Auto-Conhecimento · Organização

Faça curadoria nos conteúdos que você consome

Pixabay: ThePixelman

Você faz curadoria dos conteúdos que consome?

Curadoria nada mais é do que pesquisar, selecionar, organizar e administrar algo para alguém. Neste caso, eu pesquiso, seleciono, organizo e administro os conteúdos para mim mesma.

Comecei a fazer isso, por causa do avalanche de conteúdos que temos nos dias de hoje. Eu percebi que quando não fazia isso, consumia conteúdos cada vez mais rasos, e em maior quantidade.

Com a produção diária de conteúdos por milhões e milhões de veículos de comunicação e de pessoas, eu entendi que nenhum tempo do mundo seria suficiente para consumir tudo o que eu tinha interesse.

Sabe quando dá aquela vontade de maratonar os livros, as séries, os filmes? Pois é, eu não queria mais isso para mim. Eu queria desfrutar a leitura de 1 livro, ler um pouco mais devagar só para esticar o momento prazeroso.

A alternativa para isso foi começar a fazer curadoria dos conteúdos.

Funciona assim:

Livros:

Quando me interesso por algum livro, ou porque ouvi alguém comentando, ou porque vi em uma livraria ou sebo, eu não compro imediatamente. Eu simplesmente entro na minha conta da Amazon e incluo na minha pasta Lista de Desejos. Esse livro fica nessa pasta por tempo indeterminado, até que um dia eu decida ler algo. Quando esse dia chega, dou uma olhada na pasta e faço uma pequena pesquisa. Leio a resenha, a opinião dos críticos, procuro a formação dessa pessoa (se for algum livro mais didático ou sobre desenvolvimento pessoal) e vejo se o livro baseou-se em algum outro livro. Eu tenho preferido ler o livro original, do que ler o livro de alguém que se baseou em outro livro.

E é assim que, de livro em livro, vou selecionando bons livros para ler.

Vídeos:

Também faço algo parecido quando quero assistir vídeos no YouTube / Netflix etc. Eu tenho uma pasta “Assistir mais tarde” e basicamente vou colocando tudo o que tenho vontade de assistir uma hora dessas.

Depois, com mais calma, olho novamente essa pasta e é impressionante a quantidade de vídeos que eu apago, ou seja, que não tenho motivos para assistir.

Notícias:

Faço a mesma coisa com as notícias.

No início do dia, dou uma olhada nas notícias e vou abrindo algumas páginas (em uma nova aba) das notícias que quero ler. E só depois penso com calma se quero ler mesmo, e de novo, cerca de 70% das notícias, não me interessam mais, ou porque já li, ou porque era apenas fogo de palha.

Redes Sociais:

Bom, não tenho redes sociais. Não tenho Instagram, não tenho Facebook, nem Twitter ou outras coisas.

Tenho o Whatsapp, mas deixo no silencioso o dia todo. Aí de tempos em tempos dou uma olhada se tem alguém urgente para responder, e o restante, só leio e respondo quando tenho disponibilidade. Isso significa que às vezes demoro 1 dia para responder, às vezes 1 semana, às vezes 1 mês. E está tudo bem para mim.

Uma dica: prestar atenção no jeito da pessoa transmitir conhecimento

Algo que tenho prestado bastante atenção nestes últimos anos é se o jeito da pessoa transmitir conhecimento é o ideal para mim.

Vou dar um exemplo que vai ficar fácil de todos entenderem.

Vamos falar da Monja Coen. Acho que a maioria das pessoas a conhecem, que além de ter publicado vários livros, também faz diversas palestras e produz diversos conteúdos. Sei que ela motiva milhões de pessoas, mas eu não capto muito bem o que ela fala, ou seja, a sua fala não toca o meu coração. Já li seus livros, já assisti pessoalmente algumas de suas palestras, mas é isso, é como se não desse um “match”… e está tudo bem. Então não insisto mais nos conteúdos que ela produz.

Agora vamos para um outro exemplo. Clóvis de Barros. Ele parece ser uma pessoa digamos… desengonçado. Fala alto demais, gesticula demais, fala palavrão, gagueja, mas ele consegue prender a minha atenção. Saio de suas palestras com gostinho de quero mais, ou seja, ele toca o meu coração, eu aprendo com ele. Então eu continuo acompanhando seus conteúdos.

Pra vocês terem uma ideia, eu absorvo mais em uma palestra de 15 minutos do Clóvis de Barros do que uma palestra de 2 horas da Monja Coen. Isso não desqualifica a monja, muito pelo contrário, reconheço todo o poder de sua influência. Só não serve para mim e somente para mim.

Neste mundo imenso de informação, onde tudo é jogado na nossa frente, cabe a nós, fazer uma curadoria bem feita dos conteúdo para finalmente encontrar aquele livro especial, aquele documentário especial, aquele filme especial, aquela pessoa que toca nosso coração.

~ Yuka ~

Do It Yourself · Minimalismo · Organização

10 dicas para driblar espaços pequenos em casa

Desde criança, eu sempre tive uma tara por casas pequenas. Eram kitnets, flats, loft, studio, tiny house… Os nomes iam mudando ao longo dos anos, mas a minha fascinação continuava a mesma.

As ideias criativas que são utilizadas para solucionar a falta de espaço são sempre muito interessantes.

E com isso, resolvi compartilhar com vocês algumas das ideias que eu usei na minha própria casa.

1.) Criado-mudo suspenso

Essa prateleira na verdade não era um criado-mudo, mas uso-o para este fim. Pequena, fácil de limpar, não acumula poeira, estou gostando bastante.

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2.) Sapateira como aparador

A minha sapateira, fica próximo à porta de entrada. Para dar um “ar de aparador”, coloquei uma tábua de madeira em cima.

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3.) Escritório em um espaço pequeno

Eu já tinha essa bancada desde quando morava no outro apartamento, mas como esse apartamento é menor, pedi para o marceneiro cortar a madeira para que encaixasse nesse “recorte” de parede. Inclusive esse espaço de 20cm de profundidade ajudou muito a criar o espaço novo do escritório.

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4.) Fruteira na prateleira

Sim, eu coloquei uma prateleira bem perto da mesa de jantar, e coloquei a fruteira com o intuito de liberar o espaço da mesa.

A minha mesa de jantar (que está comigo há quase 10 anos) tem um tamanho que não é padrão: 120 cm x 70 cm. Ela é um pouco menor e mais estreita do que as mesas tradicionais de 4 lugares. Preferi assim, para que sobrasse mais espaço para a circulação. Gosto da fruteira na mesa porque estimula as crianças a comerem mais frutas, mas ela acabava ocupando parte do espaço da mesa que já não é muito grande.

Bom, resolvi esse problema instalando uma prateleira perto da mesa.

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5.) Caixas de madeira embaixo do rack de televisão

Antes, eu guardava brinquedos nestas caixas. Hoje, as caixas estão bem vazias, mas acaba sendo muito bom para armazenar coisas.

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6.) Escolher itens pequenos

Quando vou comprar algo, tento escolher itens que são pequenos, que possuam linhas retas, que sejam leves e tenham cores neutras. Parece uma bobagem, mas ajuda no momento de armazenar.

Veja o meu grampeador e furador de folhas que tenho. São bem pequenos.

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Outro exemplo é a minha impressora. Na hora de comprar, eu escolhi um modelo que encaixasse bem no espaço que eu tinha, entre a bancada e o gaveteiro.

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Meu guarda-chuva também é pequeno. Inclusive, levo minha menor bolsa no momento de comprar um guarda-chuva, para ter certeza que irá caber.

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Se posso ter um item menor, que faz exatamente a mesma coisa que o maior, não vejo sentido em ter algo grande que irá só ocupar espaço.

7.) Aproveitando o espaço atrás da porta

Instalei dois ganchos para pendurar bolsas atrás da porta.

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8.) Usando armários de pouca profundidade

(A partir daqui, fiquei com preguiça de tirar as fotos, então vou usar fotos que encontrei na internet). Eu tinha dois desses armários e usava na cozinha para guardar mantimentos.

Gosto bastante desses armários que possuem pouca profundidade, pois além de não ocupar espaço em casa, a visualização dos produtos é fácil. Depois que mudei de casa, passei a usar esses armários na lavanderia para guardar produtos de limpeza, já que a proprietária irá colocar armários planejados na nossa cozinha.

Tenha a Versatilidade do Armário Multiuso Carraro 899 | Marabraz

9.) Cama box baú

Ter uma cama box baú é muito bom. Cabe muitas coisas, coisas que não usamos no dia-a-dia, como árvore de Natal, itens de artesanato e outras baguncinhas. Aumenta muito a capacidade de armazenamento de uma casa.

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10.) Guarda-roupa com espelhos

Resolvi comprar um guarda-roupa com espelhos para cada quarto. Assim, pude me desfazer do espelho de parede que tínhamos. O espelho amplia o quarto, e dá uma boa iluminada.

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~ Yuka ~

Auto-Conhecimento

Por que pensar em morrer é tão importante?

Pessoas, Mulher, Viagens, Aventura, Caminhada, Montanha

Há alguns dias, recebemos a notícia de que Gugu sofreu um acidente dentro de sua casa e faleceu. Assim, de repente.

Ainda nesses dias, estava conversando com o André, do Viagem Lenta, sobre o post que ele escreveu “Como usar sabiamente o tempo? Com a mala ou com a estrada?”, e acabei comentando que eu penso muito na morte.

O motivo de eu pensar tanto na morte não é algo proposital, macabro ou até mesmo pessimista. Eu sempre fui assim. Talvez, porque lidei com a morte do meu pai precocemente, aos 3 anos de idade…

Eu sempre penso na morte, não porque quero morrer, e sim, porque eu quero viver. 

Muitas pessoas não pensam na morte, não falam sobre a morte, porque é difícil a sensação de não estarmos mais aqui. Mas quando evitamos esse assunto, não nos preparamos também para morrer, e com isso, podem surgir arrependimentos.

Eu não deixo nada pra depois, porque eu não sei se eu vou ter o depois.

A vida é um cronômetro, e após meu pai ter morrido com 35 anos, tenho muita consciência de que estou tendo mais oportunidades de viver do que meu pai teve, já que tenho 38 anos. Tento aproveitar ao máximo (e isso não significa gastar dinheiro à toa), porque da mesma forma que aconteceu com o Gugu, posso não estar mais aqui daqui a 1 segundo.

E por reconhecer a finitude da vida, tenho algumas atitudes preventivas:

Fotos armazenadas na nuvem

De forma automática, todas as fotos que eu tiro do meu celular vão para o Google Fotos. Meu marido tem a senha, porque SE eu morrer, não quero levar para o túmulo as fotos da família que tanto nos emocionam, e meu marido nunca mais conseguir acessar as nossas fotos.

E passei a fazer isso, porque antes, eu armazenava as fotos no HD externo e um dia pensei que SE minha casa pegasse fogo, talvez eu voltasse para pegar o HD que estão todas as fotos da minha família. E eu não queria isso. Eu queria que a minha única preocupação fosse salvar a minha família (há diversos casos de pessoas que saíram ilesas de uma casa pegando fogo, mas acabam morrendo, porque voltam para pegar algo de valor).

Receitas culinárias armazenadas na nuvem

Apesar de achar mais fofo e prático ter um caderno de receitas, eu armazeno todas as minhas receitas aprovadas e testadas no Evernote (software que serve para organizar informações através de arquivos, notas) e compartilho a senha com o meu marido, porque SE eu morrer, não quero que minhas filhas não consigam reproduzir as receitas preferidas delas. Quando minhas filhas tiverem uns 12 anos, elas também terão a senha.

Despedidas virtuais

Meu marido tem a senha do meu blog Viver Sem Pressa, porque SE eu morrer, quero que ele venha avisar vocês o motivo de eu ter parado de escrever.

Armazenamento das senhas

Eu e meu marido temos instalado no nosso celular, o aplicativo 1Password (aplicativo que gerencia senhas em um cofre virtual criptografado e bloqueado). Todo final de ano, checamos se as nossas senhas mais importantes estão corretas. Compartilhamos senhas de e-mails, bancos, corretoras etc.

Planejamento financeiro

Eu cuido da vida financeira da minha família, porque SE eu morrer, minha família vai sentir a minha falta, mas não vai passar necessidades financeiras, como a minha mãe passou, quando ficou viúva aos 35 anos, com 3 filhas pequenas. Também sempre explico para o marido as decisões que eu tenho tomado em relação aos investimentos (o porquê de ter aumentado posição na renda variável, o porquê de não investir mais em CDBs de bancos pequenos etc), pois desta forma, acredito que SE eu morrer, ele vai continuar aplicando a mesma estratégia que eu tenho usado.

Alimentação saudável

Eu cuido da minha alimentação e da minha família, porque eu sei que SE nós continuarmos comendo muitos carboidratos e açúcares, a chance de termos doenças como diabetes, câncer e obesidade tendem a aumentar. Isso inclui aumento da ingestão de alimentos orgânicos, redução de produtos industrializados e redução de açúcar e carboidratos.

O último abraço

Trato meu marido com muito carinho, porque não quero me arrepender SE um dia ele sair de casa para trabalhar e não voltar nunca mais.

Quando minhas filhas me pedem para colocá-las para dormir, coloco para dormir (apesar de ainda ter que cozinhar a marmita do dia seguinte, limpar a casa, estudar), porque não quero me arrepender SE a última palavra que eu disser para elas forem um “não” (há algumas semanas, uma colega me falou que o melhor amigo do filho dela foi dormir no dia anterior e não acordou mais. Ele tinha 13 anos…).

O último desejo: doação de órgãos

Este item eu acrescentei depois que publiquei o post, pois apesar de ter vontade de doar os meus órgãos após a minha morte, fiquei me perguntando se meu marido sabia com clareza dessa minha vontade.

Se você for doador de órgãos, é muito importante deixar claro para a sua família, para que o seu último desejo seja respeitado.

E por fim…

Eu penso na morte a todo momento para lembrar como a vida é frágil, e que eu preciso viver de uma forma completa, feliz, sem arrependimentos.

O tempo passa rápido demais e eu preciso aproveitar a jornada da minha vida da melhor forma possível.

E sinceramente? Isso não é sobre comprar coisas, ter coisas para ostentar, viajar para lugares caros, ir em shoppings e torrar o dinheiro.

Quando digo aproveitar a vida é estar presente enquanto estou com as minhas filhas e com o meu marido. Registro mentalmente as brincadeiras que fazemos, os sorrisos, o abraço, o cheirinho, a vozinha infantil me dizendo espontaneamente “ti amu, mamã”, a sensação de ter as mãos pequenininhas em volta do meu pescoço, porque sei que essas mãos um dia vão crescer.

Outro dia, li em algum lugar a seguinte frase “o que você faria se soubesse que o mundo acabaria em 24 horas?”. A minha resposta é simples. Eu só não iria trabalhar. De resto, faria exatamente as mesmas coisas. Estaria com a minha família, preparando uma comida gostosa, abraçados no sofá até o mundo acabar.

São essas ações diárias que faço para não me arrepender. E são justamente essas pequenas ações que acabam me proporcionando uma vida com mais qualidade e toda vez que eu penso nisso, sinto que estou no caminho certo. Daí a percepção de que “coisas” são insignificantes; “pessoas” são importantes.

O post de hoje para alguns, pode soar sobre tristeza, mas não é. É sobre viver e aproveitar o tempo. É um ode à vida.

~  Yuka ~

Auto-Conhecimento · Minimalismo

Alimentação: 16 dicas para economizar sem sacrifícios

Uvas, Cacho, Frutas, Exploração, Colheita, Maduro

Como andam seus gastos de alimentação?

Os meus não estão nada baratos, mas é por um motivo justo: introdução dos alimentos orgânicos.

Então aqui vou dar dicas do que tenho feito para economizar na alimentação, sem sacrifícios:

1.) Aproveite talos e cascas para fazer caldo de legumes

Essa eu aprendi com a minha mãe e também com uma chef de cozinha que fazia a mesma coisa para alimentar sua família de forma saudável, sem desperdício.

Sabe aquelas cascas de legumes e verduras que vão para o lixo? No meu caso, eu guardo tudo num pote de sorvete que fica no freezer. Guardo talos de espinafre, de couve-manteiga, de brócolis, cascas de batata, cenoura, alho, cebola, tudo que basicamente iria para o lixo orgânico, eu armazeno no meu pote.

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Quando o pote fica cheio, eu coloco numa panela de pressão cobrindo com água e deixo por uns 20 minutos. Escorro o caldo, espremo bem os vegetais para soltar mais caldo e guardo no congelador em cubos de gelo.

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Agora vem o pulo do gato. Em que situações eu uso?

  • Ao invés de usar água para cozinhar o feijão, uso o caldo.
  • Ao invés de usar água para fazer carne de panela, uso o caldo.
  • Ao invés de acrescentar água para amolecer uma abóbora (ou um brócolis, ou um chuchu) que está sendo refogada, uso o caldo.
  • Ao invés de usar caldo industrializado para fazer um risoto, uso o meu caldo caseiro.
  • Ao invés de usar água para fazer canja, uso o caldo.
  • Ao invés de fazer missoshiru com água, uso o caldo.

Basicamente no lugar de usar água, eu uso o caldo. Assim, mesmo oferecendo uma refeição básica, há diversos legumes e verduras embutidos dentro da minha comida graças ao meu caldo.

Na minha família, raramente ficamos doentes.

2.) Faça um cardápio semanal (no meu caso, de 3 dias)

Eu sempre tive muita preguiça em fazer o cardápio semanal, porque nunca dava certo. Eu comprava os ingredientes, só que ao longo da semana, me perdia toda na organização. No dia que estava planejado o estrogonofe, eu tinha vontade de comer feijoada. No dia que era para eu comer peixe, tinha vontade de comer ovo. Além de não saber lidar com as sobras. E ainda surgia a dúvida, como vou preparar mais comida, se ainda havia sobras na geladeira?

E com isso eu acabei adaptando o meu cardápio semanal para cardápio de 3 dias. E deu certo. Como o período é curto, consigo prever com mais facilidade, e os gastos com alimentação deu uma boa reduzida. Esse cardápio de 3 dias, muitas vezes acaba virando de 4 dias, 5 dias, dependendo da quantidade que comemos.

3.) Aproveite as promoções de produtos não-perecíveis

Na minha casa, não sei o que acontece, mas azeite e manteiga é uma coisa que consumimos bastante. E com isso, quando esses itens entram na promoção, aproveito e faço um estoque que dura meses!

4.) Compre na quantidade certa

Essa dica parece ser bem óbvia, mas não é que é difícil de acertar? Eu tento comprar na quantidade certa que dura uns 3 a 4 dias, por causa do meu cardápio de 3 dias.

5.) Aproveite os ossos para fazer caldo

Sabe aquele osso que você despreza quando limpa o frango? Adivinhem? Vira caldo. Meu freezer está cheio dessas coisas. Outro dia fiz canja de galinha com o caldo de galinha que a minha mãe sempre faz e deixa estocado no meu freezer. Não usei água. Só o caldo de galinha da minha mãe e o meu caldo de legumes. Ficou super saboroso, além de nutritivo

6.) Aproveite o soro que sobra quando fizer iogurte caseiro

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Esse soro (é o whey protein!) tem diversos nutrientes que podem ser aproveitados:

  • uso para deixar os grãos de molho (feijão, grão de bico)
  • uso substituindo o leite pelo soro quando faço bolo, pão
  • quando faço um omelete, coloco 1 colher de sopa para enriquecer
  • purê de batata? Ao invés de usar leite ou creme de leite, uso o soro
  • quando vou empanar um bife, acrescento um pouco deste soro no ovo.

7.) Use o freezer como aliado

Tem alguns pratos que eu gosto de fazer a quantidade dobrada, como o quibe recheado, feijoada.

Também tenho costume de preparar a massa do cookie e congelar em pequenas porções, assim, sempre tenho cookies quentinhos saindo do forno, disponíveis para comer a qualquer momento do dia.

8.) Transforme as sobras usando criatividade

A carne moída de hoje vira recheio de pastel de amanhã. Se ainda sobrar, vira macarrão bolonhesa. Se ainda sobrar, vira recheio de batata assada.

Sobra de molho branco? Acrescento alguns tipos de queijos e vira creme de queijo com pão italiano.

Vinagrete? Vira bruschetta.

Frango assado do domingo sobrou? E dá-lhe arroz de forno com queijo derretido com tomilho.

Pão velho vira torrada doce ou farinha de rosca.

Quando faço patê de ricota, gosto de temperar com sal grosso e chimichurri. Esse patê que sobra vira recheio do tomate recheado. O recheio do tomate (a polpa) eu guardo no congelador para complementar quando faço molho de tomate.

9.) Vai no supermercado? Não esqueça a lista

Leve uma lista, e seja firme para não comprar coisas desnecessárias, mas flexível o suficiente para substituir uma batata por batata-doce quando estiver na promoção.

10.) Não estoque alimentos além do necessário

Não esqueça que estoque é dinheiro parado na despensa. Organize os produtos de acordo com a validade. Os itens que você acabou de comprar, vai para o fundo da despensa.

11.) Frequente feira de rua

Sai bem mais em conta. Eu não frequento mais, porque agora tenho ido nos mercados que vendem produtos orgânicos. Mas na época em que frequentava feira de rua, era uma economia e tanto no orçamento.

12.) Frequente o açougue

É outro lugar que parei de frequentar por começar a consumir carnes orgânicas. Mas açougue é um lugar que o preço é bem mais em conta do que no supermercado.

13.) Não esqueça os cupons

A maioria dos supermercados já dão cupons para fidelizar os seus clientes. Não se esqueça deles no momento da compra. Aproveito também as promoções dos supermercados em compras online. Essa semana mesmo, ganhei um cupom de 30% para efetuar uma compra no Carrefour online, nem preciso dizer que aproveitei para fazer estoque de alguns produtos.

14.) Tenha um limite de gastos na alimentação

Eu só compreendi a importância de ter um limite de gastos há pouco tempo. Entendi que quando não há um limite de valor, é como se fosse um saco sem fundo. Coloque um valor limite para gastar na alimentação e use a criatividade para não ultrapassar o orçamento.

15.) Evite comprar sem necessidade

Sabe aquele salgadinho que você nem ia comprar, mas colocou no seu carrinho de compras, só porque está na promoção? Como diz o Julius:

16.) Tente reproduzir algumas receitas

Foi assim que eu aprendi a cozinhar coisas gostosas. As receitas tendem a ficar muito mais saborosas usando ingredientes de qualidade: manteiga ao invés de margarina, azeite extra-virgem ao invés de óleo, chocolate de verdade ao invés de achocolatado, leite integral ao invés de água e por aí vai.

E pra quem acha que eu faço todas essas delícias, porque eu amo cozinhar…. vai se decepcionar, porque eu nunca gostei de estar na cozinha. Sempre fui uma negação (minha mãe e meu ex-marido podem confirmar). A cozinha não é um lugar onde sinto prazer em estar, mas aprendi que cozinhar é um ato de amor, da mesma forma que lavar o banheiro não é o lugar que meu marido sente prazer em estar kkkk, mas é um ato de amor. Eu entendi que se eu não sei cozinhar, eu posso aprender. Se eu fizer uma comida ruim hoje, posso tentar novamente amanhã. E foi assim, dia após dia, que hoje, posso dizer que cozinho bem.

~ Yuka ~

Organização

Se você quer ter mais tempo, não faça mais rápido. Faça mais devagar.

Animais, Aves, Pardal, Natureza, Plumagem, Caneta

Sei que o título deste post soa estranho… as pessoas costumam falar exatamente o contrário: “assista vídeos no YouTube na velocidade acelerada”, “faça cursos de leitura dinâmica”, “faça tarefas com mais rapidez”, e se puder, “faça duas coisas ao mesmo tempo”.

Eu já devo ter contado pra vocês, que no meu auge da ansiedade, andava de bicicleta ergométrica, assistia televisão, conversava no celular (com o pescoço torto) e com as mãos livres, simplesmente tricotava para fazer um cachecol para mim… tudo-ao-mesmo-tempo!

Eu era produtiva? Sim. Eu era estressada? Sim.

E com isso, eu aprendi que de nada adianta sermos uma pessoa produtiva, mas estressada e mau-humorada.

Se queremos ter mais tempo de qualidade, devemos focar em 5 coisas:

1.) Desacelerar

Copa, Bebidas, Mãos Segurando, Bebida, Exploração

Se quer desacelerar, devemos pensar devagar, digitar devagar, ler um livro devagar, andar devagar, cozinhar devagar, conversar devagar. Acredite, o mundo desacelera quando nós desaceleramos primeiro. O tempo anda mais rápido ou mais devagar conforme o nosso ritmo.

2.) Fazer uma única coisa por vez

Discussão, Restaurante, Negócios, Loja De Café

Quer ouvir uma música? Ouça só a música. Mas feche os olhos e curta muito.

Vai almoçar? Então almoce prestando atenção no sabor e nas mordidas que está dando.

Vai conversar com o amigo? Preste atenção nele e esqueça o celular.

Fazer uma única coisa por vez é algo extremamente difícil nos dias de hoje. Nós temos o costume de tomar banho pensando na comida que iremos comer. Comemos pensando no filme que queremos assistir. Assistimos o filme pensando no horário que temos que dormir. E assim, vivemos dia após dia, sem estarmos presentes.

3.) Definir prioridades

Porta, Design De Interiores, Entrada, Escolha, Home

E aí surge a grande dúvida:

– Se fizer as coisas mais devagar, teremos menos tempo ainda.

Isso mesmo. Teremos que escolher quais atividades serão as mais importantes para a nossa vida.

A verdade é que não dá para fazer tudo o que a gente quer, não dá para assistir todos os filmes, ler todos os livros, conversar com todos os amigos, ter uma casa impecável todo os dias. É impossível.

Você vai ter que escolher qual filme vai assistir esta semana, qual livro quer ler este mês, decidir com quais amigos irá se encontrar desta vez, qual cômoda irá limpar hoje.

É assim que funciona o poder da escolha.

E escolhendo o que é mais importante na sua vida, você vai entender como desacelerar o tempo, como ser mais produtivo, como fazer tudo (entenda o “tudo” como “apenas” o que é importante) e dar a sensação de que hoje, valeu a pena viver.

Escrevi o post de hoje, porque no A riqueza da vida simples, muitas pessoas perguntaram como eu consigo fazer tantas coisas ao mesmo tempo, sendo que trabalho fora, faço comida todos os dias, sou mãe de 2 crianças pequenas, não tenho diarista, não tenho carro, etc.

Com a correria do dia-a-dia, nos falta tempo. Nos falta disposição, ânimo, energia… comigo também não é diferente.

Praticamente o nosso dia vai embora depois que voltamos do trabalho, também pudera, passamos de 10 a 12 horas fora de casa se contarmos o trajeto de ida e volta ao trabalho.

Prioridade.

Esta palavra é o que dita a regra em casa.

Para fazermos uma determinada atividade, precisamos deixar de executar as outras, porque simplesmente não temos tempo, nem condições físicas, nem mentais para fazer tudo com perfeição.

Se decido que levar as crianças para brincar na rua aos fins-de-semana é uma prioridade para mim, eu não vou poder gastar o dia inteiro fazendo faxina em casa. Isso significa que eu tenho que me virar para parcelar a faxina ao longo da semana. Na segunda-feira talvez eu limpe a sala, na terça-feira o banheiro, e assim por diante.

Se eu quero facilitar a minha faxina, para justamente não precisar contratar alguém para me auxiliar na limpeza, preciso escolher entre ter a sensação gostosa nos pés de ter um tapete em casa ou eliminar o tapete para facilitar a limpeza. Aqueles bibelôs que eu trazia de viagens que pegam mais poeira do que qualquer outra coisa, são itens que não existe mais em casa. Desisti de ter uma cama arrumada ao estilo MMartam por ser simplesmente impossível pra mim. A casa vai se tornando minimalista, e por ter menos coisas, a faxina e a organização se torna mais fácil.

Se eu decido que eu quero tomar o meu café da noite com o meu marido, porque pra mim é importante ter esse nosso tempo de conexão, significa que eu preciso deixar de fazer algo. No caso, eu quase não passo mais roupas. Não passo toalhas, lençol, calças, e a maioria das minhas blusas. E com isso, eu aprendi a escolher roupas que tenham tecidos que não amassam.

Todo dia é dia de escolher o que será prioridade e o que será renunciado.

4.) Mantenha sua rotina simples

Outono, Chá, Queda, Piquenique, Bebida, Orange, Cookies

Nós não precisamos ir a um super parque de diversões para divertir as crianças. Já percebeu que as crianças brincam em qualquer lugar? Leve as crianças para a praça mais perto da sua casa e uma bola. Só isso já será suficiente para elas se entreterem por algumas horas.

A mesma coisa vale para os adultos. Não precisamos ir até a cafeteria badalada, pegar o carro, dirigir até o local, procurar um estacionamento, enfrentar fila… Procure uma boa cafeteria perto da sua casa e aproveite para incentivar o comércio do seu bairro.

5.) Use o seu tempo de forma inteligente

Argila, Plano De Fundo, Bebida, Cozido, Pequeno Almoço

Outra coisa que costumo fazer é criar um “Banco do Tempo” pra mim. Quando faço massa dos cookies, duplico, ou até mesmo triplico a receita e congelo em porções pequenas. O tempo de preparação é o mesmo, só que aí eu passo meses sem precisar fazer a massa, lavar a louça e tudo mais. O único trabalho é o de colocar alguns cookies congelados na assadeira e depois de 15 minutos tenho cookies quentinhos saindo do forno. Talvez muitos de vocês achavam que eu realmente fazia os cookies do zero, mas não. Esse é o segredo para ter cookies sempre fresquinhos para a minha família e para oferecer às visitas. Faço a mesma coisa quando faço feijoada, lasanha, quibe recheado, molho de tomate caseiro. Essas porções de comida me ajudam a alimentar a família, quando por algum motivo algo sai do controle (no meu caso particular, é a preguiça).

Todos os dias, eu tenho o costume de antes de dormir, decidir fazer 1, ou 2 coisas que serão prioridades pra mim no dia seguinte. Pode ser uma comida gostosa, passear, levar o liquidificador para consertar, arrumar o guarda-roupa, enfim, eu decido o que será a prioridade do dia. Desta forma, não me sinto sobrecarregada e ainda fico com sensação de dever cumprido ao terminar a tarefa. Parece pouco, mas termino a semana tendo feito de 10 a 20 coisas importantes. Imagina isso ao longo de um ano? Tem funcionado muito bem. A lista é bem variada e não tem regra nenhuma:

  • agendar dentista + preparar bruschetta com brie e geléia de morango
  • pegar o resultado do exame laboratorial + levar as crianças pra brincar
  • assistir um filme com marido + limpar os azulejos da cozinha
  • chamar a vizinha pra tomar café em casa + separar roupas para doação
  • fazer backup do meu celular + pensar na viagem das férias

Também respeito muito a minha disposição física e mental do dia. O blog Viver Sem Pressa é um grande exemplo disso. Vocês sabiam que há muitos e muitos posts escritos que já estão agendados até maio de 2020? Ou seja, tenho posts que serão publicados semanalmente sem eu fazer nada até maio de 2020. Me permito fazer isso, porque simplesmente tem meses (sim! MESES) que eu não tenho inspiração, ou disposição ou simplesmente tempo para escrever. Então quando estou inspirada, escrevo 10, 20 posts de uma única vez. É isso que permite que o blog tenha posts novos toda semana, sem falta. Não importa se estou com indisposição, se estou sem tempo, se estou viajando, pois o post já está pronto.

Já nos momentos de ócio ou alguma atividade operacional, eu aproveito para fazer duas coisas ao mesmo tempo. Por exemplo, aproveito para ler um bom livro, ler notícias e blogs que gosto no caminho de ida e volta ao trabalho (no metrô). Também ouço (ao invés de assistir) vídeos do YouTube sobre temas de meu interesse enquanto estou cozinhando e lavando louça. E assim, eu consigo fazer com que o meu dia renda um pouco mais.

Dito tudo isso, há uma palavra de peso: consistência. Só faça! Faça o que for possível. Se só é possível arrumar a gaveta no meio do caos da casa inteira, tudo bem. Se na correria toda, você conseguiu preparar uma macarronada simples para a sua família, tudo bem. Se não conseguiu dizer eu te amo para o seu marido, porque simplesmente esqueceu, tudo bem, amanhã você tenta não esquecer. A consistência, a médio-longo prazo, torna-se um hábito, e aí que a magia começa.

Para desacelerar, mantenha sua rotina simples, defina prioridades e busque consistência. Não crie tantas expectativas e permita-se falhar.

~ Yuka ~

Auto-Conhecimento

O que aconteceu com a vida tranquila das gerações anteriores?

Hoje compartilho com vocês um artigo da Rosana, do Simplicidade e Harmonia. Como disse em posts anteriores, são poucos os blogs que acompanho, e este com certeza é um deles.

Boa leitura!

O que aconteceu com a vida tranquila das gerações anteriores?

A cena de uma pessoa idosa que todos os dias senta-se em uma cadeira de balanço para admirar a natureza, o pôr do sol ou o canto dos pássaros na varanda de uma casa com amplo quintal e muros baixos parece até coisa de séculos atrás.

A cena de uma mulher de meia idade que tira o período de uma tarde inteira em um dia de semana para efetuar reparos em roupas da família ou criar alguma nova peça em sua máquina de costura parece até algo de outro mundo nos dias atuais.

O adolescente ou o adulto que conversa com seu amigo em uma praça arborizada sem carregar consigo ao menos um telefone celular parece algo de décadas atrás.

A criança que brinca de pular corda, amarelinha, andar de bicicleta, de boneca, de carrinho, que tem realmente tempo livre e amplo espaço para as brincadeiras de criança, que vive sem estar sobrecarregada de atividades também parece algo que ocorreu somente em tempos muito distantes da atualidade.

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Sociedade dos excessos

Não há dúvida de que a tecnologia é extremamente útil, que veio para ficar e facilitar a vida. Mas o que vemos não é bem isso.

Todas as faixas etárias parecem estar viciadas em tecnologia. Cada um em seu mundo – um mundo repleto de estímulos visuais e sonoros, mas que carece de contato real.

Há excesso de bens materiais, atividades e sonhos de consumo. Ao mesmo tempo, há escassez de paciência, de descanso, de vida saudável e até de tempo!

Vida tranquila x vida estressante

Diariamente nossos bisavós, avós e até alguns pais almoçavam em casa – algo impossível nos dias atuais para a maior parte dos habitantes das grandes e médias cidades brasileiras.

Se as refeições e o convívio familiar desses momentos foram prejudicados, o sono então nem se fala…

Em meados do século XX, por influência das teorias da administração, dormir passou a ser considerado perda de tempo. Não consigo entender como essa teoria foi – e continua sendo – tão bem aceita pela sociedade, já que é durante o sono que muitos processos de restauração e limpeza ocorrem no organismo, sendo que alguns desses processos são mais eficientes durante o sono.

Cada vez mais a comunidade científica mundial tem percebido que muitas doenças têm muito mais relação com o estilo de vida do que se acreditava.

Poluição, trânsito e alimentação industrializada prejudicam ainda mais o quadro estressante e degradante da atualidade.

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Silêncio x barulho

O silêncio puro e absoluto, o canto dos pássaros, o coaxar dos sapos e os sons na natureza de forma geral foram substituídos por buzinas, sirenes e motores de todos os tipos e em quase todos os lugares. E em qualquer hora do dia ou da noite.

Simplicidade x complicação

O estilo de vida das gerações anteriores era simples. Com muitas privações, mas o básico estava disponível para uma grande parcela da população.

Em poucas décadas, o simples tornou-se complicado demais. Não houve equilíbrio e nessa transição parece que tampouco bom senso. O resultado é o que vemos no dia a dia em todas as faixas etárias: impaciência, apatia, falta de domínio próprio, tristeza, consumo excessivo, ansiedade, agonia, síndrome do pânico, depressão, pressa, somatização, doenças físicas causadas principalmente pelo estresse, etc.

Idosos trabalham, pois geralmente a aposentadoria não é suficiente. Infelizmente para muitos faltaram recursos, mas também um pouco percepção em relação ao consumo exagerado. Por isso, a educação financeira é muito importante, sendo que quanto mais cedo, melhor.

Jovens procuram emprego e não encontram uma vaga. E quando encontram, geralmente o salário é baixo demais para o custo de vida atual.

Quem está entre os dois grupos anteriores precisa fazer atualizações e cursos periodicamente para conseguir manter-se no mercado de trabalho.

Aceleramos demais…

O progresso é bom e a tecnologia também. Desde que usados de forma equilibrada.

A vida tranquila do início do post não vai mais voltar, mas para o próprio bem estar, para a manutenção da saúde física e mental, é necessário desacelerar.

Estabelecer prioridades.

Ter foco.

Saber dizer “não” quando preciso.

Meditar e/ou orar.

Ter contato com a natureza.

Valorizar o que realmente importa.

Valorizar mais o ser e menos o ter.

Viver o momento presente.

Dormir a quantidade de horas que sejam o ideal para você e não o que a sociedade impõe como correto, já que essa padronização não existe.

Praticar o desapego.

Viver com simplicidade.

Vida = momentos + momentos + momentos…

Momentos bons, ruins, tranquilos, estressantes, bem aproveitados, desperdiçados… Que todos nós sejamos capazes de caminhar pela estrada da vida da melhor maneira possível, de acordo com nossa essência, valores e crenças.

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Que as ilusões do mundo não nos atraiam e que as imposições da sociedade da pressa e do consumo estejam, na medida do possível, sob o nosso controle.

Crédito das imagens: Annalise BatistaPexels e andy chung.

Minimalismo

Quem quer, arruma um jeito. Quem não quer, arruma uma desculpa.

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Twitter: @itslucasaguiar

Muitos de vocês já devem ter visto esta foto viralizar.

A vida está cheia de pessoas dando desculpas. A faculdade que fica para depois por falta de dinheiro. A academia que fica pra depois por falta de disposição. Os encontros com os amigos que ficam pra depois por falta de tempo. E desculpas após desculpas, não percebemos que a vida vai se esvaindo e o tempo vai passando…

Claro que não temos como viver pensando somente no agora, no imediatismo, mas de tudo o que queremos/precisamos fazer, quanto estamos adiando?

O encontro com o amigo que poderia acontecer neste fim-de-semana.

Aquela viagem de bate-volta, perto da cidade que poderia acontecer ainda neste mês.

Aquele restaurante que inaugurou faz 1 ano e que ainda não deu tempo de conhecer…

Aquele telefonema (ou uma mensagem de WhatsApp) dizendo que está com saudades da amiga, poderia acontecer neste exato momento.

A vida é muito curta para adiarmos tantas coisas boas.

Quando se vê, a vida já passou. Quando se vê, já é tarde demais.

Gosto muito do poema do Mário Quintana que descreve bem o que estamos passando:

O Tempo

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal…
Quando se vê, já terminou o ano…
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado…
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas…

Mário Quintana

~ Yuka ~

 

Auto-Conhecimento

Trabalho: como escolher o seu

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A leitora Cláudia me pediu um post sobre como escolher um trabalho legal, que se encaixe com os nossos valores.

Apesar da pergunta ser difícil de responder, vou compartilhar com vocês a minha opinião sobre esse assunto.

Eu sempre quis ser veterinária desde criança. Eu era a criança enlouquecida que corria atrás dos gatos, pombas, cachorros, peixes etc. Tenho uma coleção de fotos que tirei ao longo de toda a minha vida, durante as viagens que fiz. Tenho fotos com jacaré, nadando com boto cor-de-rosa, tirando uma selfie com um caranguejo azul, penteando o “cabelo” do pônei, dando frutas para um macaco, guaxinim, e por aí vai. E por causa dessa paixão, quando era mais nova, fui trabalhar em uma clínica veterinária que tinha um pet shop acoplado. Pois bem, como era de se esperar, a realidade era bem mais dura do que eu imaginava. A clínica onde trabalhei (e adotei a minha falecida cachorrinha que viveu por 19 anos), tinha uma postura exemplar: uma médica veterinária carinhosa, humana e que por isso mesmo adotava (ou sacrificava em último caso) todos os animais que eram abandonados na frente da clínica.

Eu chegava na clínica e começava a tremer quando via uma caixa de papelão bem na porta de entrada. Eu sabia que tinha algo vivo ou morto lá dentro. Em uma das dezenas de casos de abandono, a médica havia adotado uma cachorra da raça doberman (para quem não conhece, é enorme) que havia levado um tiro na coxa e tinha virado paraplégica, ou seja, não movia mais as pernas. Era o meu papel limpar o curativo (que nunca cicatrizou), levantar a cachorra pesadíssima pela barriga e dar uma volta pelo quintal para que ela pudesse passear, interagir com os outros cachorros, fazer as necessidades etc. E a duras penas eu percebi que a profissão, como tantas outras, era muito mais difícil na prática do que na teoria.

A própria cachorra que eu adotei, a Gutinha, tinha nascido com um problema nas pernas, nasceu sem mover as pernas, e por esforço da médica que fazia hidroginástica e massagem diariamente, passou a andar tortinha. Ela havia sido adotada 5 vezes (por ser de raça), e foi devolvida as 5 vezes para o pet shop. Dava para ver a dor da rejeição nos olhos dela. Até que eu fui a sexta e última dona.

Foi nessa época que eu desisti de ser veterinária, e escolhi ser bibliotecária. Não por amor. Mas por achar que conseguiria um emprego fácil na era da informação e do conhecimento. Apesar da profissão ter as suas vantagens, não é o que aquece o meu coração, afinal, escolhi este curso aos meus 17 anos. Nesses 20 anos, eu amadureci e hoje, me conheço melhor.

O meu emprego me paga bem, sinto gratidão por tudo o que ele me proporciona. E por ele me pagar bem, aproveito para injetar boa parte do meu salário em investimentos, para que um dia eu possa me libertar do trabalho, e descobrir o que amo fazer, mesmo se ele não der retorno financeiro, já que dinheiro não será mais problema.

Escrevi tudo isso para dizer que na verdade, não há certo ou errado. Há escolhas que deverão ser feitas. Lembro que a minha irmã mais velha me recriminou quando eu era mais nova por ter feito uma faculdade que eu achava que me daria emprego, no caso a biblioteconomia. Ela falou que eu estava escolhendo uma profissão pelo dinheiro, enquanto ela estava escolhendo uma profissão por amor. Eu nunca tive dificuldades em encontrar emprego, muito pelo contrário, sempre tive oportunidades, trabalhei em empresas boas. Minha irmã, ao contrário de mim, escolheu ser arquiteta, e não conseguiu emprego depois de formada, foi estudar e trabalhar no Japão e mudou de área de trabalho. Então são escolhas que temos que fazer.

Hoje, se eu pudesse dar um conselho para as minhas filhas, eu daria 3:

1.) faça o que ama, mas aprenda a se sustentar sozinha. Muitas vezes, fazer o que ama, pode não dar dinheiro, mas se essa for a sua escolha, tudo bem.

2.) faça o que o mercado de trabalho precisa e que pague bem. Se trabalhar bem e souber investir, em 10 anos, será livre para fazer o que ama pelo resto de sua vida.

3.) se souber o que ama, mas não tiver condições financeiras, “pause” a sua paixão e faça o que o mercado de trabalho precisa. Trabalhe bastante e poupe bastante para somente depois fazer o que ama.

Para as pessoas que já nascem sabendo que querem ser médicos, engenheiros, artesãos, atores, empreendedores, acredito que a primeira opção é a melhor escolha. Para os que não sabem o que querem, ou que não encontraram a paixão (que era o meu caso), a segunda opção pode ser a melhor escolha. Eu, sem querer, acabei fazendo a escolha certa: eu escolhi a segunda opção. Aos 17 anos, eu não sabia o que gostava, quais eram as minhas paixões. Na verdade, tenho diversas paixões, o que complicava ainda mais a tomada de decisão.

A escolha será sempre unicamente da pessoa. Como disse anteriormente, não há uma receita mágica, nem certo ou errado. Basta somente compreender que para cada escolha feita, diversas renúncias deverão ser feitas.

Faça a escolha que fizer mais sentido para você.

~ Yuka ~

Dinheiro, IF e FIRE

8 tipos de desperdícios: menos desperdício e mais dinheiro no bolso

Muito se fala em desperdício de luz, água e alimentação, mas pouco se fala sobre desperdício de tempo, dinheiro e espaço.

Entre tantas coisas que são difíceis de mudar (mudar o mundo, mudar as pessoas, mudar de opinião…), reduzir o desperdício é relativamente fácil. A vantagem ainda em reduzir o desperdício, é a “recompensa” que vem depois: o dinheiro que conseguimos poupar. A seguir, listei alguns dos principais desperdícios:

Desperdício 1: Tempo

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Eu levo muito a sério quando digo que tento aproveitar o máximo do tempo que eu tenho. Antes das minhas filhas nascerem, eu tinha bastante tempo, mas hoje, com o tempo escasso, aproveito cada minuto disponível para fazer coisas que eu gosto.

  • Aproveitando os momentos de espera:

Quando estou no metrô indo para qualquer lugar, eu leio livros pelo Kindle (como ele é fininho e leve, sempre está dentro da minha bolsa). Também aproveito para ler nos pequenos momentos de espera, como na fila do supermercado e enquanto estou esperando para ser atendida no consultório médico. Às vezes, o tempo de espera é tão pequeno que mal dá para ler 1 página, mas mesmo assim, é melhor ler 1 página do que não ler nenhuma.

  • Aproveitar as saídas e passeios para comprar o que preciso:

Tenho uma lista denominada “Compras” no celular. Essa lista, é diferente da lista “Supermercado”. Na lista Compras, eu anoto tudo o que estou precisando comprar, geralmente são coisas que não consigo comprar no supermercado. Para exemplificar, na minha lista atualmente há os seguintes itens: garrafa térmica para café, chinelo para as filhas, lenço umedecido, cardigã vermelho e escorredor de louça. Toda vez que eu vou sair de casa (pode ser shopping, pode ser um passeio, pode ser visitar alguém) eu tenho o costume de olhar essa lista. Se no caminho do passeio, vou passar na frente de alguma loja onde vende garrafa térmica, aproveito para comprar. Se no caminho vou passar perto de uma farmácia, aproveito para comprar o lenço umedecido. Desta forma, não preciso sair de casa só para comprar a garrafa térmica ou o lenço umedecido. Isso me faz ganhar tempo.

  • Aproveitar os momentos em que faço tarefa doméstica para estudar:

Tenho o costume de salvar vídeos do YouTube no meu perfil para assistir depois. Ouço os vídeos enquanto estendo roupa no varal, enquanto estou cozinhando, lavando a louça, guardando os brinquedos das crianças, etc.

  • Saber utilizar bem a lista de Supermercado vs Despensa:

Basicamente eu tenho 3 tipos de controle em casa:

  1. geladeira e “estoque em uso” (farinha, açúcar, arroz etc guardados em potes herméticos)
  2. despensa (lugar onde armazeno os produtos novos, lacrados)
  3. lista de supermercado

Costumo estocar alguns produtos que sempre uso (como farinha, açúcar, óleo) na despensa. Se inicio o mês com 3 pacotes de farinha, conforme eu vou abrindo os pacotes, transfiro para os potes herméticos. Quando eu pegar o último pacote da farinha na despensa para encher o pote hermético, já anoto na lista de Supermercado. Faço isso porque até eu terminar de usar a farinha que está no pote hermético, vai levar alguns dias/semanas, então não preciso sair correndo para o mercado porque descobri que não tem farinha justamente na hora em que estou fazendo um bolo. Tem coisa pior que isso?

Desperdício 2: Dinheiro

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Muitas pessoas acabam não associando que o desperdício no geral significa desperdiçar dinheiro? Se jogo fora os alimentos estragados, estou jogando dinheiro no lixo. Se deixo a água da torneira aberta sem necessidade, é dinheiro no lixo. Se compro uma roupa que fica sem uso no guarda-roupa, é dinheiro parado que foi para o lixo. Se tenho remédios em casa e compro mais remédios similares, é dinheiro no lixo, já que provavelmente os remédios terão a sua validade vencida. O mesmo acontece com as maquiagens. Maquiagens e esmaltes possuem data de validade, portanto se compro vários e não consigo usar até a data de validade, também foi dinheiro para lixo. Pare de gastar dinheiro com besteiras.

Desperdício 3: Espaço

Eu moro em um apartamento que é adequado para o tamanho da minha família. O apartamento possui 2 dormitórios, sala, cozinha, lavanderia, 2 banheiros e um quartinho de despensa. Isso significa que eu pago um condomínio de acordo com o que estou usando. Se você é uma pessoa solteira ou até mesmo recém-casado e sem filhos, morar em um apartamento de 2 ou 3 dormitórios significa que está desperdiçando espaço, e também dinheiro, já que se estivesse morando em um apartamento menor, pagaria menos condomínio, menos IPTU, menos luz (a potência da lâmpada que ilumina uma sala de 5m2 é bem diferente de uma que precisa iluminar 10m2) etc.

Desperdício 4: Energia (humana)

Muitas pessoas perguntam como consigo fazer tantas coisas, apesar de ter tantas obrigações no trabalho e em casa. Posso dizer que eu aprendi a gastar a minha energia de uma forma eficiente. Isso não significa que eu faço mais esforço que as outras pessoas. Na verdade, às vezes desconfio até que eu faço menos esforço que a maioria. Sabe como? Graças ao planejamento que faço do meu dia, semana, ano et. Por exemplo, vejo muitas pessoas cavando buraco nos lugares errados. Elas cavam, cavam, cavam, não param para pensar se está fazendo a coisa certa, se está usando a ferramenta certa, se está cavando o buraco certo. Quando não fazemos um planejamento, a chance de cavar o buraco errado é grande, a chance de usar a ferramenta errada é grande. E isso significa retrabalho e desperdício de tempo e de energia.

Temos o costume de negligenciar o planejamento através do “fazejamento”, planejando enquanto fazemos. E isso é uma das piores coisas que podemos fazer, já que muitas vezes, o buraco que foi feito é tão grande, que custamos a compreender e admitir que aquele buraco não vai nos levar a lugar nenhum.

Então, minha gente, não negligenciem o desperdício de energia.

Desperdício 5: Alimentação

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Esse item eu ainda não consegui incorporar na minha rotina. Já reduzi bastante o desperdício, mas ainda jogo comida fora.

Uma das coisas que diminuiu bastante o desperdício aqui em casa foi cozinhar menos comida. Parece óbvio, mas quando eu tinha 700g de carne moída, eu costumava cozinhar os 700g de carne. Se eu tinha 1 batata-doce gigante, eu usava toda a batata-doce. E aí o que acontecia? Eu ficava comendo sobras de comida a semana toda, e no fim, não queria mais comer, também achava que estava velho demais para congelar e ia direto para a lixeira.

Hoje eu faço assim, ao fazer o almoço do fim-de-semana, uso para cozinhar somente o que iremos consumir naquela refeição. Isso significa que muitas vezes uso 1/2 pimentão, 1/4 da cebola, 1/2 do pepino, e guardo o que sobrou na geladeira. E para preparar a próxima refeição, uso essas sobras de verduras e legumes para fazer uma outra receita. Assim ninguém enjoa da comida e diminui o desperdício.

Desperdício 6: Roupas

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Um dos desperdícios que eu costumava ter há muitos anos era em relação ao vestuário. Eram 20 blusas pretas, 10 brancas, 50 coloridas, 10 calças jeans, diversos cintos, vários sapatos, bolsas, maquiagens… todo mês comprava alguma coisa pra mim. Até que conheci o minimalismo e passei a me conhecer melhor. Encontrei o meu equilíbrio, um guarda-roupa pequeno, mas suficiente para mim. Ao invés de comprar roupas fast-fashion, passei a escolher roupas melhores, de tecidos mais duráveis, de modelagem mais adequada ao meu corpo. E com isso, a vontade de trocar de roupa a todo momento passou. Um bom exemplo é a minha carteira, que comprei em uma loja que adoro há 8 anos. Não foi barato, mas ainda está em perfeito estado.

Desperdício 7: Luz

No início deste ano, percebi que a minha conta de luz do ano de 2018 aumentou consideravelmente, já que costumo fazer uma análise dos gastos do ano que passou. E com isso, conversamos com os integrantes da família (eu, marido, filha de 3 anos e filha de 1 ano) de que precisaríamos economizar a luz da casa. Foi uma conversa simples, de que devemos desligar as luzes do quarto que estiver vazio. E adivinhem quem deixa sempre a luz ligada? Eu e meu marido. E adivinhem quem avisa que a luz está acesa, pega o banquinho e apaga as luzes dos quartos? Minha filha de 3 anos. Ela virou a general daqui de casa, sempre nos avisa quando deixamos a luz acesa. E assim, vamos nos acostumando de desligar a luz quando saímos de um cômodo.

Desperdício 8: Água

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Diferentemente da luz, que chega um boleto com o valor a ser pago mensalmente, a água já está inclusa no condomínio, então não sabemos exatamente qual é nosso consumo mensal de água. Apesar disso, sempre tentamos não desperdiçar a água. As crianças já sabem disso e ao ensaboar as mãos, peço sempre para fechar a torneira. Outra coisa que costumamos fazer é encher uma bacia e dar banho nas duas. Elas até pedem para deixar o chuveiro ligado, mas quando explico que a água é finita, e que deixar o chuveiro ligado pode acabar a água do mundo, elas compreendem e se contentam com a água da bacia.

Esses são os 8 maiores vilões do desperdício que eu encontrei.

Cabe a nós fazer o que está ao nosso alcance.

~ Yuka ~

 

 

 

 

Dinheiro, IF e FIRE

Gaste dinheiro onde você gasta tempo

dinheiro tempo

Apesar de gostar de economizar, também gosto de gastar bem, principalmente onde gasto bastante parte do meu tempo.

Geralmente, quando compro algo, costumo avaliar quanto tempo usaria aquele determinado item por dia.

Na minha cabeça, funciona da seguinte forma: não compensa comprar algo caro, se sei que vou usar somente algumas vezes por semana ou por mês.

Gosto de comprar coisas de qualidade e de conforto para os itens onde gasto tempo da minha vida.

Alguns itens onde gasto um pouco mais em prol do conforto:

Cama

Das 24 horas por dia, quanto tempo passamos dormindo na cama? 6 horas? 8 horas? São muitas horas por dia. Ao invés de comprar um colchão “maomeno”, prefiro comprar um de qualidade, principalmente porque alguns colchões possuem durabilidade superior a 10 anos.

Celular

Quanto tempo passamos olhando para o celular? Eu confesso que passo bastante tempo. Não só navegando na internet, mas principalmente porque toda a minha rotina de organização está dentro do meu celular. Eu uso a agenda, o bloco de notas, listas, aplicativos que me auxiliam nas finanças pessoais, aplicativos de bancos, tudo sincronizado e organizado para não me perder. Ouço audiobooks e assisto conteúdos para meu aprimoramento pessoal no YouTube. Então prefiro ter um celular de minha preferência, mesmo que o valor seja um pouco mais elevado. Outro dia uma colega insinuou que meu celular era muito caro. E eu perguntei para ela quantas vezes ela já tinha trocado o celular nos últimos 5 anos? Duas, três vezes? Eu não troquei nenhuma vez. Funciona perfeitamente e pretendo ficar com ele por mais alguns anos. Agora, se fizer os cálculos, quem está gastando mais no celular, eu ou ela? Tenho certeza que não sou eu.

Sapato

Sapato é uma coisa que eu parei de economizar. Na verdade, durante anos da minha vida, como minha mãe não tinha dinheiro, eu usava muito sapato ganhado. Quem usou ou usa roupas doadas sabe que tamanho é a última coisa que a gente pode reclamar. Ou seja, apesar do meu pé ser do tamanho 36, eu usava 35, 37 e até 38. E isso machucava demais o meu pé. Depois que comecei a ganhar o meu próprio salário, passei a comprar sapatos confortáveis que possuem um preço justo. Como não tenho zilhões de pares de sapatos, gosto de comprar os que considero bonitos e confortáveis.

Fogão, frigideira, etc.

Fogão é outra coisa que eu não economizo. Durante anos, usei aqueles fogões mais baratos, onde a chama do fogo era bem irregular. Nem sei quantas vezes a chama do forno havia se apagado sem eu perceber, enquanto estava assando um bolo. Também passei a usar frigideiras boas, e essa combinação frigideira vs fogão é tudo de bom. É uma das coisas, que se bem cuidada, duram mais de 10 anos.

Sofá

Outra coisa que me deixa feliz é quando sento no meu sofá. Antes, eu tinha um sofá de 2 lugares, pequeno, que era suficiente só para mim. Depois meu marido chegou, casei, e o sofá pequeno continuou entre nós durante muitos anos. Quando a minha primeira filha nasceu, o sofá ainda estava lá, mas já achávamos pequeno demais. Hoje temos um sofá bem grande, que cabe 4 pessoas lindamente (na verdade dá para sentar umas 6 pessoas). Fofo como deve ser, grande e confortável, vai durar muitos e muitos anos.

Eletrônicos

Costumo comprar eletrônicos como televisão, computador, bateria, de marca reconhecida. Essa semana um colega estava falando que acabou queimando um celular novinho, porque tinha comprado uma bateria recarregável de marca duvidosa. Além de ter perdido dinheiro com a bateria que não funciona, queimou o celular. Duplo prejuízo.

Esses são os itens que eu definitivamente não gosto de economizar. Em todos os outros lugares, eu penso duas vezes antes de gastar demais.

~ Yuka ~

Organização

Quanto tempo você gasta vivendo a vida dos outros?

tempo

Sejamos sinceros.

Quanto tempo você gasta diariamente vivendo a vida dos outros?

Vivemos a vida dos outros quando navegamos pelo Facebook por horas, sentindo aquela pontinha de inveja inconfessável de como a vida dos outros parece ser mais interessante que a nossa. Quando olhamos as fotos de pessoas perfeitas no Instagram, e também quando criamos diversos álbuns no Pinterest jurando de pés juntos que um dia iremos fazer tudo aquilo.

Ou quando nos inscrevemos e acompanhamos YouTubers que não nos acrescentam tanto como pessoa. Quando assistimos televisão só por assistir. Quando ouvimos aquela sua colega, que nem é sua amiga, lamentando de como a vida dela é triste, infeliz…

Quando a gente faz essas coisas, a vida passa pela tela do celular, pela televisão, pela tela do computador, escorre pelo dedo das nossas mãos…

Agora vou mudar a pergunta:

Quanto tempo da vida você gasta para você?

Os dias estão corridos, eu sei, mas se pararmos para pensar, quanto tempo do dia focamos nas coisas mais importantes da vida? Quantos minutos do dia tiramos para ler os livros favoritos?

Trabalhamos. Limpamos a casa. Fazemos compras no mercado. Ficamos presos no trânsito. Preparamos o jantar. Dormimos pouco… mas não temos tempo para o que é mais importante.

Precisamos pensar o que temos colocado como nossa prioridade.

Precisamos pensar de que forma estamos alimentando a nossa mente, corpo e alma.

Ao invés de olhar o que os outros tem feito de interessante, precisamos prender a atenção em nós mesmos.

Gaste mais tempo com o que é importante: você.

~ Yuka ~

Organização

Dicas para que o planejamento de longo prazo dê certo!

planejamento futuro

Eu já tinha percebido o motivo dos meus planos de curto, médio e longo prazo darem quase sempre certos.

Isso se deve a 2 coisas:

1.) acompanho os meus planejamentos com frequência

2.) faço pequenos ajustes ao longo do período

Lembro que uma amiga chegou a comentar que para ela seria impossível traçar metas tão longas, pois não conseguiria “engessar” o seu futuro como eu fazia.

Mas na verdade, é justamente o oposto. Eu não engesso, eu só traço alguns objetivos e vou fazendo pequenos ajustes ao longo do tempo.

Por exemplo, no meu planejamento de uns 5 anos atrás, constava que aos 33 anos eu iria casar com o meu namorado (que é o meu marido atual), depois compraríamos um carro aos 34 anos, e depois um apartamento financiado. Nesse meio tempo tentaríamos ter 3 filhos.

Mas conforme as coisas iam acontecendo, os ajustes também aconteciam. Hoje, a única coisa que foi concretizada desse planejamento foi o casamento. Porque para o restante (o carro, o apartamento, os filhos) a nossa opinião mudou. Resolvemos não ter carro, resolvemos vender o apartamento para viver de aluguel e decidimos que 2 filhas já estava bom.

E só para reafirmar: está tudo bem alterar o planejamento. Aliás, ajustar o planejamento a todo momento é o que faz tudo isso dar certo e faz com que eu não abandone meus objetivos. A nossa vida é repleta de mudanças, por isso mesmo, engessar os planos é um dos maiores motivos para que aconteça o abandono do planejamento.

Outro fator muito importante para um planejamento, é, após definir o que quer para o seu futuro, trazer isso para o hoje. Vou exemplificar. Se lá na frente eu quero me aposentar, viajar com o meu marido, curtir minha aposentadoria com ele, cuidar das minhas filhas, eu PRECISO cuidar do meu casamento hoje. Pois se eu não fizer isso, quando eu me aposentar, eu estarei sem o marido.

Se eu tenho vontade de participar da corrida de São Silvestre, eu PRECISO começar a treinar desde já, porque eu não consigo simplesmente sair correndo de um dia para outro, eu preciso treinar o meu corpo para isso.

Não basta ter um planejamento.

É necessário trazer o futuro para o presente. E como a gente faz isso? É só ler o post da semana passada. Aquela lista-mãe que provavelmente alguns dos leitores fizeram, será essencial para o início de todo o planejamento. Qual dos itens será levado à sério? Como ele será desmembrado em diversas pequenas tarefas?

Não mire só o futuro. Lembre-se de comemorar as pequenas conquistas diárias, vibrar por cada degrau que subir.

Não se esqueça que o futuro, nada mais é do que a somatória do que fazemos no presente.

~ Yuka ~

Auto-Conhecimento

A capacidade que temos de começar outra vez

começar outra vez

Há exatos 10 anos, eu me divorciei.

Foi bem difícil, mas ao mesmo tempo senti um alívio ao saber que a partir daquela dia, eu voltaria a ter controle da minha vida.

Logo depois do divórcio, voltei a estudar, procurei um novo lugar para morar e juntei meus caquinhos para reconstruir minha vida.

Engana-se quem pensa que não gosto dele. Muito pelo contrário, tenho admiração e gratidão por ele ter tido a coragem de dizer o que estava sentindo. Graças à essa coragem eu tive a oportunidade de reconstruir a minha vida ao lado de outra pessoa.

No dia em que ele foi embora, eu dobrei suas roupas para colocar na mala. Eu emprestei a chave de casa quando viajei por 1 mês, porque ele ainda não tinha lugar oficial para ficar. Quando retornei da viagem, encontrei a casa em silêncio e uma geladeira abarrotada com coisas que eu gostava de comer.

Foi ele que fez a mudança das minhas coisas para o apartamento novo. Foi ele que desmontou e montou meu guarda-roupa.

E com todas essas lembranças, hoje tenho a plena consciência de que meu primeiro casamento não foi um erro. Eu casei com a pessoa certa. Só não durou para sempre.

E apesar de já saber que ele tinha um caráter exemplar, foi no divórcio que eu confirmei isso.

Dizem que a cada 10 anos um novo ciclo se inicia.

Depois de 10 anos, cá estou eu, casada novamente, apaixonada e mãe de 2 lindas filhas.

E ao relembrar desse momento, lembrei da minha mãe falando que sempre achou que o divórcio era o fim da vida de uma pessoa…

… mas que ao me ver começando de novo, descobriu que o divórcio não era um fim, e sim, o recomeço de uma vida.

Neste fim de ano, aproveito para relembrar que nós temos a força de recomeçar sempre. Recomeçar uma nova vida, um novo estilo de vida, um novo hábito, ter novos propósitos…

Um feliz 2018 para todos!!!

Um feliz recomeço para todos nós.

~ Yuka ~

Auto-Conhecimento

Vida corrida: desacelerando

desacelerar

Não é de se estranhar que a nossa vida esteja tão corrida.

E o motivo é simples.

Nós trocamos – pelo menos – 1/3 do nosso dia trabalhando para os outros em troca de dinheiro, julgo salário. Vendemos o nosso tempo por dinheiro para manter o nosso sustento, comprar comida, ter um teto para morar, pagar pelos estudos, ter conforto.

Ficamos 8 horas no trabalho + 1 hora de almoço no trabalho + 1 hora (pelo menos) no trânsito. “Só” isso já consome 10 horas do nosso dia.

Quando voltamos para casa, a maioria de nós precisamos ir ao supermercado, fazer o jantar, cuidar da nossa higiene, cuidar dos filhos, cuidar da casa.

Mesmo se não tivermos nenhuma atividade extra (como academia, curso), só com o emprego e tarefas domésticas, o dia praticamente já foi preenchido.

Quando tentamos fazer mais coisas do que o nosso tempo permite, geramos estresse e a sensação de que nos falta tempo domina a nossa rotina.

Muitos pais fazem hora extra para comprar o que há de melhor para o seu filho, mas na maioria das vezes o que o filho mais quer é ter os pais por perto.

Trocamos nosso tempo trabalhando mais para comprar coisas que nem precisamos.

Talvez compramos coisas que não precisamos por fazer uma comparação com um colega? Se um colega de trabalho compra um carro importado, uma casa grande decorada, coloca os filhos na escola bilíngue, a sensação de que está ficando para trás invade a sua mente?

A televisão dá uma bela incentivada nesse comportamento, mostrando em novelas e comerciais as mulheres surreais andando de salto alto dentro da casa, ou seja, mostram a mulher impecável que nos faz sentir um lixo. Ressaltam em comerciais a importância de trocar presentes em datas festivas (a maioria inventadas por donos de indústrias para girar o comércio) como Dia das Crianças, Dia dos Pais, Dia das Mães, Natal, Dia dos Namorados, Black Friday, etc.

Colocaram na nossa cabeça que trabalhar muito é bonito. Fazer hora extra é bonito. Não ter tempo para família é bonito. Ou seja, quanto menos tempo tivermos, mais importante iremos parecer.

Colocaram na nossa cabeça que quem tem tempo é preguiçoso. Que quem trabalha pouco é vagabundo. Quanto mais tempo tiver, mais preguiçoso vai parecer.

Quem colocou essas ideias na nossa cabeça?

Neste exato momento, eu não tenho a opção de largar meu emprego, mas sei que a empresa me paga pelas 8 horas diárias do meu serviço. Antes eu fazia hora extra. Hoje não. Antes eu vendia férias. Hoje não.

Para ter um casamento saudável, é necessário que a família passe mais tempo juntos. Para ter filhos com melhor autoestima é necessário que passem mais tempo com os pais.

Não deixe que – no pouco tempo que sobra do seu dia – a televisão, o celular, a internet afaste ainda mais sua família.

~ Yuka ~

Minimalismo

Viver com simplicidade

simplicidade

Abro os olhos e a casa em silêncio. Meu marido e minhas filhas ainda dormem.

Levanto da cama e desligo a iogurteira. Transfiro para um pote para coar o soro, dentro de algumas horas, terei meu iogurte grego para comer no café da manhã com a granola caseira que fiz semana passada.

Como acordei cedo, aproveito para fazer um pão. Em 45 minutos, a casa inteira estará cheirando a pão quentinho.

Enquanto asso o pão, amamento a minha filha, deitada na cama mesmo, sentindo seu cheirinho gostoso de bebê, enquanto ela mama estalando a boca.

Depois que todos acordam e tomam o café da manhã, como o tempo está bonito, decidimos fazer um piquenique em um parque perto de casa.

Preparo um sanduíche rapidinho, separo algumas frutas, suco, água, tudo bem improvisado e coloco na bolsa térmica, sem esquecer de levar alguns pães para dar aos pássaros e peixes do parque.

Após passar uma tarde gostosa no parque, voltamos para a casa, tomamos banho, faço uma janta simples e quando olho no relógio, já passou da hora das crianças dormirem. Um corre-corre para colocar pijama, escovar os dentes, ler uma historinha e se preparar para dormir.

E aí começa a jornada das tarefas de casa: limpar a bagunça, recolher os brinquedos, lavar a roupa, enfim, tudo o que é necessário para manter a casa em ordem. Enquanto meu marido faz essa parte, eu vou para a cozinha preparar a comida que iremos levar amanhã no trabalho.

Já tarde da noite, sentamos ao redor da mesa de jantar para tomarmos um café (para ele) e um chá (para mim) – nenhum dos dois perde o sono com a cafeína – para conversarmos um pouco… ou muito… Geralmente gastamos nosso tempo conversando, conversando, conversando, nossa como a gente conversa.

E geralmente é assim que termina o nosso fim-de-semana.

Uma preciosidade sem tamanho viver assim, uma decisão acertada de viver uma vida com simplicidade.

~ Yuka ~

Auto-Conhecimento

Significado do luxo nos tempos atuais

Há alguns anos, eu achava que luxo era ter coisas caras.

Hoje tenho certeza que luxo é ter liberdade para fazer escolhas.

luxo antes
ANTES – meu conceito do significado da palavra “luxo” (foto retirada daqui)

luxo depois
DEPOIS – meu conceito do significado da palavra “luxo” (foto retirada daqui)

 

Hoje, pra mim, o luxo-supremo é ter tempo. E percebi os meus pequenos luxos da licença-maternidade:

– poder passear durante a semana em horário comercial

– dormir até mais tarde

– não precisar sair de casa em dias de chuva e frio

– usar moletom

– cochilar depois do almoço sentindo o cheirinho do cabelo da minha bebê

– não precisar pegar metrô em horário de pico

– assistir um seriado, comendo pipoca, em plena segunda-feira à noite

– ter tempo para puxar conversa com a moça do caixa do supermercado, da farmácia e com os moradores do prédio

– cozinhar com calma

– ter tempo pra pensar na vida

É ou não é um luxo?

Parece bobeira, mas são pequenas ações, que geralmente não consigo fazer por falta de tempo.

Incrível como a idade e a experiência faz a gente mudar os conceitos que temos sobre certos assuntos.

O tempo tem uma forma maravilhosa de nos mostrar o que realmente importa. – Caio Fernando Abreu

– Yuka –

Dinheiro, IF e FIRE

Use o mínimo possível do tempo dos outros

hora trabalhada

Outro dia, conversando com as minhas amigas, percebi como eu não gasto dinheiro. Falei até orgulhosa para o meu marido, que ele deveria se orgulhar de mim (cof cof), já que sou uma mulher que não dá tantos gastos assim.

Eu aprendi a fazer as minhas unhas em casa, a limpar a minha pele. Eu aprendi a fazer colares, pulseiras e brincos, aprendi a fazer artesanatos. Aprendi a fazer pequenos reparos nas roupas, a incluir a limpeza da casa na rotina do dia-a-dia, a lavar roupa durante a semana, preparar comida no dia anterior para levar marmita ao trabalho. Eu aprendi a trocar o chuveiro, trocar lâmpadas, usar a furadeira, colocar prateleiras, pintar as paredes, consertar pequenas trincas, vazamento de torneiras. Eu aprendi a plantar temperos em casa. Eu aprendi a fazer pequenos móveis como uma mesa de escritório e uma mesa lateral para o sofá.

Talvez no Brasil temos o costume de terceirizar tudo pela mão-de-obra “ser barata”?.

Eu tenho muito carinho pelo dinheiro suado que recebo 1 vez por mês. E apesar de não me importar em gastar, não gosto de gastar mal o meu dinheiro. Por isso avalio muito bem antes de comprar ou contratar algum serviço. Tem que valer muito a pena.

Você sabe quanto vale a sua hora trabalhada?

Vamos considerar que uma pessoa recebe R$1.000,00 (líquido) todos os meses. Divida o salário por 22 (dias) para descobrir quanto recebe por dia. Depois divida por 8 (horas) para descobrir o valor da hora trabalhada.

No exemplo acima daria:

R$1.000,00 / 22 = R$45,45 (valor que recebe por dia trabalhado)

R$45,45 / 8 = R$5,68 (valor que recebe por hora trabalhada)

Uma pessoa que recebe R$1.000,00 que quer comprar um celular de última geração, terá que trabalhar 704 horas para conseguir pagar um celular de R$4.000,00… será que vale a pena?

Depois que aprendi a pensar desta forma, parei de comprar sapatos a R$250,00. Hoje calço sapatilhas que custam 20% desse valor e que cumprem a mesma função.

Muitas das coisas que eu aprendi, foi assistindo vídeos no YouTube. Você vai se surpreender como poderá economizar, aprendendo a fazer coisas que antes eram impensáveis.

~ Yuka ~

Auto-Conhecimento

A vida é longa para quem consegue viver pequenas felicidades

girassol

Sempre ouvimos que temos que aproveitar cada minuto da nossa vida, pois a vida é curta. Inclusive, li outro dia na internet de que os dias são longos, mas os anos, curtos.

Concordo na parte de que temos que aproveitar cada minuto da vida, mas você já parou para pensar como a vida é longa?

A vida sempre deu e continua dando chance para recomeços.

Eu comecei e terminei relacionamentos, troquei de empregos, mudei hábitos, passei a entender melhor algumas pessoas, comecei a compreender meus medos, minhas angústias, minhas inseguranças, passei a acolher meus defeitos e a me orgulhar dos meus feitos.

A vida é um eterno recomeço. Todos os dias ao acordar, eu sei que tenho a chance de mudar alguma coisa da minha vida.

Quantas pessoas você conhece que já recomeçou?

Eu conheço muitas. Pessoas que correm atrás dos sonhos. Lutam pelo que acredita. Tropeçam e levantam inúmeras vezes sem medo de serem julgadas.

Eu quero ser daquelas pessoas que ao olhar para trás, tenha orgulho dos vários recomeços. Dos vários tropeços. Das diversas conquistas.

O tempo, diferentemente do dinheiro, não pode ser poupado para ser usado depois. Ou usa-se, ou perde-se.

“Você só vive uma vez, mas se viver direito, uma vez é suficiente.” – Mae West

Sempre que falo sobre tempo, lembro do comercial do cartão Visa que passou no final de 2003. Faz 14 anos que esse comercial passou na televisão, mas continua presente na minha memória:

 

“Dizem que a vida é curta, mas isso não é verdade.

A vida é longa para quem consegue viver pequenas felicidades.

E essa tal felicidade anda por aí, disfarçada, como uma criança traquina brincando de esconde-esconde.

Infelizmente, às vezes não percebemos isso e passamos nossa existência colecionando nãos: a viagem que não fizemos, o presente que não demos, a festa que não fomos, o amor que não vivemos, o perfume que não sentimos.

A vida é mais emocionante quando se é ator e não espectador; quando se é piloto e não passageiro, pássaro e não paisagem, cavaleiro e não montaria.

E como ela é feita de instantes, não pode nem deve ser medida em anos ou meses, mas em minutos e segundos…

Porque a vida é agora.”

~ Yuka ~

Minimalismo

Viver d.e.v.a.g.a.r

tomando-cha

Viver devagar… Parece fácil, mas não é. Parece descomplicado, mas não é. Só parece. Porque na atual conjuntura, viver devagar é para poucos.

Eu moro numa das capitais mais movimentadas do mundo. São Paulo é rodeada de pessoas dia e noite. Não há horário ou fim-de-semana em que a rua fique com poucos carros, as pessoas têm muita pressa, se esbarram umas nas outras a fim de chegar 1 minuto mais rápido para qualquer lugar, não importa onde.

Pego o metrô e a maioria está imersa no seu próprio mundo – o smartphone. Ninguém percebe que estou grávida, obviamente, ninguém cede o assento para mim. É assim todos os dias. Foi assim na outra gestação.

Olho pra todo mundo e agradeço por ter tido a possibilidade de acordar desse pesadelo que é seguir a manada. Para o meu alívio, sinto que não estou na mesma sintonia que todos.

Eu não preciso do que a maioria das pessoas precisam. Não tenho carro, me desfiz do apartamento, tenho poucas roupas, poucos sapatos, poucas maquiagens. Eu não preciso andar rápido só porque todo mundo anda. Eu não preciso provar nada a ninguém, principalmente de que sou capaz de viver e ser feliz com muito pouco.

A minha meta atual é viver com menos informação e menos pressa. Fazer um detox digital. Sinto às vezes que o excesso de informação tem prejudicado a minha concentração e paciência. Para quem trabalha com informação, ficar sem informação é terrível, mas para quem já conseguiu se libertar da televisão, quem sabe? Será necessário aprender a selecionar as informações mais relevantes.

Quero aprender a fazer meu chá e me concentrar somente no chá.

Quero conseguir esperar pelos meus amigos sem ter vontade de espiar meu celular.

Quero lavar a louça e pensar na vida, não assistir vídeos como faço hoje.

Há muitos anos, eu tinha o costume de fazer tudo ao mesmo tempo. Lembro de uma cena exagerada (mas real) e inacreditável: eu, andando em uma bicicleta ergométrica, assistindo novela, falando no celular com uma amiga (o celular encaixado no pescoço torto) e fazendo tricô. Sim. Tricô. Tudo bem que a linha enroscava com frequência no pedal. Eu fazia 4 coisas ao mesmo tempo e não me orgulho desse passado.

Acredito que o fundamental para desacelerar e viver devagar é aprender a fazer uma coisa de cada vez e apreciar cada atividade, seja ela qual for.

Não adianta fugir para as montanhas se a inquietação continuará conosco. Por isso acredito que é possível viver devagar mesmo morando em uma das capitais mais movimentadas do mundo.

~ Yuka  ~

Auto-Conhecimento

Sabedoria do Mujica

Esse vídeo não é recente, mas uma frase que o ex-presidente do Uruguai falou não sai da minha cabeça…

“Quando compro algo, não pagamos com dinheiro. Pagamos com o tempo de vida que tivemos de gastar para ter aquele dinheiro.”

O vídeo todo é uma lição de vida… Uma verdade que dói no peito. Profundo e sincero. Vale a pena assistir.

“A forma como vivemos e nossos valores são a expressão da sociedade na qual vivemos.

E a gente se agarra a isso.

Não digo isso por ser presidente do Uruguai hoje.

Penso muito sobre isso.

Passei mais de dez anos na solitária.

Tive tempo… em 7 anos nem sequer li um livro.

Tive muito tempo para pensar.

E descobri o seguinte.

Ou você é feliz com pouco, com pouca bagagem, pois a felicidade está em você.

Ou não consegue nada.

Isso não é apologia da pobreza, mas da sobriedade.

Só que inventamos uma sociedade de consumo e a economia tem de crescer ou acontece uma tragédia.

Inventamos uma montanha de consumos supérfluos.

Compra-se e descarta-se.

Mas o que se gasta é tempo de vida.

Quando compro algo,

Não pagamos com dinheiro.

Pagamos com o tempo de vida que tivemos de gastar para ter aquele dinheiro.

Mas tem um detalhe.

Tudo se compra, menos a vida.

A vida se gasta.

E é lamentável desperdiçar a vida para perder a liberdade.”

~ Yuka ~

Auto-Conhecimento

O TEMPO é um recurso não-renovável

Valor do tempo
Fonte da foto

Outro dia meu sobrinho estava em casa e saiu o assunto de que ele queria virar adulto para não precisar obedecer.

Expliquei que ele estava enganado, pois quando viramos adulto, precisamos obedecer mais pessoas além da nossa mãe, como o chefe do seu trabalho, as leis do nosso país, etc.

E fui procurar na internet a definição de cada fase da nossa vida. E descobri que a Organização das Nações Unidas, a Organização Mundial da Saúde e o Estatuto da Criança e do Adolescente não entram em um consenso em relação a idade de criança adulto, idoso, etc, resolvi tomar como média as idades de cada fase, visto que é só para uma questão de exemplo:

Temos 5 fases na nossa vida:

  • Bebê: 0 a 2 anos de idade
  • Criança: a partir de 2 a 12 anos de idade
  • Adolescente: a partir de 12 a 20 anos de idade
  • Adulto: a partir de 20 a 60 anos de idade
  • Idoso: a partir de 60 anos de idade

Convertendo em duração de cada fase, ficaria assim:

  • Bebê: duração de 2 anos
  • Criança: duração de 10 anos
  • Adolescente: duração de 8 anos
  • Adulto: duração de 40 anos
  • Idoso: duração de 15 anos (considerando a expectativa de vida de 75 anos de idade – IBGE 2013)

Neil Fiore, especialista em produtividade pessoal falou que tempo “é um recurso não-renovável. Uma vez gasto, e se você gastá-lo mal, ele se vai para sempre”.

Meu sobrinho tem 7 anos de idade. Isso significa que ele já usou 50% da sua “fase Criança”. Falei pra ele que a fase em que ele está é uma das que são mais curtas… Mais 5 anos e ele será um adolescente. E nunca mais poderá voltar a ser criança. Quando expliquei isso pra ele, ele percebeu que tem que ser mais criança, aproveitar essa fase para brincar muito, porque esse tempo não voltará nunca mais.

Por isso quando vejo um bebê vestido de homenzinho ou de um bebê vestido de mulher, eu não consigo entender. Um bebê que nem sabe andar que está de sapato, uma criança que deveria estar com seus brinquedos está usando salto alto e celular. Um adolescente que tem responsabilidade de um adulto.

Temos tão pouco tempo para desfrutar cada fase da vida, mas a pressa e a ansiedade faz com que sempre olhemos para onde queremos chegar, ao invés de aproveitar o momento. E quando chegamos na fase lamentamos por não ter aproveitado melhor a infância.

Por isso ao invés de sonhar com o futuro ou lamentar pelo passado, tente-se concentrar no hoje.
~ Yuka ~

Auto-Conhecimento

O quanto somos influenciados?

ovelha
Fonte

Hoje o post é uma reflexão do quanto somos influenciados pela mídia e também pelas pessoas.

Durante a minha licença maternidade descobri o prazer de cuidar da minha vida (porque no trabalho, cuido da vida dos outros), arrumar a casa, cuidar do marido, passear com a minha filha, curtir os meus artesanatos. E também o prazer de ter TEMPO para pensar na vida.

A maioria de nós, trabalha de 8 a 10 horas por dia, sobrando pouco tempo para o lazer. Esse lazer muitas vezes é transformado em assistir a televisão. Só que: televisão = propaganda. Nós não assistimos ao o que queremos, e sim ao que “eles” querem.

Não ter tempo para pensar é o maior triunfo das indústrias. Se estamos sempre cansados e sem tempo, acabamos por não questionar, pois não pensamos na conseqüência daquela atitude. Somos movidos em massa, somos como um rebanho.

Aprendemos desde cedo que não podemos questionar as autoridades, que devemos obedecer. Não há diálogos nas escolas e no trabalho, muitas vezes só monólogos dos professores e chefes.

Há alguns anos, comprei uma bolsa de uma marca que eu considero cara, com a justificativa de que era uma bolsa de qualidade. Hoje não vejo o por quê de ter comprado, e vou explicar o motivo.

Quando vou em eventos da minha área, vejo a maioria das mulheres usando uma bolsa desta marca. E depois que percebi isso, sinceramente, sinto um certo mal-estar. É como se todas nós fossemos ovelhas, tão previsíveis, com comportamentos tão padronizados.

“Compre essa marca”, “essa marca é um luxo”, “essa marca é para poucos” e daí gastamos nosso salário em coisas que nos trazem status. Quantas vezes não compramos um objeto pensando em nos promover (mesmo que seja de forma inconsciente)? A maior prova disso são os logotipos visíveis, por exemplo, da bolsa que falei agora há pouco.

Eu considero que eu me antecipei ao ter comprado a bolsa. E doei porque não me identifico mais com esta marca. E desde então quando vou em eventos e reuniões, uso uma outra bolsa que eu tenho, esta, por sua vez, não ostenta a marca.

Eu não quero mais seguir o rebanho.

E você, quantas vezes não comprou algo só porque seu colega/amigo/parente tem algo e você desejou ter também? Já parou para pensar se era realmente o que você queria? Ou será que foi induzido por querer ter status ou fazer parte de uma “tribo”?

~ Yuka ~

Auto-Conhecimento

O que faço com o tempo sobrando?

save time

Pois é.

Conforme eu fui organizando a casa, reduzindo tarefas, facilitando minha vida, filtrando melhor as pessoas que convivem comigo, achei que iria sobrar mais tempo para mim. Mas percebi uma coisa… quando sobra tempo, vou acessar a internet.

Toda vez que sobra um tempo, estou na internet.

Se antes eu tinha 1 hora livre, eu navegava por 1 hora. Se hoje tenho 4 horas livre, eu navego 4 horas na internet.

E comecei a perceber que quando sobrar algum tempo, preciso fazer outra coisa, descobrir outras atividades.

Hoje, fui fazer uma caminhada no parque. Não andei muito, mas já foi alguma coisa e foi muito gostoso.

O problema da internet é que está lá, do nosso ladinho, é só esticar o nosso braço para pegar o notebook, o celular, tablet, etc. Mas ao invés de ter a “diversão rápida”, preciso me distrair de outra forma, pois não quero ver a minha vida passando na frente do computador.

~ Yuka ~