Fique próximo de pessoas que gostam de você

Você também deve conhecer alguém que implora por atenção, assim como eu conheço.
O problema não é apenas implorar por atenção, mas implorar por atenção de quem não está nem aí para você, ou de alguém que te maltrata.
Até apelidei esse comportamento de síndrome do vira-lata: aquela pessoa que é mal tratada, chutada, e mesmo assim, sempre volta abanando o rabo, elogiando, enaltecendo a pessoa que falou mal.
Esses dias minha filha comentou que antes da pandemia, tinha uma amiguinha na creche que não gostava dela. E eu respondi que não havia nenhum problema dessa amiguinha não gostar dela, pois havia muitos outros amigos que gostavam dela, e que ela deveria focar nas pessoas que gostam dela, e não nas poucas pessoas que não gostam dela. Ou seja, nada de ficar implorando, nem ficar insistindo amizade com quem não vale a pena.
Foi quando meu marido pensou brevemente e disse “realmente, é algo muito fácil de compreender, mas não sei por que focamos nas pessoas que não gostam da gente”.
Quem é amigo meu sabe, que eu sou uma ótima amiga (e metida também, né?).
Quando nomeio a pessoa como “meu amigo do peito”, eu não tenho medo de me entregar, não meço esforços para estar junto e ajudar. Então quando alguém não faz questão de me conhecer melhor, só consigo dar os pêsames para essa pessoa. Afinal, a pessoa está perdendo uma grande oportunidade de ser amiga de uma pessoa fantástica que nem eu kkkkk. Sei que parece exagerado, mas é desta forma que eu penso mesmo.
Existem tantas pessoas no mundo, que é óbvio que vão existir pessoas que não vão gostar da gente, ou porque o santo não bate, ou pela falta de afinidade, ou porque sentem inveja, ou por qualquer outro motivo.
Por ter crescido em um ambiente tóxico, eu aprendi desde pequena a identificar pessoas com perfis tóxicos. Passo longe de pessoas que são manipuladoras, maldosas, que só reclamam e julgam os outros.
Aqui o conselho é tentar ficar o máximo de tempo possível ao lado de pessoas que gostam da gente de verdade. Claro que nem sempre é possível, já que passamos boa parte do tempo trabalhando, mas é permitir estar em contato com pessoas que amamos.
A maioria dos meus amigos estão comigo há mais de 20 anos, e alguns deles são amigos mais recentes. Nos divertíamos sem ter um tostão no bolso, enfrentamos saudades da família juntos, aprendemos a dividir o pouco que tínhamos, a compartilhar sentimentos, os sorrisos, as trapalhadas e as lágrimas.
Para esses meus amigos, pouco importa se eu estou em um trabalho reconhecido, ou se estou desempregada. Se estou casada ou divorciada. Se estou triste ou feliz. Eles estão sempre do meu lado, me mostrando o melhor caminho a ser seguido, compartilhando as delícias e as dificuldades da vida.
E posso dizer que a regra não é tão complicada.
É basicamente respeitar quem nos respeita, cuidar de quem cuida de nós, ter consideração pelas pessoas que têm consideração por nós, torcer por quem torce pela nossa felicidade, valorizar quem nos dá valor, confiar em quem nos dá um voto de confiança, e o mais importante… amar quem nos ama.
~ Yuka ~
Bom diaaa!
Mai sum texto para refletir aqui: eu sempre valorizei quem gosta mim, mas já fui atrás de quem não gostava. E tou na terapia para descobrir o porquê (fala para o seu marido que nem a própria pessoa sabe porque faz isso kkk). Enquanto isso, cada vez mais aprendo a não ter esse comportamento, afinal o tempo é muito limitado para não ser vivido da melhor forma.
Beijos
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Acho que esse comportamento não tem uma origem só. Isso pode acontecer ao meu ver por vários motivos: Pessoas perfeccionistas, não aceitam a idéia de rejeição ou de que podem não agradar a alguém.
Pessoas possessivas que não querer “dividir” ou perder pessoas. Pessoas que passam ou já passaram por solidão.
Acho que quem já se sentiu só (desemparado), pode ainda que inconscientemente ter medo de se encontrar nessa situação outra vez.
Mas independente do motivo é um comportamento nocivo a si mesmo e aos outros. É preciso diminuir ao máximo a dependência emocional.
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Oi Diana, é, nem sempre eu tive esse pensamento, quando era mais nova, eu ainda insistia em ter algum relacionamento (no meu caso, de amizade) com quem não vale a pena. Com o tempo a gente vai entendendo que infelizmente, nem todas as pessoas querem o nosso bem, e o melhor que podemos fazer, é cortar o contato. Aí é que nem o conceito do minimalismo, a gente vai se livrando das tralhas, e todo aquele peso nos ombros vai sendo aliviado. Um beijo.
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Yuka!
Bom dia!
Compartilho sua forma de pensar.
Precisamos dar amor, tempo e atenção para quem nos ama e valoriza, é uma questão de amor próprio… nada de rastejar e implorar amor de ninguém, nem sempre é fácil tomar essa atitude, mas é necessária e fundamental para nossa saúde emocional.
Obrigada por contribuir para minhas aprendizagens.
Bete
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Oi Elisabete, hoje eu percebo como nosso tempo é finito, e é por isso mesmo que não dá pra achar que temos condição de dar tempo e atenção para todos. Precisamos fazer uma escolha, e a minha escolha sempre foi de dar atenção para as pessoas que eu amo. É o melhor que podemos fazer para nós mesmas. Um grande beijo!
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Relacionamentos genuínos acontecem sem que tenhamos que fazer força para isso. São situações não planejadas e espontâneas.
Se há a necessidade de “forçar” algo, se a relação seja amorosa ou de amizade não flui naturalmente, se há desinteresse permanente é porque não é pra ser e isso é normal.
Acho que o erro de algumas pessoas é querer ter “amigos do peito” ou que os outros sejam portos seguros constantes. Relacionamentos assim são uma pequena parcela do número de relacionamentos.
Muitas pessoas acham que tem muitos amigos e muitas vezes não tem nenhum. Muitas vezes nem o ambiente familiar é favorável.
Acho que não fantasiar muito as relação é o primeiro passo para viver coisas reais.
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*relações
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Oi Anon, amigos do peito são difíceis de encontrar, eu mesma, tenho apenas algumas amigas, e que não largo, nem abandono por nada nessa vida, pois tenho a consciência de que elas estarão comigo na minha velhice. A rede social amplifica essa ilusão de que quem está sempre rodeado de pessoas são felizes, aquelas fotos de festas, todo mundo sorrindo e abraçando. Eu prefiro as minhas poucas amizades sinceras e duradouras. Mas é aquilo, amigo é como qualquer outro relacionamento, é necessário regar sempre, cuidar e cultivar, pois sem isso, qualquer relacionamento morre. Um beijo.
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Oi Yuka! Bom dia!
Texto leve e consciente para esse domingo de chuvinha! 🙂
Seria algo como “quem queremos manter na nossa vida”, certo? Passamos por tantos círculos de amizades, por períodos e fases diferentes mesmo. Poucos ficam.
Costumo dizer para meu marido que quando a gente consegue permanecer com uma pessoa em silêncio sem nenhuma das partes se incomodar com esse silêncio, abraça que pode ser uma “pessoa irmã pra vida toda”. Rsrs
Um beijo e ótima semana!
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Yuka,
Muito bom esse tema.Vejo muito mulheres em relacionamentos abusivos seguindo essa dinâmica, abrir mão da dignidade para ter atenção de quem não gosta dela.Eu não tenho amigos.Na verdade meu marido é meu único amigo.Mas tal fato não me deixa triste.Quando era solteira e morava sozinha sai só:ia a praia,viajava,cinema e tudo mais.Até hoje faço isso, saio sozinha.A solitude faz parte da minha personalidade.
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Oi Marcela, meu marido também tem 1 amigo. Na verdade 2, se me incluir na contagem, já que segundo ele “casou com a melhor amiga” rs. Ele é que nem você, ele se sente bem desta forma, pois sabe que o único amigo que ele tem, é amigo de verdade, para todas as horas. Beijos!
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Oi Dona Violeta, tudo bem? Também sinto isso, que poucos permanecem na nossa vida. Há pessoas que também estão em fases diferentes, e que naquele momento do encontro, não estamos preparadas ainda, mas depois de alguns anos, lembramos da pessoa com carinho. Acho que o difícil hoje em dia é encontrar alguém que respeite a nossa opinião, mesmo sendo diferente. Alguém que queira ouvir o que temos a falar, sem julgar já que é normal mudarmos de opinião ao longo dos anos. Um beijo e ótima semana para você também.
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Mas como fica eu que vim para o exterior para conseguir ser FIRE e faz 5 anos que não vejo as pessoas que gosto?
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Oi Camile, mesmo não encontrando fisicamente, tente manter contato com as pessoas que gosta. Alguns dos meus amigos, não moram em São Paulo. Algumas moram no interior de São Paulo, outra fora do estado, e outra fora do país. Mas mandamos mensagens e áudios longos por whatsapp, fazer uma conversa online (geralmente combinamos um horário e aparecemos com um pedaço de bolo e uma xícara de café) é como se estivesse perto, consigo participar da vida delas, é aquilo, apesar da distância, elas estão muito mais perto de mim do que qualquer outra pessoa que está fisicamente perto de mim. Posso garantir que dá certo! Beijos.
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Perfeito esse texto, recentemente passamos uma situação muito complicada com nossa filha adolescente, descobrimos em meio dessa turbulência toda quem são nossos amigos, decidimos não perder tempo com aqueles que viraram as costas para nós, foi difícil , porém libertador,sou como vc, uma excelente amiga, me entrego na relação, então pena para aqueles que me perderam!!!kkkk, boa semana amiga linda!!!
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Oi Adriana, eu digo que há 2 momentos da nossa vida em que conseguimos detectar facilmente quem são nossos amigos verdadeiros. Quando estamos no buraco, e quando estamos brilhando. Há os que nos ajudam quando estamos mal, mas que remoem de inveja quando estamos bem. Isso eu percebi quando entrei neste concurso público. Enquanto muitos me consolaram quando me divorciei, foram poucos os que conseguiram se alegrar com a minha aprovação no concurso público. Foi triste perceber isso, mas fundamental para entender que nem todos suportam o sucesso alheio. O mesmo aconteceu com você, muitos viraram as costas, e tudo bem, não precisa cortar a relação, mas só internalizar que no momento deles precisarem de você, pode ser que você não estará disponível, pois estará ocupada com as pessoas importantes. Eu digo para o meu marido, que se eu não sou prioridade para aquela pessoa, por que aquela pessoa deveria ser a minha prioridade? E ter isso em mente foi libertador. Beijos.
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Oi Yuka, boa tarde
Para mim, amigo não é aquele que aparece quando tudo está ruim, mas sim é aquele que fica feliz por ti quando você consegue coisas boas na vida, mesmo que ele não esteja tão bem. Porque tem um tipo de pessoa que parece ser muito amigo e tal, mas que quando você está bem parece ficar ressentida das coisas darem certo para você. Esse tipo aparece sempre com o ombro disponível e acaba sabendo de um monte de coisas da tua vida, que depois viram fofoca quando ficam ressentidos. É um esquema tipo ele está pior que eu então eu não estou tão mal assim. Não entendo muito bem o mecanismo, mas parecem se sentir importantes de “cuidar” do outro, mas depois cobram um preço muito alto por esse apoio. Na minha família temos alguns casos assim.
E claro, tem a coisa de querer colocar os outros em papeis que eles não querem ou não estão disponíveis para assumir. Gente que não quer amigo, mas sim uma mãe ou um pai para ajudar quando precisa. Gente que não quer um namorado ou namorada, mas sim alguém para dar jeito na sua vida, resolvendo todos os perrengues que aparecem. Acho que a tua sorte Yuka, foi que a relação ruim não era com a tua mãe, porque quando é com a mãe ou o pai é bem mais difícil de manter a sanidade e fazer boas escolhas nos relacionamentos. Normalmente aparece um padrão de repetição, de só se aproximar do mesmo tipo de gente.
A família de onde a gente vem influencia muito como vão ser os demais relacionamentos. E é bem difícil às vezes se dar conta que não é porque é parente que são amigos ou que querem o melhor para você. Às vezes, para ter saúde mental você tem que se afastar deles, ao menos emocionalmente, para não passar o resto da vida repetindo os mesmos erros.
Beijo e boa semana!
Daniela
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Verdade Daniela.Minha mãe era narcisista e até hoje vou ao psiquiatra (tomo medicamento) e psicóloga para conseguir lidar com os estragos.
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Marcela, Daniela e demais pessoas que tem parentes ou pessoas tóxicas que fazem mal ou prejudicam suas vidas de alguma forma.
Se afastem, saibam dizer não. Não precisa arrumar briga, procurem na medida do possível resolver as coisas com civilidade.
Mas se não for possível sejam firmes. Estabeleçam limites, não é justo ser prejudicados por pessoas que não estão nem aí conosco e continuar ali fazendo de conta que está tudo certo.
O preço dessa independência pode ser críticas, ameaças ou mesmo a solidão. Mas se necessário é importante não ter medo e enfrentar isso.
Essa solidão inicial ou falta de referência inicial com o tempo vira paz e a partir daí as coisas vão se ajeitando e fazendo sentido.
Cada um sabe de sua vida e situação, mas quem tem a consciência que está sendo prejudicado tem que buscar uma mudança.
Faço votos que a Daniela se recupere plenamente.
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Olá anonimo, boa noite,
A mudança é sempre muito mais interna que externa. Nós não conseguimos mudar os outros, só a nossa atitude em relação a eles. Quanto mais conseguimos fazer isso sem grandes rupturas ou brigas, é melhor para a gente. Já faz muito tempo que eu aprendi a dizer não. Sei bem quando os meus limites são ultrapassados.
Para a Marcela, tem coisas que só entendi em relação às mães quando me tornei uma. Uma das coisas é que as pessoas são o que são, não o que a gente gostaria que fossem. Acho que quanto mais conseguirmos desmistificar a familia e o tal do amor materno é melhor para todo mundo. Família é contingência, a gente não escolhe onde nascer. Mas podemos escolher com quem viver.
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Oi Anon, em determinadas situações, encaro as vítimas de violência destas pessoas tóxicas como aquele conto de um elefante gigante preso em uma corrente fina, mas que não se move, pois foi preso a essa corrente quando era pequeno. E quando pequeno, tentou de todas as formas fugir daquela corrente, mas não conseguiu, e se tornou submisso e obediente. E aí o tempo passa, o elefante cresce, mas ele continua com a crença limitante de que sua força não é suficiente para se libertar da corrente. Aí as pessoas que não conhecem a história desse elefante, até estranha, e acha engraçado, por que um elefante tão grande fica preso em uma correntinha tão fina? Como você disse, “o preço dessa independência pode ser críticas, ameaças ou mesmo a solidão”, e “Essa solidão inicial ou falta de referência inicial com o tempo vira paz e a partir daí as coisas vão se ajeitando e fazendo sentido”. É exatamente isso. Um beijo!
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Oi Daniela, você definiu em uma frase o que eu entendo como amigo de verdade: “é aquele que fica feliz por ti quando você consegue coisas boas na vida”. Quando passei no concurso público, algumas pessoas que eu considerava amigas, não conseguiram disfarçar o descontentamento. Foi um baque na minha vida, um choque. Foi quando entendi que nem todos os amigos querem a sua felicidade, estão lá com você quando você está mal, parece amigo, mas é por um outro motivo, assim como você escreveu “ele está pior que eu então eu não estou tão mal assim”.
Meu marido por exemplo, cresceu vendo o comportamento dos pais, e achando aquilo um absurdo, decidiu não concretizar o padrão de repetição, mas entendo que ele faz parte de uma exceção, e não de uma regra. Naquela época era normal a mulher trabalhar, cuidar das crianças e cuidar da casa, enquanto o homem só trabalhava e depois se espalhava no sofá, ou ia para o bar beber com os amigos. Meu marido ainda adolescente, vendo tudo aquilo, decidiu que quando ele tivesse uma família, ele faria diferente, e realmente, meu marido não bebe nada de bebida alcóolica e enquanto estou trabalhando em casa, não tem nem coragem de sentar no sofá para descansar. Só senta para descansar, se eu já estiver descansando. E isso desde o início do namoro, ou seja, há 11 anos ele é assim.
A minha mãe, se sente muito mal por eu ter sido torturada por anos pela minha irmã mais velha, mas eu digo para ela que não havia outra alternativa, já que ela tinha que trabalhar para sustentar a família. Era uma situação de sobrevivência, não tinha o que fazer. Li no comentário que você fez para um leitor, que a gente não escolhe onde nascer, mas podemos escolher com quem viver. É exatamente isso. Um beijo.
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Yuka,
Excelente post.
O mais triste é que muitas vezes essas pessoas com personalidades “mais problemáticas” ou disfuncionais estão dentro da própria família e convivemos com elas desde o início da vida.
Pode ser pai, mãe, avô, avó, tio, tia, primos, etc. Elas não vão mudar só por que queremos.
Só mudarão se quiserem.
Se tiverem consciência dos estragos que fazem em si mesmos e nos outros. E mesmo assim, mesmo querendo, a mudança de padrões de comportamento nunca é fácil,
Eu sempre me questionei muito sobre isso.
E tudo ficou mais claro para mim ao ler um livro do qual fiz até uma resenha no meu blog: Psicopatas do cotidiano – Simplicidade e Harmonia
Após a leitura, encontrei muitas respostas esclarecedoras.
Boa semana!
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Oi Rosana, exatamente, essas pessoas estão infiltradas dentro das nossas famílias, e pode ser mãe, pai, irmãos, primos… Quando adultos, temos a possibilidade de dar alguma desculpa e nos afastar, o problema é quando somos crianças, e dependemos de um adulto para conseguir escapar. Um grande beijo pra você.
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Yuka, obrigada por permitir que eu faça parte dos seus amigos do peito! Vc também mora no meu coração! Beijão
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Oi Thaís, minha querida amiga. Como disse essa semana, você é uma das pessoas mais importantes que convive comigo. Eu tenho muita sorte de ter você na minha vida. Beijos.
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Apareceu a margarida!
Antes tarde do que mais tarde né? Kkkkkk
Essa semana foi caótica, Yuka! Mudança de temperatura, filhas resfriadas, várias idas ao otorrino e noites mal dormidas… mas finalmente consegui vir aqui atualizar minha leitura!
Sobre amizades… eu sempre fui boa com isso (Agora eu que estou sendo modesta! Kkkkkk).
Dizem que sou engraçada, faladeira… daí sempre fui cercada de pessoas. Desde criança. Pra você ter ideia, conheci meu marido no caixa do supermercado! Kkkkkkkkk
Quando me mudei para o Japão, comecei do zero.
Eu não conhecia ninguém na cidade onde vim morar. Viemos a trabalho. Era só eu e meu marido. Não tinha família e nem amigos por perto. A cidade era pequena e pacata. Novo país, nova língua, novos costumes, nova casa, novo trabalho, novo fuso horário, nova rotina… a gente começa a sentir saudades da vida antiga, porque tudo que é novo exige adaptação… e a saudade deixa a gente carente. E a carência faz você ficar cego e aceitar qualquer coisa. Inclusive amizades tóxicas.
Eu me esforçava ao máximo para ser amiga e querida por todos no meu trabalho. Mas sempre tive um ótimo feeling para pessoas. Meu radar sempre detecta algo estranho logo a primeira vista. Mas eu estava tão carente de amigos que ignorava os sinais. E no fim acabava dando ruim, como eu já previa. Quanto desgaste emocional em vão…
Foram anos tentando me encaixar onde não era meu lugar. Me diminuindo pra caber nas expectativas dos outros. Quebrando a cara, me decepcionando… até que fiquei gravida!
E gravidez, assim como doença, divórcio etc, é um divisor de águas na área da amizade. Todo mundo sumiu! Precisei até de terapia pra entender o que estava acontecendo. Mas foi nessa época que aprendi a valorizar qualidade ao invés de quantidade. Eu tinha ótimos amigos. Poucos, porém mais valiosos do que todos aqueles que eu pensava ser verdadeiros.
Depois veio a pandemia, mais uma peneira pra separar joio do trigo… e posso dizer? Foi ótimo!
E econômico! Kkkkkkkkk
Porque hoje faço mini festas! Consigo dar atenção pra todos, gasto menos, faço menos bagunça.
Não preciso pisar em ovos para falar algo, afinal são amigos de verdade, que estão ali pra mim num bom ou péssimo momento. São pessoas que aceitam minha realidade e limitações…
E desde então, tenho focado neles. Nos poucos que ficaram, independente da fase que eu estava vivendo. Sinto que estou até mais fechada para novas amizades, o que pode ser algo ruim…
Enfim, estou fazendo questão de quem faz questão de mim. E não sei se é a idade ou a fase que estou vivendo, tem vezes que só quero chegar logo em casa, relaxar no meu sofá com minha família e assistir um Netflix kkkkkkkk
Não estou a fim de gastar energia fazendo ou mantendo novos amigos. Só quero minha casa! Kkkkkkkk
E penso como você: sou uma amiga tão legal, eles que estão perdendo! Hahahaha
Beijo enorme! Como sempre você me inspira!
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Oi Tiemi, olha, essa sua frase aqui me define: “Porque hoje faço mini festas! Consigo dar atenção pra todos, gasto menos, faço menos bagunça.
Não preciso pisar em ovos para falar algo, afinal são amigos de verdade, que estão ali pra mim num bom ou péssimo momento. São pessoas que aceitam minha realidade e limitações…” É exatamente isso que eu sinto. Meus amigos me conhecem profundamente, mesmo sem eu abrir a boca, sabem se estou bem ou se estou mal. Lembro quando eu me divorciei, eu ligava para as minhas amigas, e quando elas atendiam o telefone, eu só abria um berreiro, chorava por uns 15 minutos, sem nem conseguir falar nada. Só depois me acalmava e conseguia conversar um pouco. Foram esses amigos que foram convidados para o meu mini-casamento, que foi um dos dias mais felizes da minha vida, pude dar atenção a todos os poucos convidados, servir uma comida maravilhosa. A mesa dos noivos ficava num lugar do restaurante que eu tinha toda a vista do restaurante, e ver minha família e meus amigos reunidos foi muito bom. Nós não temos como dar atenção para todos, precisamos escolher com quem queremos compartilhar nossa vida. Um beijo!
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