Auto-Conhecimento · Minimalismo

Procurando o essencial

Farol, Remoto, Reino Unido, Pôr Do Sol, Rochas, Rochoso

Abro o primeiro post do ano de 2021 com a pergunta que sempre nos intriga: “O que é essencial?”

Nessa rotina maluca que vivemos, está cada vez mais difícil identificar o essencial. Mais difícil ainda, porque o essencial é único para cada pessoa. Não dá para copiar a receita do colega do lado, afinal, o que é essencial para mim, não é essencial para você.

Descobrir o essencial é ir em busca da própria essência e descobrir o valor que damos a ele. É basicamente, focar naquilo que traz felicidade. É tentar colecionar coisas e experiências das quais gostamos, mesmo que o mundo inteiro diga que é cafona.

Já comentei num post que gosto de música clássica. Pois bem, também gosto do Andrea Bocelli. Eu e toda terceira idade. Já fui num show dele, paguei ingresso que foi muito caro na área VIP, sentei na primeira fileira, bem de frente pra ele e chorei emocionada quando ele começou a cantar. Minhas amigas acham engraçado eu gostar dele, não estou nem aí. Num outro show (desta vez gratuito) que ele deu, eu tentei invadir o camarote, claro que não consegui, mas rendeu boas risadas quando minhas amigas souberam o que eu tinha tentado fazer.

Essencial é isso, você estar confortável e feliz, mesmo com o julgamento alheio.

Quando fiz meu pequeno casamento com 35 convidados, recebi crítica de familiares e de colegas que não foram convidados. Mas o que as pessoas não entenderam é que todo mundo que era importante estava nesse dia comigo. Foi um dos dias mais marcantes da minha vida, vê-los todos juntos com um único propósito: celebrar a minha felicidade.

E esse padrão foi se repetindo. Quando fui me tornando minimalista (e minha casa começou a ficar vazia para os padrões normais, mas eu estava muito feliz com isso), quando descobri sobre FIRE (e as pessoas começaram a falar que era loucura), ou quando decidi que minhas filhas estudariam em uma escola pública (e aí mais julgamentos, mas de novo, estava tudo bem).

O essencial é muito particular. Vocês sabem que eu sinto um certo orgulho quando sou chamada de muquirana. Eu realmente economizo onde posso, principalmente em coisas que eu não enxergo valor, mas não me importo em gastar nas coisas que julgo ser importante, como quando descobri sobre a gagueira da minha filha. Em nenhum momento tive receio de procurar uma das melhores clínicas de fonoaudiologia de São Paulo. Comer fora todos os dias com meus colegas de trabalho, nunca foi essencial para mim. Mas iniciar o tratamento da minha filha sim, era essencial.

Vejam só: não gastar dinheiro à toa em coisas que não são essenciais, permite que eu sempre tenha dinheiro disponível para os gastos essenciais.

Outro exercício que costumo fazer para identificar o que é essencial, é comparar uma coisa com a outra.

Por exemplo, o que é mais importante: fazer o jantar para a família ou fazer hora extra no trabalho? Para mim, é preparar o jantar. Talvez para alguém que está com as contas a pagar atrasadas, a hora extra seja mais importante. O que é mais importante: comprar alguns sapatos novos ou separar uma parte do dinheiro para investir? Sair com os colegas do trabalho para um happy hour ou se encontrar com aquela sua super amiga que não vê há muito tempo?

E assim, pergunta após pergunta, a gente vai aprendendo a fazer escolhas mais sábias. A cada escolha consciente, nos aproximamos do eu interior, do que é mais importante.

Já em relação a objetos, eu penso assim: houve um motivo importante para ele ter entrado na sua casa, certo? Pode até ser que esse motivo já não seja tão importante, ou até mesmo ele nunca ter desempenhado um papel relevante na sua vida. Vou dar exemplos para facilitar o entendimento do que estou tentando explicar.

As pessoas compram objetos, roupas, itens de decoração pensando em um objetivo. Supondo que seja uma blusa. No momento da compra, eu experimentei a roupa, achei bonita e quis comprar, porque eu imaginei que iria me sentir bonita naquela blusa. Pois bem. Só que por algum motivo aquela blusa fica lá, no canto do guarda-roupa escondida, meio amassada. Aí eu faço a seguinte pergunta: Ela está desempenhando o papel dela? Não. Não está. Então eu descarto.

Às vezes, a gente tem uma blusinha velha em casa, aquela bem surrada, com tecido até molenga de tanto que já foi usada. Essa blusa serve pra quê na minha vida? Para me deixar à vontade em casa, é confortável, uso com frequência, etc. Ela está desempenhando o papel dela? Sim, está. Com esse exemplo, dá pra entender por qual motivo eu descartaria uma blusa nova e por que permaneceria com a blusa mais velhinha. Não é questão de preço. É questão de valor.

Quando eu faço essa mesma pergunta em relação à compra de uma joia, as coisas começam a ficar ainda mais claras. Qual é o objetivo de ter uma joia? Por qual motivo eu quero ter? A resposta (pra mim) seria para ostentar, mostrar para os outros. E é por isso que não tenho nenhuma joia.

O minimalismo foi essencial para descobrir quem eu era de fato. Eliminar o que não era importante para focar no essencial fez perceber que durante muitos anos eu não vivi para mim. Vivi para os outros.

Desde escolhas simples como roupas, música que ouvimos, lugares que viajamos, os amigos que temos, o companheiro que escolhemos para passar a vida, fazer o que os outros fazem, falar o que os outros falam… quantos de nós fizemos escolhas para evitar julgamento alheio?

Quando passamos a nos descobrir e amar o que somos, apesar dos inúmeros defeitos que temos, algo mágico acontece: passamos a não sentir necessidade de ficar agradando os outros, muito menos fazer compras para preencher o vazio interior, porque sabemos e conhecemos a nossa real essência, e passamos a valorizar de forma exclusiva e profunda as nossas próprias vontades.

Quando aprendemos a viver com menos, com o suficiente, abrimos espaço para o novo, e assim, as coisas mais importantes começam a se sobressair. Compare isso com a curadoria de peças de um museu. Ao invés de ter várias peças amontoadas, dificultando apreciar as mais relevantes, deixamos expostos apenas as peças que queremos dar mais destaque e “eliminamos” o resto.

Essa seleção é um processo de conscientização, e utilizando o mesmo raciocínio para a nossa vida, podemos lapidar o que é o essencial, dando destaque especial para aquelas coisas que julgamos ser as mais importantes.

Desejo a todos vocês, um bom início de ano.

~ Yuka ~

49 comentários em “Procurando o essencial

  1. Olá, Yuka,

    Excelentes reflexões do que é realmente essencial. É realmente algo muito individual e a maioria acaba julgando as nossas escolhas em função do que é essencial para elas. Muitos julgamentos e apontamentos de dedos, mas o que importa mesmo é que estejamos felizes com as nossas escolhas simples e essenciais para promover nossa felicidade.

    Grande beijo e um excelente 2021.

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    1. Oi Thiago, “a maioria acaba julgando as nossas escolhas em função do que é essencial para elas”, é exatamente isso. Como não poupam parte do salário todos os meses, julgam quem faz. Como gostam de consumir em excesso, julgam quem não consome, e por aí vai. Matou a charada rs. Grande beijo pra você também.

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  2. Yuca, leio seus post a muito tempo. Esse é meu primeiro comentário. A única coisa que tenho a dizer, porque me falta palavras, por suas belas palavras.
    Você é linda de maravilhosa. 😘😘

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    1. Oi Elisangela, como assim, primeiro comentário, vamos mudar isso já heim rsrs. Obrigada pelo seu comentário, e obrigada pela leitura. Um 2021 com saúde e esperança para todos nós. Beijos.

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  3. Aaah Yuka, que delicia começar o ano com um post seu. E que post maravilhoso hein? Amei!

    Ri na parte que vc tentou invadir o camarote do show do Bocelli. Minha prima quebrou uma perna pulando o muro do hotel onde o cantor Daniel estava hospedado! Rs… É legal ter histórias assim pra contar. Eu nunca fui tão vida louca nesse sentido. Ou talvez me faltou oportunidade! Rs…

    Também fui julgada quando fiz meu “mini wedding” pra 70 pessoas. Se fosse hoje, talvez não teria nem 15 do jeito que ando seletiva! Hahahaha
    Acharam pobre eu fazer um menu vegetariano e drinks sem álcool. Mas faz sentido pra você ter álcool e carne num casamento onde o noivo (estrela principal do evento) não consome nenhum dos dois? Na época a própria organizadora do casamento que nos instruiu assim. E não me arrependo nenhum pouco. Apesar da minha tia falar até hoje: que foi uma pobreza só!

    Até hoje nosso carro é o mais simples no estacionamento do condomínio. Temos um Honda fit que nos serve muito bem há 5 anos. Mas desde a época de aquisição fomos julgados, já que nosso trabalho nos permitia ter uma BMW assim como nossos vizinhos. Mas pra nós não fazia sentido.

    Fiz o chá da Lara pra 3 pessoas! Devido a pandemia, achei imprudente fazer um chá pra várias pessoas. Mas não queria deixar passar em branco. Então reuni as 3 amigas mais presentes nesse ano e fiz um café da manhã especial pra elas. Fiz 3 lembrancinhas. Tudo em pequenas quantidades. Consegui dar atenção pra todas elas e achei que foi lindo! Minha mãe ficou com dó de mim. Pensando que só tenho 3 amigas! Kkkkkkkkk
    Mas eu quis selecionar as que mais mereceram. Eu não fiz chá pra ganhar presentes ou fraldas. Eu só queria um momento pra celebrar a vinda da Lara.

    Eu uso o mesmo perfume há 7 anos. Eu só tenho meias e lingeries pretas. Eu sempre escolho chá verde ou “mugi” como bebida, independente de ser um churrasco ou MCDonalds. Não uso/gosto de rímel. Não faço as unhas há mais de anos. E assim a lista de “esquisitices” da Tiemi não param de crescer e ser questionada. Mas to feliz com minhas escolhas. Isso foi algo que trabalhei muito na terapia. Estar feliz com minhas escolhas independente do que vão pensar.

    Espero que nesse ano, eu aprenda mais ainda sobre o que me faz feliz. Já perdi muitos anos da minha vida tentando agradar os outros.

    Como sempre, você me inspira! Beijão
    Ps: faltam 12 dias pra Lara vir! ♥️

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    1. Oi Tiemi, falta menos de 2 semanas? Deve estar já com um barrigão lá no céu rsrs. Que você tenha uma boa hora, e que a Lara venha com muita saúde, porque brindada pelo amor eu sei que ela já está. Essa história do Andrea Bocelli rendeu histórias… quando estava emocionada no show, dei uma olhadinha básica do lado, e só via pessoas de cabelo branco hahaha. E só eu chorando kkkk. Faz parte do show. Acho que você fez super certo em ter feito um mini-wedding, dar atenção a todos os convidados, poder olhar nos olhos de cada um, conversar, dar risada com as pessoas mais importantes da sua vida, não tem preço. Eu, se pudesse fazer tudo de novo, faria tudo igual. Que nem o seu chá da Lara, acho de verdade que você foi super consciente, chamando apenas 3 pessoas, num período em que o mundo inteiro enfrenta uma pandemia. Parabéns! Julgar, vão julgar a gente de qualquer jeito, se fizermos uma festa pra 200 pessoas, vão sair falando que estamos ostentando, que a festa teve comida ruim rsrs, então façamos do jeito que mais nos deixa felizes, assim, pelo menos ficamos satisfeitas, não é mesmo? hehehe. Um grande beijo pra você!

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  4. Bom dia Yuca! Texto excelente, perfeito para o início do ano, concordo com vc , temos que encontrar o que é essencial para nós! Uma semana abençoada para vc e sua família linda!!!bjssss.

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  5. Yuka Feliz ano novo, leio os posts a muito tempo esse é meu primeiro comentário, como é bom descobrir o que é realmente essencial para nossa vida, é libertador parar de viver para os outros, deixar de se importar com a opinião alheia, e ser de fato o que realmente somos, busco isso constante através das escolhas que faço todos os dias.
    Gratidão por aprender um pouco mais a cada post.

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    1. Oi Priscila, as escolhas que são importantes para nós, apesar de parecerem fáceis, sabemos que não são fáceis de se fazer, principalmente porque geralmente vem acompanhada com uma enxurrada de críticas. Mas aos poucos aprendemos a lidar com essas críticas que geralmente são infundadas, e não acrescentam em muita coisa em relação ao nosso crescimento pessoal, na verdade, só vai nos podando. No fundo, é uma decisão que tomamos: se viveremos agradando os outros, ou se decidimos finalmente ser feliz. Beijos.

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  6. Essa questão abordada pelo post tem muitas ramificações. É simples mas geralmente não é fácil.
    Os desdobramentos do autoconhecimento e da auto aceitação que são o cerne dos pontos abordados pelo texto alcançam a questão financeira, fazendo com que pessoas mas simples na forma de viver consigam se desprender de expectativas e modelos externos e passem a viver de fato da maneira que querem, mas isso não é fácil pra muita gente, pra maioria provavelmente.

    Viver o essencial pra si, não se importando com opiniões alheias exige independência. Independência financeira, mas sobretudo independência emocional.
    Estabelecer limites para os outros e as vontades dos outros, principalmente de familiares que podem ter um papel negativo nesse sentido, colocando por exemplo sobre filhos suas expectativas de realizações que não alcançaram.
    Ou cobrando de forma direta ou indireta objetivos que não são necessariamente nossos. Como por exemplo reuniões de família nas quais são questionadas a vida das pessoas, com cobranças veladas sobre profissão/emprego, relacionamentos/casamento/filhos, forma física, dinheiro, aquisição de bens como imóvel ou carro.
    Sabemos que ter determinados bens tem sim sua importância, mas a aquisição nem sempre é fácil e não pode obedecer o tempo imposto por terceiros.
    O desejo de pertencer a grupos também pode representar uma grande armadilha, seja qual for o tipo de grupo.
    É graças a esse desejo que muitos tentam ostentar bens e comportamentos, sentem a necessidade de exibir supostas conquistas e isso for reforçado com a popularização das redes sociais.

    Aí está o ponto que considero o mais difícil, se desvencilhar de tudo isso. Ter a coragem de dizer não e não se abalar ou se incomodar com opiniões ou mesmo o deboche alheio.
    Se bancar, inclusive comportamentalmente é o X da questão. Se a pessoas se incomoda, se vê deslocada, mas não banca suas escolhas ou simplesmente não sai desses cenários, infelizmente vai continuar tendo sua energia vital gasta com essas imbecilidades.

    Eleger prioridades, aprender a dizer não e bancar nossas escolhas. Essa é a solução pra não viver pra terceiros, não querer ser outra pessoa, viver outra vida ou viver insatisfeito pela interferência de outras pessoas em nossas vidas.

    Feliz 2021.

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    1. Olá, concordo com o seu ponto de vista, e é exatamente isso que você escreveu, parece ser fácil, mas não é tão simples de executar. Como você bem escreveu, eu também percebo a relação do “dane-se” com o dinheiro. Conforme vou construindo meu patrimônio, vou deixando de me abalar aos pedidos dos superiores, às chateações do trabalho, porque eu sei que se ficar muito ruim, posso sair do trabalho. Quando eu não tinha tanto dinheiro guardado, eu lembro que ficava chateada quando alguém me chamava de muquirana, mas novamente, conforme fui vendo as vantagens de guardar dinheiro para justamente poder gastar nas coisas importantes, ser chamada de muquirana se tornou um grande elogio. Até hoje as pessoas questionam por eu morar de aluguel, até falam pra me encorajar que “um dia eu vou conseguir comprar um imóvel próprio”. Como eu sei do meu plano futuro, hoje acho mais fácil “voar abaixo do radar” do que ficar tentando explicar sobre o conceito FIRE. Se nem os meus amigos conseguiram entender (eles acham que é só uma questão de dinheiro e não uma questão de liberdade de escolha), não vai ser meus parentes e colegas de trabalho que vão entender. Obrigada pela sua contribuição! Bejios e feliz 2021.

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    1. Quem não foi convidado já deve ter deduzido que suas presenças não eram indispensáveis. Talvez ficaram com o ego ferido por não terem sido chamados, mas não necessariamente tristes por não participar do casamento.
      Provavelmente houve quem ficou aliviado de não ter que gastar com presente ou participar de uma cerimônia que não trazia tanto interesse, já que alguns iriam apenas para “não ficar chato”.

      Fazer como a Yuka e creio eu o marido dela também, exige sim uma dose de coragem pela possível desaprovação que poderiam encarar depois, principalmente se tiverem família grande e próxima, mas certamente tiveram motivos para isso e acho que essa coragem merece ser reconhecida.

      Quem faz o casamento é o casal, não hora dos problemas e dificuldades, quem vai descascar o abacaxi é o casal, esse monte de convidados que muitos chamam muitas vezes significam muito pouco ou nada, apenas escolhas politicas em consideração à terceiros que em alguns casos não estão nem aí pra você e só vão a essas celebrações pra ficar reparando nas coisas, criticando e falando mal inclusive dos noivos.

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      1. É exatamente isso, eles não ficaram tristes não. Acho que cada um de nós, sabemos o impacto que temos na vida de outra pessoa. Eu não ficaria chateada de não ser convidada para um casamento de alguém que não sou tão amiga, ou de algum parente que não vejo há anos. Como você escreveu, eu não queria chamar pessoas que mal encontro no meu dia-a-dia, que mal conhecem a minha vida, que nem sabem como eu e meu marido nos apaixonamos. Não quis chamar colegas de trabalho que não tenho intimidade, nem convidar alguém por mera obrigação política. Foi a melhor decisão que eu poderia ter tomado. Beijos.

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    2. Oi Renata, pior que não ficam, viu? Na minha vida, quem é colega sabe que é colega, e quem é amigo, sabe que é amigo. Todos os meus amigos sabem o quanto eles são importantes na minha vida, não deixo na mão nenhum deles, da mesma forma que nos períodos mais difíceis da minha vida, eles sempre estavam comigo e eu sei que sempre estarão do meu lado. A escolha embora pareça ser difícil, foi simples. Beijos.

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  7. Feliz 2021 e tudo de bom!
    Essencial para mim é dormir 9h.
    Produzia muito mais quando dormia 2h-4h mas não me sentia bem.
    Hoje posso dormir e durmo.Mesmo a maioria das pessoas me criticando por isso.rsrs.Parei de ouvi-la para escutar meu corpo.
    E quanto a questão financeira estou na mesma meus gastos é basicamente dividido em essencial, investimentos e qualidade de vida.Qualidade de vida para mim é plano de saúde, odontológico,lazer,terapias e aprendizado.
    Sinto que o meu eu real/superior esta em paz e por isso continuo nessa jornada.

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    1. Oi Marcela, eu também penso igual você em relação a qualidade de vida. E é para ter essa qualidade de vida que economizo onde posso, onde não vejo valor. Um 2021 cheio de paz e esperança pra você. Um grande beijo!

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  8. Adorei, Yuka! Comecei a dar mais atenção ao tema minimalismo ano passado e aprendo muito com você. Inclusive, meu primeiro texto de 2021 foi falando sobre as mudanças que adquiri ao observar que preciso de pouquíssimos bens materiais pra viver bem e feliz. Ótimo 2021 pra vc!

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    1. Oi Nicole, o minimalismo é uma jornada somente de ida, não há caminho de volta rsrs. Não precisa ser nada radical, a casa não precisa ficar vazia, nem precisa ter um guarda-roupa enxuto. Só precisamos aprender a focar no que é essencial e eliminar o resto. Quando aprendemos a fazer as escolhas certas, a vida começa a andar num ritmo diferente. Um beijo, e um ótimo 2021 pra você também.

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  9. Nooosssa, já chegou de sola em 2021 escrevendo: vem que te quero, meu ano essencial!
    Adorei o texto! Como o Thiago falou lá em cima, o essencial pra um pode não ser pra outro, e digo mais: quase todo mundo gasta com o que não é essencial, a relevância é saber distinguir quais são esses gastos e saber cortá-los (conseguir, consegue, já que não são essenciais, né?!).
    A diferença entre preço e valor também é algo muuuuito importante para todos.

    Beijos e ótimo 2021 pra toda a família!

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  10. Feliz ano novo!

    Suas postagens realmente são profundas. Acho que toda vez que leio um texto se fico por um bom tempo pensativo sobre o tema, hehe!

    Eu passei a morar sozinho recentemente (pra você entender a odisseia teria que dar uma lida em alguns posts no meu blog, hahaha), e sinto que de forma bastante inconsciente eu estou indo bem pro lado do “minimalismo”. Um colega que veio na minha casa pela primeira vez disse que o Ap era ä minha cara mesmo”, e quando eu perguntei porquê ele disse “porquê só tem o necessário pra ser funcional”. Eu nem sabia que eu passava essa imagem, mas passei a perceber que eu realmente gosto de ter menos coisas em casa, mas que sejam coisas funcionais. Talvez o minimalismo, além de um processo que se desenvolve, possa também ser algo intrínseco da pessoa, que irá se manifestar de maneira mais pronunciada assim que se tiver a oportunidade (no meu caso, ter uma casa “só minha”).

    Abraço!

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    1. Oi Engenheiro, haha, é bom ficarmos pensativos. Eu gosto bastante de levar as famosas “bofetadas”, porque é quando paro pra analisar o que estou fazendo de errado, e o que posso fazer para corrigir o meu caminho. Concordo com você que o que gostamos se destaca muito mais quando temos espaço para isso, no seu caso, uma casa só sua, ou seja, uma tela em branco para você fazer o que bem entender. E por isso mesmo, muitos de nós, teríamos grandes dificuldades em voltar a morar na casa dos pais, principalmente se tivermos morado muito tempo sozinhos. Morar sozinho é algo muito, muito bom, claro que tem os seus custos, mas é quando paramos para pensar se todas aquelas atitudes e manias que “herdamos” dos nossos pais, são realmente algo nosso, ou se só reproduzimos porque moramos muito tempo juntos. Parabéns pela conquista de morar sozinho, é um grande passo! Beijos, e feliz ano novo pra você também.

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  11. Magnifico Yuka, você me desperta o sentimento de procurar mais e mais coisas essenciais da minha vida. As vezes me pego no comodismo ou na inércia que já estou e seus textos me despertam a chama do autoconhecimento e o amor ao minimalismo rsrs, talvez nem seja na linha do minimalismo mas sim do essencialismo hehe

    Excelente leitura, bjs!!!

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    1. Oi EPI, procurar pelo essencial é sempre algo muito bom de se fazer. Depois que escrevi o post, fiz até a minha listinha (minhas famosas listas) dos hobbies que eu tenho. Fui colocando tudo, desde ler livros, passear na 25 de março, encontrar as amigas, escrever no blog, tomar chá, deu bastante coisa. E aí fui tentando identificar o que eu não estava fazendo no momento, e por quê. Havia hobbies que eu deixei de fazer por conta da pandemia, como natação, ir nos comércios que meu marido tem horror (25 de março, Brás, Bom Retiro kkkk), mas vi que tinha alguns hobbies que eu tinha deixado de fazer, porque simplesmente ficou no esquecimento. Aí agora estou na fase de resgatar coisas que eu fazia e que me deixava bastante feliz. Um beijo pra você, feliz 2021.

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  12. oi Yuka, bom dia

    Teve duas partes do texto que eu gostei muito, a que associa o essencial com o que nos deixa feliz e a parte que quando a gente se aceita como a gente é passa a dar menos importância para a opinião dos outros. Os exemplos estão ótimos, concordo com tudo!

    Sabe, esse texto me lembrou uma conversa que eu tive há muitos anos com uma colega. Não era ninguém assim muito íntima, mas estávamos viajando a serviço e ela acabou contando algumas coisas da vida dela. Ela era uns 10 anos mais velha que eu, com 2 filhos já adolescentes e uma vida bem estruturada. Lá pelas tantas ela comentou que já tinha tido muitos problemas de depressão no passado – acho que fazia tratamento ainda nessa ocasião – e disse que a depressão aparecia quando a gente fazia um papel na vida que não era nosso ou um papel que a gente não queria estar fazendo. Na hora, eu não entendi muito bem. Apesar de vir de uma família com muitos casos de depressão, não consegui identificar isso que ela falou com a realidade que eu já tinha vivido até ali. Mas aquela conversa ficou na minha cabeça e à medida que eu ia vivendo outras experiências comecei a entendê-la melhor. Quando a gente vive em função dos outros, acaba fazendo papeis na vida que não nos fazem felizes, porque não são nossas escolhas de verdade e isso às vezes é o início do caminho da depressão. Mas, por outro lado, bancar as nossas escolhas, como um outro leitor pontuou muito bem, exige que a gente se responsabilize por elas e isso também tem um custo, que é não poder culpar ninguém pelo que escolhemos. Quando a gente deixa os outros decidirem o que é importante para nós, está agindo como uma criança, que sempre tem alguém que está dizendo o que e como fazer. Nesse contexto eu entendi o que a minha colega comentou e daí consegui associar com a minha experiência pessoal. A pessoa não fica deprimida de um dia para o outro, é um processo, que muitas vezes começa em uma vida ou um estilo de vida que não é aquele que realmente ela gostaria de estar vivendo. Isso, claro, como origem, porque depois de instalada, muitas vezes a pessoa só consegue sair daquele buraco com a ajuda de remédios.

    Sobre a conversa da semana passada, além da minha decisão financeira de não comprar roupa e sapato, eu fiz uma resolução de ano novo de não criticar as escolhas dos outros. É um processo difícil, eu sei, mas quero desapegar de ficar dando a minha opinião sobre as escolhas dos outros. Até porque na maioria das vezes ninguém pediu, rsrsrs. Eu já fiz esse processo para desapegar de ficar falando sobre a aparência das pessoas e acho que foi razoavelmente bem sucedido.

    Beijos e boa semana para todos!

    Daniela

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    1. Oi Daniela, muito profundo o relato da experiência da sua colega. E me fez pensar que muitos de nós (inclusive eu, claro) fizemos e continuamos fazendo tantas coisas que nos faz sofrer diariamente. Eu tenho uma amiga que fez mestrado, porque se sentiu obrigada, e depois quando ela conseguiu o título de mestre, ela falou a seguinte frase: “eu nunca mais vou deixar que me violentem de novo”. Aquilo foi um choque, as palavras foram muito fortes. No meu trabalho, logo depois, eu também comecei a sentir uma pressão para fazer mestrado, apesar de já ter feito curso de especialização e um MBA. E eu não conseguia esquecer as palavras da minha amiga, e eu tinha a certeza que se eu fosse fazer um mestrado, não era por mim, era porque estava me sentindo pressionada. E eu não cedi. Foi a melhor decisão que eu tomei, porque eu sabia que iria sofrer muito. Às vezes, é uma profissão que a gente escolhe pressionada pela família. Às vezes é um relacionamento que a gente leva adiante pela pressão social. E a cada escolha errada, tudo vai virando uma grande bola de neve, cada vez mais difícil de retornar à nossa essência. O que você escreveu faz sentido, de que a pessoa não fica deprimida de um dia para o outro, são decisões que vão sabotando a nossa vida, e quando percebemos (isso quando percebemos), já estamos num buraco tão fundo que fica difícil de sair sozinho, sem ajuda. Como um leitor escreveu, é um processo que parece ser simples, mas não é fácil.
      Sobre sua resolução de ano novo de não criticar as escolhas dos outros, é bem legal. Mas novamente, não é fácil. Até dizem por aí que parar de reclamar é fácil, difícil mesmo é parar de julgar os outros. Está no nosso ser. Mas acho que o exercício é tentar enxergar que todos nós vivemos em fases diferentes da vida. Alguns aprendem mais rápido, outros mais devagar, e muitos não vão aprender nunca. E que tudo bem, desde que as pessoas saibam que terão que arcar com as consequências das próprias decisões. Eu estou tentando pensar desta forma, ajuda bastante. Beijos pra você!

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  13. Olá Yuka, bom dia! Você arrasou neste texto! Penso também desta forma! Estoi a cada dia selecionando mais o que deve ser comprado.

    E Outra coisa, você mencionou no texto que suas filhas estudam em escola pública. Também estou matriculando os meus na escola pública. Às vezes me vem no pensamento que eu deveria investir neles, já me veio até o pensamento que eu estava sendo ruim em nao investir numa escola particular. Acho que temos que quebrar as barreiras do pensamento negativo e até mesmo preconceitos.

    Abraços. Feliz 2021!

    Vanessa

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    1. Oi Vanessa, vou compartilhar com você um vídeo do Flávio Augusto, fundador da Wise Up. É um vídeo de 24 minutos, que fala sobre a educação aqui no Brasil, e valerá muito a pena você assistir. Veja que no vídeo podemos perceber como somos boicotados e sabotados a vida toda, e o que tento fazer em casa, é ensinar o que a escola não tem interesse em ensinar, e que será útil para a vida toda das minhas filhas. Espero que goste. Beijos. https://www.youtube.com/watch?v=vanMHyK2BFQ

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  14. Yuka,

    Excelente post!

    “Essencial é isso, você estar confortável e feliz, mesmo com o julgamento alheio.”
    Muitas vezes fazemos algo mais para agradar os outros do que a nós mesmos. E a médio e longo prazo, esse é o caminho certo para a frustração.

    Suas palavras e exemplos são inspiradores, pois ilustram bem a importância de deixar de lado as distrações e ilusões do mundo e ter foco no que realmente importa a cada um de nós.

    Boa semana!

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    1. Oi Rosana, a gente sempre tem dois caminhos: agradar os outros, ou nos agradar. Algumas vezes, agradar os outros nos faz feliz também, porque coincidentemente a opinião é a mesma. Mas muitas vezes, não é isso que acontece, e quando aprendemos a só agradar os outros, a conta chega depois de algum tempo. E isso, é algo que definitivamente queremos evitar. Um grande beijo, boa semana pra você.

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  15. Oi Yuka,
    Ja acompanho seu blog ha um tempo e gosto muito. Parabens!
    Nao lembro de ter lido sobre a decisao de voces em colocar suas filhas em escola publica. Quais os motivos?
    Moro no Canada e aqui meus filhos vao para escola publica, mas no Brasil nunca tinha pensado nesta opcao. Adoraria trocar ideias. Obrigada!

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    1. Oi Renata, há 5 anos, eu publiquei o post “você tem medo da creche pública?” e posso dizer que após alguns anos, eu continuo com o mesmo posicionamento. O principal motivo é a diversidade racial, sócio-econômico e cultural que nos proporciona. Outra coisa é a sensação de pertencimento que eu tenho com a escola. Gosto de conversar, descobrir necessidades, ver o que posso ajudar. Isso permite que eu ajude não só a minha filha, mas a escola dela. Claro que, se ao longo do caminho, eu perceber que a escola está atrasando a capacidade das minhas filhas de ler, escrever, ter raciocínio crítico, eu mudarei de escola, até mesmo ir para uma privada. Mas até o momento, ter afastado esse medo (mesmo sem conhecer) em relação às creches públicas só me fez bem. Na creche da minha filha, vamos dizer que houve um caso de “racismo reverso”. As crianças negras (que são a maioria) começaram a tirar sarro das crianças brancas. A diretora sabendo disso, convocou todos os alunos e pediram para todos mostrarem os braços, comprovando como somos diferentes e iguais ao mesmo tempo, todos tinham tonalidades de pele diferentes. Em um outro momento, a professora da minha filha, um dia deu uma boneca negra de presente para minha filha. Ela disse que tinha encomendado uma boneca para dar de presente especialmente para a minha filha, dizendo que ela era uma das poucas crianças que brincavam com bonecos negros. A professora é negra e minha filha sempre exaltou como ela é linda. Acho isso fantástico, sabe? Poder ensinar para as crianças sobre igualdade, racismo, minoria, discriminação tão cedo, e nada como uma demonstração ao vivo rs. Como disse, pode ser que eu mude de opinião se tiver alguma péssima experiência, mas até o momento, tudo tem valido a pena. Beijos. Ah, se tiver interesse, segue o link do post: https://viversempressa.com/2016/03/21/voce-tem-medo-da-creche-publica/

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      1. Muito obrigada pela resposta Yuka.
        Ahhhh se a maioria das pessoas pensassem em diversidade racial, sócio-econômico e cultural…o mundo seria bem melhor. Eu penso muito em abrir a cabeça de minhas filhas (tambem tenho 2 meninas) e voce me mostra que eh possivel ateh mesmo no Brasil. Eu estudei a vida toda em escola particular e as pessoas que mais tenho afinidade estudaram a maioria do tempo em escola publica. Talvez por isso, eu goste tanto de abordar esse assunto. Pq nao eh tão obvio para mim que os beneficios estao em escolas que focam apenas no estudo. Aqui no Canada o senso de comunidade eh bem forte e isso tambem eh educaçao ne?
        Obrigada novamente!
        Renata

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        1. Renata, eu também sempre tive mais afinidade com pessoas que vieram de ensino público. Tem um vídeo do Flávio Augusto que aborda como as escolas são omissas (públicas e privada) e “como podemos educar nossos filhos, apesar da escola”. A quem interessa a nossa subserviência e ignorância? O vídeo é muito bom. Vou colar o link aqui, caso tenha interesse. Beijos. https://www.youtube.com/watch?v=vanMHyK2BFQ

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  16. Adorei o texto e todas as reflexões que ele me propôs. Achei engraçado (no sentido bom) quando você mencionou que sente orgulho em ser chamada de muriquana, me identifiquei um pouco e fiquei pensando sobre isso: ano passado, familiares começaram me chamar de pão dura, pois o pouco dinheiro que eu tinha, estava guardando para algo bem mais importante que pude conquistar agora no começo do ano em relação a minha educação. Engraçado como essas pessoas querem cuidar da vida alheia e determinar com o que devemos gastar nosso dinheiro. Foi uma boa reflexão que fiz sobre mim. Conhecendo seu blog hoje e já gostando, me sentindo acolhida!🥰

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    1. Oi Lara, ser pão dura é ótimo. Eu tenho falado sempre para a minha filha, que “quem guarda, sempre tem”. Você conseguiu conquistar algo importante para você agora no início do ano, porque guardou. E isso é muito gratificante. Eu mesma, durante muito tempo me chamam de muquirana, mas me senti bastante orgulhosa e vi que valeu guardar cada centavo, de não ter gastado meu dinheiro em coisas que pra mim eram desnecessárias, pois foi graças a isso que hoje consigo pagar um tratamento fonaudiólogo para minha filha que tem gagueira. A gente nunca sabe quais serão as nossas necessidades futuras, e por isso mesmo a frase “quem guarda, sempre tem” faz muito sentido para mim. Um grande beijo!

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  17. Bom dia Eu gostaria de saber se vc tem outro canal/ rede social além do blog.

    Se tiver me envie. Amo seu conteúdo.

    Em Dom, 3 de jan de 2021 08:01, Viver Sem Pressa escreveu:

    > Yuka posted: ” Abro o primeiro post do ano de 2021 com a pergunta que > sempre nos intriga: “O que é essencial?” Nessa rotina maluca que vivemos, > está cada vez mais difícil identificar o essencial. Mais difícil ainda, > porque o essencial é único para cada pessoa. Não dá” >

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