Minimalismo

Prestar atenção às pequenas felicidades

Esses dias, eu estava caminhando pela rua e vi esse dente-de-leão da foto acima, simplesmente GI-GAN-TE dando sopa entre a calçada e o muro de uma casa.

Na hora hesitei um pouco, afinal, gente… tenho 42 anos… mas eu acabei não resistindo… me abaixei, puxei o caule com cuidado e fiquei admirando o dente-de-leão.

Tirei uma foto – que é exatamente essa foto do post – para mandar para o marido, afinal, só comentar que eu tinha encontrado o maior dente-de-leão da minha vida não seria suficiente, eu tinha que ter uma foto para provar.

Depois que tirei a foto, meu instinto imediato foi “como posso levar para casa?”, já que minhas duas filhas também são malucas por dente-de-leão, e eu queria que elas vissem o que estava diante dos meus olhos.

Toda vez que eu encontro um dente-de-leão, não importa onde eu esteja, tenho o costume de assoprar as sementes onde tem terra. Assim, a minha esperança é que nasça cada vez mais dentes-de-leão.

Depois de um tempo admirando, decidi assoprar as sementes perto de um terreno que tinha encontrado ali perto. E aí, todo aquele momento de euforia e encantamento se dissipou, assim como o dente-de-leão.

Voltando um pouco no tempo, no ano passado, eu viajei com meus amigos, levando minha família e posso dizer que foi uma experiência maravilhosa.

Eu, definidamente, não sou uma pessoa que chora fácil.

Mas teve um momento, quando olhei os meus amigos da adolescência e os seus filhos, brincando todos juntos na piscina do hotel, ao lado do meu marido e minhas filhas, meus olhos se encheram de lágrimas. Ver os filhos dos meus melhores amigos sendo amigos das minhas filhas me emocionou de uma maneira especial. Ali estavam pessoas importantes da minha vida, que me conhecem desde os meus 18 anos, agora todos com mais de 40, com marido, esposa, filhos.

Eu me senti tão grata, tão viva, que me emocionei, porque tive a certeza de que eu lembraria daquele momento para o resto da minha vida. Chorei, porque sabia que felicidade era exatamente aquilo que estava sentindo e vivendo, a mais pura sensação de felicidade.

Acho que a felicidade pode ser comparada a esses momentos.

Ela pode ser encontrada em qualquer lugar, mas passa rápido.

O desafio está em cultivar uma consciência consciente dos momentos felizes e aprender a valorizá-la de forma plena.

Escrevendo esse post, lembrei que já havia escrito algo parecido aqui. Quem tiver interesse, vale a leitura.

~ Yuka ~

8 comentários em “Prestar atenção às pequenas felicidades

  1. Tem um livro do Italo Calvino chamado “Marcovaldo ou as estações na cidade”, acho que você iria adorar, Yuka. É um pequeno livro, mas é sobre um operário que as alegrias dele são muito, muito simples. Ele fica feliz em achar um pequeno pedaço de grama no concreto, por exemplo. Me lembrou o filme asiático recente também chamado “Dias perfeitos”, é exatamente sobre essa percepção presente e ativa das coisas que são bonitas na vida.

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    1. Oi Marcelo, tudo bem? Veja que as coisas que trazem momentos de felicidade são coisas simples, coisas do cotidiano, da rotina. Não é à toa que tantas pessoas dizem que o segredo está no mindfulness. Beijos.

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