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Esqueça a cobrança pelo consumo e pelo status

Foto profissional grátis de agulha, algodão, anônimo

Outro dia, uma leitora perguntou como não me aborreço com possíveis julgamentos de amigos e família, vivendo de uma forma vamos dizer, um pouco fora do convencional.

E fiquei pensando que talvez nunca deixei isso claro nos posts, mas eu não divulgo o meu estilo de vida para as pessoas que estão ao meu redor.

É estranho falar isso, já que compartilho uma pequena parte da minha vida aqui no blog, mas não falo abertamente sobre esses assuntos na vida real. Então a minha família, os parentes e colegas de trabalho não sabem que eu sigo um estilo de vida minimalista, não fazem ideia de que entendo sobre investimentos, que estou na jornada FIRE (Financial Independence Retire Early), ou seja, não sabem dos meus planos audaciosos, dos meus sonhos ditos utópicos…

Eu costumo não ser uma pessoa radical, nem na religião, nem na política, nem nos investimentos, eu tenho a minha própria opinião, mas não saio levantando bandeira sobre essas questões, pois sei que cada um tem a sua opinião.

E é por isso que meu marido inventou um termo para isso. Ele diz que aqui em casa, vivemos o “Yukismo”, um estilo de vida que criamos baseado na nossa própria experiência de vida, que funciona muito bem para minha família.

Quando familiares e amigos nos visitam, é inevitável o comentário de que a casa é bem clean, mas eu não começo a discursar sobre o conceito de “como o minimalismo pode ser importante na vida de alguém”. Eu só dou um sorriso concordando.

Às vezes fico sabendo de algum comentário aqui e ali, algum comentário por a gente morar de aluguel, da gente não ter carro, pelo meu marido “ainda” ser um pós-doutorando, por a gente não ter feito uma festa para 300 pessoas no nosso casamento, e por aí vai.

Eu sempre fui uma pessoa discreta. Então fazer uma festa de casamento para 300 pessoas estava completamente fora de cogitação. Eu não conseguia me imaginar no meio de tantas pessoas, cumprimentando pessoas desconhecidas (porque assim, né, sempre tem uns penetras), como daria atenção para todos? Por uma decisão unânime entre eu e marido, fizemos um casamento pequeno, dito mini-wedding, para 35 pessoas em um bistrô francês e ainda emendamos uma lua-de-mel em Paris. Foi maravilhoso ter os meus melhores amigos todos perto de mim celebrando a nossa união. Foi um dos dias mais felizes da minha vida, não teria feito nada de diferente, foi tudo lindo e perfeito.

Outro exemplo fácil de dar é a festa de 1 ano dos filhos. Convenhamos, é uma festa para os adultos, já que o bebê costuma estar de olhos arregalados, assustado com tanto barulho, excesso de luz e pessoas desconhecidas.

No aniversário de 1 ano das minhas filhas, eu fiz festa estilo vovó, brigadeiro feito em casa, um bolo, alguns salgadinhos, e lá vai eu encher algumas bexigas, e chamei meia dúzia de pessoas que minhas filhas conheciam muito bem. Eu não fiz festa em buffet para as minhas filhas, mas não vejo problema em quem faz a festa, sempre que posso participo das festas dos filhos das minhas amigas, e me divirto demais. Para a família que achar esse registro importante, claro que é pra fazer essa festa, porque são momentos que não voltam nunca mais.

O que na verdade faz muita diferença, é que eu e meu marido estamos sempre muito alinhados, e SABEMOS o motivo de todas as nossas escolhas. E com isso, sabemos que se não estamos fazendo, é porque NÃO É IMPORTANTE para nós.

Sempre que for possível, precisamos fazer o que temos vontade, porque de uma forma ou de outra, as pessoas vão nos julgar. Julgar por não ter tido filhos, ou por ter tido 4 filhos. Julgar por morar em uma casa grande demais, ou em uma casa pequena demais. Julgar por sempre estar arrumada, ou por estar desleixada. As pessoas têm uma opinião formada de nós, e não acho que elas mudariam de opinião tão facilmente.

Então ao invés de gastar energia tentando convencer o outro, o que eu e meu marido fazemos é conversar muito entre nós dois, para termos essa consciência de que essa escolha só diz respeito a nossa família, que devemos respeitar a escolha dos outros, e os outros devem respeitar a nossa escolha, mas como as pessoas não costumam respeitar as nossas escolhas, nós nem comentamos sobre detalhes da nossa vida.

Infelizmente, o mundo está muito polarizado. As pessoas querem empurrar goela abaixo o seu próprio estilo de vida, a opinião, querendo ter sempre razão, como se na vida existisse apenas uma única forma de viver. E nada disso é verdadeiro.

Eu não tenho nenhuma pretensão de mostrar que a forma como eu vivo é melhor ou não, claro, ela é muito boa para mim e para a minha família, tanto que compartilho parte do que faço aqui no blog para quem tem interesse ou curiosidade, mas na vida real, não mostro nada disso que compartilho no blog.

Eu sou uma pessoa extremamente comum aos olhos das pessoas que me rodeiam. Eu faço questão de voar abaixo do radar, não chamar atenção (não quero atrair sentimentos de inveja), e por isso consigo transitar bem no ambiente familiar, no ambiente profissional, com os amigos.

A parte ruim é que são poucos os que me conhecem de fato, profundamente. Apenas alguns dos meus amigos. Quem me conhece mesmo, é o meu marido, ah esse me conhece bem.

Como tenho as minhas próprias opiniões que fogem um pouco do padrão convencional, eu percebo que quando resolvo falar o que penso para algumas pessoas, elas se sentem na obrigação de justificar por que não fazem o mesmo, e em alguns casos, tentam me atacar criticando a minha forma de viver. Ora, mas ninguém está falando que a minha forma de viver serve para a outra pessoa, ou seja, uma coisa não tem nada a ver com a outra. É assim que percebo que essa pessoa não está pronta para ouvir opiniões diferentes, e eu corto o assunto e parto para assuntos genéricos.

Já há pessoas que aceitam o jeito que sou, sem julgamentos. Acham legal, mas sabem que não servem para elas, sabem que não precisam seguir o mesmo caminho que o meu, pois cada um tem o seu ponto de vista.

São pessoas que aceitam a minha forma de pensar, não julgam se têm opiniões diferentes, respeitando o meu estilo de vida. São com essas pessoas que eu busco estar sempre por perto, apesar de ser bem difícil encontrá-los.

~ Yuka ~

40 comentários em “Esqueça a cobrança pelo consumo e pelo status

  1. Bom dia querida amiga, só para variar, esse post é perfeito, concordo 100% com você, raramente chamo a atenção, uso muito essa sua frase”voando abaixo do radar”, poucas pessoas me conhecem de verdade, as pessoas se incomodam com o diferente, e por isso sempre estamos abaixo do radar, eu e meu marido!!!uma semana abençoada para vc!!!bjsss

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    1. Oi Lindadrika, tudo bem querida? As pessoas se incomodam demais com o diferente, eu custei para entender isso, já levei cada bordoada do povo, cada comentário desnecessário que ouvi…. Agora não conto mais não. Guardo para mim rs. Beijos.

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  2. Brilhante Yuka, como sempre!!

    Penso que é um auto-respeito que vc e sua família desenvolveram… e também um respeito ao próximo de não querer “entrar na mente” da outra pessoa para mudá-la.

    Às vezes, a pessoa que fala muito de si, quer provar que está correta, está apenas buscando reconhecimento das pessoas com quem convive, o tempo todo.. quando esse reconhecimento é algo que precisa vir de dentro, buscar enxergar que a maior atenção a gente já teve dos nossos pais, lá na primeira infância (do contrário, a gente nem estaria aqui pra contar histórias hehe).

    Se a pessoa trabalha essa carência de aprovação, ela consegue levar uma vida discreta, sem querer impor seus valores aos amigos ou parentes, respeitando a si mesma e aos outros.

    Mas que é bom ter intimidade, poder abrir o coração de verdade (e que bom que tem seu marido e amigos próximos), ah, isso tbem é muito bom, pq forma uma conexão sincera e profunda, que realmente vale a pena ser vivida.

    Ótimo domingo, bjs!

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    1. Essa conexão sincera acontece para poucas pessoas. Tem muitos casais casados a anos que não tem essa conexão.
      Tem muitos parentes que não tem essa conexão…
      Muita gente pensa que tem amigos ou muitos amigos, mas na verdade tem apenas poucos ou mesmo nenhum amigo.
      Nesse período de pandemia tive exemplos disso, vendo o desdém com que pessoas que conheço lidaram com mortes de conhecidos. Vi dois casos desses.
      Acho sim importante essa conexão que você citou, mas acho que isso é um “plus” que podemos encontrar durante a vida ou não.

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      1. Oi Anon, você tem razão, eu mesma, só conheço 2 casais que tem essa conexão que eu e o marido temos. Mas acho que isso também se deve à cobrança social, aquela obrigação de casar com alguém (pode ser qualquer um!) pra não ficar pra titia, pra fazer tudo o que está escrito na cartilha. E aí acaba casando com alguém que não tem afinidade, vem os filhos, vai levando o casamento, mas depois que os filhos crescem e saem de casa, ou quando a primeira dificuldade que vem, o casamento acaba. Encontrar pessoas que eu tenha afinidade têm se tornado uma tarefa mais difícil, não sei se é por causa da minha idade (pode ser….), ou por eu ser exigente (pode ser também), de qualquer forma, é necessário entrega de ambas as partes, não adianta só um dos lados se entregar. E se é difícil para amizades, em um relacionamento amoroso então… Beijos.

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    2. Oi Cinthia, diria que junto com o auto-respeito, foi também uma auto-proteção rsrs. Comentei para a leitora no comentário acima, que eu já levei cada bordoada que chega a ser inacreditável… algumas ofensas muito desnecessárias. E com isso eu entendi que quando não somos “iguais”, as pessoas podem atacar os outros por diversos motivos, por medo, por ameaça, por inveja, e são todos sentimentos que eu tento ficar distante a qualquer custo. Sempre ouvi aquela frase: “falem bem, falem mal, mas falem de mim”, nunca serviu para mim. Eu prefiro que a pessoa me esqueça, do que ela lembrar de mim para falar mal, porque acredito em energias negativas. Meu marido foi uma das minhas melhores conquistas, meu maior presente, meu melhor amigo, sempre me diziam que quando eu tivesse minhas filhas, que meu amor pelo meu marido iria diminuir, e eu vejo que nada disso aconteceu, só amo mais pessoas hoje (2 coisinhas pequeninas) kkkk. Beijos.

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      1. Comentário tão cheio de amor! Hehe
        Quem tem sensibilidade aguçada acaba sofrendo mais com os comentários, tbem sou assim.. e tbem acredito nas energias negativas, hehe, podendo, sempre melhor evitar!

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  3. Tenho cada vez mais seguido esse princípio de dar um sorriso ou comentar algo com poucas palavras. Eu sempre percebo que as pessoas me olham com aquele olhar de julgamento qdo estou num bar/restaurante e percebem que eu não como carne ou não tomo cerveja… ser do nordeste e não gostar de forró é uma ofensa!

    “Mas por que vc parou de comer carne?”, “Como assim? Não gosta de forró?” Às vezes me sinto um alienígena, mas jamais vou deixar de ser eu mesmo para poder me encaixar num padrão que as pessoas querem nos impor. Apesar de tudo isso, me incomodar ver que muita gente não respeita as nossas escolhas e fazem julgamentos (muitas vezes a gente consegue perceber no olhar).

    Beijão.

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    1. Oi Thiago, que saudades de você. Isso de dar o sorriso é um golpe de mestre, tenho gostado muito de fazer isso rsrs. Dizem que para alguns comentários, a melhor resposta é o silêncio. Então dou um sorriso e silêncio, pronto, todo mundo fica feliz e satisfeito. E realmente, a gente percebe o julgamento pelo olhar mesmo. Quando eu era mais nova, eu contava praticamente tudo da minha vida, haja espaço para as pessoas julgarem né? Depois eu aprendi, e hoje estou muito seletiva para contar as minhas coisas. Melhor decisão que tomei na vida. Beijos.

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  4. Yuka, em primeiro lugar parabéns.
    Parabéns por se manter firme no que você acredita e ter coragem de levar a vida da forma como você acha adequado. Isso parece algo óbvio, mas boa parte das pessoas, provavelmente a maioria, não consegue fazer isso.
    Com relação aos julgamentos, posso dizer que eles são praticamente inevitáveis e geralmente serão negativos. Pode até haver alguém que elogie ou reconheça os méritos de quem faz algo diferente, mas hoje com um pouco mais de experiência de vida vejo que essas pessoas são minoria.
    O mais comum é pessoas que se incomodam com a vida alheia te critiquem sem você saber, exagerando, aumentando ou mesmo inventando coisas, tem pessoas que parece que nasceram apenas pra isso, tentar de alguma forma sabotar outras pessoas, seja por inveja ou pura implicância com quem pensa diferente e há muitas dessas pessoas por aí, na família, vizinhos, colegas de trabalho etc.
    É difícil tentar levar a vida com autenticidade, ética e personalidade própria sem em algum momento se ver vítima disso. Por outro lado sei que relacionamentos humanos de qualidade sejam namoros, casamentos ou amizades são minoria e que muitas vezes as aparências enganam.
    Ter essa consciência faz com que não nos apeguemos a grupos ou tenhamos necessidade de aprovação, por que isso no fim das contas tem pouco significado.
    Importante que seu marido tenha personalidade parecida com a sua, isso dá um certo suporte emocional para os dois. Nadar contra a maré pode ser cansativo.
    Também não tenho nenhuma pretensão de convencer os outros que minha forma de viver ou pensar é a melhor, o ideal é que cada um respeite o espaço alheio.

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    1. Olá Anon, tudo bem? Concordo com você, são poucas as pessoas que elogia (de forma sincera, e não de forma falsa), que nos apoia, ou respeita as opiniões diferentes. É uma raridade. Eu fico impressionada em como cruzamos com tantas pessoas todos os dias, passamos horas no ambiente de trabalho, conhecemos tantas pessoas novas, e é muito difícil encontrar pessoas com essas característica que eu chamo de “pura”. Eu conheço muitas pessoas que você descreveu, que se incomodam com a alegria alheia (pode uma coisa dessas?), criticam a roupa dos outros, a casa dos outros (olhando pelo Facebook), a namorada dos outros, acho tudo isso tão pequeno. Eu e meu marido apesar de sermos bem diferentes (eu gosto do silêncio, ele do barulho; ele é metódico, eu não; e por ai vai), dizemos que temos as coisas grandes parecidas, as coisas que são importantes da vida. E isso realmente ajuda demais. Estamos juntos há mais de 10 anos, e nossa, eu sou outra pessoa. Mas uma coisa que ele sempre diz, que apesar de todas essas mudanças, a minha essência continua exatamente a mesma, e é isso que nos mantém unidos, pois lá no íntimo, nós somos exatamente a mesma pessoa. Nada é mais verdadeiro do que aquela frase “case com alguém que você gosta de conversar”. Beijos.

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      1. Isso que você citou é que é um verdadeiro desafio.
        Convivemos com pessoas no trabalho, familia e outros ambientes ao longo da vida. Como não perder o foco?
        A pessoa pode receber ou buscar por sí próprio uma boa educação, boa base ética, ter boa vontade, motivação, boas intenções, mas se não ficarmos espertos nós seremos absorvidos por tudo isso que você citou.
        E temos grandes chances de depois de algum tempo estarmos no mesmo nível de pensamentos e ações que achamos hoje inadequadas, já que também temos nossas falhas e fraquezas.
        Eu sei que isso pode parecer um papo meio filosófico ou coisa de guru. Mas é verdade. E não sou um cara mísitico ou algo do tipo, mas pode observar ao seu redor e em você mesma, que você deve reconhecer isso.
        Passar por essa vida e tentar sair daqui bem é a missão (pelo menos eu creio nisso). Muito mais que qualquer outra coisa, o resto tem sua importância, mas chegar numa certa altura da vida e concluir que a gente se perdeu no caminho, que as coisas se desencaminharam, que não fomos fiéis a nós deve ser uma grande frustração e a maior derrota que alguém com essa consciência pode ter.
        Aparentemente é simples, mas não costuma ser fácil. Tem muita coisa envolvida. Escolhas e até algumas renuncias se for o caso.

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        1. É um desafio sim, estar no meio de pessoas que só reclamam e tentar não ficar igual, porque está em todos os lugares. Por isso quando estou no trabalho, faço meditação na hora do meu almoço, fico perto de pessoas que tenho afinidade, e tento conversar sobre a minha vida, sobre futuro, projetos, ideais, ao invés de ficar fofocando sobre pessoas. Também tento ler livros e assistir vídeos de pessoas que admiro, pois não dizem que somos a média das 5 pessoas que mais convivemos? E que o cérebro não consegue distinguir se essa média das 5 pessoas são pessoas reais ou pessoas não-reais (como autores de livros, pesquisadores, palestrantes, etc)? Então meu truque é esse, eu passo mais tempo com pessoas que eu gosto (com meus amigos e com essas pessoas que admiro e que nunca teria oportunidade de entrar na casa deles). Fora a vontade extrema que vem de dentro, de não querer ficar igual a essas pessoas rsrsrs. Beijos.

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  5. Quando foi que a nossa opinião se tornou tão importante ao ponto de que precisamos força-la a qualquer um que não compactue com ela, né? Eu mesmo fico me policiando as vezes mesmo quando questionado, me cobro por ter dito algo que pensava, porque acredito que não era o que a pessoa esperava ouvir, ai fica aquele sentimento de que não devo fazer isso mais.

    Realmente é algo que tenho avaliado muito e isso consequentemente tem me feito cada vez me afastar mais e mais de pessoas, limitando meu circulo de amizade bem restrito. É engraçado porque minha esposa me considera uma pessoa MUITO sociável, só que eu sou trato as pessoas bem, porque espero ser tratado da mesma forma, e isso não é um convite pra fazer novas amizades para mim, HAHAHA.

    No mais, acho sempre que julgamento de terceiros até tem um certo peso, mas só quando damos muita a importância ao que dizem.

    O estilo de vida que você e seu esposo levam só me faz enxergar como um laço saudável e duradouro, daquele que quando olhamos para trás só nos faz crer que se pudesse, faria tudo de novo.

    Excelente texto, Yuka. Sério, to apaixonado pelo blog

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    1. Oi Diogo, tudo bem? Pois é, tem mais uma ainda, quando a gente comenta algo há muitos anos, e a pessoa acha que não temos o direito de mudar de opinião, de evoluir como pessoa. Já teve essa experiência? Eu já. A pessoa vai lá e fala que eu tinha outra opinião a respeito há 3, 5 anos, é algo surreal kkkk. Nesse blog mesmo, às vezes eu dou uma lida nos meus posts antigos e fico orgulhosa de mim, sabe? De como eu mudei, de como eu cresci, amadureci como pessoa, de como a minha escrita melhorou também. Eu escrevo neste blog desde 2013, isso significa que alguns dos leitores me conhecem há 8 anos, eu tinha 31, e hoje tenho 39, nossa quanto tempo passou rsrs. Sua frase foi perfeita: “O estilo de vida que você e seu esposo levam só me faz enxergar como um laço saudável e duradouro, daquele que quando olhamos para trás só nos faz crer que se pudesse, faria tudo de novo.”, sim, é exatamente esse sentimento que temos, de que tudo valeu a pena. Um grande beijo pra você!

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  6. ” a gente morar de aluguel, da gente não ter carro” – gosto quando me criticam, pois percebo que estou no caminho certo, nadando contra a maré de uma sociedade consumista sem autoconhecimento e dotada de um pensamento mecânico fabricado por uma mídia venal manipuladora e doente

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    1. Oi Scant, eu desenvolvi esse sentimento que você descreveu, de gostar quando me criticam, mas não era um sentimento que eu tinha antes. Antes eu queria fazer parte da manada, sabe? Hoje gosto de ser diferente, nem faço questão de ir contra eles, só quero seguir o meu caminho. Beijos.

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  7. Me sinto compreendida com seu post! Atualmente é muito melhor viver no estilo” low profile” sem ter que sair divulgando ou tentando convencer os que nos rodeiam. Cada um na sua jornada e cada família com sua dinâmica!

    Ainda estou me recuperando de anos de consumismo e precisei ter paciência com meus erros para migrar para algo com propósito minimalista. Fico feliz quando vejo que internet muitos sites estão divulgando o uso consciente de roupas, tecidos, calçados, cosméticos etc. Foi assim que começou a minha reflexão de tudo. Seu blog foi um verdadeiro tesouro pra mim. Aprendo muito toda semana.

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    1. Oi Proxima Leitura, convencer os outros é uma tarefa árdua, porque a gente não convence marmanjo de 30, 40 anos. Da mesma forma que as pessoas não conseguem mudar a minha opinião de forma rápida, não conseguimos mudar os outros também. Sobre erros do consumismo, é algo natural, todos passamos por isso, porque é desta forma que nos ensinam, nos incentivam a gastar, a consumir sem necessidade, tudo para ficarmos cada vez mais presos na armadilha do consumo. São poucas as pessoas que conseguem sair dessa realidade que está tão enraizada na nossa vida. Tem gente que morre sem nunca ter pensado nisso um único dia da vida. Beijos.

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  8. Outro posto muito sensato. Tenho aprendido a viver abaixo do radar, meu esposo diz que temos uma ” felicidade clandestina”, pois somos discretos, aos olhos dos outros saímos poucos. Mas, cultivamos os nossos hábitos que nos fazem felizes. Ainda não sou minimalista, mas tenho buscado ter o essencial.

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    1. Oi Rose, felicidade clandestina é um ótimo termo. É como se fosse algo secreto, algo para ser feito às escondidas, sem precisar da aprovação de ninguém, algo só de vocês dois. Todo mundo me acha muquirana e que só penso em dinheiro, deixem pensar, aqui em casa a gente sabe como a dinâmica funciona. Eu até falo que pensar em dinheiro é essencial, penso hoje, porque não quero pensar em dinheiro no futuro. Enquanto isso, as pessoas que se negam em pensar em dinheiro hoje, irão pensar todos os dias da vida em dinheiro lá no futuro, pois irá faltar (porque nós somos funcionários públicos que não recebem reajustes salariais há anos). A conta é muito simples. Beijos.

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  9. Excelente post, atualmente qualquer opinião que temos ou modo de vida que escolhemos temos uma avalanche de questionamentos, ouvir outras pessoas e bom, mais ouvir o que vem de dentro de nós e melhor ainda.

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    1. Oi Anon, pois é, e é cada apontada de dedo que a gente leva, né? Aqui em casa eu sempre converso com o marido sobre isso, que as pessoas nem fazem a lição de casa e gostam de apontar o dedo. É aquilo, o macaco que senta em cima do próprio rabo para falar do rabo dos outros rsrs. Beijos.

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  10. Gosto muito de seus textos e de seu estilo de vida. Ainda estou engatinhando nesta onda! Mas esse encontro semanal já faz parte da minha rotina. Obrigada!

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  11. oi Yuka, bom dia!

    Essa parte de lidar com os comentários dos parentes é bem complicada mesmo. Mesmo com alguns amigos que seguiram rumos diferentes às vezes fica difícil, mas esses ao menos podemos nos afastar mais facilmente se o relacionamento ficar ruim. O ideal é não comentar mesmo, mas tem algumas pessoas mais invasivas que gostam de ficar perguntando tudo para depois sair falando pelas costas. Quando a gente é mais ingênua, às vezes fala de boa-fé sobre detalhes da nossa vida sem se dar conta que só servem para alimentar fofocas.
    Eu senti isso muito quando estava grávida e depois quando a minha filha era pequena, gente dando palpite sobre tudo. Meu pai, que nunca fez nada em casa quando éramos pequenas, colegas de trabalho de meia idade, sem filhos, cheio de opiniões sobre como lidar com criança, parentes que diziam que quando fulaninho era pequeno faziam assim ou assado e por isso que eles tiraram as fraldas com 8 meses de idade (brincadeira, mas era nesse sentido aí). Muito chato, me afastei de muita gente nessa época, e parei completamente de comentar detalhes da minha vida.
    Na parte financeira, eu nunca comentei muita coisa mesmo, acho que às vezes as pessoas pensam que eu não compro determinadas coisas porque não tenho dinheiro, e não porque não preciso, daí fazem uns comentários tipo é baratinho, dá para parcelar em 12x, esse tipo de coisa. Acho até engraçado, mas também não fico dando discurso.
    Por outro lado, não julgar os outros é muito difícil. Eu tenho me esforçado muito nesse sentido. A minha família de origem é muito crítica, e sei o quanto isso pode ser ruim para os relacionamentos. Eu tento não repetir esse padrão com a minha filha, mas às vezes ainda tenho umas recaídas, no sentido de ficar dando opinião sobre o que não me diz respeito.
    Beijo, Daniela

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    1. Oi Daniela, eu ouvi dizer que quando a gente dá detalhes da nossa vida, a gente permite que a outra pessoa dê opiniões e julguem a nossa vida. E percebi que era justamente isso que acontecia. Claro que palpite dos amigos é sempre muito bem-vindo, afinal, são pessoas que a gente escolheu a dedo para caminhar junto com a gente, nos aconselhar. Mas conselho dos colegas não dá, porque na maioria das vezes o conselho é muito ruim, já que a pessoa só conhece um recorte da nossa vida… E se for para passar raiva depois, melhor não contar nada mesmo. “Como sua filha está?” Respondo que está bem, que é esperta, inteligente, educada, mesmo que em casa eu esteja passando por uns perrengues rsrs. Para as amigas, digo que está difícil, alguém me ajuda, não sei o que fazer kkkkk. Beijos.

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  12. Olá Yuka,

    penso muito como você, não chamar atenção é meu lema. Eu e meu marido sempre conversamos sobre nosso estilo de vida e se estamos satisfeitos e felizes com ele. Vemos tantas pessoas próximas que vivem as aparências da vida consumista, se afogando em financiamentos, gastos altíssimos com status, vidas cheias de coisas mas vazias. Às vezes eu sinto vontade de falar para algumas pessoas sobre viver com menos, mas sei que é algo que nem todos estão prontos para ouvir. Veja esse exemplo: Um dia meu marido estava conversando sobre milhas aéreas com meu sogro (no caso perguntando pra ele como juntar, já que nunca temos pontos suficientes, pq consumimos pouco) ele comentou: você não gasta todo seu salário? Nós esbugalhamos os olhos ante a essa pergunta.
    Seria muito bom se as pessoas desenvolvessem hábito de guardar, investir e repensar seus gastos.

    Fico feliz por pessoas como você que divulgam sua ideias aqui na internet e que nos levam a repensar nos modos de vida, tenho fé na corrente do bem, mesmo que você não fale para seus amigos, está falando para nós, que queremos ouvir e praticar.

    Vamos sempre em frente, vivendo nossas vidas felizes e seguros com nossas escolhas.

    Abraços!

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    1. Oi Thaís, eu também sou que nem você, tenho MUITA vontade de falar, principalmente aquelas pessoas que eu gosto, sabe? Mas decidi há alguns anos que não falarei mais nada, pois não tive boas experiências, muito pelo contrário, fui um pouco julgada e hoje tenho uma certa fama de que só penso em dinheiro rsrs. E essa fama não desaparece kkkkk. É que eles não sabem e nunca irão saber, mas minha vida hoje está tão mais tranquila, justamente porque fiz o que deveria ter feito há alguns anos. E a cada ano eu percebo isso, que como o dinheiro vai trabalhando, e fazendo o trabalho dos juros compostos, cada vez mais falo menos sobre dinheiro, porque o sentimento que tenho hoje é de tranquilidade. Enquanto meus colegas perdem o sono por causa da inflação, do salário que não sobe nunca (e não sobe mesmo), do reajuste da mensalidade escolar, reajuste do plano de saúde; eu estou numa outra fase, de poder sonhar, de pensar onde quero viajar, onde quero levar minhas filhas para passear. Só vejo benefícios nesse estilo de vida low-profile. Beijos.

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  13. Oi Yuka!
    Eu tenho aprendido muito com seus textos, sobre isso de voar abaixo do radar, então…nem se fala. Tento agora esse seu método, vamos ver como me saio. Sempre fui muito de compartilhar e isso, principalmente quando se destoa, parece que não é…
    Beijos e obrigada pro compartilhar parte do Yukismo conosco rsrs

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    1. Oi Diana, o segredo é tentar se misturar com as pessoas a ponto de se tornar invisível aos olhos dos outros. Você passa a não incomodar os outros, a não sofrer certos ataques, as pessoas não tem inveja de você, então ninguém emana energias negativas. Claro que para isso dar certo, você precisa ter algumas pessoas de confiança com você, alguns amigos do peito que você consiga contar tudo, ser autêntica, ser verdadeira, porque ninguém aguenta ser assim 24 horas por dia, vivendo uma vida dupla rsrs. Beijos.

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  14. Yuka, eu amo seu Yukismo.
    Mas o que mais me chamou atenção nesse post foi vc falar: voar abaixo do radar.
    Numa era de redes sociais, onde “parecer” é mais importante que “ser”, um voo baixo é ousado.
    Feliz aquele que tem essa ousadia.

    Obrigada por nos inspirar tanto.
    Tenho lido muito a respeito sobre o que o Robert Kiyosaki tem falado, da futura crise financeira. E lembrei de você. No seu silêncio, você tem se preparado para estar confortável em qualquer circunstância. E muitos te olhando de fora, vendo a vida simples que você leva, deve pensar que você tem altas dívidas e é desorganizada… quando na verdade é o contrário. Ser feliz em silêncio também é satisfatório. Espero conseguir me libertar de todos esses rótulos e hábitos que nos implantaram desde crianças.

    As vezes sumo, mas sempre que dá estou aqui lendo seus posts. Não para tá? Você inspira gente que finge não te ver.

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    1. Oi Tiemi, voar abaixo do radar é uma jogada de mestre. As pessoas não criam expectativas de nós, não provocamos inveja nos outros, porque somos “menos” que os outros, temos um apartamento menor do que a dos nossos amigos, temos um padrão de vida que fica um pouco abaixo dos nossos amigos. O padrão de vida. Agora a qualidade de vida… ah, esse o nosso é melhor… mas a qualidade de vida as pessoas não conseguem enxergar de uma forma tão fácil rsrs. Sobre a futura crise financeira, eu realmente não sei como será, mas o que eu vejo é que a “velocidade” de crescimento do patrimônio realmente diminuiu. Nos anos anteriores, parecia um foguete, agora a curva é bem menos acentuada, o que só me faz ter a certeza de que começamos no momento certo. Precisamos nos preparar para qualquer um dos cenários, com crise ou sem crise, pois nunca sabemos o que poderá acontecer. Tem aquela frase famosa: “Viva como se fosse morrer amanhã. Aprenda como se fosse viver para sempre.” Beijos.

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  15. Oi Yuka! Tudo bem?
    Eu lembro desse bate papo dos comentarios rsrs

    Ficar sem “debater/ rebater” cada frase crítica que a gente ouve (de parentes ou conhecidos) realmente ainda é um baita esforço que fazemos! Mas acho que estamos melhorando 🙂 é um exercício mesmo, nao tem jeito… haja observação no modo como consumimos, comemos, trabalhamos… enfim rs

    E vou perguntar outra coisa… rs
    Vc ja parou para se questionar sobre a jornada FIRE? Sem ser pelo lado material em si (de ter a reserva e rendimentos o suficiente para nao precisar se preocupar tanto com o sustento da vida), mas pelo lado talvez psicológico de SABER que tem essa reserva? Fico pensando que nao mudaria muita coisa, sabe? O caminho que percorremos até chegar nesse tipo de postura e pensamento diante da vida como um todo acho que diminui consideravelmente o impacto de eventuais percalços que venham a existir por aí. Não sei se deu pra entender kkkkk muita viagem?
    Pergunto por conta dos posts que vc já fez sobre o tempo, morte etc.
    Um beijo e obrigada por compartilhar!

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    1. Oi Vivi, não sei se eu entendi muito bem a sua pergunta sobre questionar a jornada FIRE, mas vou tentar explicar o que eu entendi tá? Pra mim, ter essa reserva financeira, permite que a minha família tenha uma vida mais plena, mais de acordo com os nossos princípios. Por exemplo, meu marido sempre teve que aceitar algumas condições no trabalho dele, mesmo não concordando com algumas coisas. Já faz um tempo que essa história se inverteu, ou seja, hoje, ele não faz o que não concorda. E só consegue ser peitudo assim, porque sabe que se o demitirem, isso não será o fim do mundo pra gente. Outro exemplo que posso dar, é que dá tranquilidade em saber que se eu morrer, ou o marido morrer, nossas filhas não irão passar necessidade (minha mãe passou necessidade quando meu pai morreu). Que a pessoa que ficar viúva, poderá ficar alguns anos sem trabalhar para ficar com as nossas filhas, até que as coisas se normalizem um pouco e voltemos a trabalhar. Ao mesmo tempo, podemos solucionar problemas de hoje (e não apenas projeções futuras). Por exemplo, em breve, acredito que voltarei a trabalhar presencialmente. Mas a pandemia está aí. Eu não gostaria de nesse momento, entrar dentro de um transporte público, porque tenho medo de infectar minhas filhas que não tomaram vacina. Eu ainda não sei se vou comprar um carro, se vou alugar um carro, ou se irei de Uber… mas é isso, eu e meu marido temos conversado sobre qual das opções será a mais segura para mim, independentemente do quanto isso vai custar, e sei que faremos uma escolha acertada. Uma pessoa que não tem reserva financeira e perde o emprego, pode ser o início de um grande problema, uma pedra gigante para enfrentar. Mas o mesmíssimo problema, terá efeito infinitamente menor para quem poupa parte do salário todos os meses, ou seja, ao invés de uma pedra gigante, será um pedregulho. Muitos dos problemas que eu enfrento hoje poderiam ser considerados como pedras gigantes, mas consigo encará-los como pedras pequenas justamente porque a minha jornada FIRE tem permitido que a minha vida seja mais tranquila e sem estresse. Eu não sei se consegui responder a sua dúvida, espero que sim rs. Beijos.

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