Minimalismo

A felicidade mora no presente —literalmente

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Crescemos ouvindo que o certo é buscarmos cada vez mais dinheiro, mais espaço, mais conforto, mais status, mais poder. É a busca interminável por um carro mais novo, uma casa maior, salários mais altos, roupas de marca, os restaurantes do momento… A lista é infinita.

Mas raramente nos ensinam algo tão essencial quanto isso: a importância de pausar. Respirar. E reconhecer o valor do que já conquistamos.

Quando foi a última vez que você agradeceu pela comida que colocaram no seu prato? Pelo teto que te abriga, pelas roupas que te aquecem, pelo salário que sustenta seus dias ou até pela internet que conecta você ao mundo e ao conhecimento?

Muitas vezes, estamos tão focados no que falta que esquecemos de ver o que transborda. Reclamamos das pequenas frustrações enquanto, do outro lado da cidade ou do mundo, alguém enfrenta a fome, a dor, o desemprego ou a perda de um ente querido.

Reconhecer o que temos não é se acomodar — é cultivar gratidão. É entender que, mesmo com desafios, nossa vida é marcada por abundâncias silenciosas. E, se olharmos com mais atenção, veremos que há mais conforto do que carência, mais oportunidade do que limitação, mais amor do que ódio.

Talvez o verdadeiro luxo da vida esteja justamente nisso: em saber valorizar o agora, antes de correr atrás do próximo “mais”.

~ Yuka ~

Minimalismo

FIRE: como tomar decisões hoje pode transformar seu amanhã

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Lembro como se fosse ontem, em 2015, quando voltei da minha licença maternidade e comecei a contar para todo mundo sobre o FIRE. Estava tão empolgada, tão esperançosa com a possibilidade de viver de renda, que eu e meu marido mergulhamos de cabeça nesse projeto.

Nem preciso dizer que todo mudo riu, né?

Agora, em 2025, 10 anos depois, posso olhar para trás e ver como aquela decisão, tomada em 2015, transformou a minha vida de uma forma que eu jamais imaginei.

Externamente, nossa vida continua a mesma, porque nós, eu e meu marido, não ostentamos.

Mas quem pode dizer que tem o privilégio de trabalhar, porque realmente quer? Parar de trabalhar quando sentir vontade? Dizer que pode se aposentar aos 40, aos 45, aos 50, ou na idade que escolher? Que não precisa se preocupar com a aposentadoria?

A verdade é que todo mundo quer ficar rico, mas ninguém quer ficar rico devagar.

E, para ser sincera, os 10 anos passaram muito mais rápido do que eu esperava.

Claro, sabemos que com o crescimento das crianças, o orçamento tende a aumentar. As hospedagens já não são gratuitas, elas comem como adultos, querem tomar suas próprias decisões, praticar esportes, ter aulas de música e aprender inglês de forma mais estruturada.

Conversando com meu marido, falamos que, para nós, que já garantimos a aposentadoria e ainda continuamos trabalhando, esses novos gastos não representam um grande problema. Mas me peguei pensando nas famílias de classe média que não fizeram essa lição de casa quando tiveram a oportunidade. A realidade começa a apertar.

São tantos gastos importantes surgindo ao mesmo tempo:

  • Educação dos filhos
  • Investir na própria aposentadoria
  • Aproveitar para viajar e criar memórias enquanto as crianças ainda não saíram de casa

Não dá para ignorar a aposentadoria, principalmente com o tempo correndo. Não dá para postergar a vida com os filhos, porque o tempo deles sob nossas asas é curto. E, claro, não dá para deixar de investir na educação básica deles…

Tudo isso vai deixando a vida mais apertada e desafiadora.

Ainda assim, acredito que começar agora é sempre melhor do que esperar e se arrepender daqui a mais 10 anos…

~ Yuka ~