Minimalismo

Os 7 tipos de minimalistas

Ainda, Itens, Coisas, Plantas, Vaso, Ramos, Folhas

Essa semana o YouTube sugeriu um vídeo de um canal que eu ainda não conhecia, do Gabe Butt. O título do vídeo era: “os 6 tipos de minimalistas” (apesar dele ter apresentado somente 5). Cliquei para assistir e achei bem interessante os tipos que ele classificou, então replico aqui:

O minimalista ecológico

São pessoas que decidem pelo minimalismo para ter uma vida mais sustentável, se preocupam com o impacto ao meio-ambiente e ao mundo. Podem decidir por uma vida vegana, não terem carro para não causar poluição. Podem pagar um pouco mais caro por um produto, desde que seja um produto sustentável.

O minimalista nômade

São pessoas que tem sede pela liberdade espacial. Querem liberdade para poder viajar, mochilar, podem viajar morando em uma van. Eles possuem menos coisas, com o objetivo de ter mais liberdade. Não possuem tantos vínculos emocionais que possam prendê-lo em uma determinada cidade. Tudo o que têm é apenas o suficiente. Como sua vida não é cara, não precisam de muito dinheiro para se manter. Essas pessoas costumam não ter empregos fixos, podem ser escritores, YouTubers, freelancers, qualquer trabalho que possa fazer pelo notebook.

O minimalista financeiro/frugal

Buscam a estabilidade e a liberdade financeira. São pessoas que podem não ter um carro, porque sabem que podem prejudicar seu crescimento econômico a longo prazo. Costumam não fazer compras impulsivas, pois tudo é pensado e planejado. Não pensam de forma imediata, pensam no custo-benefício. Ao invés de escolher roupas da moda, podem preferir viajar. Compram itens de qualidade, ao invés de escolher pelo preço, pois pensam na qualidade e durabilidade dos produtos. Não se importam com status, preferem escolher a tranquilidade financeira.

O minimalista de desafios

São pessoas que adoram desafios. Se auto-desafiam constantemente, como reduzir o máximo de itens que possuem. Gostam de jogos como o Desafio dos 30 dias do The Minimalists (que consiste em destralhar 1 item no primeiro dia, 2 itens no segundo dia, 3 itens no terceiro dia e assim consecutivamente). Buscam eficiência, contam a quantidade de itens que possuem, por exemplo, ter 300 itens em casa e nada mais além disso. Para essas pessoas, os auto-desafios trazem emoção à jornada, fazem por pura diversão.

O minimalista gradual

São pessoas que não são radicais, fazem tudo de forma gradual, se livram de algumas coisas, mas de forma calma e consistente. Podem se desfazer de alguns itens em uma semana, depois esquecem sobre o assunto e acabam retomando novamente no próximo mês. Encaram como uma mudança de estilo de vida a longo prazo.

O vídeo do Gabe Butt encerra com estes 5 tipos de minimalistas. Mas fui lendo os comentários e vi algumas definições complementares:

O minimalista prático

Pessoas que aderem ao minimalismo por querer facilitar a vida, tornar a vida mais leve. Buscam a praticidade no dia-a-dia. Podem gostar de móveis de linhas retas, porque são mais fáceis de limpar, podem escolher tecidos de sofá fáceis de serem lavados.

O minimalista estético

Pessoas que gostam da simplicidade estética, das cores monocromáticas, das linhas retas, locais organizados. Tem um senso estético acima do padrão. Podem morar em casas bonitas, de visual limpo, e isso se reflete também na forma de se vestir.

Acredito que ninguém se encaixaria num único estilo, eu mesma sou um mix do Estético + Prático + Desafios + Frugal e Gradual. A intenção aqui não é colocar rótulos ou colocar as pessoas dentro de caixas, mas achei divertido ver essas classificações.

Para quem se interessar, assista o vídeo do Gabe Butt aqui.

~ Yuka ~

18 comentários em “Os 7 tipos de minimalistas

  1. Adoro esses canais! Também descobri o canal do Gabe Bult por sugestão do YouTube justamente por tanto consumir o canal do Matt D’Avella que também tem essa mesma pegada.

    Bom, analisando aqui eu poderia ser minimalista frugal com prático. Sinto que estou avançando, mas ainda tenho um bom caminho a percorrer!

    Esse assunto me faz pensar muito e vou deixar aqui uma sugestão de post de um blog que foi “mind blowing” pra mim. A escritora dá uma cutucada que, na minha opinião, é super necessária:

    “(…) percebo que, quanto mais se fala em minimalismo, mais se fala em “tirar” coisas e menos se fala em “manter” coisas que deveriam estar em abundância. É uma energia, uma vibe, nessa rede humana geral no mundo, que só fala em “coisas que joguei fora”, “coisas que parei de comprar”, “coisas que parei de fazer”. A ideia é boa, mas e você preencheu o espaço que ficou com o quê? Aí que está: essa ideia me interessa mais. Em como preencher o meu tempo com abundância de coisas maravilhosas para a minha vida.”
    https://vidaorganizada.com/2018/01/10/chega-de-minimalismo-abrace-a-abundancia/

    É por essa ótica que venho tentando ver o minimalismo: não de poucas coisas (que me remete inconscientemente à escassez – e que não me faz bem), mas de abundância. Louco, né?

    Um beijo e boa semana!
    Michelle

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    1. Oi Michelle, enxergar o minimalismo como abundância, como suficiente, é o entendimento correto mesmo. Quando as pessoas falam viver com menos, se concentram na escassez, mas é justamente ao contrário, é ter a oportunidade para se concentrar no que é importante, tirando da frente tudo o que distrai. O descarte dos objetos se tornou algo muito comum, justificando como princípio o minimalismo. Compra-se e descarta-se constantemente. No meu caso, passei a prestar muito mais atenção no momento da compra (ou melhor, presto atenção antes de comprar), avaliar com calma se algo é realmente necessário, avaliar preço e valor e aí sim comprar. Com isso, as coisas começaram a durar muito mais, e passei a comprar muito menos. Eu quase não sigo canais sobre minimalismo, mas tem um que eu gosto bastante, que é o Joshua Becker (https://www.youtube.com/channel/UCBMKymQczkDxCpE1R2vvA4Q). Já conhece? Beijos.

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  2. O verdadeiro minimalista é minimalista sem se dar conta que é.
    Outros tantos são minimalistas forçados, por falta de condição financeira.

    Tenho um certo distanciamento desses conteúdos importados, eles tem sua validade, mas a realidade dos brasileiros em geral está ainda muito aquém de populações de outras localidades por vários motivos.
    Mas entendendo o seu post como um post de curiosidades.

    Adicionaria aí dois tipos de minimalistas: O minimalista temporário: Aquele que está tentando alguma mudança em seu cotidiano e está fazendo do minimalismo uma meta, alavancado por conteúdos de internet e não necessariamente por uma decisão pessoal. Logo a pessoa percebe que isso não é pra ela e larga mão disso tudo.

    O Pseudominimalista: Pessoas que tem gastos mensais bem superiores a média salarial brasileira e acreditam que são econômicos, são o supra sumo da eficiência financeira.

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    1. Olá anônimo, discordo em parte desta afirmação, quando fala que muitas pessoas são minimalistas por falta de condição financeira. No caso, não são minimalistas, são pobres mesmo. Minha mãe por exemplo, vivia com pouco, nunca teve excessos, mas não era porque vivia uma vida minimalista, era porque mal tinha dinheiro para comer. Para alguém querer levar um estilo de vida minimalista, é necessário ter consciência. Muitos pobres podem também ser minimalistas, porque possuem a consciência, ou seja, vivem com menos porque têm a consciência de que não precisam de uma determinada coisa, independentemente do dinheiro, da mesma forma que ricos também podem ser. Tem até um vídeo interessante de um canal chamado Mente Minimalista que abordou recentemente esses temas. Caso tenha curiosidade, segue o link https://www.youtube.com/watch?v=weINbwj3TLU Um beijo!

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      1. Sim, casos como o da sua mãe existem e não são poucos.
        Fiz meu comentário pensando mais em pessoas com orçamento limitado que fazem escolhas sobre o que comprar para caber dentro do orçamento e assim naturalmente são mais seletivas e acumulam menos.
        Assim vivem milhões de pessoas. E há casos mais graves onde as pessoas praticamente não tem opções de escolha e por isso consomem só o indispensável, como aparentemente foi o caso da sua mãe.
        Espero que sua mãe tenha conseguido melhorar sua condição financeira.
        E que bom que hoje você vive numa realidade melhor.

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        1. Oi anônimo, depois de muitos anos de aperto, minha mãe vive uma vida com bastante conforto hoje. Para ela, ver de onde veio, e se dar conta de como se encontra atualmente, é a maior vitória para ela rsrs. Obrigada pelo carinho! Um beijão.

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  3. Olá,
    Sou um pouco frugal e prático.Como todas as pessoas somos um pouco de tudo ao mesmo tempo.
    Quero migrar para o minimalismo ecológico.Meu marido já é mas eu ainda estou caminhando.

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  4. Interessante essas classificações. Consegui me identificar em 3 tipos: ecológico, nômade e financeiro/frugal. E é isso, ninguém querer se encaixar em um ou outro tipo, mas seguir as suas crenças e seguir um estilo que faça mais sentido para as suas verdades pessoais.

    Grande beijo, Yuka!

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    1. Oi Thiago, é legal descobrimos que dificilmente nos encaixaremos em algo único, quando vejo alguns vídeos do Japão sobre esse assunto, vejo pessoas justificando por possuir uma cama, ao invés do tradicional futon (que depois que acordam, dobram e guardam no armário). Eles se justificam “eu tenho uma cama, apesar de ser minimalista”. Não precisamos chegar nesse ponto rsrs. Beijos.

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  5. oi Yuka, boa tarde,

    Eu sou uma mistura do tipo financeiro, gradual e prático. Mas o desafio maior para mim não é me desfazer das coisas, mas sim não comprar o desnecessário em momentos de ansiedade. Detesto pagar caro por porcaria ou comprar coisa para me dar trabalho só porque é bonito. Tenho fases que diminuo as coisas naturalmente e outras que deixo para lá. Essa coisa do desafio não é comigo, tenho muita preguiça. E ser nômade definitivamente não é a minha praia. Ecologia é uma preocupação mais recente, tenho muito a melhorar nessa área.

    Não vejo o minimalismo como um “modismo de país rico”. Acho que herdamos um modelo de consumo de países mais ricos que o nosso, incompatíveis com a renda da maior parte da população, mas que abraçamos todos, pobres, médios e ricos, sem questionar muito. Tem uma justificativa clássica para acumulação que eu ouço muito, que é aquela que explica o excesso por causa da pobreza na infância. Não sei como funciona muito isso, acho que as coisas acabam ocupando espaços emocionais não preenchidos, e se a pessoa não se dá conta ou não quer mudar, acaba meio que perdendo o controle. Conheço tanto gente que foi muito pobre e acabou acumulador, quanto gente que foi tão pobre quanto e consome o necessário. Então acho que é mais uma desculpa para não se questionar sobre os reais motivos do excesso de consumo. Claro, né, excesso no meu ponto de vista.

    beijo, Daniela

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    1. Oi Daniela, seu comentário é bem pertinente, mas realmente, acho que tudo se resume a espaços emocionais não preenchidos. O consumo acabou sendo padrão para a nossa válvula de escape: ir no shopping pra passear, fazer compras pra distrair, comprar algo porque merecemos, pra espairecer, porque está sobrando dinheiro (e não porque estamos precisando). E também é algo cultural nosso, temos o costume de valorizar a ostentação, quem tem um carrão, quem tem uma casa grande, quem usa roupas novas e bonitas. Não questionam o caráter, mas sim, o padrão de consumo. Até hoje sou questionada por morar de aluguel, acham que eu vivo mal, que não tenho conforto só por não ter a propriedade (porque a posse eu tenho no momento em que faço contrato de aluguel). Como você bem escreveu, nos acostumamos a não questionar, abraçamos aquilo que nos foi “ensinado” e assim seguimos. Beijos.

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