Como vocês sabem, estou tentando descomplicar cada vez mais a minha vida e a rotina que me cerca. Tenho avaliado que muitas das nossas dores de cabeça e falta de tempo vêm das decisões erradas que tomamos ao longo do dia de forma inocente e muitas vezes inconsciente.
Um simples passeio por uma loja de enxovais para cama, mesa e banho pode trazer mais trabalho no seu dia-a-dia como pode ler neste post.
A compra de um lindo carrinho de bebê super equipado pode fazer com que o carro precise ser trocado (por um modelo com um porta malas maior), pagar um IPVA mais caro, um seguro mais caro, ter um gasto maior de gasolina, mais dívidas.
Comprar roupas de tecido chatinho vai fazer com que eu passe mais tempo com o ferro de passar roupa.
Casas muito decoradas com bibelôs, lembrancinhas de viagens, objetos de decoração pode ser lindo. Mas haja paninhos para tirar a poeira de tudo.
É um exercício tentar simplificar a rotina, sem prejudicar o resultado final.
Tenho feito algumas coisas que podem até deixar algumas pessoas de cabelo em pé, mas é inegável que minha vida anda leve mesmo com uma bebê em casa.
– Muitas das minhas roupas não precisam ser passadas a ferro, pois são peças de tecido molinho que não amassam. Roupas que fico em casa também não são passadas.
– Também não passo toalhas de banho, lençol, fronhas, panos de prato.
– Quando lavo as cortinas, protejo os ilhoses em um saco e coloco na máquina de lavar roupa. A máquina lava, enxagua e centrifuga pra mim. Ao invés de estender no varal, eu já coloco a cortina de volta no bastão para secar desse jeito e abro bem as janelas para arejar. O próprio peso da cortina úmida vai deixando o tecido bem esticado (essa eu aprendi com a minha mãe).
– Sempre que for lavar a louça, eu guardo a louça anterior, pois geralmente está seca ou quase seca. Desta forma, o próprio tempo faz o trabalho de enxugar as louças.
– Também decidi gostar das pessoas que gostam de mim, já que ficar agradando pessoas que nem gostam tanto de mim era muito cansativo. Hoje eu penso assim, se a pessoa fica brava comigo ou não faz questão da minha amizade, quem está perdendo é a pessoa, porque eu sei que sou uma pessoa super legal e muito amiga. Depois que passei a pensar desta forma, parei de ficar chateada, ou magoada. É um direito que a pessoa tem, mas reservo o meu direito de ser indiferente também.
– Eu tenho um vestido lindo, de tecido super leve. Toda vez que bate um vento ou pegava o metrô, tinha que segurar a barra da saia para não levantar. Até que comecei a colocar um shortinho preto. Pronto! Eliminei uma preocupação.
– Se o mercado está caro (e está mesmo!), ao invés de reclamar, eu prefiro analisar de que forma posso gastar o mesmo valor sem comprometer na variedade e qualidade dos alimentos.
– Se o metrô aumentou, faço algumas contas até descobrir que o bilhete mensal não sofreu reajustes, passando a compensar e muito no meu caso. Pequenos trechos que eu costumava fazer a pé, agora faço de metrô, e ainda economizo tempo.
– Se percebo problemas no meu serviço, tento resolver o problema, mas quando vejo que as decisões não dependem de mim, paro de me preocupar e me preparo para adaptar à nova situação.
Sabe, são esses pequenos incômodos do dia-a-dia que eu tento resolver. E quando percebo, a minha vida está mais leve.
Parecem ser pequenas tarefas, pequenas preocupações, que quando juntas, tem um poder de nos deixar com rugas no rosto.
A gente tem o costume de falar que a vida é complicada demais. Mas já parou para pensar que muitas vezes somos nós que complicamos a vida?
~ Yuka ~