Auto-Conhecimento · Minimalismo

Quantos anos você tem pela frente?

Farol, Brilho, À Noite, Nuvens, Pôr Do Sol, Oceano, Mar

A gente tem o costume de dizer para os outros a própria idade. Tenho 20 anos. Tenho 35 anos. Tenho 50 anos.

Só que há uma conta reversa que sempre faço, e é daí que vem a minha sensação de como Tempo é algo muito, muito precioso.

Quer ver? Essa é a minha Tábua da Vida. A minha vida dos 0 aos 80 anos.

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Se eu considerar que viverei até os 80 anos de idade (achou pouco? Olhe a tábua completa de mortalidade do IBGE), significa que eu já “queimei” praticamente metade de tudo o que eu posso viver, já que tenho 39 anos.

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Legal, ainda parece que tenho bastante tempo de vida.

Só que a gente esquece que ALGUNS MOMENTOS, são MAIS PRECIOSOS que outros. Por exemplo, a convivência diária com as minhas filhas. Eu e meu marido, saímos de casa aos 17 anos para fazer faculdade em outra cidade. Eu sei que uma vez saindo de casa, dificilmente elas voltarão a morar comigo. Se eu considerar que elas irão alçar vôo com a mesma idade, vamos dar uma olhada quanto tempo tenho de convivência diária com elas:

tábua da vida 2

Bom, agora já não parece que tenho tanto tempo assim, não é mesmo? Tenho mais 11 anos para viver intensamente com elas (e já se passaram 5, ou seja, 1/3 de convivência diária) e dar uma criação e educação decente, pois se elas saírem de casa cedo, não terei arrependimentos de não ter dado a devida atenção.

Agora vou fazer o mesmo exercício em relação a minha mãe. Ela tem 71 anos. Pela tabela do IBGE, viveria mais 14 anos. Eu teria 53 anos. Veja como eu também tenho pouco tempo.

tábua da vida 3

Agora imagine eu, tentando empurrar todas coisas que gosto para a velhice, postergando minha vida para depois dos 65, 70 anos de idade, quando eu me aposentasse pelo tradicional INSS. tábua da vida 4

Repare que não temos tanto tempo como imaginamos.

Não quero chegar na terceira idade, e ver que minha juventude foi desperdiçada, que não fiz as coisas que queria ter feito.

Temos a péssima mania de empurrar sonhos, deixar tudo pra depois. Ah, vou viajar depois, vou andar de bicicleta depois, vou no show daquela banda na próxima oportunidade, depois eu faço, depois eu leio o livro, depois eu falo com a pessoa…

Uma coisa que eu e meu marido sempre conversamos é que não adianta dar atenção para os filhos, quando eles já tiverem perdido o interesse por nós. Não adianta se arrepender de não ter dado atenção para os pais, depois que eles morrerem.

Há coisas que o Tempo não espera.

Precisamos viver bem, cuidar da saúde, cuidar da família, dos filhos, estar sempre com os amigos, sair para se divertir, para quando olharmos para trás (e esse dia vai chegar mais rápido do que imaginamos), sejamos inundados com a sensação de missão cumprida.

~ Yuka ~

54 comentários em “Quantos anos você tem pela frente?

  1. Bom dia, esse texto encheu meu coração de emoção, fiquei com os olhos embargados , como é verdadeiro! o tempo passa muito rápido e realmente devemos aproveitá-lo ao máximo! simplesmente amei! Deus abençõe ricamente vc e sua família!!!!

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    1. Oi Lindadrika, eu também levo cada susto quando vejo que minhas filhas já não são bebês, já são crianças, daqui a pouco serão adolescentes e estarão saindo de casa. O tempo passa muito rápido, e isso que eu considerei que viveremos até os 80 anos. Quantos de nós temos a vida interrompida, de repente, sem poder nem dar um beijo, um adeus. Tempo é a coisa mais valiosa que temos, e é a coisa que mais desperdiçamos. Obrigada pelo carinho. Um beijo.

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  2. Olá muito legal essa forma de pensar a vida.Decidi tirar um ano sabático em 2020 .Sou funcionaria pública e tinha recebia 3SM tinha um pé de meia suficiente para comprar um carro.Fiquei pensando se deveria comprar um carro ou da entrada em uma casa ao invés disso.Todas as pessoas disseram que era loucura para de trabalhar.
    Mas digo que valeu cada centavo e cada sacrifício que fiz para juntar essa grana investir em um ano sabático.
    Tenho feito terapia,estudando sobre meu emocional.Estou OUTRA, mas leve e feliz.Foi minha melhor fase em 33 anos.Volto a trabalhar em 2021 com a cabeça MUITO melhor e com mais conhecimento pois aproveitei também para começar um tecnólogo ead.

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    1. Oi Marcela, você basicamente está “afiando o machado” este ano. Muitas pessoas acham bobeira afiar o machado, mas é uma das melhores coisas que podemos fazer. Ao invés de sair cavando qualquer buraco, sem nem sabermos a direção, melhor parar, respirar, pensar, avaliar, para somente depois cavar o buraco certo. Isso sim, é sabedoria. Vou copiar o texto do machado, caso não conheça:

      “Um jovem lenhador desafiou o seu velho Mestre sobre quem teria mais domínio e habilidade no uso do machado. Tratava-se do corte de árvores plantadas. Entre uma árvore e outra, o jovem olhava para o Mestre, a uma certa distância, mas na maior parte das vezes o via sentado. O jovem voltava às suas árvores, certo da vitória, sentindo piedade pelo velho Mestre. No final do dia viu-se que o velho Mestre tinha cortado muito mais árvores que o jovem.
      – Mas como é que pode? – surpreendeu-se. Quase todas as vezes em que olhei, você estava descansando!
      – Não, meu filho, eu não estava descansando. Eu estava afiando o machado. Foi por isso que você perdeu a competição.”

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  3. Bom dia, Yuka! Só você mesmo para refletir essas coisas maravilhosas de uma forma diferente. Você me ajuda com essas reflexões a pensar de outra forma. Mais um texto instigante. O bom dessa quarentena foi que estou podendo participar da vida da minha filha de 5 anos mais de perto já que ela ficava no integral para que eu pudesse trabalhar(sou mãe solo prestes a fazer 50 anos e que também cuida de uma mãe idosa que mora comigo). É isso, vamos priorizar aquilo que é mais importante para cada um de nós. Excelente semana para todos!

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    1. Oi Márcia, admiro muito mães solo. Eu tenho meu marido e ainda não dou conta de tudo rsrs. Eu comprei um livro que estou para ler, do Fabrício Carpinejar: “Cuide dos pais, antes que seja tarde”. Acho que vou gostar da leitura. Uma excelente semana pra você. Beijos.

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      1. Muito pertinente a reflexão.
        A utilização da expectativa de vida do IBGE é fundamental, pois não sabemos e nunca saberemos quantos anos viveremos. Aliás, essa talvez seja a maior angústia do ser humano. Os gregos antigos já faziam essas reflexões.

        No final, essa discussão é a mesma da alimentação: o importante, no plano teórico, é buscar o equilíbrio, uma palavra
        que significa muito e nada ao mesmo tempo.

        Yuka, gostaria de fazer agora uma pergunta bem específica: qual modelo de cadeirinha de bebe você utiliza?

        Como não tenho carro, preciso de uma que fosse segura e ao mesmo tempo prática para usar em táxis e uber. Um abraço

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        1. Oi Lean, temos uma expectativa de vida, que esperamos poder segui-la, mas a nossa vida pode ser interrompida a qualquer momento, por isso precisamos dormir e acordar com essa consciência de que a vida é finita, principalmente por não sabemos se teremos o privilégio de nos despedir das pessoas que amamos. Sobre a cadeirinha do bebê, não usamos, eu coloco minhas filhas no meu colo. Taxi, Uber, e outras modalidades como vans escolares (o que beira o absurdo), ônibus, não são obrigadas a ter cadeirinha de bebê. Inclusive, uma motorista de Uber falou que eu deveria andar com cadeirinha de bebê. Eu expliquei pra ela que seria impossível, andar com 2 crianças de colo, 2 cadeirinhas de bebê, mochila com os pertences das minhas filhas, e geralmente, mais algumas sacolas, não conseguiria andar nem 1 metro. Além disso, a maioria dos motoristas (pra não dizer todos) nem se quer levantam da cadeira para me ajudar a colocar as coisas no porta-malas. Mas na minha opinião, táxis e Ubers deveriam ter cadeirinhas no porta-malas. Já quando for alugar um carro, há modalidade de alugar também as cadeirinhas. Beijos.

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  4. “Quando você tiver 80 anos, num momento tranquilo de reflexão e narrando para você mesmo a versão mais particular da sua história de vida, a parte mais compacta e significativa será a série de escolhas que você fez. No fim das contas, nós somos as nossas escolhas”

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    1. Ricardo, frase maravilhosa essa. Realmente, no fim, tudo representará as escolhas que fizemos. Espero que eu tenha a sabedoria de fazer as escolhas certas… Um grande beijo, boa semana pra você.

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  5. Seus textos são maravilhosos e realista. Você tem toda a razão de não deixar nada p depois ou quando me aposentar. Um dia desses estava cheia de serviço, pois estou trabalhando de home office e estava igual a uma louca, era a semana de cuidar do meu pai de 84 anos. Fiz a reunião fechei o notebook e fui deitar na cama c ele é assistimos um filme comendo pipoca. Não sei até quando que terei essa oportunidade,há muito tempo que não deixo m nada p depois. E fico sempre alerta para nao cair nessa armadilha.
    Beijos extensa um.otimo domingo.

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    1. Oi Ângela, maravilhoso isso que você fez. Tenho tentado também fazer isso, aproveitar mais os momentos… por exemplo, agora de manhã, estava costurando uma cauda de sereia para as minhas filhas, com os tecidos que eu já tinha em casa. Geralmente, ouço algum podcast ou vídeos enquanto faria essas coisas, mas desta vez, decidi deixar desligado e prestar atenção em uma única coisa. Quero lembrar de quando fiz estas coisas para as minhas filhas, e não deixar a vida no automático. Beijos.

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  6. Acompanho aqui vez ou outra mas desta vez tive de postar. Acompanho a finansfera há uns 12 anos e cheguei a falar em algum lugar que as pessoas fazem planos mirabolantes sem levar em conta o fator tempo. Investir por 30 anos quando se tem 30 de idade, significa usufruir aos 60 e muitos se dão conta disso tardiamente. Por isso poucos conseguem e se perdem pelo caminho.

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    1. Oi Azrael, sim, verdade, vejo pessoas fazendo sacrifícios para alcançar a independência financeira. Sacrifícios por 30 anos? Isso nunca vai dar certo. Inclusive no documentário Playing with Fire eu percebi isso. O casal protagonista fazendo sacrifícios que claramente era muito dolorido para a esposa… assisti o documentário praticamente inteiro com agonia, porque não acho que esse seja o caminho certo. Beijos.

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  7. Acredito que boa parte das pessoas não terão a oportunidade de conhecer de fato seus maiores talentos, não reconhecerão de fato seus maiores defeitos e provavelmente morrerão sem conseguir encarar e procurar corrigir ou se arrepender verdadeiramente de algumas coisas.
    O tempo passa daqui a pouco estou chegado nos 40, e sinceramente nem parece, parece que faz pouco tempo estava na faculdade e assim a vida vai passando e ainda não atingi alguns objetivos financeiros e pessoais.

    Cada vez mais um dos maiores medos que tenho é de chegar numa determinada altura da vida (50, 60, 70 anos) e concluir que não fiz o que podia ou deveria, que joguei o tempo e a vida pela janela.
    E viver intensamente ou bem é uma questão particular, não se trata de viver em festas, bebedeiras, ter vida social agitada, viajar muito, fazer muito sexo, ganhar muito dinheiro etc.
    Acredito que se trata principalmente de viver de bem com a gente mesmo, com nossa consciência tranquila, viagens, dinheiro e outras coisas que citei tem seu valor e importância, mas não são decisivas, nem determinantes para nos dar a sensação de estamos sendo sinceros conosco mesmo e de estarmos dentro de nossas limitações evoluindo em algo, nem que seja em reconhecer nos limitações e fraquezas e buscar vencê-las.
    O ruim mesmo é irmos piorando ao longo da vida.

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    1. Oi Anônimo, acho que esse medo de chegar numa determinada idade e ter a sensação de que jogou o tempo e a vida pela janela é o medo de muitas pessoas. Eu tenho esse mesmo medo. E é por isso que fico a todo momento lembrar como a vida é finita, que meu pai morreu de leucemia aos 35, que meu primo de 41 anos faleceu de Covid-19. Nós não temos tanto tempo como pensamos, nem teremos a saúde que gostaríamos de ter aos 80, 90 anos de idade. Essa frase que você escreveu, está perfeita: “Acredito que se trata principalmente de viver de bem com a gente mesmo, com nossa consciência tranquila, viagens, dinheiro e outras coisas que citei tem seu valor e importância, mas não são decisivas, nem determinantes para nos dar a sensação de estamos sendo sinceros conosco mesmo e de estarmos dentro de nossas limitações evoluindo em algo, nem que seja em reconhecer nos limitações e fraquezas e buscar vencê-las.” Beijos.

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  8. Pois é infelizmente parece que temos a obrigação de fazer tanta coisa e temos tão pouco tempo. Isso me deixa desesperada na verdade. E se eu não quiser dar atenção a meus filhos agora quando pequenos por que terei que fazer mesmo assim? Essa pressão psicológica é muito triste. Quero as coisas no meu tempo e não ter sempre que me adaptar ao que a sociedade e os outros querem ou impõe.

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    1. Oi Ana Cláudia, o importante disso tudo é reconhecer o que é importante para cada um. Se para você há coisas que julga ser importante, é bom não deixar para depois, para que não haja arrependimentos depois. Não importa muito o que seja, já que “importante” é muito subjetivo, depende para cada um. Para mim, “importante” são as coisas que dei no exemplo, mas claro que isso é algo pessoal. Um beijo.

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    1. Sim Adna, por isso a importância de deixar pra lá (ou pelo menos tentar rsrs) as coisas que não são tão importantes para focar no que é realmente importante para nós. Beijos.

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  9. oi Yuka, bom dia,

    O difícil é administrar a ansiedade e tentar encarar essa questão do tempo de vida com equilíbrio. Pensar que temos que aproveitar bem o tempo que nos resta pode também ser um gatilho para sair gastando enlouquecidamente e não guardar nada para o futuro, já que afinal vamos morrer mesmo. Eu não penso assim, mas conheço algumas que pessoas que pensam – e agem – dessa forma.

    Eu acho que sempre vamos ter arrependimentos, não importa o que a gente faça. A gente consegue minimizá-los em algumas áreas, mas faz parte imaginar que a nossa vida poderia ter sido diferente. Só que uma coisa é fazer esse exercício de imaginação, outra é ficar se martirizando que podíamos ter feito diferente e deixar que isso nos paralise. O que aconteceu, ficou para trás, podemos mudar o presente e futuro. Não podemos mudar o passado, mas podemos olhá-lo com outros olhos.

    Eu provavelmente já passei da metade da vida, estou com 50 anos. É muito improvável que eu viva 100 anos e se viver, que seja independente e autônoma com essa idade. Porque a ideia de viver dependendo dos outros, para mim, é muito pior do que a ideia de morrer em si. Então quando eu vejo essas tabelas, o que eu penso é quantos anos com saúde e autonomia me restam.

    Para a Ana Claudia, não se cobre tanto. Quando a gente tem filho pequeno, é tanta coisa para fazer que se a gente consegue fazer o básico e não enlouquecer já está bom. Eu dormia tão pouco e mal quando a minha filha era pequena (ela acordava muito à noite) que achava que ia ficar louca, andava que era um zumbi. Daí lia aqueles textos dizendo que a criança acorda de noite porque isso ou aquilo (porque ficava o dia inteiro na escolinha, porque via pouco os pais, porque sentia falta da mãe, etc, etc) e morria de raiva. Olhando para trás, hoje eu acho que ela dormia muito na escolinha de dia, por isso acordava de noite. Só parou de acordar à noite quando parou de dormir de dia. Aos 3 anos e tanto de idade.

    beijos, Daniela

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    1. Oi Daniela, sempre muito sensata. Também acho que independentemente do que fizermos, arrependimentos sempre farão parte do nosso cotidiano, principalmente porque a maioria das coisas, não temos mais corrigir, o tempo já passou. O que podemos fazer, é minimizar os arrependimentos, principalmente, se ainda temos tempo como agir. O que não temos como consertar mais, bola pra frente, o jeito é erguer a cabeça e seguir em frente, e aprender com os erros. Sobre o que você escreveu, de “quantos anos com saúde e autonomia me restam” é o que penso também. Por isso não devemos ficar empurrando nossos sonhos (que muitas vezes são fáceis de serem executados) para depois. Depois pode ser tarde depois. Beijos.

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  10. Perfeito, Yuka! Pensar na parte final da estrada sem deixarmos de usufruir de seu caminho. Muitas vezes, a estrada nos dá mais felicidade do que o destino.

    Bjus e boa semana!

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    1. Oi André, querer chegar logo no destino, é querer que o tempo passe rápido. Chegando no destino final, a estrada terá passado tão rápido e de forma indiferente, que nem teremos percebido as coisas boas que aconteceram no meio do caminho. Um beijo!!!

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  11. Rpz ( ou moça, melhor dizendo) de onde tira esses insights.
    É uma forma muito inteligente de pensar sobre o tempo de vida. Ótimo texto. Vou guardar pra reler de vez em quando. Textos como esse merecem um releitura pra nos fazer lembrar do que realmente tem valor na vida. E a maioria das coisas que tem valor não possui um preço.

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    1. Dedé, fico feliz que gostou do post. Meu marido, é fã de uma banda chamada Rush. Quando eles vieram para o Brasil, meu marido quase não foi no show, porque minhas filhas eram pequenas e nós estávamos muito sobrecarregados, já que elas tinham dificuldade de dormir a noite toda. Eu falei pra comprar o ingresso e ir no show, mesmo que fosse sozinho, porque eles podiam nunca mais vir para o Brasil. E ele foi. Aproveitou, se divertiu, voltou renovado, feliz. Bom, em janeiro desse ano, o baterista morreu. A primeira coisa que eu falei pra ele foi: “ainda bem que você foi no show”. Isso é um pequeno exemplo de um Tempo que não volta. Beijos.

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  12. Oi Yuka!
    Tudo bem!?
    Fiquei impactada! Olhando a gente percebe o quanto a vida é ligeira.
    Eu que estou beirando meus quase 50 anos, kkkkkkkkkk.
    Eu brinco que já não tenho mais muito tempo de vida na Terra, que por isso tenho que escolher muito bem o que farei no tempo que preciso, seja trabalho, ou hora de lazer.
    Eu sou muito realista, e ao mesmo tempo sensível.
    Eu consigo enxergar muitas coisas que deixei de fazer na vida, e tem coisas que não tem volta.
    Por isso daqui pra frente é melhor pensar bem e refletir. Não tenho muito tempo kkkk
    Eu brinco muito e dou risada, mas sou bem pé no chão. Levo assim na risada para vida ficar mais leve.
    E por isso que muitas vezes não quero perder tempo com rede social. Pois, consigo ver que é um tempo de desperdício, mesmo que fosse para empreender.
    As vezes penso vou fechar o Pinterest também, hora ou outra eu sempre to desativando rs.
    E até o blog pensei em fechar e me dedicar somente a vida real, só que fiz amigos no mundo do artesanato, e tenho 3 amigas virtuais que sempre falam comigo. E mais uma 4 que é você do qual tenho muito carinho.
    E não queria perder contato e deixar de ler meus posts de domingo.
    Mas, já pensei em parar e aproveitar o tempo com leitura, e ficar mais com tempo até livre.
    Acredita, seu sempre amei andar de patins, ando desde os 5 anos, ganhei meu primeiro e único patins com 7/8 anos, é um torlay da década de 80. Meus pais compraram no Mappin nunca mais na vida esqueço. Foi o presente que mais queria e está comigo até hoje, eu perdi a bota porque o pé cresceu, ai tinha um tênis Le Cheval (nem sei se você já ouviu falar kkkkk) eu desparafusei a bota e substitui por esse tênis, hahahaha. Aprendi com papis a fazer gambiarra. E até hoje estou com meu patins assim, com umas gambiarras, e inteiro e foi nele que minha menina a 3 anos começou a andar ela vai fazer 11 anos e a madrinha dela soube que ela adora andar e deu um de presente, estilo meu retro, achei lindo!
    E sábado agora andamos juntas, e sabe que eu de vez em quando estava andando, mas depois dos filhos a gente não tem muito tempo.
    E uma das coisas que falei que nunca ia para de andar era de patins. E ai resolvi começar a andar todos os dias de manhã com ela depois que ela acaba as atividades da escola, e to sentindo meu corpo bem melhor, eu sou magra, mas quero manter a massa, pois a gente vai perdendo com o tempo. E fora que faz bem pra tudo, coração, respiração. Enfim….voltando a ativa.
    E pra variar, eu falei uma “légua” 😀
    Mas, comentar aqui é com sentarmos num lugar agradável debaixo de uma árvore e trocar ideia.
    E rir muito claro!
    Um super beijo !!!
    E obrigada por nos acrescentar todo domingo com posts maravilhosos.

    Dri 🙂

    https://adrianaavilaatelie100.blogspot.com/

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    1. Oi Dri, tudo bem com você?
      Ouvindo (lendo… rsrs) sua história sobre o patins, lembrou muito meu marido. Aconteceu o mesmo que você. Ele ama bicicleta, mas por causa de correria do dia a dia, acabou parando de andar há anos. Quando começamos a namorar, ele voltou a andar de bicicleta, e se perguntou várias vezes o motivo de ter parado de andar, se era algo que gostava tanto. Hoje, sempre que ele pode, ele vai andar de bicicleta, é um prazer genuíno que ele tem. Acho que é o mesmo que acontece com você. Eu tento procurar algum exercício físico que também tenha esse prazer que vocês têm, mas ainda não encontrei. Até achei que a natação fosse. Eu sempre nadei muito bem, consigo ficar bastante tempo embaixo dágua, diz o professor que tenho força, potência e velocidade, tanto que ele estava pensando em me colocar pra competir. Mas é algo também que apesar de gostar, acabei parando nessa pandemia, já que a academia teve que fechar também. Estou tentando retomar as caminhadas, estou aproveitando para tentar conhecer melhor a cidade, fazer caminhos alternativos, sair andando sem rumo, quem sabe com o tempo não acabo correndo? Seria muito bom. Um beijo pra você.

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  13. Esqueci ….falei tanto e me esqueci, minha avó paterna está com 97 anos, faz 98 em Abril.
    Ela uns 4 meses atrás estava lucida, mas eu comentei com minha mãe depois da morte do meu pai, ela já não era a mesma…e com a idade avançada é inevitável a perda da consciência.
    Eu pensei se minha avó chegar aos 100 e eu aos 50 anos, faremos uma festa juntas …mas no rumo que ela anda.
    Tenho um tio caçula solteiro que cuida dela, ela teve 5 filhos homens, nenhuma mulher, ela dizia sempre quando passava fins de semana com ela, que eu era a filha que ela não teve, meu pai era o segundo filho dela do primeiro casamento.
    Tem 2 anos que meu pai partiu. A gente sente saudades…e por isso seu post mostra a realidade da vida.
    Não sabemos quem vai primeiro, mas uma coisa é certa, temos que viver o agora, e cuidar do nosso amanhã.

    Desculpe, ter falado muito Yuka rs
    bjssssssss

    Dri 🙂

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    1. Pois é Dri, a saudade é um sentimento inexplicável, a última coisa que queremos é que esse sentimento de saudade venha junto com outro sentimento… de arrependimento. Precisamos fazer escolhas… boas escolhas. Beijos.

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    1. Oi AC, o parecer importante geralmente serve para agradar os outros. Já o essencial, é para nós mesmos. Buscar o essencial tem sido uma meta de vida, apesar de me pegar algumas vezes querendo fazer algo para agradar os outros. Beijos.

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  14. Com a pandemia, a questão dos filhos se intensificou. A gente fica no computador tanto tempo, no meu caso preparando aulas, meu marido atendendo questões do serviço e por sermos autónomos, não temos muito o que fazer. Dependemos demais desses trabalhos. Mas falmos muito, muito sobre como estarmos mais presentes. Nem sempre funciona o que queremos ou nos propomos. Mas tentamos. História: o outro dia fui dar uma olhada em atividades que guardei no Pinterest para fazer com meus gêmeos de 4 anos. Tinha atividades para quando eles estiverem com 1, 2, 3 anos. Ou seja, perdi tempo vendo o Pinterest, buscando atividades para fazer com eles que nunca faria. Hj já é tarde. Temos que buscar o equilibrio. História 2: ria lendo o ” vou no show daquela banda na próxima oportunidade” porque lembrava que quando tinha 13, Nirvana foi para meu país. Eu não tinha dinheiro para o ingresso e a minha mãe falou: eu peço emprestado e vc vai. Falei: “não esquenta, mãe, eles voltam”. O cantor se matou meses depois. Na verdade não me arrependo porque sei o problema que teria sido para minha mãe. Mas essa história me lembra como pensamos que o nosso futuro está ai, que é seguro, que temos certeza de que as coisas continuarão igual. E nunca é assim. Esta pandemia nos mostra isso; eu estou longe da minha família, com as fronteiras fechadas e desejando que a minha avó tenha mais um século de vida para poder falar com ela mais uma vez sem ter que usar WhatsApp. Um abraço!

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    1. Oi Bhuvana, pra quem tem crianças pequenas, essa pandemia tem sido um grande desafio. O que era para ser um home-office, se torna um desafio diário de tentar conter as crianças enquanto tentamos trabalhar, não é mesmo? O que eu percebo também, é que o que funcionou bem ontem, não funcionará hoje, então precisamos ficar pensando em novas estratégias de entretenimento. Não está fácil. O jeito é não nos cobrar muito para não causar mais ansiedade. Um grande beijo.

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