Minimalismo

O que é essencial nos tempos de pandemia?

all we need is love. and food. and water. and shelter.

Eu publiquei esta imagem no meu primeiro post, em agosto de 2013.

Ultimamente, tenho feito a mesma pergunta que me fez criar o blog há exatos 7 anos:

“O que é essencial?”

Já estamos em setembro e eu sei que a sensação é de estagnação e que o ano de 2020 simplesmente parou. Estamos presenciando uma tragédia nacional, com os números de mortos aumentando e sem uma vacina para ser produzida e distribuída em grande escala.

Depois de passar mais de 170 dias em casa, posso dizer que já senti todo o tipo de sentimento. Mas uma coisa é fato, a nossa vida não pode parar.

Cada um tem a sua realidade, e seus monstros internos para enfrentar.

Nessas horas, o que acaba se tornando o essencial?

Para mim, são 2 coisas: cuidar da saúde (mental, física e social) e viver intensamente baseado na realidade que temos hoje.

É viver para não se arrepender.

Já comentei isso diversas vezes aqui no blog, e continuo repetindo. Viver intensamente, para mim, não é morar em mansão, nem ter um jatinho particular. É algo simples, tão singelo, que se não prestarmos atenção, é capaz de passar despercebido.

Eu mudei de casa em plena pandemia, porque não queria deixar para depois algumas coisas. Eu não queria deixar minha vida parada, desejando por algo que nunca vai acontecer. Eu não queria me arrepender.

Lembro quando me divorciei do meu primeiro marido, a maior dor que senti não foi do divórcio propriamente dito, mas de todos os sonhos que tínhamos planejado e que não seriam mais concretizados. Isso sim doeu.

Desde então, eu entendi que é melhor se arrepender e voltar atrás, do que não fazer absolutamente nada.

Viver intensamente é cuidar da família, cuidar bem dos pais, demonstrar amor para as pessoas que temos carinho, conversar com os amigos, cuidar do lar, ter auto-cuidado, agradecer pelas coisas que já temos, valorizar o simples.

Tudo isso se resume a uma única palavra: amor.

Eu sempre achei que o amor deveria ser a base que sustenta todo o resto que vem depois, de que o que nós mais precisamos é de amor.

Isso sim, é o ESSENCIAL.

~ Yuka ~

38 comentários em “O que é essencial nos tempos de pandemia?

  1. Apareceu a margarida! Rsrs…
    Menina, como é exaustivo ter um bebê que anda! E eu achando que o difícil era os 3 primeiros meses! Mero engano! O dia voa e a gente nem percebe! Tá cada vez mais difícil executar tarefas simples como ir ao banheiro ou cozinhar. Mas eu amo observar a evolução dela! Sou grata pela oportunidade de desfrutar de 2 anos de licença maternidade remunerada. Isso sim é privilégio pra poucos!

    Yuka, quero que saiba que não perco um post seu! Nem sempre dá tempo de comentar, mas sempre leio. Ou boto o Google pra ler pra mim! 😂😂😂

    Que texto mais bem escrito. O essencial realmente é invisível aos olhos. A parte que mais amo no minimalismo é a qual a gente passa a valorizar o simples, o verdadeiro, o que importa! A quarentena fez muita gente cair na real… Espero que essa mudança seja permanente!

    Como sempre você me inspira. Obrigada por compartilhar sua sabedoria conosco.

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    1. Oi Tiemi, sei bem como é, é exaustivo mesmo. A gente não pode tirar o olho nem por 1 minuto… e quando fica no silêncio? Aí significa que estão aprontando rsrs. Eu já não sei faz tempo o que é ter privacidade na hora de tomar banho kkkkk. Às vezes meu marido fala “vai, vai agora tomar banho que eu distraio as meninas” rsrs, elas adoram tomar banho comigo. Nossa, 2 anos de licença maternidade remunerada? Uau heim. Aproveite muito!!! Eu sei que você sempre está por aqui, e super entendo a correria, você tem uma pequena, e daqui a alguns anos, já já vai nascer mais um. Afinal, já sabe se é menino ou menina? Beijos.

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      1. Yuka, acabei de assistir o documentário da Netflix: O dilema das redes (the social dilemma) e lembrei na hora de você! Vim correndo ver se tinha coisa nova por aqui e me deparei com sua resposta no meu comentário.

        Esse documentário me fez repensar como tenho passado muito tempo nas redes (especialmente Instagram que amo!) e como tenho sido influenciada a comprar desnecessariamente. Me sinto excluída da “sociedade” por ficar apenas em casa cuidando da minha filha. As redes sociais são como janelas pra mim, que me mostram como o mundo está lá fora sem mim. Procuro levar minha filha bastante em parquinhos, museus pra criança, biblioteca, afim de evitar redes sociais… mas elas sempre dão um jeito de estarem presentes na minha vida. Que difícil viver na era tecnológica!
        Coloquei timing pra poder reduzir meu tempo nessas coisas. Espero que eu consiga diminuir pouco a pouco, até um dia não fazer mais falta igual com você.

        Sobre o bebê, acredita que estou de 20 semanas e não sabemos o sexo ainda? No Japão por ser legalizado o aborto, eles demoram muito pra confirmar o Sexo. Mas eu e marido acreditamos ser outra menina! Veremos… o que vier é bem-vindo!

        Por hora, é só… Um beijão

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        1. Oi Tiemi, eu ainda não assisti esse documentário. Vi que apareceu no Netflix, mas ainda não assisti. Eu sei que é muito difícil abrir mão da rede social. Eu nunca fui viciada em rede social, mas já fui muito viciada em televisão. E eu só consegui parar, porque a televisão quebrou rsrs. Achei que ia morrer (era vício mesmo!), mas depois de algumas semanas, vi como me fez bem, e hoje vivo muito bem sem assistir televisão aberta. Depois que eu assistir esse documentário, vou ver se escrevo algo a respeito… Um beijo pra você!

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  2. Oi Yuka!

    Eu assino embaixo… falou tudo.
    Tenho visto pessoas doentes porque perderam a verdadeira razão da vida. E vivem suas vidas baseado na vida dos outros.
    Eu vejo muitas situações por ai, e fico pensando o quanto o externo interfere demais nas pessoas… e perdem a sua própria essência.
    O ser humano tem muito a evoluir.
    Eu tenho uma consciência e vejo que muitos ainda não tem, e não adianta muito falar e dar dicas, porque cada um está vivendo a sua estação, seu estágio de evolução.

    Gratidão por mais uma leitura de domingo.

    Um lindo domingo e feriado…
    bjs

    Dri 😀

    https://adrianaavilaatelie100.blogspot.com/

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    1. Oi Dri, realmente, não adianta falar muito mesmo, parece que cada um tem o seu tempo de maturidade. Se for alguém que gostamos muito, a alternativa é ficar por perto, e “socorrer” quando a pessoa estiver em dificuldades. Um beijo e boa semana pra você.

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  3. Adorei o texto! Perfeito, parabéns. Você está corretíssima com relação o que é essencial : pequenos prazeres da vida como comer uma comida gostosa, sentir o vento no rosto, ter saúde (isso no tempo que estamos vivendo é uma riqueza). Creio que quando tudo isso passar daremos muito mais valor as coisas que realmente são essenciais.

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    1. Oi Lindadrika, a pandemia nos mostrou que o consumismo excessivo não está com nada. Não há sentido nenhum ter um guarda-roupa abarrotado de roupas e sapatos se nem sair de casa estamos, ou até mesmo comprar coisas sem necessidade e agora em meio à recessão econômica, ter medo do desemprego e não ter nenhuma reserva de emergência. As prioridades mudaram. Na verdade, as prioridades sempre deveriam ser essas, mas a pandemia mostrou que devemos rever com urgência algumas prioridades. Um beijo.

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  4. Oi Yuka!
    Que lindo esse post, gosto muito do seu jeito de pensar!
    A usa frase de viver uma vida sem arrependimentos me lembra muito aquele vídeo do Jeff Bezos do porque ele largou uma carreira no mercado financeiro e começou a Amazon do zero. Ele fala justamente isso, que queria minimizar os arrependimentos na vida!
    Sempre penso que quero chegar no fim da vida e sentir que minha vida valeu muito a pena. Por enquanto posso dizer que amo minha jornada, mas ainda tem muitos sonhos pela frente. É realmente não pretendo deixar eles de lado por conta da pandemia.
    Beijos Elsa

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    1. Oi Elsa, sim, o que pudermos fazer, mesmo que estejamos na pandemia, temos que seguir em frente. Acho que cheguei a comentar em algum comentário do post anterior, que vi minhas filhas crescerem um palmo aqui dentro de casa, sem botar os pés na rua. Senti um alerta. A gente achava que essa pandemia iria passar, mas não passou. Seis meses se passaram. Imagine isso por mais 6 meses e mais 6 meses, e de repente, 3 anos terem se passado. Minhas filhas que estão em fase de crescimento, sem exercitar os músculos das pernas, panturrilhas, glúteos, sem poderem pular, correr, suar… não sei a consequência que isso poderia trazer a médio-longo prazo, se elas permanecessem paradas dentro de um apartamento sem sair. Essa mudança residencial, que ainda estamos nos adaptando à nova rotina, com certeza foi pensando no bem-estar da nossa família, principalmente das nossas filhas. Como já disse pra minha mãe, os adultos (eu, marido, minha mãe etc) terão que se adaptar, pelo bem das nossas filhas, pelo amor que sentimos por elas. Ou seja, tudo se resume ao amor mesmo rsrs. Um beijo.

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  5. Perfeito Yuca!

    É isso aí, se a gente se arrepender, ficar observando a vida passar, que graça tem!

    Sensacional o post, como sempre, vou encaminhar às minhas pessoas amadas.

    Grata por nos escrever todo santo domingo! Melhor coisa saber que tem posto novo!

    Bjs

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    1. Oi Cinthia, com certeza, melhor se arrepender do que fizemos, do que ficar sonhando por algo que nunca aconteceu. E é aquilo que já havíamos conversado, ao tomar decisões, podemos “riscar” nossos sonhos, seja ela por bem ou por mal. Um dos sonhos do meu marido era poder sair da capital. Agora podemos riscar esse sonho dele rsrs. Beijos.

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    1. Oi AC, verdade, e nessa nossa casa nova, nos livramos de tanta coisa na mudança, que meu marido estava falando que parece que a casa suja menos, que temos menos bagunças (das crianças), e que sobra mais tempo para sentar na varanda e apreciar a paisagem. Que coisa boa hehe. Beijos.

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  6. Que lindo isso Yuka! O seu blog é tão querido acho que justamente pelo que você falou, o amor, parece que você espalha amor pra gente com suas reflexões, e sempre responde com tanto carinho todo mundo, e acaba virando uma bola de neve de coisas boas, onde aprendemos uns com os outros.
    Realmente não precisamos de muito não é, é mais sobre saber aproveitar e agradecer o que tem do que o que falta. E agora com a pandemia termos saúde física e mental é um luxo.
    Obrigada por mais um texto!
    Beijos!

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    1. Oi Ariane, é, uma coisa que eu me orgulho muito nesse meu blog, é que as pessoas são extremamente carinhosas. Num mundo tão cheio de haters e pessoas que tentam puxar pra baixo, esse pequeno espaço do meu blog é um refúgio pra mim, um lugar onde no final da tarde, sento no meu sofá e leio, comento, interajo com muito prazer com as pessoas que sempre frequentam e voltam para o blog, como você. Beijos.

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      1. Saiba que é um refúgio pra mim também, acho que já comentei isso uma vez, mas aqui a gente consegue expor ideias sem julgamentos pesados que temos as vezes de conhecidos e familiares, e sempre que dá eu tento ler todos os comentários, e é incrível como aprendo tantas coisas. Uma vez uma leitora sua falou de um aplicativo chamado keep, do Google, nossa eu comecei a usar. É definitivamente um dos melhores aplicativos da vida. Estou bem mais organizada com ele. Inclusive fiz a minha lista do um dia talvez que aprendi aqui com você, já coloquei aquelas toalhas de cor clarinha na lista, coloquei conhecer um campo de lavandas, ter meu próprio negócio, nossa tantas coisas. E a lista está ali no keep, crescendo, mas eu sempre dou uma olhada nela e reviso se quero aquilo tudo mesmo e vejo também se dá pra já solucionar algumas daquelas coisas.
        Sabe, é muito bom o seu blog, eu sinto que você põe amor nele. É por isso que esse amor retorna.
        Ah, e tô feliz demais por vocês e pela varandinha que bate sol!

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  7. Olá Yuka.
    Sempre com os posts mais fofos da internet kkkk.
    Ontem eu estava conversando com minha esposa exatamente sobre isso.
    Muitas vezes ficamos reféns da nossa rotina, e não valorizamos pequenas (mas deliciosas) coisas que existem.
    Por exemplo, em casa não abrimos mão de comer juntos. O café da manhã é um ritual praticamente.
    Muitas vezes não estamos com fome, mas sentamos juntos para um café.
    E estes pequenos momentos são muito preciosos.

    Ando um pouco sumido daqui por causa do meu aplicativo, mas acho que vou voltar aos poucos hehe.

    Um forte abraço, fiquem bem.

    Stark.
    http://www.acumuladorcompulsivo.com

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    1. Oi Stark, essas rotinas simples salvam um dia difícil, por exemplo. Faço igual você, muitas vezes, nem estou com fome, mas sento para poder bater um papo, fazer companhia, conversar. É muito bom, e não podemos perder isso, é algo muito, muito valioso. Pelo jeito esse aplicativo está a todo vapor! Um beijo.

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  8. Yuka,
    Amo, cada vez mais, o seu blog, Já faz parte da minha rotina ler o que você escreve, é como receber cartas de uma amiga muito querida, que diz coisas significativas e sensatas, que está sempre me fazendo crescer e refletir sobre o rumo da vida!!
    Continue inspirada, você tem ajudado muitas pessoas… gratidão!!
    Beijo no coração, minha amiga virtual.
    Bete

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  9. Oi Yuka acompanho seu blog desde começo de 2016. Amo muito ler o que você escreve é uma terapia para mim!!!
    Concordo que viver intensamente é cuidar de quem amamos,da nossa saúde ,das coisas simples da vida.
    Tenho aprendido a valorizar mais ainda as coisas simples da vida depois de virar mãe,incrível como mudamos por dentro e começamos a enxergar o que realmente importa.
    Abraços 😊

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    1. Oi Keiko, que delícia saber que você está aqui comigo desde 2016!! Depois que viramos mãe, parece que tudo vira de pernas pro ar, repensamos a nossa vida, nosso comportamento, nossa maneira de ser… as crianças crescem tão rápido, sinto o relógio fazer tic-tac todos os dias, eu pisco e parece que elas cresceram 1 cm, elas aprendem palavras novas todos os dias, tudo muda, a risada, o jeito de sentar, estão aprendendo a nos enganar, a fazer piadas, a tirar sarro rsrs. São rotinas tão simples que tenho até medo de passar despercebido, de quando perceber, o tempo já ter passado, e me arrepender de não ter aproveitado mais. Nossa grande lição diária é essa, não esquecer de enxergar o que realmente importa na nossa vida. Um grande beijo!!!

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      1. Lembro que eu descobri o seu blog pesquisando em como ter uma vida mais leve ,até que encontrei o seu ,aí não parei mais de acompanhar o blog é o meu preferido e único que sigo 😍 Muitas vezes leio releio os seus antigos textos também de tanto que gosto
        Verdade Yuka também tenho essa sensação de o tempo passar tão rápido agora que sou mãe, temos que valorizar cada momento mesmo para não se arrepender depois ☺️
        Bjs

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  10. Oi Yuka!

    Mais uma vez adorei seu post.
    Pra mim, além de viver intensamente é viver intencionalmente. Isso eu aprendi depois de adotar o minimalismo como estilo de vida, depois de prestar atenção ao que realmente importa, cortar os excessos, não só com relação aos bens materiais, mas em todos os aspectos da vida.

    Como você se planejou e se mudou de SP, estou nesse mesmo caminho, a pandemia mudou o mundo e nosso modo de trabalhar, e dessa forma eu também estou procurando e avaliando outras cidades para morar.

    Continue compartilhando suas ideias e experiências conosco.

    Abraços.

    https://nasuaessencia.com.br

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    1. Verdade, a pandemia tem acelerado não só a minha vida, mas a vida de muita gente. Perceber que podemos morrer a qualquer momento, nos obriga a repensar na vida. Afinal, pra que ficar adiando se podemos fazer algo a respeito? Espero que você também consiga encontrar uma cidade para chamar de sua rsrs. Um grande beijo!!!

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  11. A pandemia me trouxe um aprendizado que nunca vou esquecer: precisou fazer algo? Faz hoje, amanhã pode dar ruim kkkk!
    E realmente… o amor é o que mais importa na vida. Aproveitar o que realmente faz diferença, nossa casa, nossa família, dá muito alívio neste ano que nunca termina 🙂
    Sairemos bem disso, com certeza! Beijinhos ❤

    Obs: Seu blog me fez tão bem, foi a melhor descoberta deste isolamento!

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      1. Yuka, se me permite a pergunta, já pensou em escrever de forma profissional, monetizar o blog talvez? Pergunto por que eu penso nisso, eu comecei a escrever a pouco tempo, não sei se você teve a oportunidade de ler alguma coisa que eu publiquei no nasuaessencia.com, mas eu penso em um dia ter o blog como o meu trabalho. Se você pudesse compartilhar o que pena a respeito disso eu agradeceria muito.

        Abraços!

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