Dinheiro, IF e FIRE

Diário de quarentena: meus investimentos

Café, Frio, Caneca, Quentes, Manhã, Bebida, Copa

Estou confinada no meu apartamento, assim como alguns de vocês.

A bolsa de valores sobe e desce loucamente todos os dias, mas surpreendentemente, estou muito, muito tranquila. Para quem tem curiosidade, até o momento, minha carteira desvalorizou -24%, mas continuo com a minha estratégia de sempre, que é de longo prazo.

Aproveitando os momentos em casa, estou tentando fazer algo útil e aprender coisas novas para não passar por essa fase que por si só é complicada, em branco.

Balanceamento da carteira de investimentos

Com a constante queda e colapso na bolsa de valores, e o meu patrimônio sendo jogado para baixo numa velocidade recorde, tenho tentado tirar algum aprendizado com toda essa volatilidade.

Muitas das coisas que estou passando neste exato momento, eu já sabia na teoria, mas nada como a vivência para ter uma compreensão melhor, para fazer ajustes na estratégia de investimentos.

Como a bolsa de valores só subia há alguns anos, confesso que estava tentada a aumentar a porcentagem da renda variável da minha carteira. Entretanto, a queda inesperada e constante da bolsa, numa velocidade surpreendente, me mostrou a importância da renda fixa, no meu caso, não para reduzir a volatilidade da carteira, e sim, para usar como uma grande reserva de oportunidades.

Depois de diversos aportes que fiz nas últimas semanas, minha carteira está basicamente 80% em ações brasileiras e 20% em renda fixa. Apesar de estar bem confortável com essa alocação, resolvi abrir o leque da diversidade e acrescentar Fundos de Investimentos Imobiliários e Investimentos no exterior.

Depois do rebalanceamento, a minha carteira continuará com boa parte em renda variável (75%), mas estará melhor diversificada:

25% Ações

Tenho 20 empresas na carteira, mas considerando o momento delicado, manterei as 20, mas continuarei aportando apenas em 10 empresas que considero sólidas, resilientes e vencedoras.

25% FII

Apesar de não gostar muito de FIIs, entendi que é importante ter um pouco de renda passiva. Atualmente tenho 3.

25% Stocks (investimentos no exterior)

Acabei de abrir uma conta no exterior. A carteira ainda está sendo montada, estou estudando e escolhendo as empresas, acredito que fecharei em 20 empresas.

20% Renda fixa

Depois de estudar sobre testamento e herança, entendi que em caso de falecimento do cônjuge, preciso ter 10% do valor total do patrimônio para desbloquear os bens: 4% seria para o ITCMD (imposto sobre doações e heranças) e 6% para advogado.

Para nos resguardar de possíveis dores de cabeça, cada um (eu e marido) manterá 10% em um CDB de liquidez imediata na conta bancária.

5% Reserva de Oportunidades

Esta reserva servirá para aproveitar futuras oportunidades.

Testamento e herança

Vou compartilhar o que eu descobri até o momento. Eu e meu marido casamos no regime de comunhão parcial de bens, apesar de eu ter tido um imóvel no meu nome quando era solteira, vendi e transformei em dinheiro após o casamento, então já parto do pressuposto que tudo é nosso, ou seja, que não tínhamos nada antes do casamento. Além disso, temos 2 filhas.

Se eu morrer SEM testamento, meu marido entra como meeiro (recebe 50% do que já pertence a ele) e minhas filhas como herdeiras, recebendo 50% restante (25% para cada uma). Ou seja, meu marido terá 50% do patrimônio preservado em seu nome.

Pela lei do nosso país, posso doar até 50% do meu patrimônio para qualquer pessoa.

Então irei fazer um testamento onde:

  • 50% já será do meu marido por ele ser o meeiro;
  • 50% restante (que é a parte que me cabe), doarei metade 50% (que equivale a 25% do total) para meu marido, e os outros 50% (que equivale a 25% do total) para minhas filhas.

Com isso, ele terá 75% do patrimônio preservado em seu nome.

Ele também irá fazer um testamento.

Ler livros

Ano passado eu li muitos livros. Esse ano ando na marcha lenta… estou tentando aproveitar essa fase de quarentena forçada para reler alguns livros dos quais gostei mais, apesar de estar bem complicado… é a arte da paciência tentar conciliar home-office com crianças enérgicas, confinadas dentro de casa há 11 dias.

Espero que todos vocês estejam bem.

~ Yuka ~

47 comentários em “Diário de quarentena: meus investimentos

  1. Grata por compartilhar Yuca!
    Estava aguardando suas reflexões sobre a quarentena, por aqui estou trabalhando mais em home office do que o normal.. rsrs! Mas estamos em segurança e isso é importante. Tomara que tudo acabe logo!

    Por aqui estou tendendo a ser bastante conservadora= 30% em reserva de valor (ouro, imóveis, moedas fortes), 30% na renda variável (15% ações, 10% stocks, 5% Fiis) , 1/3 em renda fixa (tesouro IPCA, rezando pra não ter calote…), 10% com liquidez imediata para oportunidades/viagens/emergências (na poupança ou tesouro Selic).

    Me sinto mais tranquila com menor volatilidade…

    Bjs e fiquem com Deus!

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    1. Oi Cinthia, também estou torcendo para que tudo isso termine logo, e muito preocupada com as pessoas que estão perdendo emprego, estão ficando sem dinheiro, com fome… Espero que esse pesadelo passe logo. Sobre a volatilidade dos investimentos, eu fiquei bem surpresa com a minha reação, no caso, da não-reação, de não sentir nem alegria, nem tristeza mesmo vendo meu dinheiro derreter em poucos dias. A única coisa que eu pensava era que renda variável varia, ou seja, o que está acontecendo agora é algo que uma hora iria acontecer. Mas sei que esse sentimento vem por eu estar trabalhando ainda, sou jovem, tenho um emprego estável. Talvez se eu tivesse aposentada, ou desempregada, ou insegura em relação a minha estratégia de investimentos, eu estaria muito preocupada. Vamos torcer para que essa fase passe logo, sem esquecer de estender a mão para as pessoas que precisarão da nossa ajuda. Um grande beijo.

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  2. Me identifico muito com sua maneira de pensar e viver e agradeço seus ensinamentos que compartilha ! Conheci seu trabalho após estar adotando o minimalismo como estilo de vida e após pesquisas conheci seu blog ! Enfim um dia desses gostaria de tomar um café e lhe conhecer pessoalmente Continue compartilhando e agregando valor nas nossas vidas muito obrigado

    Enviado do meu iPhone

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    1. Oi MSN, obrigada pela consideração e por acompanhar o blog. Essa fase que estamos passando não está sendo fácil, mas o que mais tem me ajudado são os ensinamentos do minimalismo. Deixar a minha casa organizada, com menos coisas, menos bagunça, tem ajudado a manter a minha cabeça sã. É como se organizar o externo, me ajudasse a organizar o meu interior. Beijos.

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    1. Oi Marcelo, essa parte já não sei explicar direito, se realmente é uma oportunidade considerando números e rentabilidades, já que sou ruim de conta, lembra? kkkk. Mas ter um dinheiro como reserva de oportunidades, realmente dá a sensação de ter aproveitado as ações que estavam baratas. Um beijo.

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  3. Eu tinha 300k em reserva de oportunidade e nas duas primeiras semanas gastei 150mil. Compras diarias. Nas duas semanas seguintes continuou caindo. Preciso melhorar a minha estratégia de investimento em periodos de crise. Nao da para acertar o fundo do poço mas acho q tenho que atribuir algum peso para as porcentagens de quedas e os investimentos que farei. Ainda pensando…

    Sobre testamentos, voce ja pensou em deixar uma parte em previdencia privada? É uma grana livre, por fora do testamento, que vc ou seu marido podem usar para pagar os custos sucessório.

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    1. Oi Investidor Resmungão, pois é, eu também comprei bastante nos dois primeiros circuit-breakers. Depois fui ficando mais esperta, esperava alguns dias para comprar um pouco, realmente não dá pra acertar o fundo. Eu achava que a bolsa não iria cair mais que 70 mil pontos, e veja só, caiu até 63 mil pontos, nem sabemos se ainda continuará caindo. Esse crash foi um grande aprendizado para mim, eu só tive caixa para continuar comprando, porque tinha muita coisa em renda fixa.
      Sobre a previdência privada, sim, cheguei a pensar muito se era bom voltar a ter, mas no final, achei que valeria mais a pena deixar o dinheiro num CDB de liquidez diária, a porcentagem necessária em cada conta. O problema da previdência privada é que o dinheiro fica preso, não conseguindo sacar o dinheiro de forma fácil sem ter os descontos e pagamento de impostos. E isso me incomoda, já que o dinheiro é meu, mas é confiscado pelo banco. Um beijo.

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  4. Gostaria de saber como funciona o testamento, você mesma faz? Precisa ser um advogado? Registra em cartório? Dúvidas práticas que a gente normalmente não pensa mas devia.
    Eu tenho seguro de vida da empresa, isso acredito que já vai ajudar, porque o inventário costuma ser muito custoso (financeira e psicologicamente falando).

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    1. Oi Gláucia, dá pra você mesma fazer no cartório de notas (que é o testamento público, acho mais seguro, do que aquele testamento particular). O advogado não é obrigatório, se você mesma fizer um modelo, o tabelião irá fazer o seu testamento. Apesar de ter encontrado alguns modelos na internet, eu pensei em pedir orientação para um advogado (ainda não sei o preço), para não fazer nenhuma besteira e não ser invalidado. Beijos.

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  5. Oi, Yuka!
    Também estou tentando conciliar home-office com os cuidados a minha filha de 4 anos. Meu foco, nos investimentos, é o longo prazo também. Invisto em ações nacionais, tesouro direto, fiis, dólar, euro e poupança(reserva de oportunidade). O maior peso é em renda variável. Pretendo começar a investir em ações no exterior(EUA) ainda esse ano, mas a corretora através da qual eu ia investir era a Drivewealth(era parceira do Bastter), mas agora ele só tem parceria com a Remessa online(para fazer a remessa de dinheiro). Você poderia(se não for indiscrição minha) dizer qual a corretora que utiliza para fazer os seus investimentos no exterior? Que tudo isso passe logo. Um abraço!

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    1. Oi Márcia, é difícil conciliar a maternidade, cuidados do lar e ainda trabalhar de casa. Ainda estou tentando encontrar o equilíbrio… Eu abri na TD Ameritrade, é uma corretora grande, enviei os documentos, estou aguardando a aprovação. Beijos.

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  6. Olá Yuka, desculpe-me se parecer invasiva minha pergunta, mas por que você é marido querem dispor em favor do outro em detrimento das filhas? O mais usual é o contrário, pois, da parte que ele herdar (supondo que você se vá primeiro), suas filhas terão de pagar novamente imposto de transmissão (ITCMD) quando ele falecer (supondo a ordem natural de os pais morrerem antes dos filhos). Sob o aspecto tributário não me parece interessante.

    Entendo um pouquinho do assunto e estou à disposição se quiser fazer contato (vou vincular meu e-mail na publicação do comentário, me avise se não conseguir ver).

    Abraço

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    1. Oi AC, é claro que eu quero um conselho seu. Sobre a sua pergunta inicial, é porque eu tenho medo de quando já formos FIRE e estivermos desfrutando da renda passiva, eu morrer (ou ele, tanto faz). Sem o testamento, metade do patrimônio será herdado pelas nossas filhas, até aí, sem problemas. O problema é se a metade que cabe ao meeiro não for suficiente para viver de renda passiva. Como voltar ao mercado de trabalho se já estivermos com 60, 70 anos? Tem gente que fala “ah, mas aí é só educar as suas filhas para abrirem mão do patrimônio”, só que o que é lei, é lei. E a lei é clara quando diz que 50% vai para herdeiros. Minhas filhas não estarão fazendo nada de ilegal se aceitarem a herança, mesmo que isso acabe com a condição FIRE do pai. Sobre a bi-tributação, nunca tinha pensado nisso, mas ainda assim prefiro pagar duas vezes o imposto do que correr o risco de perder a condição FIRE quando formos mais velhos. Faz sentido isso o que eu falo? Ou é muita doideira minha? Beijos.

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      1. Fica então outra sugestão: façam esses testamentos quando suas filhas completarem 18 anos. Até lá haverá muita água pra rolar e vocês saberão a mentalidade delas. Caso um de vocês dois parta sem que as filhas tenham atingido a maioridade, permanecerão responsáveis pela administração do patrimônio delas e terão inúmeras formas de transferir os 25% a mais que cabe a elas para o patrimônio pessoal.

        Beijos

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        1. AC, mais uma dúvida, você escreveu que tenho “formas de transferir os 25% a mais que cabe a elas para o patrimônio pessoal”. Mas quando um falecer sem testamento, os outros 50% já não ficariam para os herdeiros? Beijos.

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          1. Sim, eu digo é pegar esses 50% das filhas (ou os 25% que seriam transmitidos pelo Testamento) e fazer doações gradativas para o cônjuge sobrevivente, no limite da isenção fiscal do ITCMD (afinal, o imposto é o mesmo para doação ou causa mortis). Como a legislação (e o imposto) é estadual e você é de SP, não posso afirmar com plena convicção qual o limite anual de isenção.
            Bjs

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      2. Yuka, optarei pela mesma estrategia que você, ou seja, após a meaçao, destinar 25% do total de forma adicional ao conjuge sobrevivente. Alem da independência. Financeira, nosso patrimonio foi construido tambem para assegurar uma velhice digna. Acho um enorme privilegio que os filhos tenham pais com condiçoes de se manter na velhice sem precisar de ajuda dos proprios filhos ou de outros familiares. Acredito que determinadas circunstacias que fogem do nosso controle podem implicar em gastos altos na velhice. Um exemplo é a necessidade de cuidadores.
        Sobre a provisao que vc faz para as despesas do inventário, fique atenta ao longo do tempo a possiveis alteraçoes da aliquota em SP. a constituiçao permite os estados triubutarem herança em ate 8%. Por questoes fiscais, alguns estados tem optado por aumentar a aliquota, respeitando o limite de 8%.

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        1. Oi ABM, concordo com você sobre privilégios que os filhos tem quando não precisam ajudar os pais. Minha mãe não precisou ajudar financeiramente a minha vó. Eu não preciso ajudar a minha mãe financeiramente. E se tudo correr como esperado, minhas filhas também não precisarão nos ajudar financeiramente. Obrigada pelo alerta sobre a alíquota, espero que não mude nunca kkk. Beijos.

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  7. Oi Yuka! Bom saber que estão bem, estava pensando bastante em você e pensando em como estavam lidando com a situação.
    E as meninas, como estão? Por aqui (SC) já estamos há 12 dias em casa e felizmente minha filha tem lidado bem. Birras eventuais, mas ainda tranquilo. Crianças sempre nos supreendem não é?
    Sobre os investimentos, se vocês mantivessem uma conta conjunta não seria possível manter apenas 10% ao invés de 20% (10% em cada conta?) em CDB liquidez diária?
    Por aqui nossos investimentos estão na proporção contrária à tua. Comecei a me aventurar na renda variável em janeiro e a experiência já tem sido essa montanha russa. Haja fôlego! Tinha decidido que esse ano iria aprender a investir melhor e pelo jeito vou aprendendo na marra.
    Abraço, fiquem bem!

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    1. Oi Bruna, quarentena é algo novo para todos nós, né? Eu moro em um apartamento sem varanda, hoje estávamos todos deitados no chão tomando sol que vinha da janela. Vocês estão confinados em casa praticamente o mesmo tempo que eu.
      Sobre a conta conjunta, fui pesquisar também sobre essa possibilidade, mas parece que quando um dos titulares morre, pode ser que a conta trave para proteger os herdeiros. E tudo é muito rápido, no momento da emissão da certidão de óbito, a Receita Federal já é informada, e os bancos ficam sabendo e bloqueiam a conta. Pensei também na previdência privada, mas o “confisco” do banco não me agrada. Por enquanto é a alternativa mais fácil que encontrei.
      Beijos.

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  8. Bem arrojada você, Yuka! Parabéns!

    Com o objetivo em mente, fica mais fácil fazer as escolhas. O ruim é que hoje as pessoas querem fazê-las sem um plano a seguir.

    E quanto aos PGBLs para a sucessão patrimonial, pensou em algo?

    Abraço e boa semana!

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    1. Oi André, pois é, durante muitos meses, pensei no PGBL, mas eu já tive previdência privada há alguns anos e quando percebi que não dava para sacar sem pagar altas taxas, desanimei. No final, achei mais fácil deixar 10% do patrimônio em um bancão mesmo. Beijos.

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  9. acredito que vcs saibam ler. ja cancelei minha inscrição que não tinha feito dez vezes. LEIAM COM ATENÇÃO: NÃO QUERO MAIS RECEBER EMAILS DE VCS. ENTENDERAM??????????????

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    1. Oi Stark, pensei também em REITs futuramente (ainda não escolhi nenhum para estudar), mas aí entraria no mesmo combo de porcentagem de investimentos no exterior, total de 25%. Crises vêm pra nos ensinar muitas coisas… já aprendi muitas coisas, acho que só estou tranquila porque tenho meu emprego que é relativamente estável e porque sou jovem. Se eu estivesse como FIRE, talvez o coração estivesse mais disparado. Mais um motivo para pensar em algo rentável para fazer quando alcançar FIRE. Um beijo.

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  10. Olá Yuka! O percentual para cada categoria é muito particular. Eu ainda não invisto no exterior, mas pretendo começar quanto meu patrimônio chegar em determinado patamar. Para simplificar a escolha de ativos no exterior, estou pensando em dividir 50% em VNQ e 50% em VOO. Qual sua opinião sobre os ETFs la de fora ?

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    1. Oi Vinicius, tudo bem? Realmente, o percentual é algo muito, muito particular. Eu só tenho essa exposição em renda variável, porque eu sei o que estou fazendo, e acredito na minha estratégia de investimentos. Caso contrário, estaria tendo um ataque do coração com essa queda constante da bolsa. Sobre ETFs, eu também estava muito na dúvida, porque tem ETFs muito bons nos EUA. Mas quando descobri que ações tem isenção na venda de até 30 mil dólares, enquanto ETF não tem, decidi que ficaria somente com as stocks. Claro que eu compro pensando em nunca vender, mas vai saber lá na frente qual vai ser a minha realidade. Bjs.

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  11. Oi Yuka,

    Estou quase tendo uma briga com meu marido…haha. Só temos um fundo de emergência de 2 meses, pq ele gosta de investir tudo em renda variável, temos esses 2 meses pq eu insisti muito. Apesar de nós dois estarmos empregados, acho que o futuro agora é bem incerto, então acho que o que temos pra investir deveríamos colocar no fundo de emergência para termos pelo menos pra 3 meses. Mas ele insiste que esse é o momento ideal pra investir na bolsa, que é um momento de oportunidade que temos que agarrar, concordo com ele, se tivéssemos fundo de emergência o suficiente pra estarmos tranquilos. Enfim…estamos nesse dilema.

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    1. Oi Someone. Para mim, você está certa. O fundo de emergência é mais prioritário do que comprar ações com desconto. A gente nunca quer pensar no pior cenário, mas temos que planejar para o pior cenário, principalmente porque eu acho que as coisas tendem a piorar ainda. Eu que sou funcionária pública, também estou revendo o valor da minha reserva de emergência. Sempre tive reserva para apenas 2 meses por conta da estabilidade. Mas como sei que o futuro é incerto para todos, o salário do mês que vem vou engordar a minha reserva de emergência. Veja se ele não quer liquidar alguma renda fixa para aportar na renda variável, talvez seja a opção. Beijos.

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  12. Oi Yuka!
    também senti esse baque de ver na prática os meus investimentos desensacando, mesmo super afiada na teoria de que isso era inevitável!
    Estou pensando em aumentar meus investimentos em dólar também, muito difícil sentir essa perda de patrimônio em reais quando viajar é um dos grandes prazeres.
    Fiquei feliz de saber que está bem!
    Ahhh, também estou lendo na quarentena. Se quiser uma dia, “a hora de voar” da Melinda Gates tem sido meu campeão do coração pra esse momento, rs.
    Beijos Elsa

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    1. Olá Elsa. Acho que pra você também será muito bom iniciar os investimentos no exterior. Nosso dinheiro vale 1/5 do dólar, muito triste isso. E a cada ano vai desvalorizando cada vez mais. Sobre a indicação do livro, já coloquei na minha listinha dos livros a serem lidos. O legal dessa lista, é que eu coloco quem indicou. Então já viu como ficou né? “A hora de voar – Melinda Gates; indicação da Elsa do Sempre Sábado” Hoho. Beijos.

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  13. Falando em livros, como foi seu desapego com os livros físicos ? Ainda tenho um certo apego e queria me desapegar mais. Livros físicos dão trabalho pra manter, isso me faz repensar muito, além disso são mais caros.

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    1. Olha, no início, eu nem pensava em me desfazer dos livros físicos. Alguns, guardava até em caixas de plástico para proteger das poeiras. Mas com o tempo, fui vendo que poderia ter os livros de forma eletrônica. Comecei desapegando aos poucos, daqueles livros que eu tinha certeza que não leria de novo. Também reli diversos livros para ter a certeza que não queria mais. Eu ainda tenho alguns para reler, porque ainda não tenho certeza, mas aos poucos vou fazendo isso. Um beijo.

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  14. Olá Yuka, tudo bem? Estou aqui mais para um desabafo mesmo…🥺…
    Estou em home office desde o dia 18/03, sai de casa 2x (médico e mercado) com 2 meninos de 2 anos em casa e confesso que estou comentando a sentir o peso de cuidar da casa, meninos, trabalho e tudo mais… meu marido não está em home office, apenas com redução de jornada de trabalho porém como o trabalho não reduziu ele chega, almoça e fica no notebook até as 18hrs…. eu trabalho com números e confesso que tem dias que choro pois não consigo concluir em uma manhã uma planilha que levava 1 hora para fazer no escritório… daí vem os pensamentos sabotadores: vc não sabe fazer, vc não dá conta, não é boa o suficiente… e seus pensamentos são interrompidos pq um filho chora, o outro quer atenção que vc não pode dar pq teoricamente está em horário de trabalho… gente sempre amei a rotina, sempre gostei de começar a segunda sabendo exatamente o que faria na semana e esse período está muito desafiador. Financeiramente nem consigo parar pra analisar nada não consigo tempo nem ânimo pra isso… enfim, desculpe o desabafo mas a gente que é normal e não está em quarentena numa mansão com piscina ou casa na praia tem toda essa pressão de família, trabalho e financeiro que não nos deixa dormir a noite, aliás nestes tempos nem reserva de emergência no banco não nos dá sensação de segurança.
    Enfim, vamos dançando conforme a música e sigamos o baile!
    Bjus

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    1. Oi Michele, puxa, eu sei EXATAMENTE o que você está sentindo, porque eu também estava me sentindo assim, exatamente desse jeito. Teve uma reunião online com os chefes nesta segunda-feira, e nessa reunião, eu falei que não estava conseguindo conciliar a maternidade com o home-office, disse que estava muito ansiosa, estressada, enfim, disse que estava triste. A minha diretora, vendo o meu desespero, disse que a reunião não era para cobrar serviço, e sim para saber como estávamos lidando com a equipe nesse período difícil. Ainda bem que era reunião online, porque meus olhos se encheram de lágrimas. Na minha equipe, tenho 2 chefes sob minha responsabilidade, e ao conversar sobre as minhas dificuldades, elas gentilmente pediram para eu passar as demandas para elas, para que eu não ficasse doente. Eu disse que “o pouco que eu tenho que fazer neste momento, está sendo muito para mim”. Acho que nessas horas, precisamos nos unir, quem pode mais, ajuda mais, quem não pode, ajuda com menos. A verdade é que com filhos pequenos, não dá, NÃO DÁ pra trabalhar de forma concentrada. Pode perguntar pra qualquer mãe que tenha crianças pequenas. Eu tenho uma de 2 anos e outra de 4, e já é muito difícil responder um simples e-mail. Talvez você tenha que pedir ajuda ao seu marido, já que ele trabalha até às 18h, a partir desse horário você se tranca no quarto para fazer um pouco do seu trabalho. Seu marido terá que dar a janta para as crianças, dar banho e colocar pra dormir. Não dá pra trabalhar se não houver colaboração de todos. O confinamento afeta nossa saúde mental, por isso é onde devemos tomar mais cuidado, porque se não estivermos bem, nossa família não estará bem. Então, o jeito é tentar se adaptar à nova realidade e fazer o que está ao nosso alcance (que é cuidar das nossas crias e fazer o que dá do serviço) e largar mão de tudo o que não está ao nosso alcance (ou seja, a maioria das coisas). Não está fácil, mas vamos tentar ficar bem. Um grande beijo.

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  15. Sou bem leigo quanto a investimentos, mas pensando aqui: esses 10% em CDBs de liquidez diária não poderiam ser substituídos por um seguro resgatável?

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