Auto-Conhecimento · Organização

Faça curadoria nos conteúdos que você consome

Pixabay: ThePixelman

Você faz curadoria dos conteúdos que consome?

Curadoria nada mais é do que pesquisar, selecionar, organizar e administrar algo para alguém. Neste caso, eu pesquiso, seleciono, organizo e administro os conteúdos para mim mesma.

Comecei a fazer isso, por causa do avalanche de conteúdos que temos nos dias de hoje. Eu percebi que quando não fazia isso, consumia conteúdos cada vez mais rasos, e em maior quantidade.

Com a produção diária de conteúdos por milhões e milhões de veículos de comunicação e de pessoas, eu entendi que nenhum tempo do mundo seria suficiente para consumir tudo o que eu tinha interesse.

Sabe quando dá aquela vontade de maratonar os livros, as séries, os filmes? Pois é, eu não queria mais isso para mim. Eu queria desfrutar a leitura de 1 livro, ler um pouco mais devagar só para esticar o momento prazeroso.

A alternativa para isso foi começar a fazer curadoria dos conteúdos.

Funciona assim:

Livros:

Quando me interesso por algum livro, ou porque ouvi alguém comentando, ou porque vi em uma livraria ou sebo, eu não compro imediatamente. Eu simplesmente entro na minha conta da Amazon e incluo na minha pasta Lista de Desejos. Esse livro fica nessa pasta por tempo indeterminado, até que um dia eu decida ler algo. Quando esse dia chega, dou uma olhada na pasta e faço uma pequena pesquisa. Leio a resenha, a opinião dos críticos, procuro a formação dessa pessoa (se for algum livro mais didático ou sobre desenvolvimento pessoal) e vejo se o livro baseou-se em algum outro livro. Eu tenho preferido ler o livro original, do que ler o livro de alguém que se baseou em outro livro.

E é assim que, de livro em livro, vou selecionando bons livros para ler.

Vídeos:

Também faço algo parecido quando quero assistir vídeos no YouTube / Netflix etc. Eu tenho uma pasta “Assistir mais tarde” e basicamente vou colocando tudo o que tenho vontade de assistir uma hora dessas.

Depois, com mais calma, olho novamente essa pasta e é impressionante a quantidade de vídeos que eu apago, ou seja, que não tenho motivos para assistir.

Notícias:

Faço a mesma coisa com as notícias.

No início do dia, dou uma olhada nas notícias e vou abrindo algumas páginas (em uma nova aba) das notícias que quero ler. E só depois penso com calma se quero ler mesmo, e de novo, cerca de 70% das notícias, não me interessam mais, ou porque já li, ou porque era apenas fogo de palha.

Redes Sociais:

Bom, não tenho redes sociais. Não tenho Instagram, não tenho Facebook, nem Twitter ou outras coisas.

Tenho o Whatsapp, mas deixo no silencioso o dia todo. Aí de tempos em tempos dou uma olhada se tem alguém urgente para responder, e o restante, só leio e respondo quando tenho disponibilidade. Isso significa que às vezes demoro 1 dia para responder, às vezes 1 semana, às vezes 1 mês. E está tudo bem para mim.

Uma dica: prestar atenção no jeito da pessoa transmitir conhecimento

Algo que tenho prestado bastante atenção nestes últimos anos é se o jeito da pessoa transmitir conhecimento é o ideal para mim.

Vou dar um exemplo que vai ficar fácil de todos entenderem.

Vamos falar da Monja Coen. Acho que a maioria das pessoas a conhecem, que além de ter publicado vários livros, também faz diversas palestras e produz diversos conteúdos. Sei que ela motiva milhões de pessoas, mas eu não capto muito bem o que ela fala, ou seja, a sua fala não toca o meu coração. Já li seus livros, já assisti pessoalmente algumas de suas palestras, mas é isso, é como se não desse um “match”… e está tudo bem. Então não insisto mais nos conteúdos que ela produz.

Agora vamos para um outro exemplo. Clóvis de Barros. Ele parece ser uma pessoa digamos… desengonçado. Fala alto demais, gesticula demais, fala palavrão, gagueja, mas ele consegue prender a minha atenção. Saio de suas palestras com gostinho de quero mais, ou seja, ele toca o meu coração, eu aprendo com ele. Então eu continuo acompanhando seus conteúdos.

Pra vocês terem uma ideia, eu absorvo mais em uma palestra de 15 minutos do Clóvis de Barros do que uma palestra de 2 horas da Monja Coen. Isso não desqualifica a monja, muito pelo contrário, reconheço todo o poder de sua influência. Só não serve para mim e somente para mim.

Neste mundo imenso de informação, onde tudo é jogado na nossa frente, cabe a nós, fazer uma curadoria bem feita dos conteúdo para finalmente encontrar aquele livro especial, aquele documentário especial, aquele filme especial, aquela pessoa que toca nosso coração.

~ Yuka ~

Auto-Conhecimento

Aprendizados da vida

Fiquei pensando esses dias sobre como alguns temas trouxeram grandes ensinamentos para o meu crescimento pessoal.

Pensando nisso, listei alguns tópicos que foram relevantes para o meu desenvolvimento:

Violência doméstica
  • De que o dia de amanhã sempre poderá ser melhor do que o dia de ontem
  • Me ensinou a olhar para a frente, a não ficar lamentando pelo que passou
  • Me ensinou a nunca maltratar e a humilhar os outros
  • De que o mais importante é a beleza interior
  • Me ensinou a ter compaixão e estar ao lado das minorias sociais
  • De que amigos são irmãos de alma, um muro protetor
Minimalismo
  • Me ensinou a ser feliz com menos posses
  • Me ensinou a fazer escolhas melhores
  • Passei a ter menos obrigações
  • A evitar comparações
  • A ter mais consciência
  • Ter mais dinheiro
FIRE
  • Me ensinou a definir prioridade e foco
  • A importância de ter metas
  • A importância de agir no momento certo
  • Entender que a vida pode ser dividida em fases (fase de economizar, fase de usufruir etc)
  • De que a união faz a força (eu e o marido)
  • Tirou o meu complexo de burrice
  • Alcancei a tranquilidade financeira
Filhos
  • Tem me ensinado a ser mais paciente
  • Que nem sempre as coisas saem do meu jeito
  • Me ensinando a ter humildade, a reconhecer as próprias falhas
  • De como o tempo passa rápido e que temos que aproveitar melhor o dia de hoje
Crises de ansiedade
  • Ensinou a importância de pedir ajuda
  • Reconhecer que não sou capaz de tudo
  • Que posso fazer as coisas mais devagar
  • De que escolher o parceiro certo pode definir como será a recuperação da saúde mental
  • As vantagens de voltar ao analógico: sair mais com os amigos, estar mais presente, desacelerar
  • Aproveitar a nova fase Coast FIRE
  • Aprendendo sobre atenção plena

No ano passado, logo depois de me recuperar de uma crise de pânico, eu lembro de ter prometido para mim mesma que eu iria sair daquela situação melhor do que quando entrei, e que iria transformar essa crise em uma das melhores coisas que aconteceu na minha vida.

Desde então, tenho levado essa promessa ao pé da letra.

Se antes eu estudava até dizer chega sobre finanças, investimentos e FIRE, hoje, considero que já sei o suficiente. Agora meu foco está em retomar algumas áreas da minha vida.

Luiz Albert Hanns, psicólogo, psicanalista e pesquisador, diz que não devemos nos culpar por não termos uma vida equilibrada. Que o mais comum é aprendermos um pouco mais sobre nós mesmos para saber o que podemos abrir mão em determinados períodos da vida, o que cada ciclo de vida está nos pedindo (há períodos em que temos que caprichar mais na área profissional, ou períodos em que precisamos dar mais atenção aos filhos, ao cônjuge etc).

Houve momentos em que a prioridade eram as minhas filhas.

Houve momentos em que a prioridade era juntar dinheiro e estudar sobre investimentos para acelerar a independência financeira, pois sabia que quanto mais cedo fizesse isso, mais fácil me beneficiaria dos juros compostos.

Agora estou entrando em uma fase de querer estar presente, de aproveitar o momento.

Tenho lido diversos conteúdos sobre viver o presente, inclusive iniciei um curso gratuito e online na Universidade de Yale sobre ciência da felicidade, chamado de “The Science of Well-Being”. Este curso promete reunir o que a ciência diz sobre felicidade e nos ensinar a transformar essas informações em ações cotidianas.

Vejo tudo isso como o início de uma temporada de novos estudos.

~ Yuka ~

Dinheiro, IF e FIRE · Minimalismo

Voando abaixo do radar

Aeronaves, Double Decker, Avião De Hélice, Vôo, Voo

Que a felicidade incomoda, não é mais segredo para ninguém. Além da felicidade, o sucesso dos outros também incomoda muita gente.

Eu aprendi com o tempo a voar abaixo do radar.

Isso significa que aparento ser bem menos do que de fato eu sou, ou do que possuo.

Não converso sobre investimentos com os outros, às vezes alguém resolve me dar conselhos financeiros, e eu ouço-os com atenção, mesmo sendo bem ruins, eu tenho preferido demonstrar desconhecimento e desinteresse sobre o assunto.

Moro num apartamento alugado onde as pessoas do meu condomínio não fazem ideia do meu objetivo de sair fora do sistema. Apesar de eu adorar meu apartamento, ele é mais modesto quando comparo com os apartamentos dos meus amigos.

Uso roupas simples, de marcas aleatórias, ando de transporte público.

No meu ambiente de trabalho, interajo com pessoas conformadas em terem que trabalhar até os seus 70 anos. Quando alguns (ou todos?) começam a lamentar a vida dura, de ter que trabalhar até morrer, de que temos o dever de gastar todo nosso dinheiro para aproveitar um pouco dessa vida sem graça, meu amigo (que eu ensinei sobre a independência financeira e foi um dos pouquíssimos que resolveu embarcar na mesma jornada) costuma me chutar embaixo da mesa para eu falar algo, mas eu não digo nada.

Com muito custo, compreendi que o diferente ofende, e o que faço (buscar a aposentadoria antecipada), beira algo próximo à aberração. Para os olhos dos outros, poupar parte do meu salário para o meu futuro parece ser algo muito, muito errado. E esse julgamento, não vem apenas de colegas, mas de amigos e familiares próximos.

E com isso, parei de compartilhar conhecimentos e comecei a voar abaixo do radar para não chamar atenção das pessoas.

Em hipótese alguma eu deixo de estudar, adquirir novos conhecimentos, conhecer novas pessoas. Eu continuo evoluindo. Eu só não compartilho isso numa roda de conversa.

Tenho achado mais fácil acharem que sou um deles do que mostrar que estou trilhando um caminho diferente.

Meu marido adora isso. Ele diz que é como se vivêssemos em um mundo paralelo, um mundo secreto, onde só nós dois compartilhamos desse segredo.

“Mostre menos do que tem e fale menos do que sabe” ~ William Shakespeare ~

~ Yuka ~

Auto-Conhecimento · Minimalismo

O que você faz com as pedras do seu caminho?

Subir Ao Topo, Subir, Sucesso, Montanhismo, Montanha

Semana passada, uma leitora perguntou quais foram as estratégias que utilizei para mudar minha forma de pensar em relação a alguma coisa que eu queria muito.

Quando eu quero muito uma coisa, costumo pensar tudo de trás pra frente.

Eu penso como estarei e serei, no futuro.

E aí, como se eu estivesse rebobinando a fita (essa é para os antigos heim), vou voltando no tempo até chegar nos dias de hoje.

No caso da Aposentadoria Antecipada, depois que minha primeira filha nasceu, eu descobri o quanto queria ficar perto dela, mas não podia, pois tinha que trabalhar para pagar as minhas contas. Uma coisa óbvia, mas que me fez perceber o quanto eu não era livre como costumava achar. Depois de fazer diversas buscas pela internet, descobri a comunidade FIRE (Financial Independence Retire Early) e eu decidi um limite de idade para aposentar antecipadamente.

Por ter descoberto isso somente depois de me tornar mãe, não poderia parar de trabalhar enquanto elas fossem pequenas, mas saber que era possível parar de trabalhar muito antes da maioria das pessoas me animou muito. Tentei imaginar qual seria uma renda ideal, e assim, estabeleci um valor confortável para viver. Mas vocês sabem que sou muito prudente, e principalmente levando em conta que tenho 2 crianças em idade escolar, achei mais seguro dobrar esse valor. Num cenário com muita folga (vamos chamar de cenário pessimista: aportes baixos, juros baixos), eu poderia me aposentar quando minhas filhas tivessem 16 e 14 anos de idade.

Com o valor mensal (dobrado) desejado na cabeça, fiz o cálculo da Taxa Segura de Retirada de 4% para saber o montante total do patrimônio que eu deveria juntar. Quem tiver dúvida sobre esse cálculo, consulte aqui o artigo do Aposente-se aos 40.

Já ciente do valor do patrimônio total, peguei uma calculadora de juros compostos e fui ajustando as variáveis: 1.) o valor do patrimônio que eu já possuía, 2.) do tempo que eu tinha até a aposentadoria antecipada, 3.) a rentabilidade estipulada, e finalmente, 4.) os valores dos aportes.

Com isso, descobri qual era o valor que eu precisava aportar todos os meses, se eu quisesse aposentar mais cedo. Fui fazendo as contas até chegar dentro dos meus padrões orçamentários. Já com o projeto em andamento, meu papel era eliminar excessos e desperdícios, além de aumentar os aportes para antecipar a data da aposentadoria.

Algo parecido se repete nas outras áreas da minha vida, já escrevi sobre isso no aspecto pessoal: “Como trazer seu futuro para o presente“.

Quando sei onde quero chegar (futuro), não é difícil voltar no tempo até os dias de hoje (presente) para avaliar o que estou fazendo de errado. Assim, tenho tempo suficiente para corrigir minhas atitudes de hoje, para que o meu futuro se torne algo bem próximo do que imagino.

Se há algo que me incomoda e não mudo, meu futuro será uma bola de neve das atitudes não tomadas de hoje. E há uma grande pergunta que joga toda responsabilidade em mim:

“O que estou fazendo hoje para sair desta situação?”

Há 2 anos, publiquei um post com esse título exato: “O que você está fazendo hoje para sair desta situação?“.

Enquanto a resposta for “Nada” eu entendo que não tenho o direito de reclamar, porque não estou fazendo nada para sair daquela situação.

Outra coisa legal de se fazer é fatiar as grandes tarefas em tarefas minúsculas, tão pequenas que são fáceis de serem executadas.

Ou seja, é difícil pensar em algo grandioso como a independência financeira, mas não vamos esquecer que para isso acontecer, precisamos começar com o primeiro 1 real.

Pra mim, são como tijolinhos, um por um, vou assentando, sabendo que uma hora a minha “construção” estará pronta. Com as tarefas é a mesma coisa. Sei que no final de todas as tarefas pequenas executadas, provavelmente, terei grande chance de ter conseguido o que eu quero.

Quem tiver interesse, também já escrevi sobre isso: “Como um sonho pode sair do papel“.

Temos que usar os nossos erros (e os erros dos outros) como uma grande escola. Ter a capacidade de reconhecer os próprios erros e principalmente, ter a humildade para desaprender algo que aprendemos errado.

A dor e a raiva que sentimos podem ser transformadas em várias coisas, uma delas é ressignificar o sentimento ruim e usar como uma mola propulsora. Foi por querer fugir da violência sofrida em casa pela minha própria irmã que eu passei em uma universidade pública em outra cidade. Foi por não querer continuar mais no trabalho em que estava, que eu passei num concurso público concorrido. Foi por causa do meu divórcio que meu segundo casamento está sendo encarado de outra forma. Foi por querer ficar mais tempo com as minhas filhas que eu decidi pela independência financeira.

Os dias difíceis podem se tornar um combustível. Somos forçados a mudar, a ter mais garra, nos tornamos mais fortes, nor tornamos maiores.

Claro que tem muita gente que consegue fazer coisas fantásticas sem passar por dificuldades. Mas no meu caso em particular, as dores foram essenciais para o meu crescimento.

A gente sabe que a vida é um eterno recomeçar e que viver é um desafio. Pedras pequenas e pedras grandes fazem parte do nosso dia-a-dia. Claro que o caminho que seguimos bem que poderia ser mais reto, sem tantas curvas. Mas é o caminho que temos e podemos aprender muito com ele.

Podemos lamentar e reclamar. Ou podemos aceitar os erros, transformá-los em grandes aprendizados e por fim, ter orgulho do caminho que percorremos e da pessoa que nos tornamos.

~ Yuka ~

Auto-Conhecimento

Como melhorar a autoestima

autoconhecimento

Uma leitora pediu para escrever um post sobre autoestima há algum tempo.

Pensei muito sobre o tema, e percebi como o tema é difícil de ser abordado. Durante muitos anos, eu mesma sofri por ter baixa autoestima por influência da minha irmã mais velha. E hoje eu sei que a mudança tem que vir de dentro para fora, ou seja, não adianta 1 milhão de pessoas falarem bem da gente, se não conseguirmos acreditar naquilo.

Vou tentar explicar como foi o meu processo de aceitação.

Muitos de vocês sabem que eu acreditava cegamente que eu era muito, muito burra. Cresci acreditando nisso.

Por conta disso, uma das coisas que eu sempre odiei com todas as forças do Universo, eram as apresentações em público.

Para muitas pessoas, aquela pessoa que ficava travada nas apresentações não correspondia à pessoa que eles conheciam, já que eu sempre gostei de conversar e tagarelar pelos 4 cantos. Falavam que eu me expressava bem, que eu era simpática, mas nada adiantava. Eu continuava muito insegura na hora de falar em público.

Há alguns anos, cheguei a fazer um curso de oratória. Paguei bem caro, e não adiantou em nada, pois como eu sabia que aquele cenário era de mentira, eu pegava o microfone e começava a fazer lindos discursos sem tremedeira.

Só que fora da sala de aula, na hora do vamos ver, começava a suar de nervoso.

Muitos de vocês sabem que quando minha filha nasceu, o meu modo de enxergar o mundo se intensificou. Foi quando comecei a perceber que eu pensava de uma forma um pouco diferente do padrão, coisas que meu marido já me dizia há 8 anos.

Por querer sair da corrida de ratos casa-trabalho-casa-trabalho, passei a estudar sobre investimentos e vi que eu tinha facilidade em entender sobre esse assunto. Passei a devorar livros sobre economia e investimentos financeiros e aplicar na minha vida.

Foi quando entendi que eu era inteligente, só não tinha consciência disso. Quando finalmente isso entrou na minha cabeça, o meu medo irracional de falar em público passou.

Ou seja, não adiantou fazer curso de oratória, não adiantou as amigas falarem que eu era inteligente, não adiantou o marido dizer inúmeras vezes de que a minha inteligência só não era a acadêmica. Só quando EU tirei as minhocas da minha cabeça que as coisas começaram a fluir.

Há vários tipos de autoestima: algumas pessoas tem baixa autoestima por causa do corpo, outras por causa da condição social, outras por causa do intelecto, outras por não se encaixarem em um determinado grupo, enfim, há diversos motivos.

Não dá para colocar todos os problemas em uma única caixa, porque além dos vários tipos de autoestima, há vários tipos de inteligência, e todos nós somos diferentes, ou seja, o que me fez melhorar a baixa autoestima em relação à inteligência, pode ter um gatilho diferente para outra pessoa.

Segundo um texto da Maíra Lie Chao, publicado na Revista Planeta em 2010, há pelo menos 7 tipos de inteligência:

  • Linguística – Relacionada a leitura, escrita e fala. Pessoas que têm seu ponto forte na linguagem, como poetas e escritores, possuem facilidade em lidar com a expressão escrita e oral. Jorge Amado e Carlos Drummond de Andrade são exemplos dessa inteligência.
  • Musical – Associada àqueles que têm facilidade em compreender o som, captar sua expressão e transmitir sentimento através dele, como Mozart, Jimi Hendrix e Gilberto Gil.
  • Lógico-matemática – É a inteligência que remete ao universo lógico, repleto de números e fórmulas. A maioria dos testes de QI acaba medindo esse tipo de intelecto, exemplificado nos físicos Albert Einstein e Niels Bohr.
  • Espacial – Está relacionada a pessoas que têm facilidade em trabalhar com coordenadas espaciais e em pensar em imagens, como o arquiteto Oscar Niemeyer ou o pintor Pablo Picasso.
  • Corporal-cinestésica – A facilidade em se locomover pelo espaço, conhecer bem o potencial físico do seu corpo e ter boa coordenação motora é típica de grandes nomes do esporte, como Pelé e Michael Jordan.
  • Interpessoal – Está ligada à habilidade de lidar com outras pessoas e a trabalhar em grupo. Frequentemente é vinculada a professores e políticos, como Barack Obama.
  • Intrapessoal – É a inteligência relacionada ao autoconhecimento e ao equilíbrio interior, inclusive quando a pessoa se encontra em situações difíceis. O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela é um de seus melhores exemplos.
  • Naturalista – Essa inteligência, proposta após a divulgação das ideias de Gardner, está associada àqueles que têm grande facilidade em transitar pela natureza, como os índios.

O que hoje eu sei, é que tudo vem de dentro pra fora. E não de fora para dentro como nos ensinaram. Ao tentarem nos encaixar em formas pré-determinadas, ignoram a inteligência de cada ser humano.

A nossa mentalidade precisa ser mudada primeiro, para possibilitar a mudança de atitudes. As pessoas querem que mudemos nas atitudes, antes de mudar a mentalidade.

Hoje posso dizer que o melhor remédio para a autoestima é o autoconhecimento.

Há três vídeos sobre autoestima do Arata Academy que recomendo:

~ Yuka ~