Minimalismo

O desafio da quarentena com filhos pequenos

Criança imaginação
Foto: Pinterest

Depois de quase 1 mês de confinamento, tive a brilhante ideia de entrar no guarda-roupa e me esconder das minhas filhas por uns 15 minutos. Ah, que delícia. Silêncio. Escuro. E finalmente, so-zi-nha.

Quando minha filha me encontrou, ela abriu um sorriso largo, achando que eu estava brincando de esconde-esconde.

Eu sou uma pessoa que desde criança, sempre gostei do silêncio.

O silêncio aquieta a minha alma, abraça meus pensamentos e me mantém em equilíbrio.

Indo na contramão da maioria dos pais, minhas filhas não têm acesso ao tablet, nem ao celular. Elas assistem um pouco de desenho no Netflix. Isso significa que elas ficam pouco tempo sentadas no sofá.

Elas brincam pra valer, e quando digo pra valer, significa tomar banho e conseguir molhar até o teto do banheiro. Derrubam todas as almofadas do sofá no chão para criar um oceano de faz de conta. Querem me ajudar a cozinhar, isso significa ter 2 crianças em cima de uma banqueta, enquanto eu manuseio uma faca. Traduzindo, cozinho com apenas 1 pé no chão, enquanto minha outra perna tenta fazer uma barreira para que a caçula não caia da banqueta.

E quando elas querem almoçar embaixo da mesa? Aliás, já tomamos café da manhã, os 4 em pé, porque as cadeiras estavam sendo usadas como casinha. Para ter um momento de trégua, invento de fazer uma sessão-cinema, torcendo para que se acalmem por pelo menos 30 minutos, e aí eis que derrubam toda pipoca em cima do sofá… nesse momento, há dois pares de olhos me olhando com aquela cara “foi sem querer, mamãe”.

Decido tomar um banho para relaxar… ligo o chuveiro e as danadas podem estar fazendo o que for, largam tudo, tirando as roupinhas enquanto correm pelo corredor, e chegam na porta do banheiro já sem roupa. Incrível como para certas coisas elas são tão rápidas.

Comprei um aquário com alguns peixinhos para distrai-las nesse período de confinamento, e secretamente, ter a esperança de fazer uma meditação enquanto olho os peixes nadarem. Ao tentar transferir os peixes para o aquário, muitas mãozinhas querendo me ajudar, e olhem só, o peixe pulou e caiu em cima da mesa. Gritaria geral. Até meu marido gritou. Quase surda, peguei o peixinho com a mão mesmo, e joguei de volta na água. Ufa, de volta à normalidade. Será mesmo? Comecei a pensar que ao invés de sossego, arranjei mais um trabalho pra mim. Preciso dar comida para os peixes 4 vezes por dia. Bom, pra quem dá comida para as crianças umas 7 vezes por dia, isso não parece ser uma tarefa difícil.

Não vamos esquecer que elas andam de patinete em dupla dentro do apartamento, alcançando uma velocidade considerável. Ora é patinete, ora é bicicleta, até o triciclo entra na rodada. Esses dias, decidiram que o guarda-roupa seria o novo quarto delas. Levaram seus bichinhos de pelúcia, suas roupas preferidas, biscoitinhos. Cadê minha colher de pau? Hum, dentro do guarda-roupa.

Eu não as reprimo, porque sei que são crianças fazendo coisas de crianças. Eu mesma cresci fazendo essas coisas.

Pais de crianças saudáveis, guardam brinquedos no final do dia. Pais de crianças que brincam pra valer, guardam brinquedos no final do dia, e também colocam os móveis de volta para o lugar. Arrumo a cadeira que está de ponta cabeça, coloco de volta a cômoda do quarto que foi distanciada da parede para virar um trampolim (elas fazem salto ornamental no colchão). Recoloco o encosto do sofá que tinha virado cadeirinha de praia, pedem inclusive um copo de água com canudo e uma rodela de limão para decorar.

Onde elas aprendem tudo isso? Não faço a mínima ideia.

~ Yuka ~

41 comentários em “O desafio da quarentena com filhos pequenos

  1. Que delícia de infância suas filhas estão tendo. Pode ter certeza que essas são as lembranças que elas terão enquanto adultas do período da quarentena.

    Sempre acreditei que para ser pai ou mãe tem que ter dom e vc certamente tem. Eu, pelo contrário, não! Definitivamente, hehehe.

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    1. Oi EP, muito pelo contrário, não tenho dom rsrs. Há mães que já nascem com aquele instinto materno, tenho diversas amigas que o sonho da vida delas sempre foi ser mãe. Eu me esforço para tentar ser uma mãe boa, leio livros, estudo, me arrependo, volto atrás, tento fazer diferente. Eu tive uma criação bem oriental, de não ter contato físico como abraço, beijo. Com minhas filhas estou fazendo diferente, elas ganham muitos abraços, beijos, carinhos. O que eu quero dizer é que a gente aprende a ser mãe, pai. O dia que você decidir ter filhos, você certamente será um ótimo pai 🙂

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        1. Rsrsrs, como diz o autor do livro As 5 linguagens do amor, sua linguagem de amor deve ser outra (palavras de afirmação, serviços, presentes, toque físico e tempo de qualidade), a minha linguagem do amor também não é toque físico, mas entendo a importância das minhas filhas receberem as 5 linguagens do amor, então junto com meu marido, tentamos sempre trabalhar todas as linguagens do amor rsrsrs. Beijos.

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  2. Eita, por aqui limitamos bem mais a liberdade da filhota, tadinha… Temos pouca paciência… Rsrs! Minha mãe também me criou com esse “não pode fazer várias coisas”, tipo nem cozinhar eu cozinhava (ela tem toc, mania de limpeza), também aprendi a não mexer nas coisas de outras pessoas.
    De toda forma, mesmo crescendo assim, sempre fui uma pessoa criativa (com as palavras e ideias, não tanto ao mexer com coisas.. kkkkk). Penso que seja importante criar algum limite para manter um tempinho pra você, por exemplo, a hora do banho ser só sua, ou negociar com o marido 30 minutinhos de solidão no quarto. Elas vão aprendendo que é normal a mãe (ou o pai) ter seu tempo sozinhos… Ainda que não entendam muito bem o porquê disso. Como você, aqui em casa até minha filha busca por solidão às vezes, desde pequena. Colocar esses limites pode ser uma forma de ensinar amor, ensinar a respeitar as necessidades individuais… E manter a mãe mais feliz e saudável.

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    1. Oi Cinthia, essa quarentena tem sido um desafio pra mim, concordo com você da importância de manter um limite para ter um tempo só pra mim. Meu marido tem me ajudado com isso, às vezes me sinto saturada, e aí me recolho no quarto e fecho a porta. As crianças até abrem a porta algumas vezes, mas depois entendem que eu quero ficar um pouco sozinha. O que eu tenho percebido é que quando a mãe está bem, a família toda fica bem, o clima da casa fica mais leve. Quando estou mal-humorada, a casa toda fica de mal humor rsrs. Como somos importantes, né? Um grande beijo!!

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      1. Sim, tem toda razão, parece que a mulher é a “alma da casa” hehehe! Talvez por isso os americanos tenham aquele ditado “a happy wife is a happy life”… Bjs! Grata pelos seus ensinamentos, quero repensar a liberdade da filhota por aqui! Hehehe

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  3. aqui tb estamos enfrentando este desafio. Sinto mais pelo fato da minha filha não poder brincar com outras durante o período. Yuka nao compre animais em confinamento. Nao vamos educar nossos pequenos mostrando para eles que manter outros animais em confinamento é diversão para nossa especie.

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    1. Sabe que só parei pra pensar nisso depois que eu já estava com os peixes? De que a minha família está confinada em um espaço reduzido e comprei peixinhos que estão mais confinados do que eu?

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    1. Hahahaha, a televisão acaba dando esse alívio pra gente. Já tentei dar tablet para as meninas, mas parece que fazem mais birra quando decido tirar. Teve uma matéria que li, que em Wuhan, na China, aumentou o número de divórcios depois da quarentena. Então psicólogos e advogados não vão falir rsrs.

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      1. Bem lembrado ! Ao final da quarentena recorde de divorcios e daí nove meses crise nas maternidades – falta de leitos, mulher dando a luz na calçada, um desastre ! Obstetra, psicólogo e advogado – as profissões do ano !

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  4. oi Yuka,
    Aqui em casa a minha filha é mais velha, está com 9 anos. Ela não tinha celular, mas usava o tablet com regularidade. No primeiro dia da quarentena dela na escola, ela estava muito triste, porque adora a escola e as amigas. Então eu comprei um chip pré pago e dei um celular antigo para ela, para ela conversar com as amigas durante esse período pelo whatsapp. Nos primeiros dias, tive que regular o acesso, porque a coisa meio que saiu do controle e vários combinados foram descumpridos. Mas depois a coisa se ajeitou, ela tem tido muitas tarefas da escola e tem horário para as tarefas e para o celular. É muito bom, porque ela até brinca pelo whats com as amigas e conversam bastante.
    Eu já pensei muito nisso, que se ela fosse menor esse período ia ser um pesadelo completo, porque eu não tenho nenhum talento para animadora de festa infantil como costumo dizer, e estou trabalhando no horário normal, só que de casa.
    Quando ela era menor, eu levantava muito cedo para ter uns minutos de silêncio e paz, mas agora consigo mais tempo para mim. Ela costumava fazer isso que as tuas meninas fazem, de virar a casa de cabeça para baixo, e ainda faz um pouco, mas bem menos. Ainda brinca bastante, mas o tipo de brincadeira mudou.
    Com todos eletrônicos é um pouco assim, tem que ser regulados e sempre tem birra para tirar, principalmente enquanto eles ainda não se dão conta das regras de uso. Mas tem adulto que também não se controla, então imagina as crianças sem controle…

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    1. Oi Daniela, nada como o tempo pra nos colocar um pouco no prumo, né. Nas primeiras semanas, minha vida ficou toda bagunçada, não conseguia trabalhar, nem ser mãe, vivia no limite da irritação (tanto que entrei até no guarda-roupa hahaha) . Agora estou bem melhor, cuidando mais de mim, deixando as crianças se virarem um pouco. Eu imagino mesmo que sua filha tenha muitas saudades das amigas, minha filha mais velha que só tem 4 já sente um pouco, imagina a sua filha que tem 9 anos, fez bem em mantê-la em contato com as amigas. Acho que cada idade vai tendo os seus desafios, e por isso mesmo precisamos ter a flexibilidade de ir ajustando opiniões e mudando comportamentos. Tento lembrar que elas serão pequenas por pouco tempo, que daqui a pouco serão independentes e que talvez não aceitem tantos beijos e abraços, então o que mais faço é agarrar as pequenas kkk. Um beijo pra você.

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  5. Oi Yuka! É a primeira vez que comento aqui no blog, mas sou ávida leitora e amo sua escrita. Encontrei esse teu cantinho depois de uma pesquisa a respeito do tema minimalismo. Parabéns pelo blog, pela sua visão de mundo e por revelar, por meio de pitadas do cotidiano, como podemos enxergar serenidade em meio à turbulência do mundo – aliás, como podemos ser serenidade, porque nem sempre isso significa estar em quietude, mas emanar paz e segurança ao lar. Eu tenho dois filhos, um menino de 9 e uma menina de 6 e essa quarentena tem sido desafiadora. Sou escritora e também trabalho 8h por dia (agora home office), então escrever e conciliar tantas demandas é tarefa árdua, intensa. Entretanto, tenho aproveitado para ser melhor, como mãe e esposa, considerando que o mundo contemporâneo nos exige, por vezes, uma ênfase na nossa ‘fatia’ profissional. Seu blog tem me despertado bons sentimentos e atitudes. Obrigada! Sempre divulgo seu blog para amigos, familiares, justamente porque suas palavras refletem uma essência bonita que precisamos avidamente resgatar nestes tempos. Um abraço!

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    1. Oi Sarah, você tem razão nas suas palavras “podemos ser serenidade, porque nem sempre isso significa estar em quietude”. Hoje teve uma live do Andrea Bocelli e resolvi escuta-lo cantar ao vivo. Eu, e mais 2 milhões e 600 mil pessoas (de verdade!!!). Enquanto ouvia a voz serena dele, a casa estava em pleno vapor, as crianças estavam brigando por causa de uma banana kkkkkk. Home-office já não é uma tarefa fácil para quem não está acostumado. Home-office com crianças então… Estou que nem você, tentando considerar essa fase para ser uma mãe melhor. No meu caso, estou lendo alguns livros (de pouquinho em pouquinho) sobre maternidade com apego, tentar ser mais paciente, compreender que se já é difícil para nós, para elas também. Apesar da situação atual ser complicada, compreender que podemos tornar o nosso dia um pouquinho melhor. Um grande beijo. Adorei seu comentário.

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  6. Yuka, estou rindo enquanto leio o seu relato, mas é de desespero, porque estou me identificando muito com o que você escreveu. A diferença é que aqui é uma criança só. Eu também gosto do silêncio e de ficar um pouco só, mas está impossível. Meu filho ainda é bem pequeno e não consegue ficar 10 minutos distraído sozinho. Tem dias que estou mais paciente, mas tem dias que estou uma pilha. Assim vamos levando. Errando e acertando. Espero que logo as coisas voltem ao normal! Bjos

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    1. Oi Marcella, hahaha, silêncio virou algo raro aqui em casa também. Estamos juntas, errando e acertando, corrigindo e revendo atitudes. E assim, aos poucos, a gente vai evoluindo como pessoa 😀 Beijão.

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  7. Ai Senhor, podem me julgar a pior mãe do mundo mas como tivemos que cancelar a festinha de aniversário dos meus gêmeos de 2 anos que seria dia 05/04 (verba parcialmente utilizada) e estou sozinha em home office com um trabalho que me exige muita atenção e demanda compramos um tablet para cada um. A TV não estava mais dando conta pois o mais velho (por 1 minuto rsrsrs)gosta de galinha pintadinha e o mais novo de Patati Patatá, então durante o meu expediente é isso que eles fazem e depois a noite tem muita bagunça no sofá! Ah, a gente faz o que pode né? Uma coisa que eu fiquei surpresa nessa quarentena na verdade foi ouvir de muitas mães que nunca passaram tanto tempo assim com seus filhos como nessa quarentena, ou por causa do trabalho ou pq deixavam aos cuidados de terceiros para outros compromissos… triste realidade né?

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    1. Oi Michele, muito pelo contrário, parabenizo você por conseguir dar conta sozinha de 2 crianças da mesma idade (eu tenho uma que acabou de fazer 3 e outra de 4, e já dá muuuuito trabalho), e ainda em home office. Eu digo aqui que 2 crianças dão baile em 2 adultos kkkk. Imagino você tentando trabalhar com crianças de 2 anos, são muito pequeninos, ainda ficam pouquíssimo tempo concentrados. O difícil do momento é a sobreposição de tarefas que estamos tendo (home-office, crianças, cuidados da casa, fazer comida etc), o confinamento (não poder encontrar pessoas que gostamos, não poder sair quando bem entender) e o covid-19 que está adoecendo e matando tanta gente. Tudo isso somado traz medo e insegurança, o que provoca ansiedade e estresse. O que sobra para nós é tentar administrar tudo, fazer o que está ao nosso alcance (ou seja, pouca coisa rsrs) e seguir em frente. Um beijão.

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  8. Olá Yuka!

    Feliz páscoa atrasada pra você! Fico imaginando que realmente deve ser um desafio estar em quarentena com um filho – quiçá múltiplos filhos!

    Eu também gosto muito do silêncio, e às vezes mesmo estando só a dois nessa quarentena, o quesito concentração muda mesmo. Não é ruim, não – muito pelo contrário, adoro ter a companhia da Sra. Pinguim do meu lado enquanto estudo e tomo café em casa. Mas é diferente quando a gente tá sozinho, concentramos melhor e podemos realmente desenvolver 100%. Acho que você consegue me entender? É um verdadeiro teste de disciplina haha

    Boa “sobrevivência” nessa quarentena pra você!

    Abraços e seguimos em frente!

    Pinguim Investidor
    https://pinguiminvestidor.com

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    1. Oi Pinguim, Feliz Páscoa para você também.
      Sobre ser diferente quando estamos sozinhos, COM CERTEZA!!!! kkkkk
      Eu também adoro ter a companhia do meu marido, mas quando estou sozinha, a concentração é muito diferente.
      Antes de casar, eu já morei sozinha por muitos anos, e sempre gostei de morar sozinha, da minha própria companhia, do silêncio. Eu aprendi a compartilhar espaços morando junto. E agora tenho aprendido a compartilhar barulhos com as crianças hahaha.
      Um grande abraço pra você.

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    1. Oi Executivo, verdade, estou tentando enxergar essa quarentena forçada como uma oportunidade para ficar mais tempo com as minhas filhas. Nessa idade, elas nem sentem falta da creche… o que elas mais querem é ficar perto de mim 🙂

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  9. Parabéns! Belo post.. me fez lembrar de meus filhos quando eram picotuxos, hoje adultos eu com 40 eles com 20 e 17, ainda brincamos.. mas essa fase pela qual esta vivendo é a melhor.

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    1. Realmente muitos pais dizem isso, Cléber, que esta fase em que vivo é a melhor de todas. É uma fase de ouro, onde as crianças são crianças, inocentes, graciosas, engraçadas. Espero poder aproveitar essa fase ao máximo. Beijos.

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  10. Que texto lindo e leve ❤
    Por aqui ele ama brincar de casinha. Leva coberta no sofá, traz todos os brinquedos, eu deixo tb.. Mas assim que acaba já quero ajeitar tudo rss virginiana
    O meu, talvez por ser filho único, quer a gente o tempo todo, mal brinca sozinho, parece que da mais trabalho que ter 2 rss
    Tb limito tempo de tela e celular não dou. Tablet não tem. Beijos 😘

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    1. É lindo ver nossas crianças brincando, né Rosana. Mas dá um trabalho danado arrumar, num piscar de olhos, já bagunçam tudo de novo. Meu marido fala que é como se estivesse enxugando gelo rsrs. Eu sempre ouvi dizer que 2 filhos davam menos trabalho do que 1, e eu sempre ficava meio desconfiada com essa frase…. mas olha, dada as devidas proporções, nas horas das brincadeiras e da comida, sim, dá realmente menos trabalho. Elas brincam (e brigam!!!) muito juntas, conversam, interagem, até para se alimentar, uma copia a outra e isso acaba ajudando na hora da alimentação hehehe. Beijos!!

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  11. Por aqui tb nada de tablet e celular. Somente 1 hora de televisão por dia. Aqui da super certo. E eles brincam muito melhor assim. O que observei em algumas crianças é que eles desaprendem de como se brinca de verdade ou não aprenderam. E tb eles fazem mais algazarra para os pais dizerem: tá bom tá bom ..pega o celular e fica quieto…. não se enganem as crianças são muito espertas e fazem isso até no inconsciente. Tenho 3 filhos, 13, 11 e 2 anos. E por aqui tem muita brincadeira, leitura de livro, desenho e pintura, jogo de tabuleiro, a imaginação rola solta, soninho da tarde pra dar aquele descanso pro ouvido, tb tem briguinhas e discussões, choro e gargalhadas, tem tarefas de casa pra todos, tem receita pra fazer junto e comer junto. Essa é minha experiência como mãe, e claro que não se encaixa na rotina de muitos. Mas quis compartilhar que é possível não sermos escravos da tecnologia.

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    1. Oi Karen, tem crianças que não sabem brincar mesmo, acham que os adultos têm obrigação de entretê-los. Talvez seja atenção demais, muito zelo, e com isso acaba não dando a liberdade necessária para as crianças inventarem brincadeiras. Que delícia ter 3 filhos, deve dar um trabalhão danado, mas também deve dar gosto de ver quando a família toda está reunida na mesa de jantar, né? Nesse período de quarentena, minha filha de 4 anos tem se interessado muito pela cozinha, estou ensinando a manusear a faca, ela me ajuda a cortar a vagem, o pepino. Outro dia me ajudou a sovar um pão. Hoje, com todo o cuidado do mundo, deixei-a manusear a panela, mostrei como o vapor é quente, pra tomar cuidado com a borda da panela, para ela sempre apoiar uma das mãos na pia para não se desequilibrar, etc. Sem a quarentena, com certeza seria uma coisa distante para se fazer, já que teria só os fins de semana para cozinhar na frente dela, então está sendo uma oportunidade poder ensinar coisas básicas, mas tão importantes do dia a dia. Obrigada por você compartilhar suas experiências, um grande beijo.

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    1. Sim, a menorzinha ainda não tem consciência, mas a mais velha que tem 4 anos, já tem a consciência de que não estamos saindo para a rua por causa do coronavírus. No início, elas relutavam, mas agora se aproximam da janela para tomar o sol da manhã comigo.

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