Se tivesse mais tempo livre…
Esse é um ótimo exercício para verificar se estamos no caminho certo (entenda como caminho que queremos percorrer, não o caminho que – os outros – querem que percorramos).
Se eu tivesse mais tempo…
… eu cuidaria mais do meu corpo: comeria melhor, cozinharia comidas diferentes para aguçar meu paladar, faria exercícios físicos, porque eu só tenho este corpo e ele merece ser tratado com mais carinho e respeito.
… eu iria passear e observar mais: conheceria mais lugares novos, sentaria em uma cafeteria do lado de fora para ficar observando a rua e as pessoas.
… eu viajaria mais: para conhecer outras culturas, outros tons de pele, iria gostar de conversar com pessoas desconhecidas, descobrir que existem várias realidades paralelas e que a minha realidade não é a única existente.
… eu aprenderia um instrumento musical, pode ser piano ou violino, ou os dois, ouviria mais música clássica, que é o que aquece meu coração.
… eu encontraria mais os amigos, passaria mais tempo com eles, pois são os irmãos de alma que eu escolhi.
… eu tentaria descobrir mais coisas que amo, fazendo atividades nunca feitas, trabalhos novos, com o intuito de descobrir o que gosto e o que não gosto.
… eu faria mais trabalhos manuais como costura, marcenaria, pintura, reforma, pra poder ajudar mais pessoas necessitadas.
E depois de escrever tudo isso, surge uma pergunta/dúvida:
– E porque eu não faço essas coisas hoje? Falta de tempo? Falta de dinheiro? Falta de disposição?
Tem uma entrevista que o Mário Sérgio Cortella disse que “tempo é uma questão de prioridade”. Ou seja, quando a gente fala que não tem tempo, é porque aquilo não é prioridade na nossa vida.
Vamos ser sinceros… É um belo tapa na nossa cara.
Parece que a gente mal tem tempo para pensar o que é nossa prioridade, onde queremos gastar o nosso tempo.
Aliás, onde queremos “ganhar” o nosso tempo? Quais são as verdadeiras prioridades?
Eu e meu marido temos pensado muito sobre quais prioridades que queremos valorizar.
Mais brincadeiras com as filhas, sim.
Mais faxina, não.
Mais filmes, cinema, Netflix, sim.
Mais televisão, não.
Mais tempo para passear, sim.
E assim por diante.
~ Yuka ~
Yuka, acompanho o seu blog há cerca de dois anos e não perco um post. Entretanto, só estou comentando agora. rsrs
Tenho muita vontade de fazer todas essas coisas que você comentou, mas tenho tido um grande desânimo em relação a tudo: falta de expectativas em relação ao futuro, perda do meu emprego há alguns meses, dificuldade em conseguir um novo etc.
De acordo com o estilo de vida que você segue, que maneira acha a mais válida e natural para sair dessa e começar a realizar atividades simples e prazerosas? Tenho feito um trabalho mental maior nos últimos tempos, mas ainda assim acredito que um conselho, mesmo de um desconhecido, pode ser muito importante.
Muito obrigada pelo conteúdo do blog. Me sinto muito mais leve depois de um post lido!
Beijos,
Lu
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Oi Lu, fico muito feliz em saber que acompanha o blog há tanto tempo. Ontem, depois que recebi seu comentário, fiquei pensando muito nele. Não consigo te dar um conselho tão específico porque não sei se você mora com seus pais, ou sozinha, ou com marido. Não sei se você tem reserva financeira, a sua idade, qual era a sua área de trabalho, há quanto tempo está sem emprego, etc. Então talvez o que eu fale aqui fique um pouco mais superficial por conta disso, ok? Olha, o que eu geralmente faço quando não sei pra que caminho seguir (por exemplo quando meu outro casamento estava indo ladeira abaixo, ou quando eu estava sofrendo por causa do meu trabalho – que culminou no meu divórcio), é começar a reduzir as coisas. Parece que uma coisa não tem nada a ver com a outra, mas eu acredito que quando começo a me desfazer de pequenos objetos, é como se fosse um treinamento para que depois eu consiga me desfazer das coisas grandes que não me faz bem, incluindo empregos, pessoas, hábitos. A alma fica mais leve. Geralmente começo pelo guarda-roupa, depois itens de banheiro, coisas da cozinha e por aí vai. Ao reduzir os pertences, a gente passa a ter mais tempo para pensar (porque gastamos menos tempo comprando coisas, encontrando lugares para armazenar, tirando poeira, manutenção), mais dinheiro no bolso (porque se não gasta, sobra mais dinheiro) e menos preocupação (por causa da combinação desses dois tópicos anteriores. Também gosto de fazer listas das coisas que me dão prazer, coisas que não gaste dinheiro. Tente encontrar a felicidades nas pequenas coisas, coisas como passear pelo seu bairro para encontrar lugares bacanas, leve uma garrafa de água e alguma coisa para beliscar caso encontre um banquinho para sentar, tente aproveitar esse período em que você está sem emprego para desacelerar, respirar, para olhar o céu, encontrar a família, os amigos. Porque quando você voltar a trabalhar, vai ficar sem tempo de novo para apreciar esses pequenos luxos. Sobre a expectativa em relação ao futuro, acho que tem um pouco a ver com dinheiro. Eu estou na fase de juntar dinheiro, e percebo que isso tem me tornado mais otimista em relação ao futuro. Saber que há um futuro me esperando, me dá esperança, ânimo. Eu gosto bastante de um site chamado Clube dos Poupadores, o Leandro Ávila tem vários textos interessantíssimos sobre esse tema (ele inclusive tem outro site chamado Transcendência Financeira que é maravilhoso também). Um mundo inteiro se abriu quando minha ficha caiu sobre como funciona os juros compostos na vida financeira, ou seja, não preciso juntar tanto dinheiro assim, os juros compostos faz esse trabalho por mim (no site dele tem calculadora e tudo). Aproveite essa fase para estudar finanças (lendo sites e blogs – não precisa abrir a carteira), talvez isso faça diferença lá na frente. E saiba que tudo passará, as coisas boas irão passar e as coisas ruins também. Então quando seus dias estiverem muito difíceis, lembre-se que essa fase também irá passar. Tem um vídeo que fala sobre isso: https://www.youtube.com/watch?v=OaO_Jse93oo
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Que legal 😊 no meu teria mais contato com a natureza, mais idas à praia, mais banhos de mar, mais restaurantes bons, mais viagens…. Beijos 😘
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Muito bom Rosana. No fundo, no fundo, geralmente o que queremos não custa tanto dinheiro assim… Beijos.
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Olá Yuka. Trabalhei oito horas por dia, longe de casa, por 34 anos. Na verdade eu ficava 12 horas fora de casa e, mesmo assim, dava conta de quase tudo, pois não tenho empregada há uns 15 anos. Mas eu pensava, quando me aposentar vou fazer tanta coisa, desde cuidar mais de mim, como fazer cursos (gosto de confeitaria). Pois bem, eu aposentei há 1 ano e meio e não estou fazendo nada do que planejei. É verdade que agora tenho meus pais para cuidar também (minha mãe está com alzeheimer e não temos cuidador). Mas até mesmo uma caminhada básica e exercícios que foram prescritos pelo meu neurologia (problemas de hérnia de disco) eu não estou fazendo. O dia passa e quando vejo não fiz nada. O que mais tenho feito é ficar de bobeira na internet olhando site e blogs sem fim. Isso demonstra que, mesmo a pessoa tendo muito tempo livre, ela tem que priorizar e se organizar. Mas eu ainda pretendo me organizar, principalmente para cuidar da minha saúde, afinal, eu preciso dela para, até mesmo, cuidar de meus pais idosos. Quero fazer mais atividade física, quero voltar a ler livros, coisa que adorava fazer, quero fazer meu curso de confeitaria, e muitas outras coisas.
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Oi Cláudia, sei bem como é isso do dia passar e quando a gente olha pro relógio, não ter feito nada. Isso aconteceu muito no início da minha licença-maternidade. O dia acabava e eu só tinha cuidado da minha nenê (o que é bem importante) e navegado na internet vendo vídeos que não me acrescentavam em nada. Eu podia ter feito tantas coisas, lido tantas coisas interessantes, saído de casa, mas eu só fiquei olhando a vida das outras pessoas pelo YouTube. Por isso agora, toda noite antes de dormir, eu faço uma listinha pequena das atividades do dia seguinte. Por exemplo, na minha lista de atividades de amanhã está assim: 1.) comprar bateria para balança culinária; 2.) fazer backup do meu celular; 3.) ler 2 capítulos de um livro; 4.) arrumar a mesa do ateliê; 5.) renovar livros da biblioteca. E só sossego quando termino de fazer o que estava na lista. Dá uma sensação de missão cumprida, sabe? São tarefas pequenas, mas que ao longo da semana já faz uma diferença enorme. Ainda quero fazer coisas grandes como voltar a costurar, fazer exercício físico, mas como minha bebê tem só 3 meses, vai ficar pra depois. Enquanto isso vou fazendo as tarefas menores. Você por exemplo, já tem uma responsabilidade super grande, de cuidar dos seus pais. Talvez possa começar anotando tarefas pequenas, quem sabe não dá um ânimo? Outro dia li um livro chamado Mini-hábitos, talvez funcione para você, ao invés de fazer uma caminhada, “dividir” essa caminhada em mini-caminhadas, começando com 1 quadra. Eu pretendo fazer isso quando iniciar o meu exercício físico. Beijos.
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