
Conforme eu fui ficando mais velha, compreendi que são poucas as pessoas que ficam felizes de verdade com a nossa felicidade.
É como se pudéssemos ser felizes sim, mas só se for menos feliz do que a outra pessoa.
Percebi que principalmente as pessoas mais próximas se incomodam com a nossa felicidade, muitas vezes até de forma inconsciente.
Afinal, quando estamos insatisfeitos com a própria vida, o sorriso do outro incomoda, a risada incomoda, a alegria do outro incomoda, e com isso, preferem invejar, julgar ou zombar a felicidade alheia.
Quando descobri isso, a princípio, fiquei horrorizada, mas depois passei a compartilhar cada vez menos sobre os sentimentos de felicidade que eu carrego em mim.
Quando iniciam uma conversa de como a vida está difícil, de como as pessoas são superficiais, eu só ouço.
Quando comentam a dificuldade em encontrar um amor verdadeiro, que viver um grande amor é uma utopia, eu só ouço.
Quando as pessoas que recebem o mesmo salário que o meu (ou até mais), ficam reclamando que das contas que precisam pagar, eu só ouço.
Eu não tenho do que reclamar.
Mas hoje, guardo estes sentimentos de alegria e gratidão dentro da minha casa. Em casa falamos quase todos os dias sobre felicidade e a importância do sentimento de gratidão, e ensinamos nossas filhas a reconhecerem e validarem esses bons sentimentos.
Há alguns anos compartilhei esta imagem e uma frase aqui no blog, e vejo como ele continua atual.
O segredo da felicidade é ser feliz em silêncio.

A felicidade não é um produto, apesar de hoje ter se tornado um.
O que me deixa feliz, pode não deixar você feliz, e vice-versa. Ou seja, não pode ser comparada, nem copiada.
Falar menos é sabedoria. E você? Consegue ser feliz em silêncio?
~ Yuka ~
Que texto maravilhoso. Me lembrou o posto voando abaixo do radar. Hoje em dia estou aprendendo a não compartilhar nem os problemas, com pessoas que não podem me ajudar; e também as alegrias! Ser feliz em silêncio é um exercício e o segredo!
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Oi Rose, verdade, lembra mesmo esse post. Eu também estou aprendendo a ficar mais de bico fechado, eu era de falar muito de mim, das minhas coisas, das minhas ideias, e hoje a melhor coisa que eu faço é guardar para mim mesma. Beijos.
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Bom dia Yuka,
Concordo plenamente. De uns meses pra cá apaguei meu Instagram. Percebi que perdia mais meu tempo vendo a vida dos outros do que cuidando e curtindo a minha. É impressionante como a ausência do aplicativo foi libertador. Parece bobo mas nunca mais tirei uma foto de um prato de um restaurante bom, ou de uma bela paisagem só para mostrar para os outros que estou “bem de vida”.
A não necessidade de ter que compartilhar a minha felicidade, me deixa mais leve e feliz.
Ótimo post Yuka!
Abração.
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Oi CP, tudo bem? Eu ainda resisto bravamente em não ter um instagram rsrs, fico de fora de muitas coisas, não fico sabendo da maioria das coisas que acontece, mas tudo bem. Tenho assistido bastante vídeos e documentários no YouTube, mas é outra coisa que estou querendo diminuir, pois quero ler mais livros, tem tantos livros que tenho vontade de ler, e sei que não dá para brotar mais tempo. Não precisar compartilhar a felicidade é realmente libertador!!! Beijos.
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Acrescento que viver em silêncio quando possível ajuda na vida. Afinal “quem não é visto não é lembrado”. Eu era muito comunicativa quando mais jovem , com tudo e todos. Hoje só reservo esse meu lado para as pessoas mais próximas. Mudei ? Sim. Pq ? De tanto tomar na cabeça kkkk
Beijo Yuka, gosto muito de você.
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Oi Beatriz, tudo bem? Eu também era comunicativa demais (até demais rsrs), puxava conversa no ponto de ônibus, na fila do supermercado, hoje fico mais quietinha rsrs. Adoro conversar com meus amigos e falar besteira, compartilhar coisas que faço e deixo de fazer, mas deixo isso apenas para os mais íntimos. Beijos.
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Sempre… Até porque meu jeito mais extrovertido incomoda muita gente que não suporta ver os outros demonstrarem felicidade. Na minha juventude e mesmo em poucas vezes na vida adulta, toda vez que demonstrei estar feliz, disseram-me que eu só queria me exibir. Pronto: vivo a felicidade no meu silêncio e junto à minha esposa, filha e filho.
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Oi Estevam, o Leandro Karnal tem um vídeo que fala pra gente chamar um grupo de amigos e falar como estamos bem, felizes, com tudo dando certo e olhar para o rosto deles para saber quem está feliz de verdade com a nossa felicidade kkkkk. Infelizmente, são poucos os que ficam felizes com a nossa felicidade.
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Bem assim…
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Que citações tão verdadeiras.
Concordo plenamente com o descrito.
Sou feliz no silêncio .🤍🙏😉
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Oi José, melhor coisa ser feliz em silêncio, né? Beijos.
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Com certeza! Isso vale para felicidade, problemas e planos. Quando descobri sobre FIRE e a possibilidade de viver uma vida com mais liberdade e poder se quiser aposentar mais cedo, quis compartilhar a “descoberta” e colegas acharam graça ou que era impossível. Que eu iria me “privar”. Prefiro somente ouvir os comentários das outras pessoas, assim como vc disse. Ótimo texto, como sempre!
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Oi Rodrigo, tudo bem? Já eu falei pra todo mundo aqui do trabalho kkkk, ah se eu pudesse voltar no tempo….. não teria falado pra ninguém.
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no brasil a cultura marxista ensinou a população a odiar os ricos por inveja.
tudo no brasil é feito pra sabotar o cidadão comum, inclusiva a mentalidade do próprio brasileiro médio que odeia o conhecimento, ojeriza a leitura de livros e exalta a criminalidade no funk carioca.
ficar em silêncio e ser low profile é uma questão de segurança.
abs!
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Cultura marxista?
Há pessoas que são invejosas e ponto. Desde que me entendo por gente que conheço gente assim, muito antes desse papo de esquerda e direita ter ficado em alta.
Cada um que assuma suas responsabilidades. Tem pessoas invejosas e ciumentas em qualquer local, independente de marxismo. Ou você acha que nos EUA não existe ou existiu isso ao longo da história?
Da mesma forma que há pessoas que não gostam de ler, estudar e tem raiva dos que gostam. E não sou marxista.
Saia dessa bolha.
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a esquerda domina o MEC há decadas
a educacao BR é uma das piores do mundo
simples assim.
emburrecimento programado
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Oi Scant, ser low profile é a melhor coisa, voar abaixo do radar mesmo, assim, não despertamos inveja de ninguém.
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Olá Yuka, tudo bem?
Também percebo isso. Aqui sempre procuro compartilhar com parentes e amigos vídeos de desenvolvimento pessoal e de organização financeira, e o feedback é quase inexistente.
Como sou a pessoa mais bem sucedida da família, tenho a responsabilidade de pelo menos tentar mostrar o caminho da prosperidade para aqueles que estão ainda na corrida dos ratos, mas infelizmente não tenho todo sucesso.
Pelo menos tenho a felicidade de ver meus 2 filhos progredindo em suas vidas, e junto com minha esposa, no final é o que importa.
Abraços e parabéns pelo seu trabalho.
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Oi Marcelo, sobre feedback, por aqui também é quase inexistente rsrsrs, tanto que parei e não falo mais nada sobre assunto finanças na vida pessoal. Eu só acho uma pena, porque eu sei como estudar sobre investimentos ajudou minha vida a se tornar mais leve, e queria muito ter ajudado pessoas que estão a minha volta, mas entendi que cada um tem o seu tempo. Beijos.
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oi Yuka, boa tarde,
Não sei, eu não tenho instagram, facebook, então compartilhar no sentido de mostrar a minha vida para gente que não é tão próxima eu nunca fiz. Quem é próximo sabe das coisas boas que me acontecem. E das ruins também. E da vida que eu levo.
Sobre a vida dos outros, eu costumo escutar também, tentando não julgar e ser empática. Aliás, dias atrás eu ouvi o Christian Dunker falando sobre empatia. Que não é bem se “se colocar no lugar do outro” e sim ouvir sem julgar. Porque se eu me colocar no lugar da pessoa, vou julgá-la, porque vou levar junto o meu modo de ver as coisas, que – quase nunca – é o da pessoa. Tipo eu ouvindo alguém falar que o salário igual ao meu é insuficiente (e eu não acho). Pode ser que a dor da pessoa em abrir mão dos gastos dela seja maior que a de viver endividada, enquanto no meu caso é o contrário. Se ela não me pedir conselho, eu não vou dar, e vou procurar ouvir. Já fui mais de dizer, ah, tem que fazer assim ou assado. Não faço mais.
E se a pessoa tiver inveja da minha vida, bem, isso é dela, não é meu. O que ela pensa ou deixa de pensar de mim não é da minha conta. Mas eu não vou ser próxima de gente que fala mal pelas costas, até porque eu tenho inveja às vezes, mas nem por isso fico fofocando. O interessante é que às vezes eu fico com inveja de coisas que eu nem quero. É mais como uma lembrança de que eu poderia ter outra vida, se tivesse feito ou fizesse outras escolhas. Daí eu começo a pensar porque raios que fiquei com inveja e penso, mas eu não quero fazer essa opção. Não quis no passado e continuo não querendo, então a inveja passa. É um exercício interessante, embora possa ser meio dolorido às vezes, pois tem opções que a gente fez na vida sem nem perceber que fez, porque na ocasião não achamos que era uma escolha.
Enfim, terapia é tudo. Para encarar os nossos lados escuros e conseguir apreciar melhor as alegrias na vida – eu não acredito muito em felicidade, acho que é mais uma ausência do que uma existência. Quando escuto alguém dizendo que não precisa de terapia sempre penso se tem alguém em volta dessa pessoa precisando fazer para conseguir conviver com ela…
Desculpa que acabei me afastando do tema principal, mas uma coisa levou a outra.
Ótima semana!
Beijo, Dani
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Interessante quando fala sobre a inveja por lembrarmos que poderíamos ter outra vida se tivéssemos feito escolhas diferentes. Tbm me sinto assim às vezes e assim como vc reflito sobre o assunto e, embora não seja o melhor que eu gostaria, o presente acabou sendo sim o que eu achei melhor, então a inveja se desfaz. É muito importante mesmo a gente se conhecer e entender o que nos faz bem independente do que a sociedade impõe ou do status do outro.
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Oi Silvia, a sociedade impõe coisas de mais, pra mulher então, nem se fala… eu tô tentando aos poucos tirar essa armadura de mim, de entender que não preciso ser forte o tempo todo, não preciso tentar ser perfeita, que tudo bem ser assim, do jeito que sou. Se o outro tem algo e eu não tenho, tento avaliar se esse algo é importante pra mim, e a maioria das vezes não é, e aí fica tudo bem. Beijos.
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Oi Dani, esses dias coincidentemente, assisti um vídeo do Christian Dunker sobre “Como se produz intimidade?” https://www.youtube.com/shorts/OH2LM_gPPhM?si=UhEkTpbYr1Tnwtta
E é justamente isso que você falou, os amigos de verdade sabem não só das coisas boas, mas das coisas ruins que acontece com a gente, assim como a vida é.
Sobre “E se a pessoa tiver inveja da minha vida, bem, isso é dela, não é meu.”, você tem toda razão, eu ainda percebo que carrego muita coisa dos outros, e é algo que quero me libertar, haja sessões de terapia pra isso acontecer.
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Eu não compartilho da minha felicidade, nem da minha vida e das pessoas que amo no trabalho. Meu objetivo é proteger o que acho importante.
Admito que as vezes é cansativo. As vezes eu compartilho, mas me arrependo depois. Parece que sou verdadeiramente eu mesma só com a família e amigos.
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Oi Pam, eu também às vezes me arrependo de ter compartilhado alguma coisa da minha vida pessoal…. mas enfim, errando e aprendendo rsrs.
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Eu considero um dilema, do tipo que se resolve caso a caso. Acho que a divulgar nossa felicidade pessoal demanda um certo cuidado: é bom quando funciona como exemplo ou sugestão de melhoria; mas é ruim quando nos torna alvo de inveja ou cobiça. Mas repare como vai depender muito de quem nos lê. Aí é pesar o quanto ajuda os outros e o quanto te expõe. Achei a discussão bem conveniente pois estou nesse dilema: se escrevo ou não sobre um recente sucesso pessoal.
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Oi Renato, acho que o que a Daniela escreveu no comentário vem bem ao caso, de que “E se a pessoa tiver inveja da minha vida, bem, isso é dela, não é meu. O que ela pensa ou deixa de pensar de mim não é da minha conta.”, é algo que eu ainda tenho dificuldade de lidar, eu quando vejo que alguém próximo sente inveja, fico horrorizada, principalmente porque tipo, minha vida não tem nada de mais, é mais do mesmo, entende? Mas é um sentimento que tenho que trabalhar, pois não posso controlar o que o outro sente, apenas o que eu sinto.
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Concordo que o ponto que a Daniela levantou está certo mas entendo o seu sentimento. Acho que chegar no ponto que ela colocou envolve um certo desapego, o desapego da sensação de controle e entender que o sentimento alheio é algo que não podemos controlar, nem devemos. Eu suponho que você quis dizer que há algo de ilusório na inveja, não? Que talvez a inveja alheia seja mais efeito do que o outro percebe do que o real. Nesse caso o ponto da Daniela fica ainda mais válido.
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Oi Renato, sim, senti isso mesmo, a pessoa em questão, me conhece bem, sabe que não tenho uma vida instagramável, então quando a pessoa falou que sentia inveja de mim, eu fiquei chocada rsrsrs. Tipo, tantas pessoas pra sentir inveja e a pessoa resolve sentir inveja de mim? kkkk
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Também existe outro fator na divulgação da felicidade pessoal que sempre demanda atenção: o ego. A vaidade é insidiosa e se o ego aproveita desses momentos para eventualmente nos meter em alguma enrascada.
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Oi Yuka, ótimas palavras. Sempre prefiro voar abaixo do radar para evitar a fadiga e não criar expectativas (expectativa é a mãe da decepção).
Nunca fui muito fã de rede social, mas confesso que tenho instagram para ver receitas. Particularmente, não consigo entender o motivo das pessoas compartilharem tanto a vida, talvez seja falta do que fazer ou simplesmente desorientação.
Quando as pessoas me perguntam o motivo de não ter foto no instagram ou colocar status no whatsapp, apenas respondo que tenho uma vida simples e não tenho o que postar, o assunto acaba bem rápido, o segredo é não dar ousadia.
Abraços,
Ivy
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Oi Ivy, tudo bem? Acho que as pessoas compartilham tantas coisas por uma questão de vaidade mesmo, de achar que ela é tão importante a ponto de “influenciar” os outros. Adorei a sua frase “apenas respondo que tenho uma vida simples e não tenho o que postar, o assunto acaba bem rápido, o segredo é não dar ousadia.”, melhor resposta rsrs.
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Olá, Yuka!
Bela reflexão, percebo que quanto mais feliz e realizada eu me sinto, menor é o meu desejo/necessidade de postar e compartilhar. Penso que a maioria das pessoas não tem a capacidade de conviver com a felicidade do outro de maneira saudável, e diante disso, o melhor que posso fazer é tentar proteger a mim e minha família.
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Oi Anon, eu acho que essa relação é muito verdade, “quanto mais feliz e realizada eu me sinto, menor é o meu desejo/necessidade de postar e compartilhar”. Eu e meu marido sempre falamos que estamos ocupados demais vivendo nossa vida feliz, que não temos tempo de compartilhar nada nas redes sociais rsrs.
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Bom dia!
Que texto maravilhoso e reflexivo.
“Ser feliz no silêncio.”
Um grande desafio para esse momento de grande repercussão das redes sociais.
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Oi Anon, é um desafio mesmo, porque não dizem que quem não é visto, não é lembrado? Bom, eu estou na fase que não quero ser lembrada, só quero ser lembrada pelos meus amigos rsrs. Beijos.
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Concordo e não concordo com esse texto.
Realmente muitos invejam nossa felicidade, mas ao mesmo tempo é tão gostoso compartilhar nossas vitórias com quem se importa com a gente! E também é tão gostoso compartilhar da alegria dos outros. Talvez eu esteja numa fase da vida, onde me cerquei de bons amigos!
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Oi Anon, você está certo, eu esqueci de acrescentar “bons amigos”. Para os amigos verdadeiros, a gente compartilha tanto as coisas boas como as coisas ruins, estão do nosso lado sempre, são os irmãos de alma que escolhemos. Beijos.
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Seu post me lembrou essa reflexão do genial charlie munger: https://www.instagram.com/reel/CtruwDtuyIC/?igshid=MzRlODBiNWFlZA==
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Verdade anon, bem isso mesmo. Acho que as pessoas olham tanto pra fora, que esquecem de olhar pra dentro.
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