Minimalismo

Minimalismo: a nossa vida real nada instagramável

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Crédito da foto: Chompoo Baritone

“A nossa vida minimalista funciona bem para um Blog, mas não funcionaria para o Instagram.” Quem disse essa frase foi o meu marido.

Concordo 1.000%.

É muito legal ler que as nossas crianças usam roupas de segunda mão, mas quantos pais aceitariam que seus queridos filhos usassem roupas usadas? Minha prima e minha amiga dão as roupinhas para as minhas filhas. A minha filha é a terceira criança a usar a roupa, e a mais nova é a quarta criança, então já dá pra imaginar que as roupas não são tão novas.

Em um domingo de tarde, a única coisa que consigo prestar atenção é no cheiro do pão caseiro que está para sair do forno. Mas quantas pessoas se sentiriam satisfeitas com essa vida pacata? Será que muitas não prefeririam estar em um local mais estiloso?

É muito bom não ter carro, mas isso significa que nos dias de chuvas torrenciais, levamos as crianças para a escola de guarda-chuva e capa. Obviamente, chegamos ensopadas. E por isso mesmo, levamos peças extras para elas se trocarem na escola.

Falar que vai fazer uma festa simples em casa, significa pedir coxinha em cima da hora, fazer um bolo estilo vovó, pedir pro marido encher a bexiga, e cantar parabéns de forma desengonçada. Eu particularmente, acho isso o máximo. Adoro as fotos da minha família. Olhar as fotos (não só) das festinhas das minhas filhas é muito engraçado e me divirto demais. Há foto onde a aniversariante está de pijama, mas com chapéu de aniversário. Em outras, só de calcinha, e não sei por qual motivo, com o vestido na mão (mas com chapéu de aniversário na cabeça rsrs). Já perdi as contas de quantas vezes vi os docinhos da mesa pela metade, porque simplesmente algumas mãozinhas “assaltaram” antes de eu conseguir tirar as fotos. Será que os pais sentiriam orgulho dessas fotos? Eu sinto.

É responder para os outros que não ganhou nada no dia dos namorados (sim, tem gente que ainda faz perguntas sem noção), e nem ter a mínima vontade de justificar, porque simplesmente não faz sentido pedir algo se não estou precisando de nada.

Dizer que tem um guarda-roupa enxuto, significa usar as mesmas roupas com uma certa frequência. Eu e meu marido conseguimos passar muito, mas muito tempo sem comprar roupas. Quantas pessoas aguentariam se olhar no espelho com praticamente o mesmo guarda-roupa por anos e anos?

A vida real é muito mais sem graça do que parece.

E é justamente esta vida da qual me orgulho muito: uma vida nada instagramável.

~ Yuka ~

46 comentários em “Minimalismo: a nossa vida real nada instagramável

  1. Concordo plenamente com a frase do seu marido.
    Instagram é lugar de novidade. Depois que ganhei minha filha e passamos a ter um estilo de vida mais pacato, não ganho mais tantos seguidores como antes.

    Antes meu Instagram era de viagens… agora só tem foto de nenê. Quase sempre em casa. Bem rotina mesmo. Pra ajudar, teve a pandemia.

    Mas não troco o que estou vivendo por nenhum milhão de seguidores no mundo! Kkkkkkkk
    Sou grata por todas as experiências que vivenciei, mas agora estamos numa nova fase da vida… reavaliando o que realmente importa!

    E é surreal como Instagram desperta uma vontade de comprar coisas que antes não precisávamos, de viajar pra lugares que nem sabíamos da existência, de ter o corpo igual da fulana, cabelo igual da siclana… é um palco de comparações. Me faz muito mal as vezes! Tenho que navegar com moderação.

    Pra variar, amei o post, Yuka!
    Como sempre, vc me inspira!

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    1. Oi Tiemi, você está na mesma fase que eu, eu também já viajei muito, conheci diversos países, fui pra Europa, pra America, pra Ásia, e depois que as crianças nasceram, dei uma pausa nas viagens de longa duração. Claro que voltarei a viajar, mas por enquanto estou tranquila, curtindo a nova fase. Dizem que há diversos estudos que dizem como o Facebook faz mal para a autoestima, acho que o Instagram também deve ir na mesma linha, muitas fotos de pessoas magras (de forma surreal), de biquini (com corpos surreais), em praias paradisíacas, comendo comidas exóticas rsrs. Beijos.

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  2. Adorei seu texto! Perfeito, eu mesma percebo que o instagram é uma vida quase perfeita, até evito olhar, quanto as roupas, repito muitas vezes mesmo! Observo que principalmente as mulheres competem muito com relação a isso, me sinto tranquila, pois estamos em busca de nossa liberdade financeira e não em impressionar os outros. Boa semana para vc e sua linda família.

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    1. Olá Lindadrika, sabe que uma coisa que eu percebo que as pessoas não estão nem aí para as nossas roupas, para os nossos sapatos, porque as pessoas estão muito ocupadas com elas mesmas. Um truque que eu uso, é não comprar roupas de cores parecidas, porque por exemplo, se eu tenho 10 blusas com cores parecidas, vai parecer que todas são iguais. Já se eu compro 10 blusas cada uma de um estilo e cor, vão ser 10 blusas diferentes. Faço a mesma coisa com calças, saias, vestidos e sapatos. Com isso, aprendi a ter poucas roupas, mas ter um guarda-roupa bem versátil. Um grande beijo, boa semana pra você.

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  3. Seu marido está coberto de razão! O meu perfil no Instagram só serve pra postar fotos de viagens e, atualmente, do podcast, hehehe. De vez em qdo tem plantas, minha cachorrinha e coisas do gênero. Não tenho saco pra essas ostentações dos perfis alheios, mas até que dá pra tirar algumas coisas com qualidade pra gente minimalista e com estilo de vida mais “alternativo”.

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    1. Oi Thiago, meu marido hoje estava falando que a gente tinha que abrir um perfil pra desconstruir essa vida perfeita do Instagram: expectativa e realidade. Um café da manhã gostoso e tranquilo x café da manhã com birra de criança e suco de laranja derrubado em cima da mesa kkkk. Beijos.

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          1. Yuka, eu também te seguiria. Meu instagram é um álbum de fotos para minha família e amigos que moram longe acompanharem nossas vidas. É foto de criança no quintal da avó, brincando de cabana debaixo da mesa enquanto assisto um evento (agora nos tempos de pandemia), é café com meu esposo (que aprendi contigo a tirar esse tempo diário para nós dois e estou amando). Sigo perfis de cabanas, de gente que vive no mato, na roça, perfis de literatura e de receitas rápidas – e só kkkk Não sigo influencer e acredito que os tempos podem mudar, brota esperança em meu coração de tempos mais úteis e felizes, mais sábios e densos, que ultrapassem a futilidade.

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            1. Oi Sarah hahaha, sério? Então já teria 2 seguidores rsrs. Até imagino o seu perfil no Instagram, bem coisa de gente como a gente, não é mesmo? Esse café diário é maravilhoso, é um momento de conexão, depois de um tempo vira hábito, não vai conseguir dormir sem esse momento rsrsrs. Você faz bem em não seguir muitas pessoas, e seguir pessoas de perfis que vivem uma vida tranquila, também gosto bastante de ver conteúdos assim. Um grande beijo pra você.

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  4. Olá Yuka,
    concordo com o seu marido. Mas viver uma vida minimalista é tão bom, sem preocupações ou perca de tempo com coisas fúteis.
    Eu criei uma conta profissional no instagram durante a pandemia. Sou consultora de comércio exterior e viajo bastante à trabalho, porém tenho poucas roupas, percebi que nas fotos postadas sempre estou com os mesmos looks e está tudo bem pra mim 😊

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    1. Oi Isis, sabe que há alguns anos, tenho achado um charme pessoas que possuem poucas roupas, de qualidade, aproveitando bem os acessórios. Dizem que os europeus são assim, possuem um guarda-roupa atemporal, charmoso, e se vestem bem, principalmente por causa da simplicidade no ato de vestir. Um beijo!!

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      1. Oi Yuka!!
        Na Europa o europeu não possui guarda-roupa atemporal, o que nós fazemos aqui é comprar 3 ou 4 casacos e usar durante um inverso, depois, no ano seguinte, compramos novos e descartamos os antigos. Com as calças a mesma coisa e assim vai. Moro no Reino Unido e é assim na Escócia, Irlanda e Gales tbm.
        Um bjo!

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  5. Estou me formando em Nutrição e frustrada com o quanto é importante a divulgação nas redes sociais. Eu não gosto de me expor, não gosto dessa pressão de ficar postando o tempo todo. Não tenho a menor vontade de estar lá, mas não sei o que fazer em relação a isso já que dizem que quem não é visto não é lembrado. Meu desejo é uma vida simples, tenho plena certeza de que é o que me trás felicidade. Quando comecei o curso não me atentei quanto a esse fato do marketing, infelizmente, e esse status necessário para a obtenção de pacientes está me gerando preocupação. Desculpe pelo desabafo e obrigada pelas reflexões!

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    1. Oi Silvia, nos tempos atuais, as redes sociais tem sido uma poderosa ferramenta de divulgação mesmo. E eu entendo você perfeitamente, porque eu também não gosto de me expor, fico até surpresa do quanto as pessoas têm conteúdo para postar toda semana, às vezes 2, 3 vezes por semana. Fiquei pensando aqui, será que é necessário mesmo você aparecer nas redes sociais? Talvez tirando uma boa foto dos pratos, da elaboração dos cardápios, compartilhar receitas fáceis, será que daria certo? Ou até mesmo formar sociedade com alguma amiga sua? Beijos.

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    2. Oi Silvia, passei por esses questionamentos também. E reflito sobre o minimalismo que tanto aprendo aqui com a Yuka para essa vida digital também… Vou falar um pouco do que acho:

      Sou arquiteta formada desde 2006, antes desse boom da revolução digital rsrsr. E esse equilíbrio entre mostrar e divulgar o trabalho sem expor muito a vida pessoal é difícil mesmo, uma busca constante.

      Mas o fato é: como profissionais, principalmente no caso de autônomos, precisamos estar no digital. Mas precisamos refletir e escolher qual intensidade disso. Para não se perder nas métricas da vaidade. O que dificulta é que cada vez mais estamos em busca de contratar serviços ou comprar produtos, ou aprender com quem temos certa afinidade, por isso a importância de mostrar o seu trabalho do seu ponto de vista e com a sua visão de mundo.

      E para isso, NÃO precisamos expor a vida pessoal 24 horas. Somente o que vc achar relevante compartilhar para que as pessoas consigam enxergar essa sua visão, entende? Demorei muito para abrir o meu perfil profissional, justamente pela minha área apelar muito para a estética, e eu não vejo a arquitetura e decoração de interiores como algo puramente estético. E sim como algo que pode melhorar o nosso dia a dia, dentro das nossas possibilidades.

      E não passando para as pessoas a imagem de que se não tivererem uma cozinha de show room estão fadadas à infelicidade rsrsrs.Ainda estou nesse processo, mas ser quiser trocar uma idéia, é só falar comigo lá @debora.vasconcelloss

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      1. Perfeita colocação, Débora. Realmente é algo que ainda temos dificuldade, esse mundo digital, mostrar talentos e serviços através da internet, usar redes sociais para este fim sem ser engolida rs. Mas o fato é que o mundo está em constante mudança e é algo que precisamos aprender a fazer, gostemos ou não. Um grande bejio!

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  6. Olá Iuka !
    Sobre instagram e facebook, tenho as contas mas post pouco, só acesso via browser e uso apenas para o que me interessa, faço poucos comentários e quando a postagem que chegou no feed é muito fora dos meus valores deixo de seguir.
    Sobre minha vida minimalista, meio que não gosto de definir, mas o conceito se adéqua ao nosso dia a dia, tenho dois filhos já adultos do meu primeiro casamento e agora estamos a caminho do terceiro com a Gi minha parceira atual, estamos juntos há seis anos muitos bons. Esse ano no dia 12 de junho, estava no atendimento de um cliente e as meninas do setor onde atuo escolhendo presentes muito com base na que esperariam ganhar de seus parceiros, e me pediram o que eu ia dar de presente, eu disse nada.. obviamente eu não esqueço a data, mas na outra visita elas me questionaram se minha esposa não tinha ficado chateada por não ter ganho nada, eu disse o que fiz, e recebi elogios de “ai que fofo” “nossa, sério que fez isso, maravilhoso”, o que fiz foi :temos um espelho grande em casa, escrevi nele… “tá vendo essa moça aqui no espelho, aqui.. e aqui.. eu a amo, cuide bem dela.. feliz dia de nós dois” bom esta lá nem foi apagado, algumas visitas vem e leem.
    A festa de 18 anos da minha filha, foi em casa com poucas pessoas em virtude da pandemia mas foi divertidíssima, logo na sequencia bora fazer igual de 15 anos para minha sobrinha porque minha irmã e ela acharam muito legal, então foi um corre corre.. pq em junho é uma gentarada fazendo aniversario na familia que vou te falar..
    Meus pais ainda são acumuladores eu os respeito e entendo, na época deles passaram muita vontade de ter coisas e tudo que queriam fazer dependiam da boa vontade de quem possuía as coisas fazer um empréstimo do item.
    Nós temos carro, pois aqui onde moro(sudoeste do PR) isso melhora sua qualidade de vida, porém tem 14 anos de vida o bichinho, corresponde a menos de 5% do nosso patrimônio, faz 12km de média na cidade, tem airbag, ar condicionado, e um mega bagageiro onde praticamente fica minha caixa de ferramentas, quando abrem meu porta malas pensam que eu sou um construtor ao invés de técnico contábil.
    Nossa casa 52m² construída ano passado sem financiamento, antes eu vivia de aluguel porém é outro item que não compensa em nossa região.
    Apesar de nos orgulharmos e pensar que as pessoas deveriam ser mais assim, evitamos fazer comparações, estamos bem e é o que importa, e se pudermos ajudar sem que nos prejudique ok, se não pudermos temos paciência e consciência tranquila!
    Ficou um pouco longo o comentário.. peço que compreenda.. é bom compartilhar e escrever onde vemos que nosso modo de viver pode ser compartilhado e a troca de idéias nos comentários agrega sempre.
    obrigado!

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    1. Oi Cleber, penso muito parecido com você, eu acho que dia dos namorados é todo dia, com muito amor e respeito. E é isso que me faz não ligar para os dias comemorativos, principalmente dias criados exclusivamente para incentivar o consumo. É muito difícil encontrar alguém que construiu uma casa sem financiamento, parabéns, isso se reflete na dedicação, educação e organização financeira. Sabe que gosto de comentários longos, como vê nos comentários da maioria das pessoas aqui rsrsrs. É um prazer ler a história dos leitores. Obrigada por compartilhar sua história. Adorei. Um grande beijo!

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  7. Oiii 😀
    Me encaixo perfeitamente nesse tema…já tentei ter redes e a única que consigo ficar é o Pinterest e olhe lá ! hahaha (que tem hora que cansa, pois a gente salva tantas ideias que acaba perdendo o foco e rumo)
    Mas, ainda estou por lá…
    Eu já tentei fazer IG somente tipo blog, para divulgar meus artesanatos e nem assim eu consegui permanecer, não sei acho que não me encaixo mesmo naquele ambiente… prefiro o blog mesmo rs.
    Minha menina pediu para ter IG, ai deixei fechado e eu controlando o conteúdo, e no fim eu estava quase pedindo, rezando pra ela fechar, ela acabou se cansando, percebeu que perdia o dia inteiro lá, brincou de gravar vídeos e fazer lives, nem tinha gente assistindo ela, mas lá estava ela fazendo kkkkkkkkkk o dó. Ela com 10 anos quase 11, tento segurar o máximo. Mas ela acabou reconhecendo que acabava perdendo o dia por lá, deixou de desenhar mais, e de tocar o Ukulele (ela está aprendendo).
    Antes era o tal do Tik Tok, e meu menino ficava falando pra ela sair, que aquilo fazia mal. hahahaha
    Ela foi banida duas vezes de lá. Ela gostava de ficar imitando os vídeos e gravando e eu achando aquilo tão desnecessário, como pode um negócio ter esse poder de domínio, aff.
    E hoje ela não ta ligando mais, e eu e meu menino adorando kkkkkk.

    Voltou a vida normal digamos assim.
    Eu prefiro ela desenhando, ouvindo músicas, cantarolando, e brincando …e andando no meu patins que guardei da infância 🙂
    E quanto a usar roupas usadas, meu menino ganha as dele do primo que é 4 anos mais velho que ele…minha irmã sempre está me dando, ele tem um monte de camisetas do meu sobrinho, e ele usa de boa….rs
    Aqui em casa não tem frescuras. Até eu já peguei roupas das amigas, o único problema é que tenho que ajustar porque sou a mais magrinha da turma kkkkk.
    Eu to lema de menos é mais e estou tão feliz, e comprar coisas de qualidade que duram mais, prefiro guardar dinheiro e comprar algo realmente bom que vai durar do que comprar o barato que sai caro.
    Minha nossa falei muito hahaha.
    Acho que consegui resumir o que queria comentar rs
    Mas é isso foco na vida, e saber viver ela.

    Super bjssssssssssss
    Uma ótima semana cheia de muita luz.

    Dri 😀
    https://adrianaavilaatelie100.blogspot.com/

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    1. Oi Dri, é verdade, eu sou a prova viva de que você tenta entrar nas redes sociais, depois de um tempo sai, depois de um tempo volta de novo kkkkk. Eu adoro o Pinterest, ontem mesmo, fiquei navegando, criando álbuns para ideia de projetos futuros. Sobre roupas usadas, eu cresci usando roupas usadas, meu marido no início torceu o nariz quando minhas filhas ganharam a primeira leva de roupas usadas das minhas amigas, mas foi só no primeiro dia, depois viu o benefício, como era bom. E depois continuamos com o processo de circular as roupas, completamos com roupas novas e doamos para outras crianças usarem. É um círculo virtuoso. Menos é mais é muito bom, eu estou na fase em que fico olhando as coisas da minha casa para ver o que mais posso me desfazer, confesso que as crianças fazem tanta bagunça aqui em casa que às vezes dá uma desanimada, mas tenho que compreender, que elas estão trancadas em casa, então elas têm mais é que se divertir e fazer muita bagunça mesmo rs. Um grande beijo, e boa semana pra você.

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  8. Peço licença pra filosofar um pouco. Acho que um Instagram da vida simples seria um paradoxo.
    A vida instagramavel apresenta prazer hedonico porque o usuário troca a experiência do momento fotografado pela experiência dos likes online. Pode ser que você seja traída pela mente e comece, em algum momento, a criar cenários para aumentar sua experiência das curtidas, deixando de absorver por completo o momento em si.
    É a história de quem vai pra show e fica filmando pelo celular, ao invés de assistir o artista ao vivo, ali na frente dele.

    Beijos

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    1. Com certeza AC. Acho inclusive que a pessoa que tem um perfil no Instagram que tem milhões de seguidores (ou até os perfis menores), tem que estar ciente de que aquilo ali é um personagem, porque a gente sabe que não existe vida perfeita. Eu por exemplo, não daria conta de misturar a minha vida pessoal com a vida do palco, imagina, vou comer um almoço no restaurante ali, e ninguém pode começar a comer enquanto eu não tirar a foto perfeita. Vou na praia e peço pro marido tirar 100 fotos até encontrar a pose perfeita. Pelo menos pra mim, isso não funciona. É bem isso que falou de ir no show ao vivo, mas assistir tudo pela tela do celular. Tem uma frase que eu carrego comigo: “o segredo da felicidade é ser feliz em silêncio”. Viver a vida de verdade, sem ter a necessidade de mostrar para os outros, essa vida que muitos julgam sem graça e simples, é o melhor da vida! Um grande beijo!

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  9. Eu acho que assim como na vida em geral também temos que selecionar bem o que consumimos nas redes sociais. Não tenho facebook há muitos anos, tenho o instagram, mas sigo poucas pessoas porque seleciono o que me interessa, tem bom conteúdo e acrescenta algo de bom…. Não existe só instagram de fotos “montadas” por lá, apesar de com certeza ser a maioria! Vejo pessoas seguindo centenas de perfis e me pergunto pra que? Apesar de seguir poucos perfis ainda assim de vez em quando deixo de seguir alguns por não me identificar mais….

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    1. É verdade Renata. Sinto isso no YouTube também, há um mar de conteúdo de variados tipos, e posso dizer que aprendo muito com os conteúdos que assisto. Tem gente que fala que YouTube só tem porcaria, e tem muita porcaria mesmo, mas tem muita coisa boa lá dentro também. Então depende muito do que a pessoa está disposta a ver no Instagram (e em qualquer outra rede social). Quando a pessoa tem o discernimento (como você faz), de filtrar o que quer ter de informação, e deixar de seguir os perfis que deixou de ser interessante, seria o ideal mesmo. Beijos.

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  10. Já tive facebook e há alguns anos apaguei (ao contrário do que pensei, não senti a menor falta). Tentei desativar diversas vezes meu instagram mas sempre volto, sei lá porquê, gosto de seguir blogueiras de casa, que fazem receitinhas e que compartilham conteudos domesticos. Acho que redes sociais se tornam um vício mesmo, se a gente não entra, tem a sensação que está perdendo alguma coisa, mas na verdade não estamos perdendo nada. Ninguém sente falta se vc sumiu, ngm se importa se vc adoeceu,ngm se importa se viajou, as pessoas estão vivendo as suas vidas, resolvendo seus próprios problemas, normalmente só se lembram do seu aniversário se vc postou rsrs, então na verdade se não for pra negócios não vejo tanta utilidade nas redes sociais.
    O que mais me prende ultimamente é o fato de estar desempregada, por conta da pandemia, e meu marido me disse que preciso fazer “networking”, que quem não é visto não é lembrado. Nem sei se concordo, mas cá estou eu, ás vezes posto uma foto e logo me arrependo, por mais genérica que seja me vem uma sensação de que as pessoas vão invadir minha privacidade. É muito louco Yuka kkkk. Definitivamente não é algo q me faz tão bem, mas não consigo desapegar, me dá um conselho de pessoa experiente sem redes sociais que vc é rsrs um beijo querida!!!

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    1. Oi Camila, essa é a pergunta que vale 1 milhão de reais heim. Difícil de responder rs. Acho que é algo que temos que lembrar que se estamos assistindo, estamos sendo espectadores, e não protagonistas da nossa vida. A pessoa que posta nas redes sociais (e monetiza isso), está vivendo a própria vida, trabalhando, a vida está andando para a frente. A pessoa que está assistindo, está lá, vendo a vida do outro através da tela de um computador, ou seja, a vida está parada. E é esse o ponto que quero chegar. Acho que a internet tem um grande poder de democratizar conhecimento que antes era tão seletos a um grupo de pessoas. Imagine poder assistir palestras de pessoas brilhantes sentada no sofá de casa, receber conselhos de pessoas fantásticas sobre qualquer tema, talvez, Camila, ao invés de parar completamente de acessar as redes sociais, você poderia substituir esse tempo para acessar outros tipos de conteúdo. Algum conteúdo que você sempre teve vontade de estudar (qualquer assunto mesmo, desde jardinagem, decoração, organização pessoal, finanças pessoais, etc), aproveitar esse momento em que está em casa. Eu tenho feito isso, eu gosto de fazer as tarefas de casa ouvindo vídeos no YouTube e tenho procurado assuntos como psicologia humana, investimentos, desenvolvimento pessoal, (além desses outros que falei que também adoro: jardinagem, decoração, organização pessoal e finanças pessoais) assistido palestras, assim, mesmo não conseguindo me desapegar, não fico com a consciência tão pesada, porque sei que é algo que está me agregando. Talvez para você também funcione. Um beijo!!!

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  11. Olá Yuka!

    Muito bom o seu texto. Concordo plenamente. O simples é sempre o melhor, bom…pelo menos para nós. E assim vamos vivendo e dando valor ao que importa, tudo aquilo que não pode ser quantificado por nada que seja material.

    Um forte abraço.

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  12. Yuka,

    Viver na ilusão de uma vida instagramável é um caminho certo para a frustração.

    “A vida real é muito mais sem graça do que parece.”
    Isso me lembrou uma frase do Flávio Gikovate, na qual ele dizia que não devemos esperar coisas espetaculares da vida, pois a vida é isso o que temos, não há muito mais o que inventar, que tudo o que tinha que ser inventado para termos uma vida mais confortável e agradável já está aí.

    Excelente post!

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  13. Olá Yuka.

    Conheci seu blog recentemente, e adorei. Adoro blogs na verdade, eu gosto do tom pessoal nas postagens, nas trocas de experiências de vida, no compartilhamento de ideias. Blog aproxima as pessoas, e pensando nisso eu recentemente comecei o meu próprio, para falar da minha própria jornada a independência financeira. Até agora escrever tem sido o meu maior desafio, sem contar é claro o desafio de aprender a gerenciar um blog, fazer o design, escolher plugin, enfim toda a construção do site. Ainda não tenho muitas postagens mas ficaria muito agradecido se você pudesse conceder uns minutos do seu tempo e me visitar em https://nasuaessencia.com. Se puder deixar um feedback seria incrível e me ajudaria muito.
    Com toda a certeza você já ganhou um novo leitor e seguidor, continue compartilhando experiências com a gente!

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  14. Gostaria de ver essas publicações no Instagram. Inclusive, eu costumo seguir pessoas que tem vidas comuns. Com certeza vcs teriam uma seguidora, eu, que amo acompanhar os textos! E depois que li um posto chamado” voando sobre o radar”, digo que tenho uma felicidade clandestina: uma casa simples e confortável, poucas roupas, poucas coisas, comida caseira e família feliz!

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    1. Oi Rose, essas publicações sobre vidas nada instagramáveis no Instagram não fazem sucesso rsrs. Sobre sua felicidade clandestina, é tudo o que nós mais precisamos 😀 Beijos.

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