Você prefere ser RICO (qualidade de vida) ou PARECER RICO (padrão de vida)?
Outro dia, conversando com uma amiga, surgiu o assunto de um conhecido que era rico. Morava em um apartamento bonito, viajava todos os anos para o exterior, tinha uma profissão consolidada, o carro do ano…
E fiquei pensando… isso pode até ser a definição de um rico, mas será que a pessoa é rica de verdade? Ou ela só parece ser rica? Afinal, é só prestar um pouco mais de atenção para perceber que há muitos pobres que parecem ricos.
Quem apenas parece ser rico, costuma viver um padrão de vida acima do que a renda permite. Gasta o dinheiro em coisas mensuráveis, já que o intuito é mostrar, provar para os outros o “sucesso” que alcançou, afinal, esse tipo de sucesso é muito visível. Gasta o dinheiro elevando o padrão de vida, pois acredita que assim, está aumentando a qualidade de vida.
Só que uma coisa é padrão de vida, e outra coisa é qualidade devida.
Quem tem um padrão de vida elevado, pode até trazer status, mas não necessariamente, qualidade de vida,
Quem tem uma qualidade de vida elevada, não necessariamente tem padrão de vida elevado, nem pode trazer status.
No momento que compreendermos a exata diferença entre os dois, saberemos se estamos gastando dinheiro em qualidade de vida ou padrão de vida.
Cada pessoa tem o seu próprio entendimento sobre qualidade de vida.
Tem gente que gasta dinheiro comprando apartamentos cada vez maiores, carros cada vez mais potentes, roupas cada vez mais caras. Só que essas coisas não necessariamente trazem qualidade de vida.
Veja que o problema não é morar em apartamentos de alto padrão localizados em bairros nobres, ter plano de saúde com cobertura total, dirigir carros exclusivos, usar roupas de grife, ou ir em busca de entretenimento de luxo.
O problema é fazer isso sem ter condições reais, ou seja, viver uma vida de aparência, para impressionar os outros.
Aprender a gastar dinheiro em coisas que aumentam a qualidade de vida pode trazer benefícios para a vida toda, mas é preciso compreender que é algo pessoal, ou seja, cada um terá que descobrir o que significa qualidade de vida.
Para algumas pessoas, qualidade de vida é morar numa casa com quintal grande. Para outras, qualidade de vida é poder morar em um bairro bom de uma grande capital.
Eu por exemplo, sempre mantive um padrão de vida abaixo do que eu poderia ter, mas sempre fui em busca para ter uma alta qualidade de vida. Hoje não preciso me preocupar com dinheiro, tenho um casamento saudável, moro numa casa que me traz bem estar, moro em um bairro agradável, tenho um trabalho que sou respeitada, estou com a saúde em dia, tenho meus amigos, gosto do meu estilo de vida e tenho consciência do caminho que trilhei para chegar onde estou atualmente.
Agora, tem gente que mesmo depois de saber exatamente a diferença entre padrão de vida e qualidade de vida, ainda assim vai preferir escolher viver no padrão errado, fingindo viver uma vida que não é dela.
Tem pessoas que escolhem viver para manter o padrão de vida. São pessoas que tornaram escravas do consumo, do estilo de vida que criou.
Para essas pessoas, só há uma frase para compartilhar: bem-vindo à corrida dos ratos.
~ Yuka ~
Bom dia querida amiga, excelente texto, perfeito, quero ser rica e não parecer rica, por isso sempre falo para o meu marido ” quando formos ricos , ainda seremos simples e frugais”, essa é a chave para uma vida maravilhosa , rica e cheia de saúde, uma semana abençoada para vc, bjssss
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Bom dia Adriana, com certeza! Um beijo e boa semana para você também.
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Excelente reflexão! Já vou rica e feliz! Não desejo mais parecer, ou mostrar que tenho e sou. A melhor coisa é viver abaixo dos radares, posso dizer que é uma “felicidade clandestina”.
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Oi Rose, uma das coisas que aprendi é não contar tudo para os outros, principalmente as conquistas. A maioria não quer saber das nossas conquistas, apenas das derrotas. Um beijo.
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Excelente distinção entre padrão de vida e qualidade de vida.
Obs: o vídeo já está salvo para as aulas sobre escolhas para a vida, com minhas turmas de 3ª série E.M.
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Oi Estevam, muito legal, espero que seus alunos gostem! Beijos.
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Ficaram reflexivos! Eis o que eu queria.
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Perfeito, é como o Bastter diz em um de seus vídeos sobre consumismo e financiamentos: “comprar o que você não precisa, com dinheiro que você não tem, pagando muito mais caro para impressionar pessoas que você não conhece.” As pessoas acabam virando refém do sucesso que conquistaram na vida.
Mais uma bela reflexão, ótima semana!
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É bem por aí mesmo, há pessoas ganhando 15 mil reais, e dizem que não conseguem mais economizar em nada… virou refém do padrão de vida que ele mesmo criou. Beijos.
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Espetacular texto. Obrigado pela reflexão. Penso exatamente da mesma forma e sinto que no mundo corporativo há sempre a pergunta: qual o próximo passo?
Estou muito feliz onde/como estou, e tenho até receio de um “crescimento” que talvez me tire desse sweet spot que é tão raro de identificar e manter.
Já passou por algo parecido?
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Oi Roberto, o mundo corporativo exige mesmo o próximo passo, a próxima promoção, o próximo cargo, só que tudo isso vem acompanhado de mais responsabilidades. Eu estou bastante satisfeita na posição que ocupo, e não almejo subir de cargo, pois isso acarretaria em ter que ir para um pólo mais distante de casa. Ou seja, além de ter muito mais responsabilidades, levaria mais tempo para ir ao trabalho, fora as relações interpessoais, que é praticamente uma roleta russa rsrs. Quanto a sua pergunta se já passei algo parecido, sim, já passei. Recebi uma proposta para melhorar meu cargo por 2 vezes, para diferentes locais. O aumento salarial em ambas, eram bem relevantes, mas não tive dúvidas e recusei, pois estou feliz onde estou, fazendo o que faço, com a equipe que construí. O meu bem-estar era mais importante do que o aumento salarial ou vaidade. Beijos.
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Oi Yuka! É isso aí, melhor ser do que parecer.. que vídeo impactante, muito bom!
Bjs
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Oi Cinthia, sim, conheço muitas pessoas que são especialistas em se parecem… Não sei como andas as redes sociais, mas sei que é um ambiente bastante tóxico para lidar com frustrações e vaidades. Beijos.
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isso é verdade…escrevi sobre isso tb por esses dias Yuka… Comecei um blog para achar refúgio diante de tanta ansiedade durante o plano FIRE,… pois 90% das pessoas não kerem abrir mão ou não conseguem enxergar além da corrida dos ratos… é muito bom ler seus textos.
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É o que mais vejo também por aqui. As pessoas não querem abrir mão de nada, mas sonham com a Independência Financeira. Sobre a criação de um blog, que legal, farei uma visita! Beijos.
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Olá Yuka, boa tarde
Essa é uma ótima reflexão. Recordo de um blog americano (Early Retirement Now) pregava a riqueza furtiva (stealth wealth) durante a fase de acumulação.
O princípio era parecer rico, mas manter uma vida frugal e controlada enquanto acumula patrimônio para se libertar.
Pois segundo o autor, oportunidades de trabalho surgem com o status e o “parecer” pode abrir oportunidades de crescimento profissional. No entanto, o autor prega o equilíbrio para não se perder no processo.
Particularmente eu vivo 2~3 graus abaixo das minhas possibilidades. Vivo abaixo do Radar enquanto acúmulo meu patrimônio.
Abraços e tenha uma ótima semana.
Voando Abaixo do Radar
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Oi VAR, eu também sempre vivi vários degraus abaixo do que meu salário permitia, e isso fez uma baita diferença no patrimônio. Eu sabia que não ficaria contando moedas para sempre rsrs, era por uma fase específica (no caso, até minha filha completar 6 anos de idade – hoje ela está com 7), e posso dizer que valeu muito a pena. Essa fase de manter o orçamento controlado me ensinou muitas coisas, principalmente, a ter qualidade de vida. Um beijo e uma boa semana para você.
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oi Yuka, boa tarde,
Acho que querer parecer rico quando não se tem dinheiro deve ser muito cansativo.
É interessante com a questão da qualidade de vida vai mudando com o tempo e é relativa entre as pessoas. Em uma outra fase da vida, morei em um apartamento de 1 dormitório a 1 km do meu trabalho. Ia a pé para o serviço, era muito confortável. Daí encontrei uma amiga que fazia muitos anos que não via e comentei que estava morando no centro da cidade. E ela: que horror! Detalhe, ela morava super longe do trabalho, em uma casa simples em uma zona bem ruim da cidade e gastava um bom tempo no transporte. O que era o máximo da qualidade de vida para mim naquele momento parecia péssimo para ela. Então as pessoas têm ideias diferentes sobre o que é qualidade de vida. Morar no apto que eu moro hoje naquela época pareceria um luxo para mim, mas hoje ele é bem adequado para a minha família, pois as minhas necessidades mudaram e é mais importante eu ter mais espaço agora do que morar tão perto do trabalho.
Eu tenho algumas coisas bem definidas sobre qualidade de vida: morar relativamente perto do trabalho e escola, não morar em casa, poder viajar nas férias, ter um carro relativamente novo e confortável, não ter nenhum tipo de dívida. Mas para muitas pessoas com renda parecida com a minha, ter folga no orçamento parece um luxo, daí vamos comparar e ver que moram muito melhor que eu ou tem carros que valem quase a metade do meu apartamento. São as prioridades de cada um.
Por isso é que é diferente entre as pessoas, tem gente que vai curtir mais ter um carrão e não viajar nunca, pois não gosta de viajar mas adora carro. Acho que isso só vira um problema quando a pessoa não sabe direito do que gosta, e faz só para mostrar para os outros.
Beijo, boa semana
Daniela
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Oi Daniela, exatamente, qualidade de vida é diferente para cada pessoa. Para mim também, antes, qualidade de vida era morar perto do trabalho. Mas depois que tive 2 meninas, qualidade de vida era poder morar em uma cidade mais segura, morar num lugar que tivesse vários parques e praças. Agora que estou morando num apartamento maior, também vejo que melhorou e muito a qualidade de vida, e entendi que enquanto as meninas morarem comigo, morar em um apartamento menor estará fora de cogitação. Ou seja, como você disse, “a questão da qualidade de vida vai mudando com o tempo e é relativa entre as pessoas”. Beijos.
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Yukaaaa!! To aqui colocando seus posts em dia! Esse comecinho de ano foi bem louco por aqui, mas quero que saiba que não te abandonoooooo!! Esse blog é como o oásis pra mim. Um respiro em meio ao caos! Nunca desanime, por favor…
Recentemente a empresa onde meu marido trabalha criou umas “regras” absurdas que violam até as leis do país (direito de ir e vir) proibindo os funcionários de sair da província, fazer reuniões com aglomerações, realizaram até patrulhas nesse feriado de Golden Week nos bairros pra garantir que todos estavam obedecendo as regras…
Tudo isso pra garantir que o covid não se propague mais. Japoneses andam até com certo “preconceito” de tantos estrangeiros contraindo o vírus por negligência e aumentando as estatísticas da cidade.
Aqui é bem interior, então a galera viaja demais pra espairecer e acaba contraindo o vírus nas grandes capitais e trazendo pra cá. Como foi fechamento de ano fiscal em março e houve remanejamento de quadro de funcionários, aproveitaram pra fazer cortes. Então quem está desobedecendo as regras, é cortado sem dó. Até entendo certas regras, mas algumas são bem absurdas. Não é à toa que muitos estão doentes psicologicamente.
Aí junta pandemia, guerra na Ucrânia, desvalorização do iene, inflação, queda de produção em várias empresas, regras malucas na nossa empresa… povo está tudo surtando!
Mas o ponto que quero chegar, calha com seu post. Nessa de “não poder fazer nada”, a gente acaba perdendo a vontade de expor a vida nas redes sociais. Fora o medo de violar alguma regra sem perceber e prejudicar o marido com um storie inocente. Melhor evitar né?
Então fiquei um tempo sem postar nada. Também fiquei sem vontade de olhar as redes, afinal, passar vontade pra que? Povo de outras províncias tudo viajando pra lugares incríveis nesse feriado e nós aqui nessa vidinha ordinária sem poder encontrar os amigos…
Fiz passeios simples com a minha família. Levei minhas filhas na praia, no parquinho, tomamos sorvete, fizemos bolo, tiramos cochilos no sofá, limpamos o carro em equipe e foi muito legal também! O simples também é legal.
Mas pra perceber isso, precisei não me comparar. Porque nas redes sociais, as viagens dos outros pareciam muito mais incríveis. Mesmo estando ciente que feriado é caótico, lotação em tudo quanto é lugar, estamos em plena pandemia, com aumento dos preços de tudo, engarrafamento de quilômetros nas rodovias… Mas ninguém posta esse lado. Só mostra a família feliz na Disney. Porque esse é o mundo que vivemos. Um mundo de aparências.
E sabe o que foi mais legal dessa vida discreta?
A gente tem muito mais conteúdo pra conversar/compartilhar com amigos e família. Vira até um tesouro nossas fotos. Pois ninguém viu! Não está em nenhum lugar disponível. Também percebi fotos mais sinceras, engraçadas e espontâneas. Não fotos estrategicamente perfeitas pra postar nas redes.
Enfim, foi muito bom. Viver uma vida onde escolho as coisas baseadas no que eu quero. Não no que preciso mostrar para os outros. Uma necessidade que não sei da onde vem… Por que somos assim?
Espero lembrar disso nas vezes que eu for consumir as coisas. Será que eu quero/preciso? Ou será que quero pra impressionar alguém? Sustentar uma mentira? Um padrão que não me pertence?
Como sempre você me inspira!
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Oi Tiemi, acho que você encontrou o segredo do sucesso heim? É exatamente isso que você escreveu: “O simples também é legal. Mas pra perceber isso, precisei não me comparar.” Eu atribuo a minha percepção de conseguir aproveitar o simples, por justamente não ter redes sociais. As redes sociais é um lugar bastante tóxico e é difícil perceber isso quando estamos imersos, e acabamos postando coisas que alimenta esse círculo vicioso. Um grande beijo!!!
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Olá Yuka, como você está?
Minha primeira vez aqui no Blog, gostei do artigo, parabéns!
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Oi Aporte Hoje, bem vindo ao blog!!! Beijos.
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