Gosto sempre que possível, compartilhar por aqui algumas situações que enfrento por levar minha vida simples. A ideia não é criticar quem faz diferente, mas dar apoio às pessoas que tentam levar um estilo de vida menos consumista (saibam que não estão sozinhas).
Como vocês sabem, estou grávida e provavelmente estou esperando uma menina. Digo provavelmente, porque há ainda uma chance de erro de 30%. Ao comentar isso com os colegas de trabalho, informei que se for uma menina, não precisarei comprar nada porque eu (sabendo que ainda teria mais filhos) guardei todas as roupinhas da minha filha. E me chamaram de pão-dura.
Saibam que eu não me ofendo fácil, nem fico chateada com estes rótulos. Só acho engraçado a sociedade achar tão natural comprar-comprar-comprar, mesmo não precisando comprar. Se eu já tenho um berço, o colchão, a banheira, as roupinhas (que estão limpas e quase novas), os sapatinhos e brinquedos, para quê comprar algo que não estou precisando?
Aliás, fui numa festa de aniversário de 1 ano de um primo meu, e estava tudo muito lindo. Só que não consigo deixar de imaginar, como os pais administram os 100 brinquedos ganhados de uma única vez? Entrega-se tudo para o filho? Ou guarda-se e libera 1 brinquedo por semana?
Para a alegria da minha filha, ela também ganhou um presente da prima. E desde que entreguei este único presente, ela brinca, tira, chacoalha, traz para perto para me mostrar, enfim, ela brinca até dizer chega. Foi quando pensei nos pais que administram 100 brinquedos.
Muitos podem achar que o amor dos pais é proporcional à quantidade de brinquedos que uma criança possui. Ou das roupas novas e caras, sinal de uma criança bem cuidada.
A sociedade que se baseia em rótulos diz que “sim”.
E eu digo “não necessariamente”.
~ Yuka ~