Auto-Conhecimento · Minimalismo

Saber ouvir (nos tempos atuais) é uma habilidade de poucos

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Tenho reparado que muitas pessoas gostam de conversar, de falar, enfim, ser o centro das atenções…

…mas quantas pessoas dentre essas pessoas sabem ouvir de verdade?

Poucas. Pouquíssimas…

Pessoas que sabem ouvir tem se tornado cada vez uma raridade.

Eu lembro muito bem de uma colega que eu estava tentando ser amiga há alguns anos. E toda vez que eu começava a falar algo que tinha acontecido comigo, ela falava “comigo também aconteceu isso, e blá blá blá” e o assunto acabava se tornando o dela. Sempre era assim. Não importava quantas vezes eu tentasse, era impossível. Ela não queria me ouvir. Ela queria só falar dela. E no fim eu desisti.

Se a gente prestar atenção nas conversas, podemos perceber que o mais comum são duas pessoas monologando. Sim, monologando, e não dialogando:

– Esse fim de semana eu fui passear no zoológico com meu filho.

– E eu fui passear na praia.

– Foi muito legal o zoológico, meu filho adorou, pediu para voltar mais vezes.

– Minha filha também amou a praia, disse que quer aprender a nadar para entrar no mar.

Conseguem perceber o monólogo entre duas pessoas? São duas pessoas querendo falar só delas e não querem ouvir.

Em um diálogo, a pessoa perguntaria o que o filho achou do zoológico para a conversa poder evoluir.

Só que a pessoa não está interessada no filho da outra pessoa. Ela só quer falar que fez coisas legais também no fim-de-semana. E aí são duas pessoas surdas conversando, e por mais triste que isso possa parecer, é muito mais comum do que pensamos.

Meu marido gosta muito de fazer alguns experimentos enquanto conversa com as pessoas.

Um desses seus experimentos me chama muito a atenção por comprovar como as pessoas não estão mais interessadas em ouvir, só em falar de si mesma.

Durante a conversa, ele costuma falar “tem três coisas que mudaram a minha vida…”. Ele começa falando as duas coisas que mudaram a vida dele, e ele não fala a terceira de forma proposital. Se a pessoa estiver prestando atenção e interessada no que ele está falando, a pessoa perguntaria “E qual é a terceira coisa?”. E sabe o que é mais incrível? Praticamente ninguém faz essa pergunta, comprovando que as pessoas não estão ouvindo, só estão aguardando o momento certo para abrir a boca para falar delas mesmas.

É muito narcisismo. Eu quero ter pessoas ao meu redor que saibam dialogar comigo. Quero conviver com pessoas que ouvem e que eu também possa ser ouvida quando precisar.

~ Yuka ~

 

58 comentários em “Saber ouvir (nos tempos atuais) é uma habilidade de poucos

  1. Ótima postagem! Comecei a acompanhar seu blog recentemente e estou adorando! Sobre essa postagem em especial, eu sempre gostei muito de conversar, e gosto muito de ouvir as outras pessoas, de dialogar de verdade, questionar, fazer comentários (talvez por ter estudado antropologia tbm).. Cada pessoa é um universo diferente! Mas enfim, atualmente tenho estado bem triste, pois estou morando na Bélgica e esperando um bebê, meu companheiro, que no início adorava conversar, hj ele vive no seu mundo do computador e celular.. e não desliga nunca, nem para comer.. isso interfere muito nos momentos que temos livres para conversar, pois as conversas são sempre interrompidas por um plin ou mesmo, como tem acontecido muitas vezes, ele nem me escuta quando o chamo ou comento algo.. Tampouco se chamo a atenção e peço pra ele desconectar um pouquinho..
    Enfim, seguimos buscando como Viver sem pressa, de maneira leve e minimalista! Gratidão 🙏🏽💜

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    1. Oi Gitana, tudo bem com você? Eu sempre acreditei que a conversa é a base sólida de uma grande amizade, de um grande relacionamento, inclusive casamento. Sobre seu marido estar sempre no celular, tente aos poucos falar (com muito amor e carinho) sobre a importância da conversa. Falo isso porque com a chegada de um filho, o casal tem que realmente querer conversar, senão acabam se distanciando ainda mais, porque além de estarmos mais cansadas, o filho interrompe a conversa com suas necessidades básicas (fome, fralda suja, carência etc). Tem um vídeo sobre esse assunto. Vale a pena assistir, mostre para o seu marido também: https://www.youtube.com/watch?v=GZQiYSAcYz8&index=64&list=FLNtK8td-d8cuKlzC7DwCNOg

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      1. Oi Yuka!! Grata pela mensagem, compreensão e a dica do vídeo (ainda não consegui assistir, mas assistirei, com cereteza!). ❤ No mesmo dia que li sua publicação, comentei com meu companheiro sobre ela, e senti que ficou mais atencioso nas nossas conversas. Pois, além disso, dos apretechos tecnológicos, temos a questão idiomática. Nossas conversas acontecem em português e francês, cada um falando a sua língua e tentando a falar a do outro, o que tbm demanda muita atenção e boa vontade. E agora com um bebê a caminho, outros desafios surgiram, por isso a importância da conversa e de uma boa sintonia. Vou continuar te lendo aqui, pois suas publicações são valiosas. Um grande abraço!

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        1. Nossa, ainda tem a questão do idioma, que não deve ser fácil, já que precisa pensar para conversar (pelo menos comigo é assim, quando falo em outra língua). Vou falar uma coisa que eu sempre falo com meu marido… um relacionamento se inicia e termina com diálogo. Muitos relacionamentos não dão certo ,porque a gente “acha” que o outro tem obrigação de nos entender, compreender o que está se passando na nossa cabeça, mas as pessoas não possuem bola de cristal. Se estamos insatisfeitos, precisamos conversar, mostrar por que não estamos felizes e tentar resolver o mais rápido possível. A gente precisa ajustar para onde estamos olhando a todo momento, porque se descuidarmos um pouco, e não dar atenção por justamente ser pouco, em poucos anos, a relação já estará distante. Às vezes meu marido fica um pouco ignorante (se ele ler esse comentário ele vai ficar bravo kkkk), e quando isso acontece, eu falo pra ele que não estou gostando disso. E sabe o que é mais incrível? Ele não percebe. Ele diz que não havia percebido que estava falando ríspido. E com o meu toque, volta a prestar atenção no modo de falar e tudo entra na normalidade. Esses pequenos ajustes são necessários e precisam acontecer sempre. Muitas vezes, seu marido nem percebeu que o celular está distanciando vocês, às vezes a ficha dele ainda nem caiu. Às vezes, será necessário falar mais de 1 vez para a ficha cair. Mas tudo vai valer a pena. Um beijo.

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          1. Querida, Yuka! Você é um doce, que linda mensagem! Obrigada pelas palavras de conforto! Faz todo sentido sim, a importância do diálogo, da “escuta atenta”, como diríamos na antropologia.. Gratidão!! ❤

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  2. Oie Yuka!

    Enquanto você exemplificava o “dialogo” eu logo pensei: “mas ele gostou do zoo?”

    Percebo isso também ao conversar com as pessoas e assim como você eu acabei desistindo de tentar conversar.

    Fico triste e feliz por perceber que não sou a única no mundo que sente falta de dialogar, esses monólogos já estão chatos demais.

    Beijos e ótimo domingo!!

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    1. Pois é, a minha sorte é que meu marido é um super bom ouvinte. Ele ouve todas as minhas maluquices e conversamos por horas, quando as nossas filhas deixam rsrsrs. Você não é a única que sente falta de dialogar não. Muitas pessoas também estão sentindo essa falta… Beijos.

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  3. Bom dia Yuka,
    Tudo bem? Super verdade o que escreveu… Tenho tentado me controlar e exercitar a escuta, ouvir mesmo o que as pessoas no meu entorno dizem…eh um exercício constante porque sou de falar bastante…mas pouquíssimas dessas pessoas me escutam, a maioria emenda um fala na sequência, e monopoliza a conversa, rs
    Outra coisa que percebo, não sei se acontece com vc, mas como as pessoas repetem as histórias, já me contaram algo e depois repetem como se fosse a primeira vez kkkkkkkkkkkkk
    Um bjo Yuka, amo o que escreve!

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    1. Oi Jane, também sou de falar bastante, então como você falou, é um exercício de ida e de volta, pra não fazer a mesma coisa. É, esse negócio de repetir história acontece porque deve ser falta de atenção, tipo vai contando pra todo mundo, no final nem sabe mais pra quem contou rsrs. Beijos pra você.

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  4. Bem assim mesmo … É tentar se policiar pra não ficar igual , e estar com pessoas que realmente nós tenhamos interesse.

    Quando eu era pequena o jantar eram sempre assim meu pai falava sobre ele e minha mãe respondia sobre ela, era tô nítido que até sendo uma criança eu percebia isso 🙂

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    1. Oi Beatriz, sim, é um exercício constante para não fazermos com outras pessoas o que nos incomoda. Sobre os seus pais, você presenciava e convivia com esse monólogo entre duas pessoas rsrsrs. É muito esquisito, né? Acho que deve ter muitas pessoas que não perceberam que convivem com esse tipo de monólogo entre duas, três pessoas. Beijos.

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  5. Bem isso mesmo, tão raro acontecer um diálogo de fato, tento me policiar também para deixar os outros contarem mesmo as coisas, penso que é porque está cada vez mais raro as pessoas terem tempo frente a frente para uma conversa. Quando acontecem são lampejos, momentos rápidos e fica quase uma disputa por ser ouvida, pelo menos aqui no DF é assim, uma pena.

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    1. Oi Cléo, sim, acho que por encontrar menos vezes, vai se criando uma ansiedade para falar. Mas é muito ruim esse tipo de conversa, que nem conversa é. Também tenho me policiado muito para não monologar, ou até mesmo invadir a conversa dos outros para contar as minhas coisas. Acho que nem é mais coisa de DF, nem de SP, talvez do mundo todo, infelizmente. Beijos.

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  6. Em meus 46 anos de vida tenho exercitado o saber ouvir constantemente…. um exercício que tenho feito é por aqui no Blog… entre blogueiros também tem quem considera que é só escrever… muitos/as se esquecem que antes de escrever é importante saber ler… por isso, sempre que leio uma postagem gosto de deixar um comentário, que ajude a tecer outros textos tanto meus quanto de quem leio… tema oportuno e urgente na atualidade… vivamos sem pressa… ouçamos mais…

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    1. Oi Estevam, é verdade, em todos os seus comentários, dá para perceber que leu com atenção. Às vezes, a gente lê comentários em sites, blogs e YouTubes que fica muito claro que a pessoa não leu, não assistiu, não prestou atenção. Como meu marido sempre diz, fez-se uma “leitura na diagonal”. Beijos.

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  7. é a primeira vez que comento os seus poste, e achei muito bom. E olhe que é mesmo verdade e por vezes acabamos por fazer este monologo sem nos apercebermos. Adorei a sua abordagem, esta e todas as outras que faz, tenho lido tudo o que escreve e é uma pessoa muito equilibrada, gosto muito de como escreve, de maneira simples e clara, continue assim…

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  8. Yuka, querida.
    Que post incrível dessa semana. Sabe que eu adoro e não perco um, tenho tentado adquirir o hábito de comentar, pois querendo não é uma resposta pra você, um retorno se gostamos, se faz sentido pra gente também e isso é incrível, essa troca agrega a todos nós.
    Vim dizer que você acertou em cheio o tema da semana, eu sempre passo por isso e nunca tinha parado pra analisar essas situações, que tanto me incomodam. E é isso mesmo, as pessoas estão tão ocupadas e preocupadas consigo mesmas, que fica difícil manter uma conversa de verdade com a maior parte das pessoas, principalmente quando são pessoas que convivem conosco, em nossa rotina de trabalho por exemplo.
    Aconteceu essa semana, acho que foi quando me incomodou mais, por isso até achei uma grande coincidência esse post da semana.
    A minha vó materna está internada na UTI desde segunda-feira, pois teve vários agravantes de uma doença que ela possui e trata há algum tempo, mas por conta da idade e uma cirurgia recente, ela precisou ser internada e está em 24 horas de cuidados médicos. Coisas inevitáveis, porém necessárias.
    É uma situação bem atípica, pois não é sempre que temos um parente próximo nessas condições, e claro que isso nos trás alguns impactos no dia a dia: não temos tanta energia pra celebrações, ficamos mais recolhidos e introspectivos.
    Dito isso, uma colega de trabalhou escutou uma conversa minha com uma outra colega e nos interrompendo, perguntou quem estava doente. Quando comecei a explicar o que estava acontecendo, ela (mais uma vez) me interrompeu (antes mesmo de eu relatar os motivos), dizendo que a avó dela também esteve doente, com a mesma doença e ainda por cima que não teve cura, que precisamos lidar com a situação, que é difícil mesmo, etc.
    Aquilo me incomodou tanto, que obviamente parei de falar e ela nunca mais me perguntou nada. (Sim, ela ainda está internada).
    Perguntar nada não muda os fatos. E perguntar para não ouvir uma resposta até o final, também não muda. Mas ambas geram um desconforto tão grande. Parece que nada é mais importante do que a vida e os problemas do outro. Ou que você e seus “problemas” acabam sendo um peso na rotina do outro.
    Eu sou psicóloga e minha formação facilita ter uma escuta empática, não é um esforço, pelo contrário, faço com amor e atenção pelo outro e a vida dele. O que preciso prestar atenção é: quem de fato é meu amigo e também me oferece esse espaço de empatia quando eu preciso x quem são as pessoas que se aproximam só pra ter esse “benefício” de falar e ser ouvido.
    É muito difícil, pois se estou no ponto de ônibus e em alguma conversa informal alguém descobre que sou psicóloga, automaticamente começa a falar da sua vida e problemas, sem parar pra respirar. Eu já tive que até ser um pouco rude com algumas pessoas em ocasiões como essa, pois além de eu não receber honorários, nada me acrescenta, pois não é um trabalho e nem uma amizade verdadeira. É MUITO difícil alguém responder à essa informação com curiosidade da profissão, o que vem são problemas e mais problemas.
    Complicado, difícil. Mas ao mesmo tempo, isso me faz todos os dias cuidar das minhas relações com muito carinho e cuidado. Não posso deixar qualquer pessoa receber qualquer informação sobre a minha vida, se não temos reciprocidade né? Isso serve pra vida toda, todas as pessoas e para todos os âmbitos de relações que temos durante a nossa vida.
    Nossa, o comentário ficou longo, rs!
    Mais uma vez, obrigada por sua sensibilidade!
    Beijão e uma ótima semana.

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    1. Oi Cínthia, obrigada pelo comentário, realmente, quando recebo comentários, é como se esse blog fosse um chat, um lugar para conversar com pessoas que possuem ideias parecidas. Obrigada pelo cuidado de sempre escrever um comentário. Lembro que no início do blog, quando não recebia comentários, parecia um lugar silencioso, não sabia se as pessoas estavam lendo, se estavam gostando, se tinham aparecido no blog por um engano e ido embora rapidinho… são os comentários de pessoas que nem você, que post após post está sempre ali comigo, que me incentiva a continuar escrevendo aqui (mesmo com a casa às vezes caótica kkkk). Continuando com o comentário, acho que as pessoas estão muito supérfluas, que nem aconteceu com o caso da sua vó na UTI. Qualquer pessoa com um mínimo de noção, lidaria com um pouco mais de cuidado, principalmente porque a própria pessoa foi lá e perguntou sobre sua vó. E quando você começa a falar, ela vai lá e interrompe…. ela não estava preocupada com você, só queria falar que a avó dela também teve a mesma doença… e só. Esses dias aconteceu um desses papos loucos, depois do nascimento das minhas 2 filhas, eu não tive muito tempo de me olhar no espelho, esses dias, ao me olhar de corpo inteiro, percebi que não reconhecia meu corpo, que mudou após ter gerado 2 vidas. Eu percebi que ainda não tinha tido tempo necessário para cuidar de mim e assimilar isso, e levei um pequeno susto. Estava falando sobre isso com algumas pessoas, que nas férias de janeiro, irei passear na casa de uns amigos e que provavelmente iria de maiô por ainda não me sentir à vontade. Uma pessoa falou que eu tinha que me tratar, que eu estava com problemas por ficar preocupada com meu corpo ao invés de me divertir nas férias. Hã? Achei meio grosseiro. Primeiro porque eu acho super normal o corpo mudar, como também acho normal uma mãe precisar de um tempo para assimilar a mudança do corpo. Não estou bitolada, nem noiada, nem arrependida por ter tido minhas filhas. Só não tive tempo ainda de cuidar de mim (por ter outras prioridades no momento), outro dia fiz as unhas e já fiquei super feliz, foi como se aos poucos eu estivesse retomando a minha rotina de cuidar de mim. E pra mim está tudo bem assim. O que eu quero dizer é que a pessoa nem me conhece, nem sabe o que faço nas minhas horas vagas e vai lá e fala que estou precisando me tratar. Sei lá… algumas pessoas não nos ouvem, outras pessoas dão uma voadora com dois pés no peito rsrsrs. Não tá fácil pra ninguém. Eu fico imaginando você, como psicóloga, como as pessoas devem consciente e inconscientemente tentar aproveitar de uma profissional para tentar resolver os próprios problemas. Eu, apesar de ter uma formação completamente diferente, consigo entender quando você fala sobre o incômodo quando percebe que algumas pessoas se aproximam para ter esse benefício. O problema não é a pessoa querer ajuda, mas não ajudar de volta quando você também precisa de ajuda. Bom, estou tentando escrever um comentário decente aqui, mas as minhas duas pequenas estão correndo atrás de mim, enquanto tento escrever em pé com o notebook nas mãos rsrs. Desculpe se estiver meio sem nexo a resposta. Beijos pra você.

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  9. Olá Yuka,
    Incrível como a gente faz isso sem perceber. Ontem li seu texto e achei muito oportuno o tema mas pensei: acho que não faço isso. Hoje conversando pelo whatsapp com uma amiga, que mora longe, ela disse que tinha emagrecido e eu disse “que bom” mas em seguida falei que tinha engordado. Nem ao menos perguntei o que ela tinha feito, nem incentivei a continuar. Aí ela disse “acho que foi tal coisa” e eu disse “mas também ando exagerando” e a conversa continuou assim. Enfim, parecia conversa de doido. Mas o incrível mesmo é que na hora nem percebi. Passadas umas duas horas me deu um clique: gente! eu fiz exatamente o que a yuka disse!! rsrsrsrs. Realmente tenho que prestar mais atenção e ouvir mais.
    Cláudia

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    1. Oi Claudia!!! Que ótimo que percebeu rsrsrs, o ruim é quando a gente faz e não percebe. Eu também faço isso às vezes, principalmente quando estou empolgada, e toda vez que eu percebo, eu volto atrás e continuo perguntando da pessoa, tento prestar atenção e focar no que a pessoa está me dizendo. É um exercício mesmo. Mas olha, essa conversa de doido é bem engraçada quando a gente está do lado de fora ouvindo kkkk. Beijos.

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  10. ótimo texto! pior é quando é um grupo de umas 4/5 pessoas e fica todo mundo desesperadamente querendo a vez pra falar da própria vida, um atropelando o outro e a conversa sem nenhum sentido socorro. ah, seu marido parece ser uma pessoa iteressante, queria ler textos dele também hahah

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    1. Hahaha, já estive numa roda de conversa desse tipo, todo mundo falando ao mesmo tempo, ninguém querendo ouvir rsrs. Tá louco, né? Meu marido realmente é uma das pessoas mais inteligentes que eu já conheci, além de ser um ótimo ouvinte. Vou falar pra ele o que você escreveu, ele vai ficar se achando rsrsrs. Beijos.

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  11. Aaaai Yuka… eu sou uma pessoa que não sabe ouvir! 😔
    O mais curioso, é que as pessoas que escolhi pra estar ao meu redor, são todas excelentes ouvintes! Principalmente meu marido! Preciso aprender com eles. Dizem que devemos nos cercar de pessoas que admiramos e queremos ser parecidas né? Então to no caminho certo. Pessoas que falam demais, sempre acabam cometendo gafes, falam sem pensar, precisam ficar se justificando… é cansativo! Mas é um hábito. Um péssimo hábito! Sei que vou conseguir um dia ser uma boa ouvinte. Obrigada pelo ótimo post, abriu meus olhos. Pra variar, você me inspira! 🙏🏻💕

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    1. Hahaha Tiemi, acontece. Mas como falei em outro comentário, o importante é a gente reconhecer os nossos defeitos. Acho que tem muita gente que não liga de não ser tão ouvida, mas há pessoas que ficam incomodadas quando percebem que as pessoas não prestam atenção nas coisas que falamos. E com isso, podemos inclusive perder uma grande oportunidade de fazer novos amigos. Eu e meu marido somos experts em mudar hábitos, já mudei muito e ele também, então o que eu posso dizer que aos poucos, você também vai conseguir mudar isso e ser uma ótima ouvinte no futuro próximo. Beijos.

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  12. Olá Yuka, acompanho seu blog há um tempo mas é a primeira vez que comento. Várias vezes já comecei a contar algo em uma conversa e parei de contar do nada sem terminar o assunto, e a pessoa nem percebeu. Tanto que ultimamente tenho optado por ficar quieta ou nem entrar em rodas de conversa… é a melhor forma de não me estressar à toa hehehe.

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    1. Oi Michelle, êee, mais um primeiro comentário rs. Adoro! É, eu entendo quando você escreveu que muitas vezes para de conversar mas as pessoas nem percebem. Estão tão absortas no próprio pensamento que nem percebem o teor da conversa do outro. O mundo está assim, então a estratégia é tentar encontrar alguém que também esteja disposta a te conhecer melhor, a ouvir… não é uma busca fácil, mas quando a gente encontra alguém com essas características, percebe que tudo valeu a pena! Beijos pra você.

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  13. Ah eu adoro fazer isso, parar de contar uma coisa no meio só pra ver se a pessoa está prestando atenção, e geralmente não está, Nesse momento eu desisto da conversa pois parece que estou numa palestra. Estou acostumada com pessoas assim porque minha irmã é assim, ela interrompe o que estou dizendo e muda de assunto completamente pra falar algo de si mesma, por várias vezes eu estava conversando com a minha mãe e ela simplesmente interrompeu como se o que estava sendo dito antes dela chegar não tivesse importância alguma. Mas como é minha irmã eu adoro perturbar e digo pra ela “espera sua vez porque eu ainda não terminei de falar” ou algo assim. Nao adianta muito, mas enfim rs.
    Sempre fui uma boa ouvinte, sei disso porque várias pessoas já me disseram isso. Sou uma pessoa quieta e falo pouco daí tem gente que pensa que não gosto de conversar, nossa eu adoro conversar mas é difícil achar alguém pra isso. E aquelas pessoas que não põe limite? Falam e falam e parece que não vão parar nunca, me obrigam a cortar a conversa porque cansa né, é comum no fim de uma “conversa” eu saber a vida toda da pessoa e ela nem saber o meu nome. Triste. Depois me perguntam porque eu falo pouco, falar com quem? Alguém vai ouvir?
    Acho engraçado o fato de se acostumar com isso porque tem vezes que nem penso na frase inteira já que dificilmente conseguirei terminar, daí quando alguém me deixa falar eu fico sem saber o que dizer, ninguém me deixa chegar no fim de uma frase kkk

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    1. Oi Dani, vish, também conheço pessoas que quando começam a falar, não param mais, parece que não ter ponto final, é só vírgula, e vai emendando um assunto no outro, fica até difícil de responder, porque a pessoa não quer saber a sua opinião, só quer falar e falar. Quando a gente tem intimidade, como é o seu caso com a sua irmã, é tranquilo a gente falar pra pessoa que ainda não terminamos de falar. Mas no trabalho por exemplo, fica chato falarmos isso porque as pessoas podem levar para o lado pessoal. O jeito é tentar se cercar de pessoas que se importam conosco, porque o que eu percebo é que pessoas que se importam com a gente, se importam com as coisas que falamos, com as coisas que acontecem na nossa vida. Beijos pra você.

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  14. Yuka,
    Não sabia que vc tem um blog e eu adoro blogs. Não sei se vc lembra de mim . Nat das aulas com a Eloah no ateliê da Ida.
    Só queria dizer que de repente lembrei de vc e fui tentar te procurar nas redes e encontrei esse espaço maravilhoso ! Obrigada ! Estou adorando seus posts. Beijão

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    1. Oi Nat, claro que me lembro de você. Faz acho que uns 3 anos que parei de fazer as aulas de patchwork, sabe que até hoje ainda sinto saudades das pessoas, das aulas, daquela casa com quintal maravilhoso… Esse blog eu tenho há um tempão, mas acabo nem divulgando rsrs. Que bom que você me achou, fiquei feliz!!! Beijos, saudades de você.

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      1. Saudades !
        Com duas filhas pequenas sei que o tempo é apertado , mas se der me envia um e-mail com seu contato e quando vc quiser adoraria te ver , mesmo que seja só para um abracinho. Beijo

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  15. Oi Yuka. Sou uma ouvinte. Rs. Prefiro. Sou reservada não gosto de dar satisfação. Mas, com os anos, notei que é preciso falar e compartilhar. Tenho conhecidos que falam muito e esquecem de ouvir… chamo de audicao seletiva. Rs. Tem só os curiosos.
    mas como ouvinte eu tenho dificuldade para distinguir aqueles que só querem desabafar. Um tapinha nas costas, concordar/ confortar ou uma segunda opinião.
    Mas na dúvida eu só opino quando tenho liberdade.
    Abraços. E Obrigada pelo texto. Amei.

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    1. Oi Pam, que bom que você é uma ouvinte, porque acho que é mais fácil encontrar uma pessoa que fala muito do que encontrar uma ouvinte. Ouvintes têm se tornado uma raridade rsrs. Eu já fui muito faladeira, mas com o tempo, percebo que estou preferindo ouvir mais. Cometi alguns erros como dar conselhos fervorosos, sabe? Eu sempre fui muito intensa, muito verdadeira, e quando me pedem conselhos, eu levo muito a sério, nunca gostei de dar conselhos levianos como “vai dar tudo certo”. Só que tenho percebido que as pessoas chegam, choram e desabafam, pedem conselho, e depois de receberem os conselhos que muitas vezes não é fácil de dizer, para depois voltar com aquela pessoa e você fica com aquela cara de vamos dizer… de bunda. A pessoa toda feliz e você toda sem graça por ter falado umas verdades. Bom, diante disso, talvez um tapinha nas costas e confortar seja a melhor opção. Não são todas as pessoas que querem mudar de verdade. Você faz certinho opinando só quando tem liberdade. Um beijo pra você.

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  16. como gosto e g faço questão de ler cada texto não pare pq vc me inspira viver melhor e melhor q isso viver por mim mesma, sob meu próprio olhar. a gente descobre que ouvimos pouco e que na maioria das vezes não somos ouvido, principalmente por quem esta no nosso cotidiano.

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    1. Oi Kesia, é verdade. Eu mesma sou essas duas pessoas, sou ouvinte, mas ao mesmo tempo às vezes atropelo algumas pessoas na hora de falar. Toda vez que eu percebo eu volto atrás e continuo prestando atenção no que a outra pessoa estava dizendo. É um eterno exercício de respeito ao próximo. Muito obrigada pelo comentário carinhoso. Um beijo pra você.

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  17. Oi Yuka, gosto muitos dos seus textos, qdo li fiz muito o “mea culpa” (não sei se escreve assim), eu tenho DDA (disturbio de atenção) não presto atenção em quase nada, qdo conversam comigo um pouco eu assimilo um pouco eu me perco, devo ser esse tipo de pessoa que não pergunta: qual a terceira coisa!!! que feio né! mas não controlo, qdo vejo até já interrompi a pessoa que estava falando!! depois que eu li que os DDA’s fazem isso passei a me policiar mais. Tem uma amiga pior que eu, o dialogo é dificil entre a gnt … nas nos gostamos muito… meu marido sempre reclamava, dizendo que eu sempre o interrompia agora me controlo um pouco…

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    1. Oi Andreia, é verdade, você havia comentado que tem DDA. Mas olha que coisa boa, você já está conseguindo melhorar, seu marido já até percebeu sua evolução. Acho que é isso mesmo, cada um no seu tempo e no seu limite, a gente vai melhorando como ser humano. Você que tem DDA não deve ser nada fácil, mas perceber essas coisas já é meio caminho andado. Vamos evoluindo juntas. Beijos.

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      1. Oi Yuka, obrigada pela resposta!!! Eu sofria muito com meu DDA nos empregos anteriores, eu trabalhei em multinacionais e a cobrança é enorme, (o salario tb, hehehe) daí fiz minha independência financeira e ocupo um cargo que ganho menos e tenho menos cobrança, aqui dá pra disfarçar bem o DDA, qdo vem alguém me cobrir ficam abismados de como deixei o setor arrumado pra receber a cobertura: tudo com lembretes calendário gigante cheio de anotações, mas na verdade essas anotações são pra mim mesma… o minimalismo me ajuda a ter menos coisas pra cuidar, pra lembrar e assim me é libertador!!! um beijo pra vc e suas meninas…

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  18. Oi Yuka,
    Pois é, isso é a cultura brasileira, a cultura que o povo acha tão bonita e super rica, mas que na verdade é tão pobre e medíocre que não sabe nem RESPEITAR. No Brasil só se fala em AMAR, AMAR E AMAR O PRÓXIMO, deveriam trocar pelo RESPEITAR E RESPEITAR O PRÓXIMO!. Na japão é assim, ninguém tá nem aí se os vizinham se amam, se os estranhos que andam pela rua se amam ou se colegas de trabalho se amam, o que importa é se todos eles se respeitam, o japonês pode odiar o vizinho, mas ele vai respeitá-lo. E o colega que se diz amigo vai saber respeitar uma amizade. E saber respeitar consequentemente permite que as pessoas escutem umas as outras. No Japão as pessoas realmente param p escutar, é impressionante, e se interromper a fala já é motivo de fazer cara feia, e ser chamado de sem educação. O Brasil só vai mudar qdo a cultura mudar p melhor. Enquanto isso, tem que ir descartando essas pessoas vazias de significado, assim como vc faz! Ao invés de acumular.

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    1. Oi Suh, acho que o complicado do Brasil é que muitos querem direitos, mas esquecem dos deveres. Falam em combate à corrupção, mas relevam a corrupção pequena do dia-a-dia. Nesse período em que se passaram as eleições, eu ouvi muitas pessoas falarem lindamente sobre combate à corrupção. Mas essas mesmas pessoas usam carteirinha de estudante falsa, falam que são professores de instituição pública para entrar de graça em alguns estabelecimentos como museus. Esses são só alguns exemplos do que presencio diariamente. Enquanto pessoas pensarem apenas no benefício próprio, ao invés de pensar no coletivo, infelizmente, dificilmente algo mudará. Beijos.

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      1. Vc me fez lembrar um dos piores exemplos de corrupção q ocorre mto na base da sociedade: Ter que pagar o famoso “agrado” p o açougueiro para que ele te dê um pedaço descente da peça de carne. Isso me deixa tão frustrada!!!!

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        1. Pois é, é bem isso mesmo. Por isso eu sempre peço para o meu marido me alertar, caso sem eu perceber, esteja fazendo algo parecido. Não que eu concorde com os impostos cobrados (e não obter retorno na saúde, educação, segurança etc), mas a última coisa que eu quero é tirar vantagens em benefício próprio como algumas pessoas que eu conheço fazem…..

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  19. yuka, boa tarde. ñão me leve a mal, mas voce percebeu que nao conseguiu ser amiga da tal pessoa que so falava dela, pq voce tambem nao soube ouvir e queria falar de si mesmo? adoro voce. E sou seguidora, por isso quis falar meu ponto de vista.

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    1. Oi Rafaella, não achei ruim não, não se preocupe 🙂 Então, sobre a colega, é que eu dei só 1 exemplo do que acontecia, mas quando ela contava as coisas dela, eu costumava perguntar sobre o assunto que estava conversando, para justamente dar a continuidade ao que ela estava falando. Só que comecei a cansar, porque só eu perguntava e ela não se interessava pelos meus assuntos, então foi aí que eu parei de contar as minhas coisas. Hoje fico só nos assuntos superficiais, não conto o que acontece em casa, onde eu fui viajar, o que eu fiz no fim de semana, não conto mais nada. Reservo esses assuntos para pessoas que têm interesse em ouvir rsrs. Beijo pra você.

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  20. Em tempos de redes sociais, as pessoas estão mais conectadas umas com as outras do que nunca; todo mundo está muito próximo e, ao mesmo tempo, muito distante dos outros, na medida que as pessoas não estão realmente interessadas no outro, o interesse é, unicamente, pessoal; elas estão interessadas em alguém que as ouça, acolha, concorde com o ponto de vista delas. Não existe interesse genuíno em troca, em ouvir a opinião do outro, pensar, ponderar a respeito, tomar um posicionamento a respeito do assunto e, a partir daí, concordar ou discordar da opinião do outro . Na medida que discordamos do ponto de vista alheio, imediatamente, nos tornamos “inimigos” da pessoa, que, estando protegidas atras da tela do dispositivo eletrônico que estiver usando (computador, tablet, celular), começa a nos agredir, mesmo. Não existe troca, diálogo . Se você concordar com ela, você é maravilhosa, se discordar, é uma escrota . Infelizmente é o que tenho presenciado e, eu que quase não uso redes sociais, tenho vontade cada vez menor de fazê-lo .
    As pessoas não querem saber sua opinião, elas querem ouvir a opinião delas, saindo da sua boca .
    Soraya

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    1. Oi Soraya, a internet possibilitou que vivêssemos em bolhas… explico.. antigamente, mesmo quando não concordávamos com a opinião de alguém, tínhamos que conviver com aquela pessoa. Então por bem ou por mal, ouvíamos o que aquela pessoa tinha a dizer e apesar de não concordar, respeitávamos. Com a internet, parece que tudo isso mudou… nos tornamos mais “corajosos” ao falar pela internet. Por não estarmos mais cara a cara, falar coisas duras sem olhar nos olhos dos outros é mais fácil. Você tem toda razão quando escreveu: “as pessoas não querem saber sua opinião, elas querem ouvir a opinião delas, saindo da sua boca”. Infelizmente sim. Por isso, se encontrou alguém que esteja disposto a ouvir, e vou além, e essa pessoa fala o que precisa ser falado (mesmo que não seja aquilo que a gente queira ouvir), considere que encontrou um grande amigo. Coisa rara hoje em dia… Beijos.

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  21. Olá Yuka
    Nossa, esse post é uma das maiores verdades da nossa atual realidade.
    Parece que tudo se resume a uma competição, eu me diverti mais, eu sofri mais, ah o meu foi desse jeito, como se fosse vital evidenciar o que eu fiz, como eu agi, e a escuta qualificada? Onde fica?
    Já tinha notado isso há algum tempo, fica difícil estabelecer vínculos com quem não escuta, acredito que isso em parte é culpa do excesso de informação, desse consumismo desenfreado e da rotina agitada, aí no fundo o outro quer ser notado no meio de tanta turbulência, triste, mas fazer o que, já notei que são poucos os amigos que de fato me escutam, fico feliz em ler esse post, é bom saber que tem gente atenta e que não fica monologando.

    PS: Não sei se ti conhece um livro chamado: Comunicação Não Violenta, ele é ótimo, super recomendo, aponta para uns vícios que temos e que podem prejudicar a comunicação clara.

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    1. Oi Jullio, realmente, tem sido difícil estabelecer vínculos no mundo moderno. Concordo que o excesso de informação deve deixar a pessoa meio ansiosa de querer contar tudo, esquecendo muitas vezes de ouvir a outra pessoa. Você disse que são poucos os amigos que de fato escutam você. Então sinta-se privilegiado por ter pessoas que te escutam. São essas pessoas que precisamos cuidar e cultivar, para que a amizade nunca definhe. Eu conheço sim, esse livro “comunicação não violenta”, mas ainda não li. Vou deixar na minha lista de livros para ler. Um beijo pra você. E obrigada pela dica da leitura (adoro ler livros!)

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