Dinheiro, IF e FIRE

O que vem depois da Independência Financeira?

Panorama, Alpes, Europa, Montanhas

Vou contar a minha experiência individual, então não considere isto como uma regra, são apenas devaneios pessoais.

Enquanto eu estava focada em FIRE (Financial Independence Retire Early), acumulando patrimônio, acreditava em uma linha de chegada, ou seja, conseguir alcançar um determinado valor de patrimônio.

Essa linha de chegada era como se fosse um grande divisor de águas, como se fosse o pico de uma montanha, o meu destino final, o fim de todos os problemas, o nirvana.

Eis que o patrimônio cresce e chego no valor que eu havia determinado, e aí descubro que depois da montanha… somente há mais montanhas.

A vida segue, as pessoas continuam ocupadas, cada um vivendo as alegrias e as dificuldades da vida.

Há os que confortavelmente vivem de renda. Há também os que decidem mudar de emprego. Alguns reduzem a jornada de trabalho, e outros, continuam trabalhando.

Se antes não via a hora de ser FIRE, hoje, a única coisa que desejo é que o tempo passe bem devagar, para que eu possa curtir a vida.

Passei a enxergar o trabalho de outra forma, vejo que trabalhar me faz bem.

Curtir a vida é aproveitar minhas filhas pequenas que amam estar comigo. Curtir meu casamento que é tão bom. Estar em companhia dos amigos. Curtir a vida sem sentir dores no corpo.

Isso só reafirma como o dinheiro não é e nem pode ser o centro da vida.

Ele deve ser a ferramenta que facilita, que traz conforto, segurança. Ele nos liberta de ambientes tóxicos, colegas tóxicos, de chefes assediadores (ou de subordinados assediadores), de sofrimento, de fazer algo que está contra os nossos princípios.

Acumular dinheiro faz com que alguns problemas desapareçam aos poucos… o medo de passar necessidade na aposentadoria, de não ter um atendimento decente no momento de alguma doença séria, o medo de ser demitido, de não ter comida na mesa, a situação política do país, o sobe e desce da economia, desemprego, inflação.

Ter dinheiro significa poder morar em um lugar mais seguro, ter tranquilidade para ter uma folga mental que faz querer viver mais tempo e com saúde. E viver mais tempo significa querer dormir melhor, melhorar a alimentação, pensar mais no bem estar, estreitar as amizades, fazer as pazes com o passado e ser saudável, já que a intenção é viver bem e por bastante tempo.

As dificuldades financeiras vão ficando para trás, e com isso alguns medos e ansiedade também vão sendo eliminados, o que faz com que consigamos focar em outras áreas da vida.

No meu caso, a independência financeira permitiu que eu parasse de ficar pensando no futuro e começasse a focar mais no presente.

O foco no presente veio também em momento oportuno, pois na pandemia, minha saúde mental deteriorou, afinal, ansiedade nada mais é do que ter excesso de futuro pelo que ainda não aconteceu, e excesso de pesadelos pelo que já aconteceu. É o medo de perder o controle.

Apesar de estar bem hoje, sei que preciso estar atenta para colocar a minha saúde em primeiro lugar.

Se antes eu justificava que precisava pensar no futuro devido a instabilidade financeira, hoje, não preciso mais ter essa preocupação, o que faz com que eu não tenha mais desculpas que eu dava para mim mesma.

Continuo gostando de economizar, afinal, não é porque não preciso pensar em dinheiro, que vou rasgar dinheiro, mas já não conto as moedas como gostava de contar antes, tanto em relação às quantias que sai (gastos) como não me importo mais com a quantia que entra (renda passiva).

Também comecei a gastar mais em lazer (livros, restaurantes, viagens etc), em conforto (carro, lava-louça, robô aspirador, etc), em saúde (plano de saúde melhor, natação, psicólogo, etc).

Parei de acompanhar o mercado financeiro, não sei mais as altas ou baixas da bolsa de valores, eu só junto tudo no início do mês (parte do meu salário e o que entra de renda passiva na conta da corretora) e invisto em algo de valor. É simples e monótono, assim como deve ser.

Só de parar de fazer esse acompanhamento mensal, já me deu uma boa desestressada, afinal, eu não preciso desse dinheiro investido hoje, não é o meu sustento ainda, então o que eu quero é que ele fique muito tempo adormecido para que os juros compostos faça o seu trabalho.

~ Yuka ~

Dinheiro, IF e FIRE · Minimalismo

Para onde foi todo o dinheiro que passou na sua mão em 2021?

Dinheiro, Dólar, Crise, Projeto De Lei, Moeda, Finanças

Daqui a 3 dias, entraremos no mês de dezembro… o ano está para terminar em algumas semanas.

Final de ano é sempre um ótimo período para refletir tudo o que fizemos (e o que não fizemos) ao longo do ano.

Afinal, você sabe para onde foi todo o dinheiro que passou pelas suas mãos no ano de 2021?

Esses dias assisti o vídeo do Ben Zruel: “Deixe de viver no padrão de vida errado de uma vez por todas”.

Achei o vídeo muito bom, um vídeo que dói, porque ele enfia o dedo na ferida, mas essencial para muitas pessoas que ainda não entenderam como fechar o mês no positivo.

“Viver no padrão de vida errado, é quando não sobra dinheiro no final do mês. Ah, mas eu ganho pouco, não está sobrando, porque tenho 3 filhos pequenos, não interessa, padrão de vida errado, é padrão de vida que não sobra dinheiro. Ponto.” Ben Zruel

Independentemente de quanto recebemos, é sempre bom avaliar para quem saímos distribuindo nosso valioso dinheiro. Pagamos contas, pagamos impostos, pagamos para o dono do supermercado, dono de escola, empresas de streaming, para a pizzaria da esquina…

Distribuímos nosso dinheiro pra muita gente, mas afinal, quanto ficou na nossa mão? Quanto destinamos para o nosso futuro?

Trabalhamos o ano todo, 8 horas todos os dias (às vezes até mais que isso), deixamos de ficar com pessoas que amamos e fazemos tudo isso, porque queremos um presente e um futuro melhor.

Dezembro é quando faço o fechamento anual: analiso quanto dinheiro passou pela minha mão, e desse valor total que recebi, vejo quanto e de que forma gastei, quanto poupei, quantos sonhos consegui realizar, e quais sonhos novos quero ter para o ano seguinte.

É o momento em que permito sonhar, ao mesmo tempo em que mantenho os dois pés no chão.

~ Yuka ~

Auto-Conhecimento · Dinheiro, IF e FIRE

Quanto comprometer da renda para realizar sonhos?

Aeroporto, Transporte, Mulher, Menina, Turístico

Eu sempre gostei de planejar, porque foi a maneira que encontrei para conseguir realizar sonhos, sem comprometer o orçamento.

Mas recentemente, comecei a fazer uma pergunta: qual é o valor máximo que poderia comprometer da minha renda para realizar mais sonhos, sem comprometer o projeto FIRE (Financial Independente Retire Early)?

Estou lendo o livro Die With Zero (ainda sem tradução para o português), onde o autor enfatiza que certos momentos da nossa vida tem data de validade para acontecer. Não adianta um pai comprar uma piscina inflável depois que as crianças já estiverem crescidos, pois a alegria dos filhos com certeza não será a mesma.

Da mesma forma, há viagens que fazemos com mais facilidade quando somos mais jovens, como mochilão, dividir quartos com desconhecidos, passar a noite em claro, ficar em albergues. Conforme ficamos mais velhos, buscamos por mais conforto, privacidade, limpeza, comida boa, chuveiro bom e colchão de qualidade nos lugares que hospedamos.

Certas diversões precisam ser feitas em uma determinada época da nossa vida para que a intensidade da felicidade seja aproveitada ao máximo. Há coisas que não podemos deixar para depois: depois que virarmos FIRE, depois que sairmos do emprego, depois que estivermos aposentados.

Há apenas uma pequena janela de tempo para cada uma das diversas fases da nossa vida. São momentos que se não aproveitados bem naquele momento, deixam de ser especiais. Então devemos aproveitar quando estivermos na melhor fase, na melhor idade, na fase do ápice.

Em 2020, escrevi o post: Quantos anos você tem pela frente? que explica bem esse conceito de como alguns momentos da nossa vida são mais preciosos do que outros. Quem já teve alguém que ama com uma doença terminal sabe muito bem do que estou falando. Não dá para postergar nem por algumas semanas o momento para passar com essa pessoa.

Reconhecer que alguns momentos da nossa vida são únicos, é um passo importante para tomar decisões importantes de forma mais consciente.

Ler o livro Die With Zero, ainda que esteja nos capítulos iniciais, me fez pensar em como poderia potencializar mais realizações. Estou há 1 ano e 3 meses em isolamento social – total, diga-se de passagem – e logo assim que a pandemia estiver sob controle, quero retomar os momentos de diversão com minha família, criar memórias, mas sem estourar o orçamento.

Pensei que se estipulasse um valor no início do ano facilitaria o meu planejamento para gastar ao longo dos próximos 12 meses nos “gastos com felicidade”. Mas afinal, quanto destinar sem prejudicar meus planos futuros?

Como eu e meu marido ainda trabalhamos e possuímos renda ativa, decidimos que gastaríamos uma parte de tudo o que foi poupado no ano anterior. Isso significa que quanto mais pouparmos, mais gastamos em felicidade. É um sistema ganha-ganha.

Usaremos uma porcentagem pré-definida do total de aportes feitos no ano anterior. Neste primeiro momento, começaremos com 20% de tudo o que aportaremos neste ano de 2021.

Essa faixa de 20% dá um valor bastante significativo, pois somos bons poupadores. Estamos numa fase bastante confortável da jornada FIRE, poupamos bastante e os investimentos têm dado ótimos retornos, então iremos avaliar essa porcentagem a cada ano, com tendência de aumento gradativo para 25%, 30%, 35% e assim por diante, aumentando ainda mais a exposição da família em experiências que tem data de validade para acontecer.

Esse plano será seguido enquanto estivermos trabalhando. Depois, decidiremos as próximas estratégias quando pararmos de trabalhar.

Então seria algo assim:

No primeiro momento, pode parecer esquisito, afinal, pra quê fazer essa separação de dinheiro? Não seria mais fácil só poupar menos? Investir menos e usar esse dinheiro durante o mês?

Bom, se eu decidisse poupar menos no mês para gastar mais, eu tenho certeza que apenas aumentaria minhas despesas e o padrão de vida, mas não necessariamente aumentaria a felicidade… uma comida de delivery, compras de supermercado, uma bobeirinha aqui e ali, pedir um Uber porque estou com preguiça de andar, ou qualquer outra coisa que depois de 10 anos, nem lembraria o que eu fiz com esse dinheiro.

Ao fazer essa separação de “gastos com felicidade”, posso planejar com calma tudo o que quero fazer ao longo do ano. Além disso, será um incentivo saber que quanto mais aportar, mais poderei gastar para realizar sonhos, afinal, o dinheiro terá destino certo.

Eu vejo 3 vantagens ao fazer isso:

1.) gastar mais com experiências sem dor na consciência de achar que estou sabotando o projeto FIRE, pois saberei que é um gasto previsto/planejado

2.) patrimônio já acumulado intacto, ou seja, dinheiro trabalhando para mim, usando o fator tempo e juros compostos ao meu favor

3.) aportes mensais contínuos potencializando o efeito bola de neve

Bill Perkins, o autor do livro mencionado no início do post, fala que há pessoas que conforme o patrimônio cresce, o tamanho dos seus potes vão mudando. Se antes a felicidade era ter 1 milhão de dólares, quando se alcança este número, surge uma nova meta numérica… 5 milhões, 10 milhões e assim por diante, ou seja, entra em uma espiral de “acumule, economize mais e nunca desfrute”, criando metas inalcançáveis para postergar sonhos.

A vida é valiosa demais para ficar só acumulando patrimônio e não gastar em experiências com pessoas que amamos no momento certo. Quero gastar tempo e dinheiro com coisas que tragam memórias, enquanto tenho disposição, enquanto minhas filhas amam ficar penduradas em mim. Quero dar um bom destino a esse dinheiro construindo mais memórias, fortalecendo vínculos afetivos, que remetam boas lembranças e aumente contato com pessoas que são importantes na minha vida.

Consciente de que o tempo é finito, temos que aproveitar enquanto somos jovens, enquanto temos disposição, temos saúde e pessoas que amamos por perto.

Este post é mais um lembrete de que o dinheiro deve nos servir, e não virar nosso patrão.

~ Yuka ~

Dinheiro, IF e FIRE

Filhos e dinheiro: como temos lidado – 2º post

Já publiquei um post em 2019 falando sobre esse assunto.

Filhos e dinheiro: como temos lidado

Passado dois anos, vim atualizar o que tenho feito com as crianças.

Minhas filhas atualmente estão com 4 e 6 anos.

Eu ainda não dou mesada para elas.

O que faço é preparar o terreno para poder plantar sementes no momento certo:

A importância de esperar e sentir alegria enquanto espera

Eu tenho uma agenda em que coloco as minhas metas.

E resolvi acrescentar algumas páginas e envelopes para que elas também pudessem participar dessa construção das metas.

Para que fique mais fácil o entendimento para elas, elaboramos metas coletivas para que todos pudessem se divertir juntos. E com isso, elas criaram 3 metas: juntar moedinhas pra comprar doces, fazer uma pequena viagem de fim-de-semana, e ir de novo ao Parque da Turma da Mônica.

Toda moedinha que aparecia em casa, elas acrescentavam no envelope das balas e pintava um quadradinho. Elas sabem que quanto mais quadradinhos coloridos, mais próximo da meta estamos.

Veja que não estamos falando de preço aqui. Vinte reais é um valor pequeno, que eu poderia simplesmente ir na doceria e comprar balas. Mas o que estou fazendo aqui com minhas filhas é o exercício da espera, de sentir alegria enquanto tenta alcançar a meta. Elas pulam de alegria toda vez que abrimos a agenda, pois sabem que a meta está cada vez mais próxima. Como o valor é simbólico, sempre conseguimos alcançar essa meta relativamente rápido.

Enquanto esperamos esse dia especial chegar, elas gostam de conversar entre si sobre quais doces irão comprar, como irão dividir, etc.

Eu acho essa “espera” muito saudável.

Na foto abaixo, todos os quadradinhos já haviam sido pintados por elas, ou seja, meta alcançada.

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Já para a meta da viagem de fim-de-semana, todo início do mês, separamos uma quantia para que elas possam colocar no envelope da viagem. Como há 2 metas (a viagem de fim-de-semana e o Parque da Turma da Mônica), expliquei que começaríamos com a meta da viagem, e somente depois de alcançarmos esta meta, partiríamos para a meta do Parque.

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Essa meta de ir no Parque da Turma da Mônica ainda não foi iniciada, por isso a página está em branco, mas o importante é que elas folheiam as páginas e ficam sonhando.

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Eu quero que elas entendam que não dá pra fazer tudo de uma vez, precisamos priorizar as metas.

Primeiro tentamos a meta mais fácil (a da bala), depois a metas que temos mais vontade (a viagem de fim-de-semana) e por último a meta que pode esperar um pouco mais (a do Parque da Turma da Mônica, pois elas já foram).

Acho importante saber esperar e aprender a sentir alegria na espera (e não frustração).

Afinal, a espera é um exercício, assim como nós, adultos, também precisamos praticar.

Ensinar que quem guarda sempre tem

Esse é o nosso lema em casa, pra tudo.

Se elas pedem para brincar de barbante, peço para usar o que precisam e guardar na gaveta o que não for usar.

Se querem brincar de cola, entrego o pote, e digo para elas usarem o necessário.

E como sempre falo “quem guarda sempre tem”, elas estão aprendendo naturalmente que tudo bem usar, consumir, comprar. O problema está no desperdiçar.

A importância de saber sobre juros compostos

Particularmente falando, acho um pouco cedo ensinar sobre dinheiro. Sei que há pais que ensinam os filhos bem cedo, mas eu ainda prefiro esperar um pouco mais.

Há pouco tempo, comprei um cofrinho para elas, mas as moedinhas viraram brinquedos e elas sumiram com metade dessas moedas. Ou seja, não estão prontas.

Mas isso não significa que não falamos sobre investimentos (eu e o marido) e elas acabam ouvindo bastante coisa, apesar de não entenderem absolutamente nada.

Em uma das conversas, tentei explicar sobre o conceito dos juros compostos para a minha filha mais velha, com o M&M que ela  segurava firmemente nas mãos.

“E se eu falar que se você colocar nesta caixa amarela, os seus 30 M&Ms continuarão sendo 30 M&Ms. Mas que se você colocar os seus M&Ms na caixa certa, deixar por um tempo sem comer, eles podem virar 60 M&Ms?”

Os olhos dela brilharam. E ainda perguntou:

“Onde mamãe? Qual é a caixa que eu tenho que guardar para que eu tenha mais chocolates?”

Pronto, o conceito dos juros compostos foi plantado nela.

Eu falei para ela que no momento certo, eu iria apresentar a caixa que faz isso.

Neste momento, é isso que tenho feito com as crianças.

Daqui a 2 anos, eu volto para contar as novidades.

~ Yuka ~

Minimalismo · Organização

Casa sem estoque

Minimarisuto | Minimalism Amino
Photo by: REUTERS/Thomas Peter

Até antes da pandemia, eu costumava ter alguns estoques em casa.

Ter estoque, era o meu conforto de saber que nunca precisaria sair correndo para o supermercado em busca de um ingrediente, bem no meio da preparação de uma refeição. Eu sempre tive o comodismo e a tranquilidade de saber que meu estoque estava lá, pronto para atender as minhas necessidades.

O meu estoque nunca foi grande. Basicamente, é 1 produto a mais. Se tenho pó de café em uso, tenho sempre 1 pacote novo na despensa. Se tenho um pacote de açúcar em uso, tenho outro novo na despensa.

Esse mesmo raciocínio estendia também às outras áreas da minha casa: produtos de limpeza, produtos de higiene, não vamos esquecer do freezer.

Durante a pandemia, percebi que muitos dos estoques que eu havia feito, não puderam ser utilizados. São eles:

  • repelente: eu engravidei da minha filha caçula no período da zika vírus. Comprei aqueles repelentes que eram mais caros, eficientes para dengue e zika vírus. E desde então, usamos e repomos diversas vezes, até a última compra. Comprei 3, usei somente 1. Dois irão para o lixo em breve, pois está para vencer.
  • protetor de assento sanitário: eu evito levar minhas filhas no banheiro público, mas algumas vezes é inevitável. Por isso, sempre carrego protetores de assento sanitário na minha bolsa. Eu importei da China, então não comprei 10 unidades… eu comprei 100 unidades… Estão intocadas dentro do guarda-roupa, já que não estamos saindo de casa.
  • capa de chuva: quando finalmente encontrei capas de chuva para as minhas filhas, comprei mais um para fazer estoque. Eis que a pandemia começou, paramos de sair de casa, e minhas filhas cresceram. Duas capas que provavelmente não serão utilizadas, pois elas cresceram bastante.
  • protetor solar: é o mesmíssimo caso que o repelente. Eu tinha 1 em uso e 1 pote novo. Logo logo, os dois vão perder validade.
  • maquiagens: eu uso uma base para o rosto de uma marca coreana, que para a minha pele fica muito boa. Por ser importada, não é um produto muito barato. Na época, comprei 2, porque o preço estava bom, mas como agora uso máscara de proteção na hora de sair, deixei de passar essa base para não manchar a máscara. Ou seja, tenho 1 que mal usei, e tenho 1 que ainda está na caixa, intocado. De novo.
  • produtos de higiene: eu tenho guardado algumas escovas de dente infantil, de uma marca que apesar de ser bastante conhecida, não gosto muito. Ela é dura e tem poucas cerdas. Pior, eu ainda tenho mais um kit com 2 dessa escova de dente…
  • despensa: com a minha reeducação alimentar, acabei reduzindo a quantidade de farinha e açúcar que consumia no mês. Ainda uso para fazer pães, cookies e bolos, mas não na mesma velocidade que consumia antes. Para conseguir terminar de usar todo o estoque de farinha que eu tinha em casa, levou uns meses.
  • roupas das crianças: quando eu encontrava algo com preço bom, costumava comprar roupas de numeração maior para garantir a promoção. Mas fui percebendo que quando chegava o momento de usar, elas sempre ganhavam roupas. Ou seja, não precisaria ter comprado aquela roupa.
  • supermercado atacadista: juntando tudo isso, também tive a experiência de começar a frequentar um supermercado atacadista. Passei a comprar coisas que geralmente não comprava e isso elevou o meu custo de alimentação.

Meu marido fala que a maioria desses estoques não foram usados por causa da pandemia, que alterou a nossa rotina.

Concordo. Mas também acredito que a pandemia só mostrou o que já existia dentro de cada um de nós. Se o casamento não estava legal, piorou com a pandemia. Se a pessoa não estava bem emocionalmente, piorou com a pandemia. Se a pessoa não tinha controle financeiro, piorou na pandemia.

A pandemia me mostrou que planejar tudo e comprar com antecedência, nem sempre é bom.

Já faz alguns meses que passei a questionar se realmente era necessário ter estoque. E se eu fizesse um bom planejamento do cardápio semanal, será que não bastaria? Não seria melhor ter um freezer vazio ao invés de ter um freezer cheio?

Comprar apenas 1 unidade, ao invés de aproveitar as promoções, mesmo que no final, acabe pagando um pouco mais caro pelo valor unitário? Pelo menos não teria desperdício, produtos fora de validade, ou que demora pra ser consumido, nem ocupar o tão precioso espaço da minha casa.

Eu ainda tenho alguns estoques que estão sendo consumidos ao longo do mês, mas muitos dos meus estoques já foram embora e uma sensação boa vem crescendo à medida que os estoques diminuem.

Eu achava que seria tenso viver em uma casa sem estoques. Mas estou aprendendo que não só dá pra viver bem, como é muito bom poder abrir gavetas, armários e ver espaços vazios. Afinal, é muito mais fácil limpar gavetas, armários e até geladeira quando estes estão vazios.

Eu descobri que prefiro viver em uma casa sem estoque.

No próximo post, vou mostrar o método que os japoneses utilizam para economizar no supermercado (eles não fazem estoque!), e já aviso de antemão que tenho testado e deu muito certo.

~ Yuka ~

Minimalismo · Organização

Como eu crio um Banco do Tempo

people walking on the road during day time
Photo by: @curtismacnewton

Hoje vou compartilhar um pouco o que eu tenho feito para criar um Banco do Tempo.

Deixe-me explicar o que seria Banco do Tempo.

Os bancos guardam dinheiro, certo? Então eu tento usar esse mesmo raciocínio e guardar Tempo.

E como faço isso?

1.) Eliminando tarefas

Quando estou para comprar algo, eu não costumo fazer perguntas clássicas, se é caro, se vale a pena, se eu posso comprar, se eu mereço. Eu sempre pergunto se aquilo que estou prestes a levar para a minha casa trará mais trabalho para mim.

Eu parei de passar roupas, mas não quero andar com roupa amassada. Então hoje praticamente todas as minhas roupas são de um tecido que não amassa.

Não quero ter o trabalho de tirar travesseiros da cama na hora de dormir, então parei de ter aquelas camas saídas de catálogo de enxoval de cama. Estou para trocar meu edredom, já que não consigo lava-lo na minha máquina de lavar roupa e preciso levar para a lavanderia. Aliás, não tenho tapetes em casa, pelo mesmo motivo.

Tirar poeira em casa é algo que não tem fim. Então eu aderi ao criado-mudo suspenso, para não me preocupar com a poeira que acumulava atrás. Minha bancada do escritório também é suspensa, vocês não imaginam como é mais fácil de limpar. Não tenho muitos itens decorativos espalhados pela casa, já que ter superfícies lisas permite que eu tire pó das cômodas rapidamente.

Parei de usar luminárias de teto de vidro, porque acumulavam insetos e ainda tinha nojo de limpar. Agora uso uma luminária estilo plafon, que só é preciso colocar o soquete da lâmpada e pronto.

Eu e meu marido também fugimos ao máximo ter um carro. Eu já tive carro, e tinha que levar para lavar, tinha que balancear as rodas do carro, checar o óleo, encher o tanque, boletos pra pagar, ouvia um barulho estranho e levava para o mecânico, quando parava o carro na rua tinha dificuldade de lembrar onde eu tinha estacionado (já perdi o carro no estacionamento do shopping, pois não lembrava em que andar tinha estacionado), enfim, hoje, prefiro pagar um Uber e me livrar de todas estas preocupações.

2.) Respeito a minha disposição do dia

Tem dias que eu estou inspirada a estudar. Então aproveito e estudo bastante. Tem dias que estou a louca da organização, então começo a organizar tudo que vejo pela minha frente, desapego de itens, faço doação, etc. Tem dias que estou inspirada para escrever, então aproveito para escrever uns 5 posts de uma vez para o blog. Faço isso porque eu entendi que não adianta forçar algo, se a vontade não vem. Ao invés de ficar horas tentando escrever algo sem vontade, prefiro escrever vários posts de uma vez quando estou inspirada.

Esse, inclusive, é o segredo do meu blog ter posts semanalmente, sem falta, por 7 anos. Ter posts semanalmente não significa que eu escreva toda semana. A periodicidade depende da minha vontade. O blog não é uma obrigação para mim, é algo que tenho prazer. E esse prazer vem justamente por não ser obrigação. Já tive períodos em que eu simplesmente fiquei uns 4 meses sem escrever absolutamente nada. Estava enjoada de escrever, mas graças aos posts agendados, toda semana pingava post novo, e ninguém nem percebeu que eu estava de pernas para o ar rs.

Respeitar a disposição permite que eu desacelere quando não estou com vontade de fazer nada.

3.) Duplicando receitas

Quando faço algumas receitas, eu tenho o costume de duplicar, até mesmo triplicar a receita e congelar. O tempo de preparação é o mesmo, o trabalho também é praticamente o mesmo, só que isso me libera de ter que ir para a cozinha preparar algumas receitas que eu já poderia ter estocado no freezer. Isso elimina o trabalho da preparação, lavar a louça e tudo mais.

  • Molho de tomate caseiro: que serve depois para usar como molho de pizza, molho para macarrão.
  • Caldo de legumes caseiro: para sopa, para cozinhar feijão, para fazer um risoto.
  • Pão de queijo: quando faço, já enrolo vários e deixo congelado
  • Cookies: faço a mesma coisa
  • Coco fresco ralado: eu costumo levar para o forno uns 3 cocos para rachar. E depois corto em cubos e também ralo. Depois vira recheio de bombom, recheio de tapioca, doce de coco…
  • Queijo muçarela ralada: é muito versátil ter um pacote (grande) de queijo muçarela ralada.
  • Pratos prontos: lasanha, quibe recheado, nhoque, feijoada, almôndegas, pão
  • Pratos quase prontos: salmão em fatias (para virar sashimi, sushi), risoles, coxinha, etc.

Meu freezer é como se fosse a cartola do mágico. Sai de tudo.

4.) Fazendo 2 coisas ao mesmo tempo

Gosto de fazer coisas mecânicas (como caminhada, limpeza da casa) ouvindo algum podcast ou vídeo. Assim, me atualizo enquanto me mantenho ocupada.

  • Ouvir podcasts enquanto me preparo para ir ao trabalho ou enquanto arrumo a casa
  • Rever a lista de tarefas enquanto espero na fila do supermercado
  • Mandar mensagens para os amigos enquanto aguardo o médico no consultório

5.) Uso a internet ao meu favor

Eu sempre tive o costume de fazer compras pela internet por 2 motivos: não gastar o tempo de ir e vir, e também não precisar carregar peso.

6.) Tenha uma lista de tarefas e de compras

Toda vez que preciso sair de casa, passo o olho nessas 2 listas: Lista de Tarefas / Lista de Compras.

Exemplo do que coloco na Lista de Tarefas:

  • passar na farmácia de manipulação para buscar remédio
  • passar nos Correios e despachar pacote

Exemplo do que coloco na Lista de Compras:

  • papelaria: lápis de cor
  • loja de construção: feltro no pé do sofá; prateleira de vidro

Se estou pensando em ir no supermercado, posso aproveitar para passar na farmácia e na papelaria, já que fica no caminho. Se vou nos Correios, vejo se há algo mais que possa fazer para aproveitar a viagem. E com isso, economizo tempo, pois não preciso sair 2 ou 3 vezes de casa para percorrer o mesmo caminho.

E assim, aos poucos, vou alimentando o meu Banco do Tempo para ter tempo para o que realmente importa.

~ Yuka ~

Auto-Conhecimento · Minimalismo

O que você faz com as pedras do seu caminho?

Subir Ao Topo, Subir, Sucesso, Montanhismo, Montanha

Semana passada, uma leitora perguntou quais foram as estratégias que utilizei para mudar minha forma de pensar em relação a alguma coisa que eu queria muito.

Quando eu quero muito uma coisa, costumo pensar tudo de trás pra frente.

Eu penso como estarei e serei, no futuro.

E aí, como se eu estivesse rebobinando a fita (essa é para os antigos heim), vou voltando no tempo até chegar nos dias de hoje.

No caso da Aposentadoria Antecipada, depois que minha primeira filha nasceu, eu descobri o quanto queria ficar perto dela, mas não podia, pois tinha que trabalhar para pagar as minhas contas. Uma coisa óbvia, mas que me fez perceber o quanto eu não era livre como costumava achar. Depois de fazer diversas buscas pela internet, descobri a comunidade FIRE (Financial Independence Retire Early) e eu decidi um limite de idade para aposentar antecipadamente.

Por ter descoberto isso somente depois de me tornar mãe, não poderia parar de trabalhar enquanto elas fossem pequenas, mas saber que era possível parar de trabalhar muito antes da maioria das pessoas me animou muito. Tentei imaginar qual seria uma renda ideal, e assim, estabeleci um valor confortável para viver. Mas vocês sabem que sou muito prudente, e principalmente levando em conta que tenho 2 crianças em idade escolar, achei mais seguro dobrar esse valor. Num cenário com muita folga (vamos chamar de cenário pessimista: aportes baixos, juros baixos), eu poderia me aposentar quando minhas filhas tivessem 16 e 14 anos de idade.

Com o valor mensal (dobrado) desejado na cabeça, fiz o cálculo da Taxa Segura de Retirada de 4% para saber o montante total do patrimônio que eu deveria juntar. Quem tiver dúvida sobre esse cálculo, consulte aqui o artigo do Aposente-se aos 40.

Já ciente do valor do patrimônio total, peguei uma calculadora de juros compostos e fui ajustando as variáveis: 1.) o valor do patrimônio que eu já possuía, 2.) do tempo que eu tinha até a aposentadoria antecipada, 3.) a rentabilidade estipulada, e finalmente, 4.) os valores dos aportes.

Com isso, descobri qual era o valor que eu precisava aportar todos os meses, se eu quisesse aposentar mais cedo. Fui fazendo as contas até chegar dentro dos meus padrões orçamentários. Já com o projeto em andamento, meu papel era eliminar excessos e desperdícios, além de aumentar os aportes para antecipar a data da aposentadoria.

Algo parecido se repete nas outras áreas da minha vida, já escrevi sobre isso no aspecto pessoal: “Como trazer seu futuro para o presente“.

Quando sei onde quero chegar (futuro), não é difícil voltar no tempo até os dias de hoje (presente) para avaliar o que estou fazendo de errado. Assim, tenho tempo suficiente para corrigir minhas atitudes de hoje, para que o meu futuro se torne algo bem próximo do que imagino.

Se há algo que me incomoda e não mudo, meu futuro será uma bola de neve das atitudes não tomadas de hoje. E há uma grande pergunta que joga toda responsabilidade em mim:

“O que estou fazendo hoje para sair desta situação?”

Há 2 anos, publiquei um post com esse título exato: “O que você está fazendo hoje para sair desta situação?“.

Enquanto a resposta for “Nada” eu entendo que não tenho o direito de reclamar, porque não estou fazendo nada para sair daquela situação.

Outra coisa legal de se fazer é fatiar as grandes tarefas em tarefas minúsculas, tão pequenas que são fáceis de serem executadas.

Ou seja, é difícil pensar em algo grandioso como a independência financeira, mas não vamos esquecer que para isso acontecer, precisamos começar com o primeiro 1 real.

Pra mim, são como tijolinhos, um por um, vou assentando, sabendo que uma hora a minha “construção” estará pronta. Com as tarefas é a mesma coisa. Sei que no final de todas as tarefas pequenas executadas, provavelmente, terei grande chance de ter conseguido o que eu quero.

Quem tiver interesse, também já escrevi sobre isso: “Como um sonho pode sair do papel“.

Temos que usar os nossos erros (e os erros dos outros) como uma grande escola. Ter a capacidade de reconhecer os próprios erros e principalmente, ter a humildade para desaprender algo que aprendemos errado.

A dor e a raiva que sentimos podem ser transformadas em várias coisas, uma delas é ressignificar o sentimento ruim e usar como uma mola propulsora. Foi por querer fugir da violência sofrida em casa pela minha própria irmã que eu passei em uma universidade pública em outra cidade. Foi por não querer continuar mais no trabalho em que estava, que eu passei num concurso público concorrido. Foi por causa do meu divórcio que meu segundo casamento está sendo encarado de outra forma. Foi por querer ficar mais tempo com as minhas filhas que eu decidi pela independência financeira.

Os dias difíceis podem se tornar um combustível. Somos forçados a mudar, a ter mais garra, nos tornamos mais fortes, nor tornamos maiores.

Claro que tem muita gente que consegue fazer coisas fantásticas sem passar por dificuldades. Mas no meu caso em particular, as dores foram essenciais para o meu crescimento.

A gente sabe que a vida é um eterno recomeçar e que viver é um desafio. Pedras pequenas e pedras grandes fazem parte do nosso dia-a-dia. Claro que o caminho que seguimos bem que poderia ser mais reto, sem tantas curvas. Mas é o caminho que temos e podemos aprender muito com ele.

Podemos lamentar e reclamar. Ou podemos aceitar os erros, transformá-los em grandes aprendizados e por fim, ter orgulho do caminho que percorremos e da pessoa que nos tornamos.

~ Yuka ~

Dinheiro, IF e FIRE

FIRE: nunca é fácil, mas vai ficando cada vez mais fácil

Passeio De Balão De Ar Quente, Balão, Flutuar, Bagan

Lembro dos primeiros anos que comecei a guardar dinheiro. Naquela época, era só colocar o dinheiro que sobrava no fim do mês na poupança, já que eu não sabia nada sobre investimentos.

A gente quando não tem um objetivo de vida, vai arranjando desculpas para torrar todo o dinheiro.

Eu comprava roupas novas todos os meses, comia na rua por preguiça de cozinhar, comprava presentes caros para colegas de trabalho, trazia lembrancinhas para todos ao voltar de uma viagem internacional…

Eu só mudei, depois que compreendi que quando gastamos de forma desnecessária, gastamos tempo da nossa vida.

“Inventamos uma montanha de consumo supérfluo, e é preciso jogar fora e viver comprando e jogando fora. E o que estamos gastando é tempo de vida. Porque quando eu compro algo, ou você, não compramos com dinheiro, compramos com o tempo de vida que tivemos de gastar para ter esse dinheiro. Mas com esta diferença: a única coisa que não se pode comprar é a vida. A vida se gasta. E é miserável gastar a vida para perder liberdade.” José Mujica

No início de tudo, eu e meu marido, juntávamos dinheiro daquele jeito sem compromisso nenhum. Depois casamos e praticamente zeramos nosso dinheiro por conta do casamento. Naquela época, eu tinha apenas o meu pequeno apartamento quitado de 1 dormitório.

Não tínhamos nenhuma meta em especial, mas comentávamos que podíamos comprar um carro e um imóvel próprio de 3 dormitórios daqui a alguns anos (a típica armadilha da classe média).

A nossa sorte, é que já éramos frugais e minimalistas. Mesmo sem grandes esforços, poupávamos 70% do nosso salário. Saíamos todas as semanas, comíamos bem, fazíamos anualmente de 1 a 2 viagens internacionais, principalmente, porque não tínhamos filhos.

Com o tempo, descobri que eu tinha a habilidade de gastar dinheiro em coisas que trazia felicidade. Gastava nos lugares importantes, e reduzia nos ítens supérfluos.  

Foi nessa época que eu engravidei da minha primeira filha. 

Minha filha nasceu e eu entrei de licença-maternidade por 6 meses. Sem nenhuma pressa, continuamos no apartamento de 1 dormitório. Dividíamos o quarto com ela, com o berço bem perto da nossa cama.

Foi durante a licença-maternidade que aconteceu o despertar. Eu não queria mais voltar a trabalhar, queria cuidar da minha filha. Não via mais sentido em ficar 10 horas fora de casa, sendo que havia uma criança que esticava os braços para mim, toda vez que eu me afastava.

Comecei a pesquisar sobre pessoas que se aposentaram precocemente e descobri por acaso o movimento FIRE (Financial Independence Retire Early).

Depois de devorar muitos conteúdos, estava convicta de que FIRE era para mim. Contei sobre o que eu tinha acabado de descobrir para o meu marido. Ele não só acreditou em mim, mas foi o meu maior incentivador. Para a minha sorte, embarcamos nessa jornada juntos.

FIRE espalhou na minha vida como um rastilho de pólvora, foi como um despertar para a vida. Mergulhei no mundo dos investimentos e em tempo recorde, havia lido praticamente todos os livros mais importantes sobre o assunto.

Antes do nascimento da minha segunda filha, fiz um planejamento para tentar poupar o máximo possível enquanto as crianças fossem pequenas. Percebi que o momento para guardar dinheiro era enquanto elas eram pequenas, pois a partir dos 7 anos, os gastos tendem a aumentar, ou seja, eu teria mais 6 anos pela frente.

Os aportes aumentavam mês a mês e junto com isso, fui descobrindo a alegria dos juros compostos.

O mundo dos investimentos foi muito generoso comigo e tive uma sucessão de sortes (entenda sorte como estar preparado, eu já tinha poupado e estudado muito!). Vendi meu imóvel num período de alta valorização, reinvesti esse dinheiro num período em que a renda fixa estava com taxas pré-fixadas de 19% ao ano. As ações subiram, os bitcoins subiram. E nesse meio tempo, ainda fiz compra e venda de outros imóveis e obtive lucros. Mas não se iludam, também cometi erros e perdi dinheiro.

Nove anos se passaram desde o primeiro parágrafo deste post.

Moramos de aluguel, continuamos sem carro, continuamos com o mesmo estilo de vida, aportando cerca de 70% da renda familiar.

No fim do ano passado, ao fazer a análise do meu balanço patrimonial anual, tive a grata surpresa de que os rendimentos totais recebidos já superaram os meus aportes.

Ou seja, do total do patrimônio que possuo atualmente, 40% do dinheiro veio do meu trabalho, do meu suor. E 60% veio dos rendimentos e do poder dos juros compostos.

Nestes 9 anos de investimento, a curva dos juros compostos já está relativamente íngrime, porque os aportes foram altos e constantes desde o início. E não digo que foram anos de sacrifícios, foram anos de escolhas inteligentes.

Daí o título deste post: FIRE: nunca é fácil, mas vai ficando cada vez mais fácil.

~ Yuka ~

Auto-Conhecimento

Como trazer o seu futuro para o presente

Eu sei que a maioria das pessoas, não foram encorajadas a pensar no futuro, muito menos incentivadas a fazer planejamentos. Somos imediatistas.

Apesar de saber que é difícil pensar em algo que nem aconteceu, e ainda por cima fazer um planejamento a longo prazo, eu tenho um truque que funciona bem.

Eu penso em mim velhinha…. com os meus 80, 90 anos de idade… e fico pensando que tipo de vida eu teria na minha terceira idade.

Quando contemplo o eu do futuro, vejo eu e meu marido cheio de rugas e cabelos brancos, felizes e saudáveis. Nossas filhas já são adultas e responsáveis, que me enchem de orgulho. Moro num apartamento confortável, do tamanho certo, nem grande, nem pequeno demais. Tenho tranquilidade financeira, que proporciona uma vida de muito conforto, o que permite fazer excelentes viagens na companhia dos meus bons e velhos amigos. Gosto muito de cuidar dos netos no meu tempo livre.

Ao ler o parágrafo acima, eu separo as frases em tópicos para facilitar:

“Vejo eu e meu marido…”

Ou seja, estarei com o meu marido. Para continuar feliz no meu casamento até os meus 90 anos, é preciso continuar cuidando do outro, conversar bastante, alinhar os interesses, tornar o casamento uma prioridade.

“… felizes e saudáveis”

Tudo bem que estou comendo de forma mais saudável, mas pratico algum exercício físico? Não. Então é algo que preciso pensar a respeito para tornar o meu corpo mais resistente.

“Nossas filhas já são adultas e responsáveis, que me enchem de orgulho”

Para que isso seja possível, não quero ter preguiça, quero continuar levando as crianças para brincar na rua, ler bastante livros, dar bastante atenção e amor.

” Moro num apartamento confortável”

Por essa frase já deu pra perceber que não faço questão de ter um imóvel próprio, desde que eu o transforme em um lar.

“Tenho tranquilidade financeira”

Já estamos no caminho certo para que isso se torne realidade.

“…permite fazer excelentes viagens”

No final do ano passado, voltei a estudar inglês, já que perdi a fluência. Vai ser bem útil nas minhas viagens internacionais.

“…na companhia dos meus bons e velhos amigos”

Taí uma coisa que eu quero melhorar. Apesar de ter os meus bons e velhos amigos de sempre, quero fazer novas amizades.

“Gosto muito de cuidar dos netos no meu tempo livre”

Para cuidar de netos, preciso ter disposição física. Mais uma vez, a necessidade de cuidar do meu corpo.

* * *

A partir destas constatações, elaborar metas se torna uma tarefa um pouco mais fácil. Cada item se transformará em uma meta (não do ano, mas meta da vida) que engloba as seguintes áreas da vida: casamento, saúde física e mental, filhos, estudar coisas novas, tranquilidade financeira, hobbies e relacionamentos.

É desta forma que trago o meu futuro para o presente.

Se eu quer manter o meu casamento feliz, o que eu tenho feito hoje para que isso se perpetue?

Se eu quero ter saúde na velhice, tanto mental como física, o que eu tenho feito?

Se quero ter filhas conscientes, educadas e bem criadas, o que tenho feito para que isso aconteça?

Se quero aposentar mais cedo, o que tenho feito para que isso seja possível?

Vai se surpreender como muitas vezes a resposta é um “Preciso melhorar” ou até mesmo um “Não estou fazendo nada”.

Vocês viram o meu caso em relação a saúde. Quero envelhecer com saúde, mas não tenho feito nada para que isso se torne realidade (já estou providenciando).

Se você quer criar o seu futuro, o segredo é pegar um grãozinho de areia hoje para criar seu castelo de amanhã.

~ Yuka ~

Dinheiro, IF e FIRE

Filhos e dinheiro: como temos lidado

mesada

Aqui neste texto, eu vou dividir a questão de dinheiro vs filhos em 3 partes. A primeira é como estamos lidando atualmente, depois como pretendo lidar com a mesada e depois sobre herança.

COMO ESTAMOS LIDANDO ATUALMENTE

Quando eu estava grávida, o gerente do meu banco entrou em contato para conversarmos sobre abertura de um plano de previdência privada para a minha filha. Ouvi atentamente toda a explicação, e no fim, saí da agência com uma única certeza: de que eu deveria me preocupar mais com a minha aposentadoria, e não com o plano previdenciário da minha filha. Entendi que se abro um plano no nome das minhas filhas, e se por algum motivo eu realmente estiver precisando do dinheiro quando elas completarem 18 anos (posso estar desempregada, doente etc), eu não poderei usar este dinheiro – a não ser que elas concordem em abrir mão – já que o dinheiro estará no nome delas.

Eu tenho muito claro para mim que as minhas filhas terão todo o tempo do mundo para conquistar a própria independência. Quando elas tiverem os seus 37 anos, – idade que eu tenho hoje – eu terei 71 anos. E por isso mesmo, sei que preciso pensar na minha tranquilidade financeira.

Vejo muitos pais pagando mensalmente uma previdência privada para os filhos, mas não terem uma reserva de emergência para si. Claro que acreditamos que os filhos irão nos ajudar em caso de necessidade, mas não podemos, nem devemos contar com essa possibilidade. E se eles estiverem desempregados? E se eles estiverem em dificuldades?

Considerando isso, atualmente, eu faço 2 coisas com as minhas filhas:

1.) quando elas vão ao supermercado comigo, às vezes deixo elas escolherem algo para levar até um determinado valor. Se querem levar mais de 1 coisa, precisam escolher qual item quer levar mais. Assim, já vai aprendendo desde cedo que não se pode ter tudo na vida, que a vida são feitas de escolhas e principalmente, renúncias. Por muitas vezes, vi (com muito orgulho) a minha filha mais velha franzindo a testa, quebrando a cabeça para decidir o que iria levar: uma barra de chocolate ou um saquinho de pipoca. E é exatamente esse exercício que eu quero que ela faça: de fazer escolhas.

2.) Outra coisa que eu faço com elas é a “sexta-feira feliz”. Toda sexta-feira quando voltamos da creche, deixo elas escolherem alguma bobeirinha pra comer, pode ser pipoca, sorvete, pirulito, milho cozido, passar em uma loja de doces, ou no supermercado, o que elas preferirem. Isso tem feito com que elas aprendam a esperar, a ter paciência. Quando elas pedem para comprar algo na segunda, terça, quarta ou quinta-feira, eu explico que “hoje” ainda não é sexta-feira. E elas compreendem. Ou seja, como elas sabem que em um dia da semana poderão comprar o que têm vontade de comer, não fazem birra quando digo “não”. Se eu nunca deixasse comprar, ou melhor, se elas não soubessem quando seria a próxima vez que conseguiriam comer o que têm vontade, talvez fizessem birra. Outra coisa que eu costumo falar é que “eu não estou falando que você não pode comer pipoca, só estou dizendo que não compraremos pipoca hoje, mas podemos fazer pipoca em casa”. Quero que elas saibam que se não podemos comprar, podemos fazer, podemos criar, podemos inventar, podemos substituir…

Essa prática de fazer a “sexta-feira feliz” nos trouxe um outro benefício: a de entrar em lojas de brinquedos, sem que eu precise comprar algo. Sim, elas não fazem birra nas lojas de brinquedos, nem na loja de doces. Eu já expliquei que elas ganham presentes 3 vezes por ano: no aniversário, no dia das crianças e no Natal.

Elas entram nas lojas, olham, brincam, “anotam mentalmente” o que querem, e depois saem das lojas sem fazer birra, pois sabem que ainda não é o momento certo para ganhar brinquedos.

Às vezes dou algumas moedas para comprarem pirulito na doceria do bairro. Outro dia minha filha mais velha ficou triste, porque percebeu que quando se compra o pirulito, fica sem a moeda. Expliquei que é assim mesmo, trocamos o nosso dinheiro por comida, brinquedos…

COMO PRETENDO LIDAR COM A MESADA NO FUTURO

Como as minhas filhas são muito pequenas, elas ainda não ganham mesada. Já ouvi dizer que o valor é muito subjetivo para cada família. Ele não deve ser pouco a ponto da criança desanimar por demorar demais para conseguir poupar para comprar o que quer, mas também não pode ser muito a ponto de achar que dinheiro cresce em árvore.

Cada família precisa avaliar o valor ideal, considerando as necessidades da idade.

Considerado o valor, eu pretendo dar um pouco a mais, mas isso porque tenho o intuito de incentivar a poupar desde pequenas. No início, claro, a criança não vai entender o que está fazendo, mas pretendo orientar a guardar de 30 a 40% do que recebe de mesada. Aos poucos essa prática vai se tornando natural.

No início, pretendo falar algo do tipo: “se você não usar o seu dinheiro por 10 dias, você terá uma moeda no décimo primeiro dia”, o que iria sugerir as noções básicas dos juros compostos. Afinal, o dinheiro “brotaria” três vezes por mês.

Quando estiverem alfabetizadas, e sabendo noções básicas de matemática, pretendo abrir conta em corretoras independentes para auxiliar nos investimentos, não com o meu dinheiro, e sim, com o dinheiro economizado das suas mesadas.

Claro que terá outras iniciativas, por exemplo, se me ajudarem a economizar na conta de luz, metade do valor economizado irá para elas, ou algo parecido.

Se elas souberem desde cedo, o que eu só descobri depois dos 30 anos de idade, com dedicação e foco, conseguirão alcançar a independência financeira ainda jovens.

SOBRE HERANÇA

Outra coisa que eu tenho muito claro na minha cabeça, é a ordem de prioridades: se os pais estão bem, os filhos ficarão bem. Sabe aquela orientação que recebemos quando embarcamos em um avião? Coloquem as máscaras primeiro e somente depois nos filhos? É basicamente assim que eu penso.

Isso significa que enquanto muitas famílias pensam em deixar um imóvel ou uma herança no nome dos filhos, eu penso no meu marido, e ele em mim.

Tenho a consciência de que sou um caso à parte por pensar mais no marido do que nas filhas se eu vier a falecer. Isso acontece, porque eu confio plenamente no meu marido e também confio na integridade dele, como pai e principalmente como pessoa. Tenho certeza de que meu marido faria de tudo, até o impossível, para que nunca falte nada para as nossas filhas.

Quero ensiná-las desde cedo a compreenderem que o dinheiro que nós estamos juntando para a aposentadoria, é nosso dinheiro: da mãe e do pai. Não serão delas. E por isso mesmo elas precisarão também pensar no próprio futuro. Não quero que elas cresçam achando que podem contar com o nosso dinheiro, pois já vi pessoas brigando sobre herança de pais que nem doente estavam.

Na minha casa, dinheiro definitivamente não é um assunto tabu.

~ Yuka ~

 

 

 

Dinheiro, IF e FIRE

Organize o seu orçamento doméstico de 2019 com o Minhas Economias

Para quem ainda não tem controle financeiro pessoal, o início de ano é sempre um bom momento para começar a se organizar.

Ter controle financeiro eficiente evita os gastos desnecessários, o que consequentemente aumenta o valor a ser poupado e investido por mês, possibilitando a concretização dos sonhos sem tanto sacrifício.

Há pelo menos 5 anos eu uso o gerenciador financeiro chamado Minhas Economias, que funciona muito bem como um aplicativo de celular, mas permite o acesso também pelo computador.

Imagem relacionada

Eu organizo todos os gastos mensais, desde o salário que entra, até o pão que compro na padaria.

Como eu e meu marido organizamos as finanças da família de forma conjunta, nós compartilhamos o mesmo login e senha para que tudo fique sincronizado no nosso celular.

Eu separo os gastos em categorias como:

  • casa: aluguel, condomínio, luz, gás, internet, telefone, celular
  • alimentação: supermercado, padaria, feira
  • lazer: passeios, restaurantes
  • saúde: farmácia, dentista, remédios, plano de saúde
  • transporte: uber, táxi, ônibus, metrô
  • educação: cursos, livros
  • manutenção da casa: consertos, reposição
  • vestuário
  • gastos gerais
  • investimentos
  • entre outros

No final do mês, o aplicativo cria um gráfico em pizza com as grandes categorias que eu criei: casa, alimentação, lazer, saúde, transporte, investimentos etc e com isso consigo visualizar de uma forma muito fácil qual é o meu custo de vida e quanto gasto em cada categoria.

Essa imagem, eu peguei do próprio site Minhas Economias para vocês poderem ter uma ideia de como é no site, o layout está um pouco desatualizado, mas tudo bem, é mais para ter uma noção.

Resumo financeiro na página inicial

Ele é bem fácil de usar e não troco esse gerenciador por nenhum outro.

Todo fim de ano eu gero o relatório detalhado dos meus gastos do ano inteiro para calcular a minha inflação pessoal. Sim, enquanto o IPCA de 2018 ficou em 3.86%, o meu IPCA pessoal ficou em 23%.

Essa é a grande vantagem de anotar todos os gastos mensais nesse aplicativo. É a possibilidade de visualizar através de gráficos e relatórios, qual foi o maior gasto anual da família. É a chance de ouro que temos de rever onde gastamos mais, onde estamos economizando demais, e fazer um ajuste fino do balancete financeiro.

No ano de 2018 por exemplo, eu e meu marido percebemos que gastamos muito no Uber, na luz e nos gastos gerais. Então concordamos que continuaremos utilizando o Uber para as nossas necessidades, mas não com tanta frequência como estávamos utilizando (tinha dias que eu tinha tanta preguiça que eu usava de 4 a 5 vezes). Luz também aumentou muito. E estamos nos esforçando para desligar a luz quando saímos de um cômodo. É uma questão de hábito que ainda estamos nos esforçando. Outra coisa que aumentou foi a categoria dos “gastos gerais”. Aqui entra todas as bugigangas que compramos e que não se encaixam nas outras categorias. Geralmente são coisas que não estamos precisando. Como este ano acabamos poupamos menos do que gostaríamos, decidimos tentar economizar nessas categorias que extrapolamos, para aumentar o valor a ser investido no ano de 2019.

Todo esse diagnóstico só foi possível, porque nós temos um controle financeiro pessoal.

Não é propaganda, estou recomendando, porque uso e gosto. Então, para quem tiver interesse, recomendo que baixe o aplicativo Minhas Economias no celular, e depois entre no site para configurar as categorias (site: Minhas Economias).

Um bom início de ano para todos.

~ Yuka ~

Organização

Dicas para que o planejamento de longo prazo dê certo!

planejamento futuro

Eu já tinha percebido o motivo dos meus planos de curto, médio e longo prazo darem quase sempre certos.

Isso se deve a 2 coisas:

1.) acompanho os meus planejamentos com frequência

2.) faço pequenos ajustes ao longo do período

Lembro que uma amiga chegou a comentar que para ela seria impossível traçar metas tão longas, pois não conseguiria “engessar” o seu futuro como eu fazia.

Mas na verdade, é justamente o oposto. Eu não engesso, eu só traço alguns objetivos e vou fazendo pequenos ajustes ao longo do tempo.

Por exemplo, no meu planejamento de uns 5 anos atrás, constava que aos 33 anos eu iria casar com o meu namorado (que é o meu marido atual), depois compraríamos um carro aos 34 anos, e depois um apartamento financiado. Nesse meio tempo tentaríamos ter 3 filhos.

Mas conforme as coisas iam acontecendo, os ajustes também aconteciam. Hoje, a única coisa que foi concretizada desse planejamento foi o casamento. Porque para o restante (o carro, o apartamento, os filhos) a nossa opinião mudou. Resolvemos não ter carro, resolvemos vender o apartamento para viver de aluguel e decidimos que 2 filhas já estava bom.

E só para reafirmar: está tudo bem alterar o planejamento. Aliás, ajustar o planejamento a todo momento é o que faz tudo isso dar certo e faz com que eu não abandone meus objetivos. A nossa vida é repleta de mudanças, por isso mesmo, engessar os planos é um dos maiores motivos para que aconteça o abandono do planejamento.

Outro fator muito importante para um planejamento, é, após definir o que quer para o seu futuro, trazer isso para o hoje. Vou exemplificar. Se lá na frente eu quero me aposentar, viajar com o meu marido, curtir minha aposentadoria com ele, cuidar das minhas filhas, eu PRECISO cuidar do meu casamento hoje. Pois se eu não fizer isso, quando eu me aposentar, eu estarei sem o marido.

Se eu tenho vontade de participar da corrida de São Silvestre, eu PRECISO começar a treinar desde já, porque eu não consigo simplesmente sair correndo de um dia para outro, eu preciso treinar o meu corpo para isso.

Não basta ter um planejamento.

É necessário trazer o futuro para o presente. E como a gente faz isso? É só ler o post da semana passada. Aquela lista-mãe que provavelmente alguns dos leitores fizeram, será essencial para o início de todo o planejamento. Qual dos itens será levado à sério? Como ele será desmembrado em diversas pequenas tarefas?

Não mire só o futuro. Lembre-se de comemorar as pequenas conquistas diárias, vibrar por cada degrau que subir.

Não se esqueça que o futuro, nada mais é do que a somatória do que fazemos no presente.

~ Yuka ~

Auto-Conhecimento

A importância de sonhar

balão de ar quente

Andei pensando em como o tempo (ou melhor, a falta dele) faz com que a gente pare de sonhar, faz a gente viver no automático – acorda, toma café, vai para o trabalho, volta para casa, toma banho, faz o jantar, come, faz as tarefas de casa e dorme – e quando percebemos o dia já acabou, a semana já passou e o fim de ano já chegou.

Desde que descobri a lista do “Talvez, Um dia desses”, fui preenchendo essa lista com as coisas que um dia gostaria de fazer.

Desde ler livros de filosofia, voltar a fazer aulas de patchwork e ter um ofurô em casa, a lista foi sendo preenchida com muito carinho e calma.

E ao começar a abrir meu baú de memórias, comecei a lembrar de alguns sonhos, alguns da época em que eu era criança (como morar em um trailer), outros da época da adolescência (como correr a São Silvestre fantasiada 😬), e até sonhos de alguns anos atrás (como ter uma vespa italiana ou conhecer as obras do Antoni Gaudí na Espanha). Também queria adotar um parque do meu bairro, aprender a correr, acordar mais cedo. Enfim, sonhos grandes e sonhos pequenos.

Também recordei de muitos sonhos que já foram realizados… morar sozinha, ter um grande amor, aprender a cozinhar, nadar com um boto cor-de-rosa, andar de balão de ar quente, voar de paraglider, fazer um intercâmbio, conhecer alguns lugares maravilhosos ao redor deste mundo.

E percebi como tantos sonhos podem se tornar realidade.

Sonhar é importante, mas muitas vezes, não basta sonhar. É necessário trazer esse sonho para a realidade. E isso é tão importante quanto sonhar.

Eu faço assim: quando o final do ano se aproxima, eu escolho qual sonho quero concretizar. E me preparo para que ao longo do ano que vem eu tenha condições de realizar esse sonho.

Se é uma viagem, é saber onde, quando, como, com quem vou viajar e quanto vou precisar.

Se é uma corrida, é me preparar física e mentalmente, começando aos poucos.

Se é um curso, é descobrindo onde o curso é oferecido, quanto custa, o tempo de duração, além de abrir um espaço na agenda.

É uma forma de tornar o sonho mensurável e palpável, além de não esquecer nunca, que apesar da correria do dia-a-dia, os nossos sonhos terão sempre espaço na nossa vida.

Por isso a recomendação é: escreva! Pode ser em um caderno, no celular, no computador, mas anote… para nunca mais se esquecer dos sonhos.

– Yuka –

Auto-Conhecimento

Como planejamento é importante para evitar dor de cabeça e viver sem estresse

Meu marido é bolsista de pós-doutorado. Ou seja, a cada 2 anos, ele precisa de projetos novos para receber o salário.

Para quem é novo por aqui, a minha segunda filha acabou de nascer, e o nascimento dela coincidiu com o término do projeto de pesquisa dele. Com a restrição orçamentária no novo governo, nem preciso falar que meu marido não conseguiu renovação do projeto.

Numa situação normal, talvez eu ficasse muito chateada, triste e preocupada. Mas desde que começamos a namorar, sabia que o emprego dele tinha a parte boa (flexibilidade de horário) e a parte ruim (instabilidade financeira), e nós nos preparamos para este dia, guardando dinheiro.

O que era para ser uma notícia ruim, se transformou numa notícia boa graças ao planejamento: ficar em casa no período em que minha segunda filha nasceu, significa que meu marido poderá acompanhar de perto a minha licença-maternidade.

O planejamento tem feito a gente viver sem estresse em muitos casos.

Na época da crise da água (em 2015), eu fiquei com muito medo de faltar água em casa, principalmente porque estava grávida da minha primeira filha. Contra todas as risadas que eu ouvi, eu comprei uma bombona para armazenar 200 litros de água no meu apartamento.

bombona

Armazenar água me deu uma sensação de segurança impagável. E olha o que aconteceu. Tive a minha filha na maternidade, e no primeiro dia em que voltamos para casa, aconteceu o que eu temia: não tinha 1 gota de água nas torneiras do prédio. Era uma situação desesperadora não ter água nem para dar banho na minha filha. Mas eu tinha água na bombona, e foi com essa água que cozinhamos, demos banho, lavamos as roupinhas. Ter feito um planejamento evitou estresse e eu lembro desse período com muito carinho, apesar da falta de água do prédio.

Sei que fazer planejamentos não é tão fácil como parece, mas tente.

Meus planejamentos geralmente começam assim, comigo pensando no pior cenário possível (por exemplo, no caso da crise hidráulica):

“Se a água da torneira acabar, o que eu poderia ter feito para que eu tivesse água por maior tempo?”

E aí vão surgindo algumas respostas.

No caso, foi estocar água no apartamento. Se a resposta é estocar água, vão surgindo outras dúvidas: Onde estocar? Como estocar? Qualquer recipiente serve? Etc.

O bom de planejar com antecedência é que esta prática nos livra de muitas dores de cabeças futuras.

~ Yuka ~

Auto-Conhecimento

Fazer 2017 acontecer… A diferença entre Sonho e Meta!

ano-novo

Primeiro post do ano! Feliz 2017 para todos que acompanham este blog.

Vocês já sabem quais são as suas metas para o ano de 2017? Ou a meta da sua vida?

Para este ano, a minha meta é fazer um detox digital. Ou seja, basicamente eu quero desacelerar mais, acessar menos conteúdo de internet, estar mais presente.

Também quero continuar na minha caminhada do auto-conhecimento, do desapego material, de continuar com o estilo de vida minimalista, de viver com pouco, de ser feliz com o que eu já tenho. Engraçado que eu percebi que eu não tenho mais muitos desejos como antes. Eu tenho muitos sentimentos de gratidão por tudo o que eu já conquistei e das coisas que eu quero manter: manter meu casamento saudável, manter minhas filhas felizes, manter a minha saúde física, mental e financeira, manter os meus amigos, ser grata pelas coisas que possuo…

Continuando com o título do Post de hoje, acho importante saber diferenciar entre sonhos e metas.

Quantas pessoas vocês conhecem que comentam:

“Eu sonho um dia fazer um ano sabático”

“Eu quero um dia passar num concurso público”

Legal! Mas o que diferencia entre a pessoa que alcança esses sonhos e a pessoa que fica permanentemente sonhando é justamente a diretriz que ela dá para esses projetos, desmembrada em várias atividades (ações), com prazo etc.

Não basta querer fazer um ano sabático. Tem que saber quais são as tarefas que precisam ser feitas para que você consiga realizar este sonho. Um sonho, quando desmembrado em várias tarefas pequenas, é muito mais fácil de se tornar real.

Para fazer um ano sabático, por exemplo, você precisaria saber o objetivo de fazer um ano sabático. Será um ano de redescoberta? Do autoconhecimento? De conhecer pessoas novas? Estudar? Viajar? Para onde quer ir? Quais lugares? Quanto gastaria por dia? E no transporte, alimentação, hospedagem? Quem iria com você? Precisa tirar passaporte? Se sim, quanto custa? Dependendo do país que for viajar, precisa tirar visto? Já tem o dinheiro suficiente? Quanto precisa poupar por mês? Onde você pretende economizar para conseguir este dinheiro? Em quanto tempo? Se tem carteira assinada no trabalho, como pretende fazer para poder ficar 1 ano sem trabalhar?…

Geralmente 1 meta pode ser desmembrada em 30, 50, 100 tarefas, no estilo checklist. Quando você terminar de riscar o último item do seu checklist, será a hora em que seu Sonho virará Realidade.

Tente e depois me conte.

E quais são as suas metas para 2017?

~Yuka ~

Minimalismo

Retrospectiva dos meus posts de 2016

 

ano-novo

Olá! 2016 está terminando e para fazer uma retrospectiva, gostaria de colocar os textos que mais gostei de publicar no blog:

Fevereiro

Março

Abril

Maio

Junho

Julho

Agosto

Setembro

Outubro

Novembro

Dezembro

Um bom fim de ano para todos vocês.

Nos vemos em 2017!

~ Yuka ~

Auto-Conhecimento

Você já fez a sua lista de conquistas de 2016?

lista-de-conquistas

Todo ano, eu tenho uma lista linda para ser arquivada.

Eu chamo essa lista de “Lista das conquistas de 2016” e tenho esse costume desde 2008, como expliquei neste post aqui. Essa lista começou como um suplício, como se eu quisesse afirmar para mim mesma que a minha vida não estava ruim (2008 foi o ano em que eu me divorciei). Então passei a criar esta lista e colocar pequenas conquistas, pequenas alegrias que eu percebia ao longo do ano. Era para me mostrar (para provar, para me convencer, para me lembrar) que apesar do ano ter sido difícil, que eu tive sim coisas muito boas para serem celebradas.

E desde então, nunca mais parei. Ano a ano, a lista é arquivada com muito carinho.

Todo mês anoto no bloco de anotações (do meu celular) todas as coisas boas que vão acontecendo ao longo do ano. E pode ser de tudo, desde compras materiais, até conquistas pessoais, mudança de algum hábito ruim, algumas descobertas importantes, sentimentos aflorados, enfim, tudo o que você considerar importante.

Desde o ano passado, comecei a incluir as conquistas da minha filha, que ficou mais ou menos assim (eu resumi aqui só para vocês terem uma noção de como é a lista):

2016

  • Anda de lado segurando no sofá (fevereiro)
  • Início da creche municipal (fevereiro)
  • Aprendeu a apontar os objetos e pessoas com o dedinho (fevereiro)
  • Fica em pé por alguns segundos (maio)
  • Andou (22 de junho)
  • Corre, anda para trás, anda de lado, brinca de esconder objetos (agosto)
  • Me chama de mamám. Chama o papai de mamám também (agosto)
  • Faz carinho na minha barriga de grávida, avisa que tem sede, que fez cocô, que quer alguma coisa da geladeira (setembro)
  • Chama papai (outubro)
  • Sabe falar 4 palavras: au-au, mamãe, papai e peixe, nesta ordem (novembro)
  • Aprendeu a provocar, coloca o pé na mesa e dá um sorriso no canto de boca porque sabe que não pode. (dezembro)
  • Aprendeu a mentir: fala que não fez cocô, quando fez, só para não precisar trocar a fralda (dezembro)

Eu e meu marido também temos uma lista, e gostamos de olhar a lista e agradecer as conquistas que tivemos.

Desde 2008, percebo que a minha lista tem ficado cada vez menos “material”.

Antes, as minhas conquistas se resumiam a comprar coisas, fazer viagens, etc.

Hoje, minhas conquistas se resumem basicamente em mudanças de hábitos, criação de valores, sentimentos aflorados, etc.

Quem puder fazer, recomendo muito esta prática.

~ Yuka ~

Auto-Conhecimento

Avalie: você gasta sua energia na causa ou na conseqüência?

Olá pessoal!

Queria compartilhar com vocês uma coisa que tenho percebido com uma certa frequência.

– As pessoas estão reclamando mais. –

Quando se reclama por muito tempo, reclamar vira costume, e é disso que temos que tomar cuidado.

E para tentar administrar melhor a minha vida (sem reclamar tanto), gosto muito de trabalhar com o conceito causa e conseqüência (causa e efeito / ação e reação).

Antes de fazer alguma coisa, sempre paro e penso: se é causa ou se é conseqüência.

Por exemplo: se percebo que tenho ficado irritada durante os meus dias, tento avaliar a causa da minha irritação. Não adianta fazer massagens, fazer terapia, tomar remédios se a causa da minha irritação é o trabalho. Enquanto não resolver a causa da irritação, não adianta gastar energia na conseqüência.

Quantas pessoas você conhece que está insatisfeita no relacionamento? Continuar com uma pessoa, mesmo não amando só para não se sentir sozinho? Pense assim: se quer ter como conseqüência uma família, precisa avaliar se está com a pessoa certa. Permanecer com uma pessoa que você não ama, só para não ficar sozinho pode até solucionar o problema de imediato, mas a longo prazo, estará sozinho, pois a chance de ter uma família unida diminui se não houver amor.

Quantas pessoas você conhece que reclama do salário baixo, mas anda de carrão, mora em um bairro caro, coloca os filhos numa escola cara, comendo em restaurantes toda semana (ou até mesmo todo dia)? Talvez o problema todo não seja o salário baixo (que nem é tão baixo assim), e sim o padrão de vida.

Para quebrar esse círculo, antes de mais nada, é muito importante fazer uma avaliação crítica do problema. Fazer diagnóstico se é causa ou consequência não é tão simples como parece. Exige paciência, pois muitas vezes não dá para distinguir com clareza a origem do problema.

~ Yuka ~

Auto-Conhecimento

Cada escolha uma renúncia

renuncias

Hoje gostaria de falar sobre as escolhas da nossa vida.

Não sei se já pararam para pensar que quando escolhemos um caminho a percorrer, renunciamos aos outros caminhos existentes?

As pessoas me perguntam como eu consigo juntar dinheiro, como eu consigo viajar com frequência, como eu consegui quitar meu apartamento tão rápido.

E quando eu começo a explicar de que forma consegui juntar dinheiro, geralmente volta uma resposta malcriada assim:

“Ah, mas se eu também colocasse meu filho na creche pública, se também não tivesse carro, se também não tivesse TV a cabo, se também morasse num apartamento de 1 dormitório como você, eu também conseguiria juntar dinheiro.”

Pois é. Para todas as escolhas que fiz, houveram inúmeras renúncias. Só que as pessoas no geral querem juntar dinheiro, mas não querem renunciar a nada. A culpa geralmente é do salário baixo, nunca do estilo de vida que leva.

Não sei quantas vezes imaginei que se tivesse um carro as coisas seriam mais fáceis? Ou quantas vezes me imaginei em uma casa um pouco maior com alguns cachorros correndo pelo quintal? Mas daí eu lembro que antes disso tudo acontecer, precisávamos ter uma segurança financeira. E para isso, tivemos que renunciar a várias coisas. Não é uma decisão tão simples, mas achamos mais importante poupar agora que os filhos são pequenos, pois sabemos que quando eles crescerem, os gastos tendem a aumentar.

Acredito que a oportunidade que temos para juntar dinheiro é agora. Agora que minha filha ainda não reclama se usa roupa ganhada, que não tem mesada, que não tem viagens com as amigas, que ela ainda não me pede um curso de inglês ou de violino, cursinho, etc.

Pagamos um preço por essas escolhas. A cada coisa nova que entra em casa (um carrinho de bebê, uma banheira, um brinquedo um pouco maior), é uma luta para achar um cantinho sem que a casa fique com ar bagunçado. Precisamos participar ativamente das reuniões dos pais para colaborar com o desenvolvimento educacional das nossas crianças na creche (o que eu acho fantástico, diga-se de passagem). Cada passeio que fazemos tem que ser planejado com muita antecedência para nada dar nada errado, já que não temos carro.

O segredo todo está em ver o lado bom das escolhas que fazemos.

Um apartamento pequeno? Poucos objetos para limpar, fácil de organizar, fica aconchegante, condomínio baixo, IPTU baixo…

Não tenho carro? Não preciso pagar estacionamento, não preciso procurar vaga para estacionar, pagar IPVA, seguro obrigatório…

Por isso na hora em que percebermos que alguém tem algo que não temos, não podemos nos esquecer de que existe uma probabilidade grande daquela pessoa ter renunciado a algo (de que muitas vezes não estamos dispostos a renunciar).

~ Yuka ~

Auto-Conhecimento

Promessas de 2014

lembrete

Todo início de ano é a mesma coisa… esperanças reacendem, surgem novas metas e promessas. Algumas são promessas novas… outras, promessas antigas, difíceis de serem cumpridas que retornam todos os anos como uma nova esperança.

Eu não tenho metas grandiosas. Na verdade, são mudanças comportamentais. E também prefiro não fazer aquelas listas enormes, porque no final, acabo não conseguindo me focar. Se for listas que são fáceis de riscar, não vejo problemas (arrumar o guarda-roupa, doar as roupas que não uso, etc.). Mas comportamento não se muda de um dia para o outro. Por isso prefiro ser econômica nas metas.

Para o ano de 2014, eu quero pra mim:

1.) ter uma alimentação mais balanceada e saudável, incluindo variedades de legumes, verduras e frutas na mesma refeição

2.) ficar menos tempo na internet

3.) ir mais ao cinema, restaurantes, sair mais da rotina

Ano passado, a minha meta era deixar de ser bagunceira. Ainda tenho tendência em ser bagunceira, mas já melhorei bastante.

~ Yuka ~

Auto-Conhecimento

Como um sonho pode sair do papel?

dream

Durante muitos anos, vi pessoas realizando muitos sonhos: uma viagem internacional, sonho de uma casa própria, um casamento dos sonhos, sonho de mudar de emprego, etc.

Claro que tem muitos sonhos difíceis de concretizar, como ganhar na loteria e ficar milionário.

Mas tem também muitos outros sonhos que dependem apenas de PLANEJAMENTO.

Isso mesmo.

E quando falo em planejamento, não é simplesmente sair anotando no papel os sonhos que temos. Para que esses sonhos concretizem, é necessário direcionar as atitudes para aquela meta.

Para quem quer viajar para Paris, por exemplo, não pode simplesmente falar “um dia eu vou viajar pra Paris”. É necessário colocar no papel quais são as tarefas e atividades que precisam ser feitas para que você consiga fazer uma viagem dessas.

Um sonho, quando desmembrado em várias tarefas pequenas, são muito mais fáceis de se tornarem realidade.

Vou dar exemplo:

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VIAGEM PARA PARIS POR 10 DIAS

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TAREFA 1: Descobrir uma estimativa de quanto dinheiro é necessário para fazer esta viagem

– Pesquisar o valor da passagem de Brasil até Paris, ida e volta

– Pesquisar o valor médio de uma diária de um hotel em Paris e multiplicar pelos dias que ficará hospedado

– Analisar com amigos e parentes experientes, o valor necessário por dia para gastos como alimentação, transporte, passeios, lembrancinhas, etc.

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TAREFA 2: Descobrir quais documentações são necessárias para entrar na França

– Possui passaporte? Passaporte está em dia? Se não, providenciar. Entrar no site da Polícia Federal, ver prazos, valor e como funciona

– Verificar se é necessário solicitar um visto de entrada no país. Se sim, qual o valor?

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TAREFA 3: Verificar os gastos

– Some todos os gastos da Tarefa 1 + Tarefa 2. É a soma dos dois que você precisa ter (poupar) para concretizar este sonho.

– Veja quanto consegue economizar por mês.

– Veja onde pode cortar gastos para economizar mais (lembrando que para cada decisão, algumas renúncias devem ser feitas. Não dá para querer juntar dinheiro sem economizar em outros lugares).

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TAREFA 4: Verificar quando poderá viajar

– Agora é uma questão matemática. Se a soma das Tarefas 1 e 2 for de R$5.000,00, você tem que fazer o cálculo de quanto você consegue economizar por mês. Se for R$500,00, isso significa que em 10 meses, já conseguirá viajar.

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Na verdade, tudo isso que eu escrevi, é só um exemplo de que é muito mais fácil realizar várias tarefas pequenas do que uma única tarefa grande. Conforme as tarefas são realizadas, o sonho vai se aproximando.

Tudo parece ser mais fácil.

~ Yuka ~

Dinheiro, IF e FIRE

Como se planejar para nunca faltar dinheiro

cofreComo eu havia dito no outro post (viver com menos dinheiro) eu não sou de gastar muito. Ou melhor, gasto com as coisas que considero importante para o meu Presente e para o meu Futuro.

Minha mãe sempre ensinou a poupar e a mostrar que caminho percorrer. Contava casos de amigas que sempre tiveram uma vida estável, mas ao envelhecer, perderam tudo, pois não tinham plano de saúde, nem planejado uma aposentadoria.

Aprendi que não podemos contar com os filhos, pois é injusto jogar essa responsabilidade para eles. E se os filhos estiverem numa situação difícil também? Nunca se sabe.

Hoje, meus gastos se resumem em Necessidade + Lazer + Prevenção + Projetos Futuros. O segredo é ficar de olho para não perder os momentos legais de hoje, mas nunca perder de vista o que você quer para o seu futuro, ou seja, me planejo para ter uma vida confortável HOJE e tentar manter um padrão de vida confortável AMANHÃ.

Em alguns casos, sei que é bem difícil ajustar o salário para poder pagar um plano de saúde e uma previdência privada. Mas o que eu fiz foi o seguinte: meu salário foi melhorando aos poucos, às vezes com promoção e outras vezes somente com o reajuste anual. Mas a minha vida continuou a mesma.

Vou explicar… não passei a comprar roupas mais caras, nem comecei a frequentar restaurantes mais caros só porque meu salário aumentou. Na época vivia de aluguel, e continuei com o meu aluguel barato, nem pensei na possibilidade de mudar de lugar. Tenho internet e tv a cabo há menos de 1 ano, antes, não tinha. Apesar do meu salário ter aumentado com o tempo, o meu padrão de vida não aumentou. E com isso consegui começar a incluir alguns pagamentos que considero importantes, como a Prevenção (plano de saúde, previdência privada, gastos gerais).

 

Essa fórmula tem dado certo pra gente, porque tanto eu como meu marido somos poupadores. Então todo início do mês, somamos nosso salário, subtraímos todos os pagamentos, separamos nossa mesada e poupamos o resto.

Sinto que dessa forma, estamos conseguindo aproveitar o momento, fazer passeios, viajar, mas sempre de olho no futuro próximo (como a compra de um apartamento) e no futuro distante (como a nossa aposentadoria).

~ Yuka ~