Suficiência = Gratidão
Já parou para pensar o quanto é suficiente para você viver com qualidade?
Nós, seres humanos, temos a tendência de sempre estarmos insatisfeitos com o que a vida nos oferece. Se antes recebia R$1.000 de salário e hoje ganha R$5.000, continuamos querendo mais. E se passar a ganhar R$10.000, será que continuaremos querendo ganhar mais? Provavelmente sim.
Nós temos necessidades básicas (um teto para morar, comida para nos alimentar, roupa para nos aquecer), mas também não podemos ignorar que temos desejos.
Como equilibrar de forma saudável a necessidade e o desejo, sem pecar pelo consumismo?
Pra mim, foi muito importante conhecer a minha própria suficiência (porque a minha é diferente da sua necessidade). A partir do momento que alcancei o equilíbrio entre necessidade e desejo, surgiu o sentimento de gratidão. E frases como “Já tenho o suficiente, obrigada” começaram a ser frequentes.
– Já tenho o suficiente, não preciso mais comprar nada por enquanto.
– Já tenho um celular bom o suficiente, não preciso competir com o vizinho.
– Já tenho um salário suficiente, não preciso gastar mais tempo de vida para ganhar mais.
Não sei se é cultural do nosso país, mas tenho a impressão de que as pessoas confundem esse sentimento de suficiência com comodismo, de que nunca podemos estar satisfeitos: precisamos estudar mais, ter um salário mais alto, ter um emprego melhor, um cargo mais alto, um carro mais caro, uma casa maior etc.
O segredo de viver bem com menos é apreciar o que já possui e sentir-se satisfeito, grato, e nunca se comparar com o outro.
~ Yuka ~
Hoje em dia parece que temos a obrigação de sermos ambiciosos, de querermos sempre mais, sempre o melhor, sempre o topo. Porém há momentos onde estamos perfeitamente satisfeitos com nossa vida, com o que estamos fazendo, ganhando, etc, e simplesmente não precisamos de mais por agora. Pode ser que amanhã ou depois nossas prioridades mudem, já que a vida é dinâmica, e aí podemos batalhar mais para alcançarmos coisas maiores. Estou vivendo um momento de transição. Ajustando as coisas para reduzir a jornada de trabalho. Já consegui reduzir muito, mas ainda falta um pouco para atingir meu objetivo. É claro que minha renda caiu, mas na medida que ela diminuiu, ganhei qualidade de vida. Diminuindo o consumo, mesmo ganhando menos, o dinheiro sobra mais. Infelizmente muitas pessoas confundem isso com comodismo. No meu caso, não acho, pois é parte de um plano maior, que as pessoas não conhecem. É claro que existem os acomodados, mas cada um que cuide da sua vida….
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Concordo com você, Camila. A renda pode até cair ao reduzir a jornada de trabalho, mas ganha-se tempo de vida. E mesmo ganhando menos, a questão toda não é o “ganhar menos”, é o quanto gasta-se do salário. Muitas pessoas trabalham menos horas, mas reduzem os gastos e como você mesma disse, sobra mais dinheiro. O tempo tem me mostrado que quanto menos falamos da nossa vida, menos julgamento recebemos. Então, minha querida, continue assim, porque só você sabe quais são as prioridades que você dá para a sua vida. Um beijo.
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Isso é realmente interessante, quando chegamos no ponto de satisfação, que tanto desejávamos, ainda ficamos com a sensação de que precisamos realizar mais e mais. Porém só precisamos descansa e aproveitar…abrir espaço para nos conhecermos e quem sabe, ter novos projetos. Engraçado que fiquei um tempo tentando entender o que eu precisava realizar …. Nada. Rsrs
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Lu, o que eu tenho percebido nestes ultimos anos é justamente o que você falou, quando encontramos a satisfacao, ou seja, a suficiência, parece que uma outra porta se abre, a do auto-conhecimento. Tenho ido em busca do meu auto-conhecimento e tentado descobrir qual é a minha missão. Um beijo!
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Excelente, Yuka! Concordo plenamente com você! Sair do trabalho formal e ter mais tempo pra fazer as coisas que eu gosto e reduzir meu consumo transformou a minha vida! Eu consegui compreender o que é essencial pra mim e desde o ano passado venho colocando em prática todas essas mudanças!
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É maravilhoso quando descobrimos o que aquece nosso coração. Descobrir que a felicidade não está associada a ter bens é o que mais me deixou livre também. Beijo.
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Ola Yuca,
Tudo bem? sou professora na PUCRS e tenho usado seus posts nas minhas aulas sobre estudos socioambientais. Eu particularmente concordo com o caminho que vc aponta da desaceleração, do movimento slow, da critica ao consumo e ao modelo de empenhar todo o tempo no trabalho. Embora eu mesma ainda trabalhe bastante, esta é a minha utopia. Parabéns pelo Blog.
Isabel C. M. Carvalho
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Oi Isabel, tudo bem? Muito legal saber que você usa conteúdos do blog nas suas aulas. Me senti lisonjeada! Obrigada pelo comentário. Um grande beijo pra você.
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Comecei a ler teu blog hoje, e não parei mais. Claro, conciso e organizado, tuas dicas vão direto ao ponto, sempre mantendo uma linha de raciocínio que faz o uso do bom senso antes de tudo. Parabéns! E continue nos inspirando. =D Abraço.
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Oi Estéfano! Muito obrigada pelo comentário carinhoso. Te espero mais vezes por aqui! Um beijo!
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Estava lendo o blog Uma vida mais simples e encontrei links pra vários sites muito bons, incluindo esse seu! Um deles tinha um post muito legal, que toca em pontos parecidos com o que você abordou aqui: http://simplesproposito.com/contentamento-e-compreender/.
Parabéns pela bela reflexão e continue o bom trabalho. Gostei muito!
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Oi Augusto, não conhecia esse site, muito bom o conteúdo. Obrigada pela dica. Um beijo!
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Parabéns,
diferente de outros blogueiros que falam do tema, sem afetação, sem querer ficar empurrando algum curso ou e-book… adorei…
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Obrigada!!! Espero que volte mais vezes aqui. Beijos.
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