobre essa minha nova fase da qual estou aproveitando muito.
~ Yuka ~