Auto-Conhecimento

Alcançando grandes mudanças com mini-hábitos

Amanhã já iniciamos o mês de abril. Inacreditável como o tempo passa rápido, não?

E quando penso nisso, a frase que vem na minha cabeça é: “Como estão indo as metas do ano?”

Dar entrada no mês de abril significa que 25% do ano de 2019 já se foi.

Será que já conseguimos alcançar 25% das nossas promessas que fizemos no início de ano?

As minhas metas estão indo bem, alguns mais, outros menos. Em outro post vou falar sobre esse assunto especificamente, mas uma das minhas metas deste ano era emagrecer, e até o momento, já emagreci 9 quilos. Falta 1 quilo para finalizar a meta.

Estou a passos curtos executando as tarefas, vendo e revendo os meus hábitos, ajustando os meus objetivos para que as metas  (sim, são mais de uma) se tornem alcançáveis.

E pensando nisso, gostaria de indicar um livro que eu li há alguns anos e que gostei bastante:

Mini-Hábitos: hábitos menores, maiores resultados, do Stephen Guise.

mini habitos

A ideia central do livro é bem interessante. Ele ilustra com o exemplo da prática de um exercício físico. Como o autor não conseguia praticar exercícios com regularidade, decidiu que iria fazer 1 flexão por dia. Fazer 1 flexão por dia era tão simples, e tão ridículo se não o fizesse, que ficava diariamente na posição para fazer a tal da flexão. Uma vez na posição, não tinha motivos para fazer apenas 1 flexão, e acabava fazendo mais uma vez, e mais uma, e mais uma. E assim, as coisas foram evoluindo dia após dia para ele.

Outro exemplo que ele dá é para as pessoas que não conseguem ler um livro. Seguindo o método do livro, pode-se criar o hábito de ler 1 página por dia. Se achar muito, poderia ser 1 parágrafo. Pode ser que você acabe lendo muito mais que 1 parágrafo por dia, mas a sensação de tarefa cumprida é indescritível.

Um dos motivos de eu ter facilidade para cumprir as metas, é justamente porque parcelo as minhas metas em tarefas minúsculas, tão pequenas que acabam tornando fáceis para serem executadas. E esse livro vai de encontro com o que eu tenho feito diariamente. Espero que gostem da leitura.

Até semana que vem.

~ Yuka ~

Auto-Conhecimento

FOCO: a diferença entre você e todas as outras pessoas

Captura de Tela 2018-09-01 às 23.44.47

Eu gosto muito desta palavra: foco.

Tenho pensado muito, se quando digo que eu vou alcançar a minha independência financeira, o que me separa com o restante das pessoas não seria justamente o foco.

Foco é a diferença entre a pessoa que traça um plano para alcançar os objetivos, com o restante das pessoas.

Pessoas dizem estar preocupadas com a aposentadoria, com o plano da previdência, com o aumento do desemprego, com a inflação, mas poucas pessoas fazem algo a respeito, além de reclamar.

É fácil reclamar e culpar os outros, pois assim, não há a necessidade da mudança, enfim, os outros que mudem. Difícil mesmo é mudar as próprias atitudes para tentar escapar de uma determinada situação.

Faça uma análise das pessoas que estão à sua volta. Geralmente, costumam receber salários similares ao nossos: alguns ganham um pouco mais, outros ganham um pouco menos.

Quanto receberam no ano passado, somando todo o salário do ano? Talvez 20 mil? Talvez 50 mil? 100 mil reais? E desse dinheiro recebido, quanto foi poupado? A maioria responderá que não guardou nada.

Quando digo que meu estilo de vida não foi baseado em apenas 1 escolha, mas em milhões de escolhas é isso: eu escolhi colocar minhas filhas na creche municipal. Eu escolhi viver de forma frugal e minimalista. Eu escolhi o lugar onde moro atualmente (que é um bairro muito bom). Eu escolhi estudar todas as noites depois de colocar as minhas filhas para dormir.

São essas escolhas que criaram o meu estilo de vida atual. São esses conjuntos de escolhas que ainda me permite poupar e investir todos os meses. Se é fácil? É claro que não.

Enquanto há pessoas se divertindo no bar, há pessoas estudando.

Enquanto pessoas estão ativas nas redes sociais olhando a vida dos outros, há pessoas focadas na própria vida.

Enquanto há pessoas criticando as iniciativas dos outros, há pessoas que sabem onde quer chegar e acredita ser possível.

E quando todo mundo estiver desiludido, haverá pessoas descansando na sombra de uma árvore, colhendo o que plantou, vivendo a vida que sempre sonhou.

Tinha uma época que eu ficava frustrada, porque apesar de tentar explicar para as pessoas sobre a possibilidade de aprender a investir bem o dinheiro, a maioria não acreditavam em mim (e continuam não acreditando). Até que uma amiga falou que não são as pessoas que não acreditam em mim. São elas que não acreditam nelas mesmas.

Depois que compreendi e assimilei isso, passei a focar ainda mais na minha meta, nos meus objetivos, na minha família, nos meus estudos.

Percebi que essa era a nossa diferença: eu acredito na liberdade. Eu acredito ser possível ser livre. A maioria não.

Se você pensa que pode ou pensa que não pode, de qualquer forma você está certo. ~ Henry Ford ~

~ Yuka ~

Auto-Conhecimento

Enxergar o lado bom das coisas é uma escolha

Captura de Tela 2019-03-16 às 21.36.11
Foto: Sebastião Salgado

Há alguns anos, participei de um congresso no Belém do Pará. Fui de ônibus partindo de São Paulo, o que significa que a viagem durou 2 a 3 dias. Tomei banho nos postos de gasolina das estradas. Chegando em Belém, uma pessoa que fiz amizade no ônibus, me ofereceu a casa de seus familiares para passar a semana do congresso, ao invés de dormir na escola com todos.

Após aceitar, descobri que ficaria em um dos bairros mais perigosos da cidade. O asfalto não havia chegado no bairro, alagava todos os dias, além disso não tinha saneamento básico.

Eu podia voltar atrás, inventar uma desculpa.

Mas eu realmente quis aproveitar a oportunidade para viver o que essas pessoas vivem no seu dia-a-dia. Eu, que sempre falei que tive uma infância pobre, descobri que não era pobre. Aliás, descobri os vários níveis de pobreza, e a minha pobreza, com certeza não era a das mais baixas.

Vivi e convivi com a comunidade local, aprendi inclusive, a moer açaí. E percebi como pessoas que têm tão pouco, podem ter um coração tão grande.

Essas pessoas generosas me ensinaram que saber enxergar o lado bom das coisas é uma escolha. São pessoas que apesar de todas as dificuldades do dia-a-dia, acreditam na honestidade do ser humano, abrindo as portas de suas casas para uma pessoa que nunca viram antes. Dividem a comida, oferecem cobertores, compartilham os sonhos…

E é isso que quero ensinar para as minhas filhas: que bondade independe de raça, de religião, do dinheiro, da opinião política, da orientação sexual.

Enxergar o lado bom das coisas é uma escolha que fazemos todos os dias quando levantamos da cama, requer esforço, e que precisa ser confirmada várias vezes por dia.

~ Yuka ~

Dinheiro, IF e FIRE

Garanta o seu futuro, antes de garantir a do seu filho

bebe

Quando nos tornamos pais, é comum ouvirmos por aí de que abrimos um plano de previdência privada no nome do filho com o intuito de garantir o seu futuro. Esse singelo gesto de amor, de preocupação e de esperar por um futuro melhor é lindo… mas tenho que perguntar: e pra você? Você tem um plano para a sua aposentadoria?

Não estou dizendo para não pensar no futuro dos filhos. Afinal, quem não gostaria de ver os filhos felizes, realizando sonhos, com o “futuro garantido”?

O problema começa quando os pais pensam somente no futuro deles, esquecendo do seu próprio futuro, que chegará muito antes do deles.

Além da reforma da previdência que está chegando, temos um outro porém: nós viveremos por mais tempo. E com isso trabalharemos por mais tempo, aposentaremos mais tarde e ainda ganharemos (se não morrermos antes) uma aposentadoria pífia.

Sem contar com a possibilidade de ficarmos desempregados. Já parou para pensar que teremos jovens entrando no mercado de trabalho, junto com a constante automatização da mão-de-obra, e idosos trabalhando com um salário bem mais alto do que um salário inicial de um jovem? Na hora da demissão, adivinhe quem a empresa irá demitir? O jovem com cabeça fresca e que ganha pouco, ou nós, com cabeça mais lenta, ganhando mais? Não haverá vaga de emprego para todos e isso poderá gerar a nossa demissão.

Caso essa situação venha a acontecer, quais serão os seus planos? Como irá se sustentar? Como irá sobreviver? Como irá pagar suas contas? Seus remédios?

O melhor presente que podemos dar para os nossos filhos, é não depender financeiramente deles. Já deve ter percebido que há situações em que muitos pais precisam ajudar os filhos financeiramente.

Imagine se você estiver contando com o dinheiro do seu filho, que ainda nem se tornou adulto, e do salário que ele ainda nem recebeu, para garantir a sua própria sobrevivência?

Os gastos na terceira idade naturalmente costumam aumentar: plano de saúde, remédios, e gastos por ter mais tempo livre, consequentemente mais lazer…

Se esse for o seu caso, repense. Talvez esteja na hora de pensar primeiro no seu futuro, antes de pensar no futuro dos filhos.

~ Yuka ~

Dinheiro, IF e FIRE

O real significado da palavra Liberdade

liberdade financeira

Imagine que num mundo encantado há somente 2 tipos de bebidas: água e café.

Esse é o menu que nos disponibilizaram.

Somos felizes e satisfeitos por saber que somos livres para escolher o que queremos tomar: um copo de água ou uma xícara de café.

Só que depois de um tempo, alguém nos conta que há outras opções de bebidas no mercado. Cappuccino, chocolate quente, sucos dos mais variados sabores e o pior, por um preço bem mais em conta.

Começam as dúvidas: Por que ninguém falou antes? Por que não nos avisaram sobre a existência de outros sabores? Por qual motivo escondem isso de nós? E por que sempre nos falaram que éramos livres, dizendo que tínhamos liberdade de escolha? Só esqueceram de um detalhe: não mostravam todas as opções existentes do menu.

Isso é exatamente o que sinto, quando penso sobre política e educação, incluindo a educação financeira.

Nos fizeram acreditar de que éramos livres, mas não somos.

Na escola, nos ensinam apenas o suficiente para sermos ótimos funcionários, mas não o suficiente para pensarmos com a própria cabeça. Sabemos operar máquinas e computadores, mas não sabemos pensar, apenas repetimos o discurso de pessoas importantes (e que nem sempre, ou melhor, na maioria das vezes, não é benéfico para nós). Nunca fomos incentivados a pensar criticamente, nem a discutir política de uma forma decente, pelo contrário, nos ensinaram a jogar panos quentes para abafar problemas.

Para passar o tempo na escola, nos fizeram decorar fórmulas complexas de matemática, química e física. Quanto do que aprendeu na escola está sendo útil no seu dia-a-dia? Não poderiam ensinar economia doméstica? Sobre desenvolver habilidades em potencial? Discutir sobre propósito individual? Sobre política? Sobre a importância de ajudar o próximo?

Nos ensinaram que pessoas consumistas são bem vistas, consideradas bem sucedidas, generosas. E que pessoas frugais, que poupam dinheiro, são pessoas egoístas e de espírito pobre. Para a maioria das pessoas, não importa se a pessoa tem dívidas, o importante mesmo é gastar e movimentar a economia do país, às custas do empobrecimento da população.

Repetem a todo momento que temos que viver o hoje, gastar tudo para se divertir como não houvesse amanhã, pois “caixão não tem gaveta”.

Nos fizeram acreditar que quem poupa dinheiro é mercenário, avarento e que não aproveita a vida. Enquanto quem faz dívidas vive intensamente a vida, é o bacana da história. Esse discurso de valores invertidos possibilitou o enriquecimento dos bancos, governo e indústrias, enquanto continuamos pobres. A mídia “colabora” passando apenas notícias que nos trazem medo, insegurança, fúria.

Nos ensinaram que quem trabalha muito é esforçado, que quem está sempre sem tempo é bem visto, que quem faz hora extra e vive estressado é merecedor de respeito.

Nos ensinaram que rico é desonesto, que ricos roubam de pobres. Também nos ensinaram que temos que juntar dinheiro para comprar uma casa financiada, comprar um carro financiado e troca-lo a cada 3 anos.

Vendem a ideia de que dinheiro não traz felicidade, mas tenha certeza que a falta dele traz infelicidade, preocupação, insegurança, medo.

O que me deixa de cabelo em pé é perceber que gasto a maior parte da minha energia no trabalho, e quando volto para casa, com a energia baixa, é quando tenho as coisas mais importantes da vida para cuidar: cuidar de mim, do marido, filhos e da casa.

Chegamos em casa exaustos e não conseguimos pensar em mais nada. Olhamos através da tela da televisão, do celular, ou do computador, a vida de pessoas que nem conhecemos. Deixamos de questionar. Deixamos de lutar pelos nossos direitos. Estamos cansados demais para isso. Somos como uma bexiga murcha.

Quando estamos nessa condição, é muito fácil sofrer lavagem cerebral. Estamos frágeis.

O governo, as indústrias e as mídias sabem que é muito fácil manipular uma população ignorante e passiva, que desconhecem seus direitos. Utilizam a tecnologia para nos manterem quietos, incapazes de pensar e refletir por nós mesmos, repetindo centenas de vezes frases feitas que lemos na internet, sem ao menos refletir se serve para a nossa realidade.

Querem nos manter na ignorância, porque assim é mais fácil de nos controlar. Não querem cidadãos inteligentes que saibam dos seus deveres, principalmente seus direitos.

Nós somos sabotados a vida toda.

Já parou para pensar que o que achamos que é liberdade não condiz com a liberdade?

Deixar os filhos com febre na escola para ir trabalhar, porque o chefe não entende e não tem ninguém para ficar com eles é liberdade?

Sair para ir ao trabalho no meio de um temporal só para não chegar atrasada, e ainda permanecer com as roupas e sapatos úmidos durante todo o expediente é liberdade?

Trabalhar com gripe e febre, tomando remédio para melhorar logo, só porque “não está doente o suficiente para faltar” é liberdade?

Trabalhar por 40 anos ininterruptamente, até os 65, 70 anos de idade (ou até mais), para no final da vida receber uma aposentadoria ridícula e nós somos o povo que sorri e aplaude, nós somos o povo que concorda com quer quer nos ferrar. Como diz o economista Eduardo Moreira, nós somos a barata que defende o chinelo, a barata que defende a inseticida.

Fazemos passeatas contra o aumento de 20 centavos no transporte público, mas nos calamos quando o ex-presidente Temer perdoou uma dívida das empresas de 47,4 bilhões de reais. Sim, 47,4 BI-LHÕES. Ou quando o novo presidente está prestes a perdoar outra dívida, desta vez do agronegócio, de 17 bilhões de reais.

É a indignação seletiva. Ninguém parece se importar. Ninguém parece querer perceber.

Para os que defendem o Sistema, sempre ouço que a roda precisa girar, que essa correria tem de continuar. Afinal, como eu já ouvi dizer de uma colega, “o que faríamos com o tempo livre”?

Para pessoas que estão cansadas desse pão e circo, a independência financeira é a possibilidade de ter uma vida diferente. Uma nova vida. Uma vida sem dependências.

Muitos de vocês já estão carecas de saber o conceito da Independência Financeira: é quando a renda passiva gerada pelos seus investimentos se torna superior ao seu custo de vida mensal.

Não tenha preguiça de ser livre, não tenha preguiça de pensar.

Você ainda acha que é livre? Você realmente acha que é livre?

~ Yuka ~