
Meu marido vai me matar por eu escrever esse post…
Durante muitos anos, ele, como qualquer outra pessoa que eu conheço, usava os desodorantes comprados nos supermercados, do tipo roll-on, aerosol etc.
Antes da pandemia, ele andava de bicicleta diariamente 40km por dia para ir e voltar ao trabalho.
Anda sorrindo, diga-se de passagem, nunca conheci alguém que adora pedalar uma bicicleta que não tem nem marcha, as chamadas bike fixa.
Com o tempo, as roupas começaram a ficar…. bom, vou tentar ser gentil… muuuuuuuito fedidas.
As roupas ainda eram novas, só que fedidas. O que fazer?
Já meu marido, sempre ficou intrigado, por que eu não usava desodorante, mesmo nos dias quentes de verão. Até então, não era algo que eu parava para pensar “oh, todo mundo usa, por que será que eu não uso?”. A questão é que não usava, porque nunca senti necessidade de usar.
Nessa minha pesquisa pra tentar descobrir o que fazer com as roupas do marido, acabei descobrindo uma reportagem da BBC que explicava o meu caso. Descobri que a maioria dos asiáticos nasce com uma variação genética e não tem a secreção nas axilas que atrai bactéria que produz o cheiro forte. Interessante…
Bom, descoberto isso, finalmente pude explicar de forma científica para o meu marido o motivo de eu não usar desodorante. Mas ainda tinha que resolver o problema das roupas do meu marido não-asiático.
Depois de muita pesquisa, vi que o Lysoform poderia ajudar, já que eu tinha que matar essas bactérias e esse produto é um desinfetante. Lembro que chorávamos de tanto de rir dizendo que as minhas roupas eram deixadas de molho no amaciante, enquanto as dele eram deixadas de molho no desinfetante.
Só que mesmo assim, as roupas continuavam com cheiro desagradável. Comecei a suspeitar do desodorante, já que ficava impregnado na roupa.
Fiz buscas incessantes pela internet, até que encontrei uma receita que achei bacana e pedi para que ele testasse um desodorante caseiro.
Toda essa história que estou contando aconteceu em 2019.
Ele aceitou fazer o teste em julho de 2019, e antes de iniciar os testes, aproveitou para comprar um sabonete bactericida, ou seja, já começou desacreditando no desodorante caseiro.
Eu pedi para que ele não usasse o sabonete bactericida, pois não saberia se foi o desodorante caseiro que fez efeito, ou se tinha sido esse sabonete. E apesar de contrariado, aceitou não usar o sabonete recém-comprado.
Desde então, já se passaram 2 anos.
Depois de quase 2 anos de uso, posso dizer que o desodorante funciona (ou melhor, ele pode dizer). O cheiro foi embora como num passe de mágica.
Segundo as palavras dele, já sem a habitual resistência inicial: “muito melhor do que qualquer desodorante comprado”.
Dito isso, compartilho aqui a receita, que de tão fácil, muitos acabam torcendo o nariz achando que não funciona.
Misture bem:
- 3 colheres de sopa de óleo de coco
- 3 colheres de sopa de amido
- 1 colher de sopa de bicarbonato de sódio
Eu coloco em potinhos com tampa. Depois o desodorante dá uma endurecida, ficando com textura de pomada. Este produto deixa sensação de seco na pele, não mancha as roupas, nem deixa gorduroso.
Peguei essa receita no canal da Cristal, reproduzi exatamente da forma como ela ensinou. Nessas horas eu penso, como a internet é maravilhosa! Permite que pessoas como eu, aprenda coisas maravilhosas como esse desodorante caseiro.
Lembrei de toda essa saga do desodorante, porque meu marido me pediu essa semana “Yu, faz mais uma leva do desodorante pra mim?” e comecei a rir sozinha lembrando dessa história toda.
E claro, nada como compartilhar receitas bem sucedidas com vocês que sempre me acompanham por aqui.
*Nota: a leitora Bhuvana indicou o site Cosmetologia do Bem e lá, encontrei um desodorante similar, com a explicação de porquê este desodorante funciona:
- Bicarbonato de Sódio: desempenha a mesma função do leite de magnésia, impedindo a formação de um ambiente propício para o desenvolvimento de microorganismos
- Óleo de Coco: antibacteriano e hidratante
- Amido: garante uma textura mais seca à mistura e funciona como um espessante natural
~ Yuka ~