Auto-Conhecimento

12 sinais de que você está criando seu filho para ser escravo

Beach boy with tablet
Beach boy with tablet

Andei lendo o texto “12 sinais de que você está criando seu filho para ser escravo” e fiquei muito feliz em perceber que tenho percorrido o caminho que eu acredito.

Algumas pessoas podem até achar “alternativo” o tipo de vida que levo e/ou a forma como quero criar meus filhos. Podem achar que eu tenho que comprar mais coisas, gastar mais, mas o importante é que eu e meu marido compartilhamos da mesma opinião, o que fortalece ainda mais nosso casamento.

Não vou copiar o texto neste post porque acho que o autor merece a leitura no próprio site, mas gostaria de comentar os tópicos (são 12):

1.) Você matriculou seu filho em uma escola que o prepara para o mercado de trabalho

Não. Não quero que minha filha se encaixe no mercado de trabalho. Como mãe, quero oferecer a liberdade e incentivo para ela decidir o que ela quer fazer. Aliás, esse é um dos motivos dela frequentar a creche municipal, ao invés de uma creche privada, pois sou daquelas que acredita no ensino público. Sei que não é simplesmente jogar seu filho na escola e achar que só os professores têm responsabilidades. Estudei a vida inteira em escola pública e quero coloca-la na creche municipal e na escola pública, ter maior diversidade racial e sócio-econômico. Provavelmente teremos que ser mais participativos, quem sabe ajudar a pintar a parede da escola, manter uma comunicação ativa com a comunidade local. Muitos me desencorajam dizendo que isso é puro romantismo, que não vai dar certo, mas eu acredito nas pessoas e acredito que isso pode dar certo.

2.) Você leva seu filho no shopping para passear

Eu e meu marido não passeamos mais no shopping, porque sabemos que shopping é o paraíso do consumo. Quando queremos passear, passeamos no parque, na rua, em qualquer lugar, menos no shopping.

3.) Você permite que ele tenha mais coisas que o necessário

Nós temos apenas o necessário. Isso faz com que a minha filha também não tenha mais coisas que o necessário, apenas o suficiente. Aliás, ela tem poucos brinquedos e roupas.

4.) Você acredita que ajuda seu filho quando executa tarefas simples pra ele

Vou dar um exemplo simples… quando minha filha era uma bebê, aprendeu a rolar e estava com o rostinho enterrado no colchão. Fiquei observando bem de perto para que não acontecesse nada com ela, mas deixei que ela se esforçasse um pouco para sair daquela situação, pois ficava pensando que seu a ajudasse sempre, ela não saberia o que fazer se ela enterrasse o rosto de madrugada, dentro do berço. Dar autonomia e independência também é tarefa dos pais.

5.) Você ensina seu filho a valorizar as coisas pelas marcas que elas carregam

Estou em processo de mudança, pois andei descobrindo que marca não é sinônimo de qualidade. Antes, eu não sabia disso porque não tinha condições financeiras de comprar marcas caras. Por isso sempre achei que marca cara era sinônimo de qualidade. Hoje vejo que muitas marcas são sinônimos de status do que de qualidade.

6.) Você não ensina seu filho a receber doações

Quando eu era mais nova, eu sempre recebia roupas das amigas da minha mãe. E adorava. E eu ganho roupas das filhas das minhas amigas. Por isso acredito que para a minha filha receber doações será algo natural.

7.) Você faz da alimentação por frutas e legumes algo pontual

Muito pelo contrário, aqui em casa quase não entra produtos industrializados. Um dos últimos itens industrializados que utilizamos em casa é o molho de tomate e caldo de galinha.

8.) Você o deixa ver televisão

Nós não assistimos televisão em casa. Temos uma televisão, mas só assistimos filmes e seriados. Isso aconteceu graças à NET. Nós tínhamos TV a cabo, e depois de um tempo, pedimos para retirar a TV a cabo e ficar somente com a TV aberta. Qual não foi a surpresa quando percebemos que eles arrancaram inclusive a antena coletiva do nosso prédio? Ficamos impossibilitados de assistir até canais abertos. E isso acabou sendo o passo que faltava para deixarmos de assistir televisão.

9.) Você não educa seu filho com uma medicina preventiva

Em casa eu tento alimentar a minha família de forma saudável, com alimentos naturais e frescos, não faço uso de remédios de forma frequente. Acredito que quanto mais um corpo for saudável, menos precisa-se de remédios.

10.) Você incentiva que seu filho tenha ídolos

Eu não tenho ídolos. Pra mim, herói é uma mãe que carrega um filho de 6 anos no colo, um pai que é mãe ao mesmo tempo, um médico que não esqueceu o seu juramento e trata seus pacientes da forma mais humanitária possível. Meus ídolos não são cantores, jogadores de futebol, modelos, milionários. Meus ídolos são pessoas simples. Quero ensinar isso para a minha filha.

11.) Você ensina as suas crenças para ele

Cada pessoa tem uma crença em relação a religião, modo de viver, trabalho, etc. Cada pessoa precisa descobrir as suas crenças e respeitar as diferenças. Inclusive respeitando a decisão dos filhos de qual crença irá seguir ou não irá seguir.

12.) Você não coloca em prática o que ensina para ele

Fala que não tem dinheiro, mas seu filho vê você gastando em shopping. Fala que não tem tempo, mas seu filho vê você fofocando com a vizinha. Os filhos são observadores. Por isso estamos sempre tomando cuidado para que o nosso discurso seja o mais coerente possível.

~ Yuka ~

11 comentários em “12 sinais de que você está criando seu filho para ser escravo

  1. Adorei, como sempre.
    Andei muito pensativa sobre este mesmo assunto nesta última semana, andei assistindo no YouTube uns vídeos de uma moça que tem quatro filhos e altíssimas condições de comprar pra eles coisas caras e de “qualidade”. Comecei a me questionar se eu estava criando mal o meu filho por ele não ter um jogo de almoço da Skip Hop e comecei a observar em todas as nossas diferenças e percebi que sim, eu crio meu filho muito bem. Isso, por que faço o melhor que posso dentro das minhas condições e o estilo de vida que eu escolhi levar.

    Acho que escrevi um texto enorme rs. Muito obrigada por este ótimo texto!

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    1. Oi Cristiane. É exatamente isso. O que as nossas crianças precisam é de muito amor e respeito. Não é uma roupa de marca que vai definir o caráter dos nossos filhos. Um grande beijo!

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  2. Oi Guta… vc sempre é surpreendente com seus posts!!! Tô a quase 15 dias querendo te contar q eu inscrevi meu filho numa creche pública após ler o seu blog… demorei pq trava esperando uma resposta positiva e tive hj eeeeba!! Eu tinha sim preconceito com creche publica, mas resolvi visitar 4 delas… Uma não gostei mas as outras 3 eram melhores q a particular q meu filho está… se tiver como gostaria t mandar a foto… tem até horta… tem cozinha experimental… eu achei o máximo. Consegui na segunda mais concorrida da minha cidade e fica a 7 minutos de casa… Muito obrigada pela dica!!!bjs

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    1. Oi Cristina, fiquei muito muito feliz em ler seu comentário hoje. Fico feliz por você ter pesquisado algumas creches públicas e perceber que realmente uma são melhores que as outras. Espero que você goste muito dos professores e da educação pedagógica que eles proporcionam aos nossos filhos. Minha filha AMA a creche, quando vamos busca-la, ela não quer ir embora, quer ficar mais com os colegas e isso é um sinal muito bom. Um beijo!!!! (Se quiser me mandar a foto, mande aqui: viversempressa@yahoo.com)

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  3. Olá, acabei de conhecer seu blog e estou amando! Me identifiquei com tudo e embora não tenha filhos, esse post é uma lição que todos os pais deveriam seguir. Nossa sociedade está seguindo para um caminho sem volta, deixando de lado os valores essenciais de humanidade, respeito e compaixão. Espero que ainda haja tempo para mudanças e cada dia mais pessoas como você promovam, gota a gota, um oceano de transformações.

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    1. Oi Kelly. Eu sou mãe há pouco tempo, mas sempre fiquei indignada de ver algumas coisas (crianças não cedendo lugar par idosos no ônibus e metrô, crianças furando fila para os pais, etc). E por isso sempre pensei que se caso eu viesse a ser mãe um dia, que eu tentaria criar meus filhos de outra forma. Se os adultos não têm consciência e educação moral, como poderiam passar isso aos filhos? A dificuldade toda começa pelo exemplo. Por isso eu e meu marido temos o costume de apontar as falhas do outro (não como uma forma de crítica, mas como uma forma de alerta) para mudar algo que falamos e que ainda não fazemos. Espero que você continue me acompanhando nessa jornada. Um grande beijo.

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    1. Oi Braulio, acho que você não chegou a ler o post, né? No primeiro parágrafo, eu já deixo o link do blog Insistimento, e no terceiro parágrafo até indico aos meus leitores para ir até o site dele “porque acho que o autor merece a leitura no próprio site”. É isso!

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