Auto-Conhecimento · Dinheiro, IF e FIRE

O que significa gastar dinheiro de forma inteligente?

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Muito se diz por aí “gaste dinheiro de forma inteligente”. E aí vem a pergunta: como gastar dinheiro desta forma?

Foi com o tempo que eu aprendi a gastar bem o dinheiro. Veja que não é gastar mais, é gastar bem.

Hoje, eu considero que sei gastar o dinheiro de forma bastante inteligente, fazendo manobras para diminuir em alguns gastos, para poder aumentar em outros locais.

Para isso, invariavelmente, há algo que precisa ser feito… é preciso olhar para dentro.

Olhar para dentro significa analisar quais coisas traz felicidade, e entender o motivo desse sentimento.

Quando iniciamos essa análise, nos surpreendemos negativamente, de como vivemos para agradar e tentar impressionar os outros. Que as necessidades foram criadas e impostas e não porque nós realmente precisamos.

Quando fazemos uma viagem e postamos fotos na rede social, fazemos isso com qual propósito? Será que as fotos, as poses preparadas não seriam uma tentativa de surpreender os outros?

Quando compramos uma roupa, um relógio, um sapato, o propósito real é para o conforto próprio ou para as outras pessoas falarem como estamos bonitos?

Quando escolhemos um modelo de um carro, não estaríamos escolhendo para impressionar os colegas de trabalho e familiares?

E assim, de escolhas em escolhas, entendemos finalmente que vivemos sempre pensando em alguém, nunca em nós mesmos.

Quando esvaziamos muitos desses conceitos (nossos e dos outros), sobra o que podemos chamar de essência, aquilo que é mais básico, o mais importante.

E talvez pela primeira vez, olhamos para dentro antes de fazer algo.

Começamos a questionar por que compramos um apartamento grande, com vários quartos, em um bairro completamente distante do trabalho, se não havia necessidade de ter tudo isso? Será que foi para impressionar a família e amigos? Talvez até para provar para nós mesmos o quanto somos capazes… O resultado é que a vida poderia ser mais fácil se tivéssemos comprado um apartamento menor, mais simples, mas próximo dos serviços que mais usamos.

E aquela viagem para uma cidade , ou um país famoso? Quantos de nós conseguiríamos não falar para ninguém que estamos fazendo uma determinada viagem, não postar as fotos nas redes sociais? Aliás, essas fotos estão sendo publicadas com qual intuito?

E assim, de pergunta em pergunta, começamos a derrubar o principal agente motivacional da nossa falsa felicidade: os outros; e passamos a enxergar o que há muito tempo nem sabíamos que ainda existia: a nossa própria vontade.

O julgamento alheio passa a não ser o centro da atenção, porque agora você sabe o motivo da SUA escolha.

“Moro num apartamento de 1 dormitório, porque não preciso de um maior”

“Comprei um celular caro, porque uso e gosto dele.”

“Não tenho carro, porque tenho um propósito maior”

Não importa a justificativa, desde que seja honesto.

Fazer essas perguntas nos ensina como devemos gastar o dinheiro para aumentar a felicidade.

Há um ponto importante. Não adianta não abrir mão de nada e querer tudo, porque haja dinheiro pra realizar tantos desejos. Não quer abrir mão da empregada doméstica, dos restaurantes nos finais de semana, das viagens para o exterior nas férias e ainda quer aposentar cedo? Só se seu salário for muito alto. Se for salário mediano, como a maioria das pessoas, terá que fazer escolhas. O que eu mais vejo são pessoas que querem tudo, mas não estão dispostas a abrir mão de nada.

Outra coisa que não devemos esquecer é o efeito em cadeia de certas decisões que tomamos.

Por exemplo, quando escolhemos uma determinada escola particular para os filhos, os gastos nunca ficarão só na mensalidade. Além da mensalidade, temos os cursos extracurriculares, as viagens que os amigos fazem, o tênis que eles usam, o relógio, onde eles vão passear nos fins de semana, a casa e o bairro que os amigos moram, o valor da mesada que ganham…

Se todos os amigos do seu filho vão para a Disney nas férias e vocês foram para Santos (nada contra Santos heim, é que minha mãe mora lá), se os amigos ganham uma mesada de 500 reais para comer e torrar no shopping enquanto seu filho nem mesada ganha… Nesse caso, não seria melhor escolher uma escola um pouco abaixo do padrão? Alguns pais podem dizer que isso é irrelevante e que precisamos avaliar somente a qualidade do ensino. Bom, aí cada um tem a sua forma de criação, mas para mim, ser socialmente aceito também é algo que devemos considerar para a felicidade das nossas crianças, principalmente numa fase em que as crianças carregam muitas inseguranças.

Para alguns, gastar em roupas é muito importante. Para outros, a roupa nem é tão importante, mas viajar é. Para outros, a viagem pode não ser tão necessário, mas a alimentação sim.

Usar o dinheiro de forma inteligente é isso. É conciliar a sua possibilidade com a vontade.

~ Yuka ~

Auto-Conhecimento · Dinheiro, IF e FIRE

Quanto comprometer da renda para realizar sonhos?

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Eu sempre gostei de planejar, porque foi a maneira que encontrei para conseguir realizar sonhos, sem comprometer o orçamento.

Mas recentemente, comecei a fazer uma pergunta: qual é o valor máximo que poderia comprometer da minha renda para realizar mais sonhos, sem comprometer o projeto FIRE (Financial Independente Retire Early)?

Estou lendo o livro Die With Zero (ainda sem tradução para o português), onde o autor enfatiza que certos momentos da nossa vida tem data de validade para acontecer. Não adianta um pai comprar uma piscina inflável depois que as crianças já estiverem crescidos, pois a alegria dos filhos com certeza não será a mesma.

Da mesma forma, há viagens que fazemos com mais facilidade quando somos mais jovens, como mochilão, dividir quartos com desconhecidos, passar a noite em claro, ficar em albergues. Conforme ficamos mais velhos, buscamos por mais conforto, privacidade, limpeza, comida boa, chuveiro bom e colchão de qualidade nos lugares que hospedamos.

Certas diversões precisam ser feitas em uma determinada época da nossa vida para que a intensidade da felicidade seja aproveitada ao máximo. Há coisas que não podemos deixar para depois: depois que virarmos FIRE, depois que sairmos do emprego, depois que estivermos aposentados.

Há apenas uma pequena janela de tempo para cada uma das diversas fases da nossa vida. São momentos que se não aproveitados bem naquele momento, deixam de ser especiais. Então devemos aproveitar quando estivermos na melhor fase, na melhor idade, na fase do ápice.

Em 2020, escrevi o post: Quantos anos você tem pela frente? que explica bem esse conceito de como alguns momentos da nossa vida são mais preciosos do que outros. Quem já teve alguém que ama com uma doença terminal sabe muito bem do que estou falando. Não dá para postergar nem por algumas semanas o momento para passar com essa pessoa.

Reconhecer que alguns momentos da nossa vida são únicos, é um passo importante para tomar decisões importantes de forma mais consciente.

Ler o livro Die With Zero, ainda que esteja nos capítulos iniciais, me fez pensar em como poderia potencializar mais realizações. Estou há 1 ano e 3 meses em isolamento social – total, diga-se de passagem – e logo assim que a pandemia estiver sob controle, quero retomar os momentos de diversão com minha família, criar memórias, mas sem estourar o orçamento.

Pensei que se estipulasse um valor no início do ano facilitaria o meu planejamento para gastar ao longo dos próximos 12 meses nos “gastos com felicidade”. Mas afinal, quanto destinar sem prejudicar meus planos futuros?

Como eu e meu marido ainda trabalhamos e possuímos renda ativa, decidimos que gastaríamos uma parte de tudo o que foi poupado no ano anterior. Isso significa que quanto mais pouparmos, mais gastamos em felicidade. É um sistema ganha-ganha.

Usaremos uma porcentagem pré-definida do total de aportes feitos no ano anterior. Neste primeiro momento, começaremos com 20% de tudo o que aportaremos neste ano de 2021.

Essa faixa de 20% dá um valor bastante significativo, pois somos bons poupadores. Estamos numa fase bastante confortável da jornada FIRE, poupamos bastante e os investimentos têm dado ótimos retornos, então iremos avaliar essa porcentagem a cada ano, com tendência de aumento gradativo para 25%, 30%, 35% e assim por diante, aumentando ainda mais a exposição da família em experiências que tem data de validade para acontecer.

Esse plano será seguido enquanto estivermos trabalhando. Depois, decidiremos as próximas estratégias quando pararmos de trabalhar.

Então seria algo assim:

No primeiro momento, pode parecer esquisito, afinal, pra quê fazer essa separação de dinheiro? Não seria mais fácil só poupar menos? Investir menos e usar esse dinheiro durante o mês?

Bom, se eu decidisse poupar menos no mês para gastar mais, eu tenho certeza que apenas aumentaria minhas despesas e o padrão de vida, mas não necessariamente aumentaria a felicidade… uma comida de delivery, compras de supermercado, uma bobeirinha aqui e ali, pedir um Uber porque estou com preguiça de andar, ou qualquer outra coisa que depois de 10 anos, nem lembraria o que eu fiz com esse dinheiro.

Ao fazer essa separação de “gastos com felicidade”, posso planejar com calma tudo o que quero fazer ao longo do ano. Além disso, será um incentivo saber que quanto mais aportar, mais poderei gastar para realizar sonhos, afinal, o dinheiro terá destino certo.

Eu vejo 3 vantagens ao fazer isso:

1.) gastar mais com experiências sem dor na consciência de achar que estou sabotando o projeto FIRE, pois saberei que é um gasto previsto/planejado

2.) patrimônio já acumulado intacto, ou seja, dinheiro trabalhando para mim, usando o fator tempo e juros compostos ao meu favor

3.) aportes mensais contínuos potencializando o efeito bola de neve

Bill Perkins, o autor do livro mencionado no início do post, fala que há pessoas que conforme o patrimônio cresce, o tamanho dos seus potes vão mudando. Se antes a felicidade era ter 1 milhão de dólares, quando se alcança este número, surge uma nova meta numérica… 5 milhões, 10 milhões e assim por diante, ou seja, entra em uma espiral de “acumule, economize mais e nunca desfrute”, criando metas inalcançáveis para postergar sonhos.

A vida é valiosa demais para ficar só acumulando patrimônio e não gastar em experiências com pessoas que amamos no momento certo. Quero gastar tempo e dinheiro com coisas que tragam memórias, enquanto tenho disposição, enquanto minhas filhas amam ficar penduradas em mim. Quero dar um bom destino a esse dinheiro construindo mais memórias, fortalecendo vínculos afetivos, que remetam boas lembranças e aumente contato com pessoas que são importantes na minha vida.

Consciente de que o tempo é finito, temos que aproveitar enquanto somos jovens, enquanto temos disposição, temos saúde e pessoas que amamos por perto.

Este post é mais um lembrete de que o dinheiro deve nos servir, e não virar nosso patrão.

~ Yuka ~

Dinheiro, IF e FIRE

É hora de repensar os gastos

Contas, Dinheiro, Moeda, Em Dinheiro, Finanças, Banco

Chega um momento (ou diversos momentos) da nossa vida que precisamos decidir se vamos ou se voltamos.

Tenho percebido muitas, muitas pessoas ao meu redor que estão com os gastos extremamente elevados para o salário. Ou seja, estão com o padrão de vida acima do que o salário permite. Pagam condomínio, algumas contas fixas como luz, internet, celular. Alguns pagam escola dos filhos, outros pagam plano de saúde, mas muitos, depois de pagar todos os boletos, não tem mais dinheiro para absolutamente mais nada.

Pensando nisso, vou compartilhas algumas dicas de como economizar de forma inteligente:

1.) Economize nas coisas grandes

De nada adianta ter gastos elevados na habitação, transporte, escola etc, e ficar contando moedas para economizar na luz, no gás, na cervejinha. Se é pra economizar, economize nos gastos grandes, ao invés de ficar focando nas economias pequenas. Vale muito mais a pena.

Se paga um aluguel de R$1.500 (ou qualquer outro valor), talvez valha a pena pensar em procurar com calma um de R$1.000. Nisso, já será uma economia de R$500 mensais. Muito melhor do que ficar sofrendo em economizar R$10 na conta de luz.

Claro que é importante considerar gastos pequenos, mas o foco maior deve ser nos gastos maiores, é onde o resultado aparece.

Eu mesma fiz isso ao fazer a mudança de cidade no ano passado. Eu tive tempo para procurar um imóvel que tivesse uma localização boa, tamanho confortável, e acabei me mudando um pouco antes do que imaginava quando encontrei o imóvel. Eu sabia que não iria encontrar um imóvel na região que alugamos naquele valor que estava sendo anunciado. A economia mensal foi de R$660.

O mesmo aconteceu com o plano de saúde. Em 2018, fizemos uma revisão dos valores do plano que tínhamos. Os reajustes anuais e a mudança de faixa etária estava exorbitantes. Em 2016, um aumento de 30%. Em 2017, outro aumento de 35% e em 2018 haveria não só o reajuste anual, como o reajuste de faixa etária. Será que iria beirar a 50% de aumento? Não duvidaria nem um pouco. Antes de tomar um novo susto, decidimos migrar para um outro plano de saúde. A economia mensal foi de R$1.000.

Outra coisa era o Netflix. Assinávamos o plano de R$32,90, até perceber que nunca assistíamos 2 pessoas simultaneamente aqui em casa, e com isso, fizemos o downgrade para o plano de R$21,90.

Tenho outros exemplos também, mas só nesses três exemplos, a economia anual é de R$20.052. Aí você pega uma parte desse dinheiro para fazer algo legal com a família, como uma viagem.

2.) Deixe dinheiro extra para os supérfluos, é o que traz alegria para viver

Mensalmente, eu e meu marido temos o que denominamos mesada. É um dinheiro que não precisamos prestar contas para a casa, posso fazer o que quiser com ele, ou seja, comprar supérfluos sem culpa. Faz muito bem ter esse tipo de gasto.

Apesar da nossa mesada não sofrer correção monetária há pelo menos 5 anos, estamos bastante satisfeitos e felizes.

3.) Evite desperdício a todo custo

Toda vez que eu desperdiço algo, eu tenho consciência de que estou rasgando dinheiro. Por isso, tente eliminar todo e qualquer tipo de desperdício, desde alimentos que vão para o lixo, roupas sem uso, produtos de higiene fora de validade etc.

O problema não é comprar em grande quantidade. O problema é desperdiçar.

Eu já dei várias dicas de como elimino desperdícios, visite aqui alguns dos posts para relembrar:

8 tipos de desperdícios: menos desperdício e mais dinheiro no bolso

Alimentação: 16 dicas para economizar sem sacrifícios

4.) Descadastre todos os e-mails de lojas

Receber alertas de promoção e novidades parece ser algo inofensivo no início, mas vai normalizando a cultura do consumo. Se não recebêssemos e-mails, muitos dos gastos nem seriam feitos.

No ano passado, apesar da preguiça, eu comecei a entrar na minha pasta spam e descadastrar todos os e-mails de lojas. No início, deu bastante trabalho, mas aos poucos, a quantidade de e-mails diários foi diminuindo e hoje, recebo poucos spams.

Eis que hoje, recebi um mailing de uma loja de móveis e decoração, e me surpreendi o fato de nem ter me lembrado mais da existência dessa loja há meses. Eu entrei no e-mail sem olhar as promoções, e me descadastrei. Se um dia eu precisar de algo, sei que vou me lembrar da loja. A loja não precisa ficar me mandando alertas a todo momento. Aliás, quanto menos eu souber das “novidades imperdíveis”, melhor.

5.) Reavalie os gastos fixos

Início do ano é um bom período para fazer isso. Eu particularmente gosto de fazer no fim de ano, assim, já começo o ano com as contas redondas.

É o momento que tiro para reavaliar todos os meus gastos. Se o plano de saúde está adequado à minha expectativa de custo x benefício. Avalio quanto pago de internet. Se há algum serviço de streaming ou assinatura que não está sendo usado.

No ano passado por exemplo, ao fazer essa avaliação, fiz upgrade de 2 serviços: melhorei a internet de casa por conta do meu trabalho e passei a assinar Disney Channel para as crianças. São dois gastos que se não fosse a pandemia, eu tenho certeza que não teria feito. Mas neste momento, achei interessante. Ano que vem, farei uma nova avaliação se permanecemos ou cancelamos o plano.

~ Yuka ~

Dinheiro, IF e FIRE

Os 5 gastos mais úteis do ano de 2020

Para continuar com a tradição que comecei no ano passado com o post “As 5 compras mais úteis do ano de 2019“, fiz a lista dos meus 5 gastos mais úteis do ano de 2020:

  • Table Grill
  • Airfryer
  • Tatame de E.V.A.
  • Mochila da Xiaomi
  • Sessões de fonoaudiólogo

Os 3 primeiros itens, talvez se não fosse pela pandemia, eu nem teria tido interesse, mas depois de 9 meses em casa, foram as compras que mais valeram a pena:

Table Grill

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Em junho, publiquei um post detalhando sobre a Table Grill, uma churrasqueira portátil que usa carvão. Passados 7 meses, posso dizer que essa churrasqueira é simplesmente maravilhosa, diversão garantida aqui em casa.

Airfryer

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Eu relutei muito em comprar uma airfryer (fritadeira elétrica), porque era mais uma coisa para ocupar espaço em casa. Mas nessa pandemia, me rendi. Eu passava muito tempo na cozinha e isso já estava começando a me incomodar.

Aproveitei a Black Friday e comprei o modelo Turbofryer, da Philips Walita. Não foi barato, mas já que é pra comprar, quis comprar um que realmente fosse bom. Estou usando há algumas semanas, e estou aproveitando bastante. Ela é bem versátil e consigo fazer várias receitas sem sujar o fogão, muito boa mesmo.

Tatame de E.V.A.

Diferença entre tatame, tapete e colchonete em EVA | AMS

Esse item eu comprei por conta das crianças. Minhas filhas (assim como nós), passam praticamente 24 horas do dia em casa desde a pandemia. Duas crianças trancadas em casa, querendo fazer coisas de crianças é algo desesperador em relação a barulho (escrevi um post quando estava com 1 mês de quarentena… imagina a minha situação depois de tantos meses em isolamento). Como o vizinho de baixo é um aposentado, ele também fica em casa o dia todo, ou seja, ouvir o barulho estrondoso das minhas filhas não deve ser algo fácil de tolerar.

Colocamos feltros anti-ruído em todas os pés das cadeiras, mesa, sofá, cama, tudo para evitar barulho desnecessário. Mas eu ainda achava que não era o suficiente.

A compra mais acertada em relação a esse assunto, com certeza foi o tatame de E.V.A. Não comprei aqueles tatames infantis (que eu já tive por sinal e não adiantou para muita coisa). Comprei tatames que academias de jiu-jítsu e muay thai utilizam para amortecer a queda dos lutadores. Que ma-ra-vi-lho-so!!! Eu devia ter comprado isso há mais tempo. Forrei o espaço entre o rack e o sofá, onde elas costumam brincar de casinha (cada tatame mede 1m x 1m, então comprei 3). Agora as panelinhas que antes batiam no chão, são amortecidas com o tatame. Elas pulam, dão cambalhotas e não ouço nenhum ruído.

Mochila da Xiaomi

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A leveza da mochila da Xiaomi foi algo que me surpreendeu. Eu comprei antes da pandemia, bem no início do ano, e fiquei impressionada de como era leve, compacta, e bem feita. Cabe muita coisa (capacidade de 10 litros), era algo que usava muito quando ainda saía de casa.

Sessões de fonoaudiólogo

Eu outubro desse ano, minha filha caçula que tem gagueira, começou com as sessões semanais de fonoaudiólogo. Já nas primeiras sessões, percebi uma melhora na fala. Claro que ainda tem um loooongo caminho que terá que ser percorrido, principalmente, porque ela gagueja muito, dificultando inclusive no entendimento de frases simples. Por isso, eu nem considero isso como gasto, e sim como investimento na qualidade de vida dela. Posso economizar em qualquer outra coisa, menos nessas sessões.

E você? Quais foram as compras mais úteis do ano de 2020?

~ Yuka ~

Dinheiro, IF e FIRE

FIREs: o quanto você está disposto a regar e esperar

Ecologia, Ambiente, Jardim, Jardinagem, Verde, Hobby

Com a constante redução da taxa Selic, o sobe e desce da bolsa de valores, o caos político, a crise econômica… vejo pessoas desesperadas e impacientes querendo começar a investir para enriquecer da noite para o dia. Não é à toa que a Bolsa de Valores teve seu salto no número de pessoas físicas desde o início da pandemia.

Mas “entre o plantar e o colher, existe o regar e o esperar”.

Antes de investir, é necessário controlar os gastos. Somente depois de acompanhar os gastos é que será possível rever os gastos. Com a revisão, será possível identificar excessos e enxugar gastos supérfluos.

Finalmente com dinheiro sobrando, será possível montar uma reserva de emergência. Também será necessário estudar sobre investimentos, já que é algo que percebi que não dá para terceirizar.

Mas daí eu pergunto:

Quantas pessoas estão dispostas a poupar e investir parte do salário todos os meses, por 10, 20, 30 anos para somente depois colher os frutos?

Quantas pessoas estão dispostas a sentar na cadeira e estudar tarde da noite, após trabalhar o dia todo, cuidar da casa e das crianças?

Muitos, se não a maioria, irão desanimar no meio do caminho e até desistir, quando a economia entrar em recessão e ver o patrimônio ser reduzido a pó.

Querem enriquecer da noite para o dia como num passe de mágica, não querem estudar, não querem correr atrás, ficam procurando de forma incessante a tal da fórmula mágica.

Para ter a tranquilidade financeira, é necessário fazer escolhas.

Pessoas dizem que querem empreender, mas não querem abrir mão do conforto atual, nem trabalhar por mais de 12 horas nos primeiros anos do negócio. Querem tudo, mas não estão dispostas a fazer nada, a abrir mão de nada, nem das pessoas, nem do tempo, nem do dinheiro.

Querem ganhar milhões apostando a sorte na mega-sena, mas não tem ouvidos quando alguém mostra o caminho das pedras para ficar rico devagar, de forma consistente, de forma lícita.

O que você tem plantado? Se a resposta for “nada”…. bom, já sabe o que te espera no futuro.

~ Yuka ~

 

Dinheiro, IF e FIRE

Truque para poupar mais: dê nome e sobrenome ao seu dinheiro

Escrituração, Contabilidade, Impostos, Liquidação

Nesse período em que muitos estão de quarentena, perceberam que há gastos que não estamos tendo?

No meu caso, não tenho gastos com transporte, a mensalidade da natação que foi interrompida pela própria escola, uma ajuda financeira mensal que eu dou para a creche, passagem de ônibus intermunicipal para visitar a casa de praia da minha mãe, nem gastos com cafés que tomo com meus amigos.

Vocês já devem saber que dinheiro extra que entra na conta, some na mesma velocidade que aparece.

Por isso, todo o meu dinheiro tem nome e sobrenome.

Isso significa que todo dinheiro que eu sei que vai entrar na minha conta, coloco nome (gastos) e sobrenome (categoria) para deixar provisionado.

Por exemplo, se eu sei que vai entrar um dinheiro na minha conta no dia 10, já faço a distribuição anotando em algum lugar (no meu caso, no aplicativo Minhas Economias) de que:

Valor

Nome

Sobrenome

R$ 100

Luz

Casa

R$ 190

Metrô

Transporte

R$ 265

Natação

Saúde

Supondo que a conta de luz, ao invés de vir R$100 veio mais barata, R$90. E por causa da quarentena, os gastos do transporte público e da natação seriam R$0. E para onde iria a diferença de R$465 (R$10 da luz, R$190 do metrô e R$265 da natação)?

Valor

Nome Sobrenome

R$ 90

Luz Casa

R$ 10

Luz

Investimento

R$ 190

Metrô

Investimento

R$ 265

Natação

Investimento

Pronto. A diferença do valor do mês atual, ganhou novo sobrenome: ‘Investimento’.

E isso se repete nas outras contas, de qualquer valor. Supondo que deixei reservado 2.000 reais para comprar uma geladeira, mas consigo uma promoção e gasto 1.500 reais:

R$ 1.500 – Geladeira – Manutenção da Casa

R$ 500 – Geladeira – Investimento

E isso dá certo, porque eu tenho o costume de deixar o dinheiro sempre provisionado, ou seja, separado para cada finalidade.

É desta forma que eu visualizo não só os gastos, mas também as economias do mês. Além de poupar o valor mensal que já é de praxe, me permite investir a diferença do valor.

~ Yuka ~

Dinheiro, IF e FIRE · Minimalismo

As 5 compras mais úteis do ano de 2019

Loja, Compras, Sacos, Dom, Brown, Em Branco, Mercado

Eu pensei em fazer os top 10 das compras mais úteis do ano de 2019… mas ao rever as compras do ano anterior, vi que não tinha 10 itens relevantes, já que a maioria das compras giraram em torno de alimentos, vestuário, contas a pagar, etc. Então tive que reduzir para 5 itens:

  • Stone in box
  • Alimentos orgânicos
  • Celular
  • A cama de casal “montessori” para as crianças
  • Viagem

Stone in Box

Eu publiquei um post sobre esse maravilhoso forno portátil que acopla no fogão comum e permite preparar pizzas profissionais em casa.

Foi uma das compras que mais me impressionou e valeu cada centavo. Nunca mais compramos pizza, pois prefiro fazer a minha própria pizza usando ingredientes melhores, o que me permite ter uma pizza mais saborosa. Segundo meu marido que já viajou para vários países, a minha pizza é a segunda melhor que ele já comeu até hoje. Detalhe: a melhor pizza que ele diz que comeu foi na Itália, com massa de fermentação longa. É ou não é um elogio?

Alimentos orgânicos

Comentei neste post sobre o motivo de ter decidido me alimentar com alimentos orgânicos, livre de agrotóxicos. Foi uma decisão que irá beneficiar a minha família a médio-longo prazo, pois acredito que ficaremos menos doentes.

Celular

Depois de quase 6 anos, meu celular já estava com sérios riscos de parar de funcionar a qualquer momento. Aproveitei a black friday e comprei um celular novo. Espero que dure outros 6 anos.

Cama de casal montessoriana para as crianças

Ao invés de comprar 2 camas de solteiro para as minhas filhas, comprei uma cama de casal bem baixinha, para que elas pudessem entrar e sair sem depender de mim, além de não correr o risco de cair de uma cama alta.

Elas compartilham a cama, dormem juntas todos os dias. É lindo de ver as duas juntas, como comentei neste post aqui.

Viagem

Eu considero viagem um gasto importante para a família. Fiz uma viagem perto de São Paulo, nada extravagante, mas foi muito divertido e relaxante.

E você? Quais foram seus gastos mais úteis do ano passado?

~ Yuka ~

Dinheiro, IF e FIRE · Minimalismo

Minimalismo nas finanças

casamento finanças

Devo estar nostálgica… É o terceiro post seguido que comento sobre meu ex-marido.

Mas é por uma boa causa, vou explicar como a gente se organizava financeiramente.

Quando casei pela primeira vez, por uma sugestão minha, eu e meu ex-marido dividíamos as contas de uma forma muito democrática. Ele ganhava 60% dos nossos rendimentos somados, e eu 40%. Ele pagava 60% das contas e eu pagava 40%.

Só que com o tempo, parecia que morávamos em uma república, já que tudo era muito meticulosamente dividido. Conheço muitos casais que dão certo fazendo isso, mas para mim, não deu muito certo.

Já com o meu atual marido, decidi fazer diferente.

Meu marido é muito econômico, daqueles que anda 20 km de bicicleta, para na frente da sorveteria pingando de suor, passa vontade, mas não compra o sorvete. Quando fico sabendo dessas histórias, eu sempre pergunto o motivo dele não ter comprado. “Compra! Não passe vontade!” E a resposta dele é que como ele passou necessidade financeira durante muitos anos, acabou se acostumando a não comprar, diz que nem percebe quando tem esses comportamentos de racionamento.

Por ele ser assim (mãozinha fechada), as nossas finanças são organizadas de uma forma muito fácil.

1.) Soma-se nossos salários.

2.) Paga-se todas as contas.

3.) Cada um pega uma parte (chamamos carinhosamente de mesada).

4.) Poupamos o restante.

Eu sou CLT, meu marido não tem carteira assinada. Eu recebo vale alimentação, vale refeição, 13º salário, adiantamento de férias. Ele não. Mas aqui em casa a regra é: quando entra dinheiro na conta de um, o dinheiro vira nosso.

Não temos competição, nem orgulho de quem ganha mais que quem. Hoje meu salário pode ser maior que o dele, amanhã, o salário dele pode ser maior que o meu. Tanto faz.

Como tudo é “nosso”, nos empenhamos em economizar juntos, porque a economia de um, vira a economia dos dois. Quando um quer gastar em algo mais caro, sentamos ao redor da mesa e conversamos sobre prioridades.

Não recomendo esse tipo de divisão para todos os casais, pois há casais em que um gasta mais, ou que tem um hobby mais caro.

Para mim e para o meu marido, tem funcionado muito bem.

Sentimos mais cumplicidade, pois um acaba policiando o outro nos gastos, nos esforçamos para alcançar as metas de uma forma mais rápida, além de termos mais clareza e transparência nos gastos.

E se um ficar desempregado? Tudo bem, acontece. E se um ganhar mais que o outro? Que legal, parabéns, alcançaremos a nossa meta mais rápido. E assim vamos levando a vida de uma forma leve.

Aqui em casa até as finanças se tornou minimalista.

~ Yuka ~