A minha trajetória entre os tipos de FIRE

Quando eu ouvi pela primeira vez sobre FIRE (Financial Independence Retire Early), eu tinha uma bebê recém-nascida no meu colo. Foi um marco inesquecível na minha vida, já que a vontade de voltar ao trabalho era zero.

A gana para me libertar do sistema foi tão grande, que em pouco tempo eu devorei muitos conteúdos FIRE, li centenas de livros sobre investimentos e aprimorei meu controle financeiro. Aprendi a investir e também a economizar, já que no meu trabalho, tenho o agravante do meu salário não ter reajustes anuais por longos períodos, ou seja, apesar dos gastos terem a perspectiva de aumento, a receita diminui; uma péssima combinação.

Aprender a economizar nas coisas certas para gastar em coisas que eram importantes para mim, permitiu que eu continuasse com a mesma qualidade de vida, mas aumentasse os aportes. Eu já era bem controlada financeiramente, então não tive mudanças radicais no meu estilo de vida, mas a forma como eu passei a enxergar o dinheiro, e consequentemente, a investi-lo, mudou da água para o vinho.

Os bons resultados vieram relativamente rápido, por uma sucessão de acontecimentos. A renda fixa que estava dando taxas altas de retorno, o boom imobiliário, a renda variável que ainda não tinha começado a sua subida, aliado com muito estudo, consegui enxergar o poder dos juros compostos em alguns anos, e meu foco se consolidou em acumular patrimônio suficiente para ser FIRE.

Em 2020, eu alcancei o que podemos chamar de Lean FIRE.

Lean FIRE significa que você é independente financeiramente, pois consegue pagar todas suas despesas básicas.

Eu já consigo pagar todas as minhas despesas atuais, e não apenas as despesas básicas, o que me alçaria para o patamar de FIRE, mas como minhas filhas ainda são pequenas e os gastos estão aumentando, acho prudente me considerar no patamar de Lean FIRE. Além disso, nessa crise política e financeira que todos nós nos encontramos, meu patrimônio sobe e desaba numa velocidade impressionante, já que a maior parte dele é composto de renda variável.

Neste ano, comentei que li o livro Die With Zero onde o autor fala sobre a importância de não deixar alguns sonhos para depois, pois alguns eventos têm data de validade.

Depois da leitura do livro, eu percebi que eu seria uma ótima candidata a ser uma Coast FIRE.

Coast FIRE é quando você acredita que possui patrimônio suficiente para deixar rendendo durante alguns anos, enquanto você ainda tem o trabalho ativo.

Há alguns anos, eu escrevi um post falando sobre a minha estratégia FIRE, de que a partir do ano de 2021 (oh, esse ano!!!), eu poderia ficar 5 ou 6 anos sem aportes, e que mesmo assim, seria FIRE por conta do efeito bola de neve. Nessa época, eu ainda não conhecia o termo Coast FIRE, mas pensando agora, é exatamente isso que estou prestes a fazer.

Eu tinha escrito “a partir do ano de 2021”, porque em 2021, minha filha mais velha completaria 6 anos.

A partir dos 6 anos dela, eu tinha muitos planos. Sabia que viagens com crianças seriam mais tranquilas (só não contava que estaríamos no meio de uma pandemia). É uma idade em que a criança está aberta e começa a mostrar interesse para aprender coisas novas como esportes, instrumento musical, dança, ou qualquer outra coisa que ela tenha interesse.

A verdade é que após alcançar determinados marcos FIRE, eu me sinto livre.

Claro que ainda não chegou o momento de sair do trabalho pelos motivos citados acima (e sinceramente falando, após 1 ano e meio trabalhando de casa, trabalhar presencialmente está me fazendo um bem danado), mas eu me sinto livre por saber que não preciso me preocupar com a minha aposentadoria, de saber que se caso eu venha morrer, minha família não vai passar necessidade como minha mãe passou para criar 3 crianças pequenas.

Eu me sinto livre para proporcionar experiências para as minhas filhas, permitir “usar” meu salário sem precisar me preocupar se vai faltar amanhã. É como se o final do arco-íris estivesse agora entrelaçando os meus dedos…

Iniciei o projeto FIRE com 34 anos, e no meu planejamento inicial, eu iria alcançar a Independência Financeira bem mais tarde, mas com os bons ventos dos investimentos, esse prazo antecipou bastante.

Ter começado a estudar finanças, assim que descobri sobre FIRE e ter acreditado nessa “vida de utopia” como muitos dizem por aí, fez muita, mas muita diferença.

Aos 39 anos, cheguei no Lean FIRE.

Aos 40 anos, entendi que cheguei num ponto, que eu posso deixar meu patrimônio crescer por mais alguns anos e fazer o estilo Coast FIRE, talvez até completar 45.

Poderia também ser uma Barista FIRE.

Barista FIRE é quando você atinge a independência financeira, mas trabalha em um emprego tranquilo, muitas vezes de meio período, que oferece alguns benefícios como plano de saúde, ticket alimentação, seguro odontológico.

Ou até mesmo quem sabe, uma Fat FIRE daqui a alguns anos, apenas com o poder do tempo e juros compostos.

Fat FIRE é quando uma pessoa tem dinheiro suficiente para pagar suas despesas e ainda sobra para fazer o que deseja.

Acho que o importante nessa jornada FIRE é não se amarrar em uma única regra, pois é uma jornada longa, na maioria das vezes de 10, 15, 20 anos. É claro que conforme o tempo passa, começamos a ter uma percepção diferente do que tínhamos no início da jornada.

Muitos começam essa jornada solteiros, depois encontram um companheiro, casam, tem filhos, alguns se divorciam, porque viver é isso, temos sempre mudanças acontecendo na nossa vida.

Para mim, foi muito importante não ter me amarrado em um único conceito existente, nem de me colocar dentro de uma única caixa, e sim, ter adaptado os conceitos existentes para abraçar FIRE de acordo com a minha própria realidade e necessidade.

Eu tomei algumas decisões acertadas ao longo destes anos, vivi de uma forma um pouco mais modesta, mas nada absurdo aos olhos das pessoas, tanto que passo despercebida pelo meio em que vivo.

Eu nunca me senti privando de nada, pois eu sabia que estava fazendo algo muito importante, não só transformando a minha vida, mas a vida do meu marido e das minhas filhas.

FIRE sempre foi uma jornada para a liberdade, e é por isso que eu nunca enxerguei como uma jornada de sacrifícios, e sim, de escolhas inteligentes.

~ Yuka ~

31 Comments on “A minha trajetória entre os tipos de FIRE”

  1. Vc é uma grande inspiração. Se for analisar, teu caminho foi rápido, e acho que conseguirá ser Fat fire mais rápido do que imagina. Uma dúvida: vc pensa em colocar as meninas em colégio particular? Eu adorava o sistema público daqui, tem muita coisa boa, mas tem um grande problema que se chama “funcionário público “, nem todos trabalham. Infelizmente cruzei com professora que só falta, só deixa as crianças na TV… vi que se quiser qualidade terei que ir pro particular antes do que eu pensava. É um gasto e tanto que terei e não contava. Mas há muita escola boa pública com professores comprometidos, tanto que minha intenção era ir mantendo na pública. Agora vi que não dá, não pra mim.. enfim, foi uma pergunta e um desabafo. Beijos

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    • Oi Rosana, sim, foi rápido mesmo, considerando que não tenho um mega salário, e ainda tenho família. Foi uma sucessão de boas oportunidades, aliado com muito estudo, e deu no que deu. Eu mesma acho que não seria capaz de repetir esse feito novamente rsrs. Sobre os gastos imprevisíveis que vai surgindo, quando temos uma família, esses acontecimentos são mais frequentes. Eu mesma não imaginei que teria que pagar uma fonoaudióloga para a minha filha que tem gagueira. É um valor considerável que pagamos todos os meses, mas é aquilo, tem coisas que a gente não quer abrir mão. Minhas filhas ainda estão indo para a creche, a maior irá para o ensino fundamental a partir do ano que vem. Tem uma escola que estou de olho, torcendo para que ela consiga entrar, mas farei que nem você, vou ficar de olho, ver o comprometimento da direção, dos professores, e analisar a qualidade do ensino. Se for bom, ela fica. Se for ruim, ela sai. Um beijo.

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  2. Boa tarde Yuka! Apesar de muitos recomendarem que o início da vida FIRE deva ser automático após juntar uma certa quantia, também sou mais conservador e prefiro juntar um pouco mais do que a planilha aponta…temos que estar cientes que estes calculos de FIRE são feitos considerando premissas e essas não necessariamente se confirmam…Por isso ir seguindo nas classificações FIRE degrau em degrau me parece uma ótima estratégia… Atualmente o que me deixa em dúvida é sobre qual seria uma carteira ideal para um FIRE… Normalmente durante o caminho de acumulação focamos em juntar o máximo possível e balancear a carteira mas durante o FIRE o recebimento de proventos passar a ser importante e não haverão mais aportes… Já tem pensado na sua carteira ideal para aposentadoria?
    Grande abraço!
    VVI – vvibr.blogspot.com

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    • Oi VVI, tudo bem? Essas classificações FIRE são ótimas métricas, e dá aquela sensação de que estamos chegando perto. Eu mesma desmembrei essas classificações FIRE em 40, 50 etapas, e vibrava a cada conquista rsrs. A minha carteira hoje é composta basicamente por ações de crescimento. Eu investi pouco em ações de dividendos, ou FIIs. Reconheço que esse foi um dos motivos que minha carteira subiu que nem um foguete durante esses anos. Ano passado, eu comecei a vender parte da minha carteira para compor renda (para conseguir viver de renda), mas depois pensando bem, vi que não havia essa necessidade de vender as ações que estavam indo bem para migrar para ações de dividendos, pois não pretendia sair do meu trabalho agora, já que a minha intenção agora é ser Coast FIRE por mais alguns anos. Então apesar de ter iniciado a migração da carteira para recebimento de proventos, decidi interromper temporariamente. Sobre a carteira ideal da fase FIRE, eu também já quebrei muito a cabeça sobre esse assunto, mas agora sosseguei um pouco e decidi que vou seguir o plano inicial, ou seja, continuar comprando bons ativos, independentemente se são ações de crescimento ou dividendos, o importante é compor a carteira com bons investimentos e deixar bem diversificado para segurar as quedas e também não perder as boas oportunidades. Eu comecei a perceber que a sensação de tranquilidade financeira vem aos poucos, e não apenas na linha de chegada. Então chegará um momento que estaremos tranquilos para vender parte dos ativos para ser FIRE, se assim desejarmos. Beijos.

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  3. Excelente post.
    Você começou a investir aos 34 e aos 39 os rendimentos já cobriam as despesas? Evolução super rápida, com certeza chegará ao Fat Fire.

    Desde que comecei a investir sempre tive em mente que, a partir de um determinado ponto, o patrimônio poderá “andar” sozinho, pois já terá crescido o suficiente para que os aportes com dinheiro novo não sejam mais tão relevantes assim. Só não sabia que havia um nome (Coast Fire). Acredito que nessa fase a pessoa até pode se dar ao luxo de gastar mais, de certa forma o jogo já está bem encaminhado. É mais uma questão de deixar o tempo agir rs.

    Achei interessante quando disse que fica longos períodos sem reajustes anuais. É exatamente essa a situação da grande maioria dos funcionários públicos, mesmo federais. Por lei, existe a irredutibilidade de salários, mas, na prática, o governo diminui o salário a cada ano ao não repor a inflação e nem conceder reajustes salariais. Com o tempo o servidor tem o poder de compra BASTANTE enfraquecido, é de fato uma diminuição da receita, como você colocou. Mas os funcionários públicos tendem a não perceber isso, normalmente se iludem com (pseudo)vantagens, como a estabilidade e oferta excessiva de crédito. É um perigo.

    Abraços e parabéns pela jornada!

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    • Oi Ficando Tranquilo, eu também não conhecia esse termo, ou posso até ter ouvido antes, mas passou batido. Só entendi esse conceito do Coast FIRE lendo o livro Die With Zero, e fez muito sentido, e calhou de coincidir com o plano que eu já havia traçado (da minha filha completar 6 anos). Eu percebo que a maioria dos funcionários públicos não percebe a armadilha em que se encontra. Tanto que só começam a pensar em poupar alguma coisa, quando a aposentadoria está próxima. E não é que não puderam poupar, simplesmente, não quiseram poupar. Eu decidi fazer justamente o contrário, poupar quando eu era mais nova, pois prefiro apertar o cinto agora para relaxar depois e ter uma vida com um pouco mais de conforto, do que ter conforto hoje e não conseguir sustentar meu estilo de vida amanhã. É algo para se pensar. Um beijo.

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      • Oi Yuka, acompanho teu blog religiosamente e às vezes, ainda retorno para reler posts mais antigos. Tudo faz muito sentido para mim.
        Em se tratando do funcionário público, (sou também) a maioria é exatamente assim: se arrasta de consignado em consignado. Eu mesma, até abrir os olhos e perceber que não era aquilo que eu queria pra minha vida, vivi desse jeito. Tenho colegas que acham o máximo margem de crédito e ainda se gabam disso, mas fazer o quê, né?
        O que sei é que isso não vale a minha paz.
        Agora, uma coisa que gostaria de saber de ti: em algum momento dessa jornada você fez alguma renda extra? Sei o quanto é difícil com criança, pois tenho uma, mas venho fazendo isso, apesar do pouco tempo que disponho, pra tentar equacionar essa defasagem salarial a cada ano.

        Beijos

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  4. oi Yuka, bom dia!

    É muito bom ter essa tranquilidade financeira. Acho que quem sempre pode contar como auxilio de pai e mãe não tem noção de como isso faz diferença na vida da gente porque sempre tem a quem recorrer. Esse não é o meu caso, sempre contei só comigo para dar conta tanto dos imprevistos quanto dos erros que cometi.

    Eu não tive essa questão de não querer trabalhar quando a minha filha nasceu – pelo contrário até, acho que eu iria enlouquecer se não tivesse que trabalhar, mas concordo que ter uma boa reserva nesse momento pode fazer toda diferença. A gente que é servidora pública não pensa muito nessa questão porque tem a estabilidade, mas no retorno da licença maternidade o rendimento da mulher costuma cair, porque o cansaço para dar conta de tudo e, muitas vezes, a falta de sono, fazem estragos temporários na nossa capacidade cognitiva. Em um contexto que você tem que produzir não interessa como, a demissão acaba sendo uma saída, ou porque a mulher não consegue dar conta e pede demissão ou é demitida exatamente porque não rende mais como costumava render.
    Nessa hora, ter uma reserva que pague as contas durante um tempo é muito bom. E claro, não só nessa situação, mas em épocas de salários mais baixos ou de crise econômica, como a que estamos vivendo agora que afeta praticamente todo mundo.

    Eu penso que é mais fácil começar a poupar antes de casar e ter filhos. Porque depois temos que alinhar nossos objetivos com outras pessoas que nem sempre têm as mesmas prioridades. Sem contar que quanto mais pessoas dependem de vocês maior a quantidade de imprevistos financeiros que irá ter que lidar. Então, como tudo na vida, não quer dizer que não dê para fazer, mas é mais fácil fazer algumas coisas em determinadas etapas da vida do que em outras. Mas no caso de ter reserva, antes tarde do que mais tarde.

    Beijo e uma ótima semana,

    Daniela

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    • Oi Daniela, bom dia. Quem tem família que pode ajudar, quem tem uma rede de apoio, tem a vantagem de poder se arriscar mais, e consequentemente, tem mais chances da vida dar certo. A minha mãe mesmo, sempre disse isso, que eu e meu primo chegamos num patamar bem parecido, mas que eu percorri uma jornada muito mais dura, porque ele começou a jornada dele lá na frente, e eu comecei lá atrás. Sobre ser mais fácil começar a poupar antes de casar e ter filhos, com certeza. Eu não lembro mais onde eu li isso, mas li que há 4 fases em que temos as melhores condições para juntar dinheiro: 1.) quando moramos com nossos pais, 2.) antes de casar, 3.) antes de ter filhos, 4.) quando os filhos saem de casa. Quando eu contei isso para o marido, ele começou a rir dizendo que já tínhamos queimado 3 das 4 oportunidades kkkk. O problema é que antes de ter filhos, a gente costuma não pensar muito no futuro, eu mesma era assim, nossa, vivia minha vida de uma forma totalmente diferente, nem pensava no dia de amanhã. O que faz a maternidade, não? rsrs Um beijo!

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      • oi, é isso aí. Eu desperdicei a fase 1 também, a 2 e 3 mais ou menos. Já comentei aqui que morava com a minha mãe e não entendia como tinha colegas que viviam, pagando aluguel e com filhos, com o mesmo salário que eu. Claro, eu gastava todo salário em bobagem. E ninguém, ninguém mesmo, nunca comentou isso, que era um absurdo gastar tudo que eu ganhava. Achavam normal. Mas depois que saí da casa da minha mãe, comecei a ser bem controlada, e consegui ter uma vida boa nessas épocas, guardando um pouco de dinheiro que estou usufruindo indiretamente agora. Quanto à fase 4, está cada vez mais longe para as pessoas que eu conheço.
        Conheço muita gente que já é adulta e casada e parece viver as custas dos pais até hoje. Digo parece porque moram, tem carros e fazem viagens completamente incompatíveis com a renda. Parece que os pais financiam os filhos com a finalidade de mantê-los sob controle e os filhos acham essa situação confortável. Ou sei lá, vai ver que tem outras atividades que não comentam. Espero que a minha filha seja mais independente, mas nunca se sabe como vai ser o futuro (aqui se fala, aqui se paga é o meu lema atual).

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        • Oi Daniela, sobre adultos que vivem às custas dos pais, eu também conheço algumas pessoas assim. Acho complicado principalmente quando vejo esses filhos esbanjando algo, fazendo viagens caras, comprando coisas caras, e depois quem paga as despesas básicas são os pais, pois os filhos falam que estão sem dinheiro. Essas pessoas não abrem ou não abriram mão de ter conforto, e agora estão passando aperto. Mesmo sem dinheiro, não abrem mão de continuar viajando, da diarista, de comprar roupas todo mês, de comer fora todos os dias, pois tem a rede de apoio. Não enxergo isso com bons olhos, pois uma hora a fonte seca e a pessoa não terá aprendido a administrar o próprio dinheiro. E outra, reduzir o padrão de vida depois que constituímos família, não é uma tarefa fácil e agradável. Beijos.

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  5. Você é uma inspiração para mim (para muitos Yuka)! Eu aprendi sobre o FIRE com aqui, mas também aprendi sobre sonhos, resiliência, persistência, foco, inteligência emocional e sobre como se preservar para alcançar seus objetivos.
    Parabéns por essa conquista!

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    • Oi Diana, obrigada! Eu acredito que a fase mais difícil (da fase da acumulação do patrimônio) já passou. E como diz meu marido, passou tão rápido que nem sentimos como sacrifício. Lembramos de certos momentos com muita carinho e gratidão (como eu carregando duas bebês no carrinho, subindo ladeira com uma mochila cheia de fralda, papinha, roupas extras e fazendo compras no supermercado. Carregava todas as sacolas penduradas no carrinho, o volume era tão grande que eu não passava pelas portas – eu achava que um dia o carrinho iria desmontar na minha mão rsrs). Tudo na vida são fases, e credito a fase que me encontro hoje (de tranquilidade financeira), graças à fase anterior (de viver abaixo do padrão). Um beijo.

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      • São fases sim! É o que me faz persistir nesta nova graduação, que é longa e cansativa. Agora mudei de fase nela e tudo mudou, fiquei lembrando do quanto estava envolvida na etapa anterior e, de repente, tudo é diferente. E fiquei imaginando suas sacolas + carrinhos que não passavam em portas: bem cena de filme, né? Rsrs

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  6. Olá Yuka
    Meus parabéns pela dedicação e persistência no teu caminho para a independência financeira, é importante comemorar as etapas para continuar evoluindo. E como bem comentou, a vida muda e os planos precisam mudar juntos.
    Estou com 39 anos também e como tenho filhos espero que meu caminho seja longo e cheio de aventuras, mas vou apreciando as pequenas conquistas pelo caminho.

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    • Oi Mateus, estabelecer valores plausíveis para cada meta foi muito bom, isso dava muito gás na jornada FIRE. Eu estou na fase agora que curto muito trabalhar, talvez por conta do retorno presencial, talvez por ter alcançado boa parte da jornada FIRE que não me faz mais sentir aquela obrigação que sentia antes… talvez essa minha opinião mude daqui a alguns meses ou até mesmo daqui a alguns anos, mas o importante é que hoje, diferentemente de alguns anos atrás, se eu quiser parar, posso sair do trabalho. Antes, isso não era uma opção, e só em saber isso, já traz leveza no dia-a-dia. Um beijo.

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    • Oi Cowboy, sim, acredito que a partir de agora, as coisas serão mais fáceis, foi lendo o livro Die With Zero que eu descobri que eu já poderia tirar o pé do acelerador rs. Beijos.

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  7. Oi, como é bom acompanhar sua trajetória.
    Eu não me lembro, você já fez algum post falando da sua estratégia para ser FIRE?
    Por exemplo, quando decidiu que seria FIRE, saiu de uma situação de não poupar/aplicar nada para aplicar uma porcentagem do salário?
    Talvez isso possa ser tema para outro post rsrssr

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    • Oi AC, sim, no meu caso, estava com ideia fixa de ser FIRE, com um valor específico em mente, que não percebi que já poderia desacelerar. Como não pretendo sair do meu trabalho agora, a ideia é curtir essa “nova fase” sendo Coast FIRE. Beijos.

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  8. Oi, Yuka!

    Embora não seja FIRE, sou frugal e adoro ver os investimentos crescendo. Meu objetivo é sair do serviço público aos 40 (em 7 anos) e criar um pequeno negócio (“lifestyle business”).

    Curiosidade: ao dizer que tem o suficiente para pagar suas contas, você considera dividendos/rendimentos ou uma taxa segura de retirada (os 4% ao ano que muitos usam)?

    Sucesso e felicidades!

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