Auto-Conhecimento

Trânsito: uma reflexão

Continuando o post anterior sobre trânsito, aqui vai um bom exemplo do espaço utilizado por carros, bicicletas e ônibus.

Abaixo, a versão original do Departamento de Trânsito de Munique:

onibus-bike-carro

Abaixo, a versão adaptada pela Prefeitura de São Paulo:

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A questão do transporte em São Paulo, virou um cabo de guerra entre o grupo que anda de carro e o grupo que anda de transporte público.

O grupo que anda de carro diz que andaria de ônibus / metrô / trem se o transporte público fosse melhor, menos lotado, etc.

O grupo que anda de transporte público entende que se não houver uma redução do número de carros antes, não há espaço para mais ônibus entrarem nas ruas de São Paulo. Como não houve investimentos significativos no metrô, a solução imediatista seria colocar mais ônibus nas ruas. Mas como colocar mais ônibus se não há espaço para eles?

Complicado…

~ Yuka ~

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Área das Ruas x Área dos Veículos

Para quem ainda acha que o problema do trânsito em São Paulo são os corredores de ônibus, a Folha de São Paulo publicou um infográfico de muito fácil entendimento sobre o espaço que seria ocupado nas ruas, se todos os veículos circulassem ao mesmo tempo.

Sempre soube que o principal motivo do trânsito de São Paulo não eram os ônibus, muito menos os corredores de ônibus. É só ficar 5 minutos em uma avenida movimentada para perceber que a maioria dos carros possui apenas 1 pessoa dentro, ocupando um espaço considerável na rua. Ao verificar o infográfico, fiquei surpresa ao perceber o quão grave é a situação dos carros nesta cidade.

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Dá para perceber que ônibus é o menor dos problemas.

Para quem quiser acessar o infográfico, clique aqui.

~ Yuka ~

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Compensa ter um carro ou andar de transporte público?

Carro x Ônibus

A resposta é: depende… depende da sua necessidade e mobilidade.

Não há decisões certas e erradas, cada um sabe qual é a melhor decisão. Eu decidi não ter carro, pois não sinto necessidade por enquanto. Só sinto falta de vez em quando.

O transporte público de São Paulo está longe de ser aceitável. É apertado, congestionado, muitas vezes o sentimento é de humilhação e descaso.

Apesar do caos diário, eu ainda acho que no meu caso, vale a pena andar de transporte público.

Existem 3 pontos positivos que me ajudam a não ter um carro:

– moro muito perto de uma estação de metrô (a menos de 5 minutos)

– trabalho muito perto de uma estação de metrô (que dá em torno de 25 minutos da minha casa)

– consigo ler livros no trajeto (leio em torno de 2 livros por mês só no trânsito casa-trabalho)

Outro ponto muito positivo, é o gasto que não tenho por não ter um carro. Fiz os cálculos da seguinte forma: se eu fosse ter um carro, eu compraria um carro pequeno, imaginei o March da Nissan, modelo basicão 1.0. Compraria um 0km e revenderia a cada 5 anos.

– Preço do carro 0km – R$32.880,00 (vou dividir por 5 anos, daria um gasto anual de R$6.576,00)

– IPVA – R$930,00

– Taxa de renovação de licenciamento anual de veículo – R$71,30

– Seguro obrigatório DPVAT – R$105,65

– Estacionamento – R$300,00 por mês. Por ano, daria R$3.600,00 (meu apartamento não tem estacionamento. Eu teria que alugar uma vaga)

– Seguro – R$2.000,00

– 2 revisões por ano – R$1000,00 (considerei uma estimativa de R$500,00 cada revisão)

– 4 trocas de óleo a cada 15 mil km rodado – R$600,00 (considerei uma estimativa de R$150,00 cada troca)

– Troca de pneus – R$1.200,00 a cada 5 anos (gasto anual de R$240,00)

– Gasolina – R$200 por mês. Por ano, daria R$2.400,00 (apenas para usar nos finais de semana, feriado e férias)

– Metrô e ônibus (para mim e para o meu marido) – R$280,00 por mês. Por ano, daria R$3.360,00 (considerando que continuaremos usando o transporte público para ir ao trabalho)

– Lavagem do carro – R$30 por mês (gasto anual de R$360,00)

Dá um gasto total anual de R$21.242,95.

Muito alto, não?

Se eu resolver tirar o valor do carro, ainda assim, os gastos continuariam altos: R$14.666,95.

Bom, eu prefiro gastar R$3.360,00 em transporte público ao ano (ou arredondando, R$4.000,00 – usando táxi de vez em quando) e poupar esses R$10.666,95

😉

~ Yuka ~

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Uma vida sem carro: uma opção

Eu já tive um carro há uns 6 anos. E percebi que pagava muito caro para tê-lo perto de mim. Além do valor da compra do carro, tem a manutenção (seguro obrigatório, IPVA, seguro do carro, gasolina, rodízio de rodas, óleo, troca de peças, lavagem do carro, etc.). Como nesse apartamento que moro não tem estacionamento, teria que pagar ainda uma mensalidade para estacionamento.

Agora some todos esses valores e veja quanto você gasta no final de ano. É muito caro.

Eu vou trabalhar de metrô. Meu marido de metrô + ônibus. Não ando de bicicleta porque tenho medo de morrer atropelada. Não é fácil não ter carro em São Paulo, principalmente em dias de chuva e nos finais de semana quando a quantidade de ônibus reduz consideravelmente.

E ainda escuto piadinhas como “por que você não tem um carro ainda?”, “nossa, como você é pobre” e por aí vai. Mas sinceramente? Nem ligo.

Não ter um carro, virou uma escolha de vida. Foi uma decisão tomada em conjunto com marido, de que agora, não precisamos de um carro. Não sentimos falta. E ainda economizamos um bom dinheiro. Pode ser que um dia a gente compre um carro, se a família crescer. Mas pode ser que a gente não sinta falta também.

Quando precisamos ir até algum ponto mais distante da cidade, vamos de metrô até onde dá, e pegamos táxi para o restante do percurso. Fácil assim.

Infelizmente vivemos numa sociedade em que as pessoas julgam quando você tem um bom emprego, um bom apartamento, mas não tem um carro.

Mês passado, fui ver uma exposição do Andy Singer na estação de metrô Clínicas em São Paulo. Muito bom. A exposição trazia críticas e reflexões sobre a sociedade do automóvel.

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~ Yuka ~