Auto-Conhecimento

A decisão de não ser mãe: preconceito e pressão social

não ser mãe

O post de hoje vai falar especificamente de mulheres, porque são as que mais sofrem pressão social para terem filhos.

Eu tenho 36 anos, e a maioria dos que estão a minha volta também têm essa idade, entre 30 a 40 anos. Para muitas mulheres, é um período crucial por causa do relógio biológico, mas para algumas, esse período não possui relação nenhuma com a vontade de ser mãe.

Eu tenho amigas que são mães, porque sempre quiseram ter filhos.

Também tenho amigas que estão ansiosas para serem mães.

Tenho amigas que tentaram engravidar, mas por diversos motivos não conseguiram.

Tem as que tiveram filhos por um descuido.

Há aquelas que geraram de forma independente.

Também há as que fizeram a adoção. Abriram o coração primeiro e tiveram os filhos do coração.

Há aquelas que mesmo sem vontade, têm filhos, só para não serem julgadas.

E finalmente, as que optaram em não terem filhos.

Acredito eu, que as que optaram em não terem filhos e as que não conseguiram engravidar, são as mais julgadas pela sociedade.

Dentre todas as opções, a mais triste, são aquelas pessoas que não tem vontade em serem mães, no fundo sabem que não querem um filho, mas terão, apenas por obrigação social. São aquelas pessoas que irão gerar filhos só para serem aceitas pelas sociedade.

Quando uma mulher decide que não quer ter um filho, é uma decisão que deve ser respeitada. É o direito de cada pessoa decidir o que é melhor para a vida dela.

Essa é uma decisão muito importante e delicada a ser tomada. Nem toda mulher nasce para ser mãe. Nem toda mulher quer ser mãe. E isso definitivamente não significa ser egoísta, ou fria, ou narcisista, ou individualista, ou precipitada. É uma decisão única, e com um profundo respeito à vida.

Digo respeito à vida, porque há pessoas que tem filhos e em nenhum momento pensaram na responsabilidade que isso traz. São filhos que possuem os cuidados terceirizados, o amor terceirizado.

Eu mesma, não tinha vontade de ser mãe antes de conhecer o meu marido. A vontade de ser mãe veio com o amor que sinto por ele. Houve um momento da nossa vida que estávamos muito felizes, mas sentíamos que faltava algo. Demorou para reconhecermos que esse algo, era um filho. Meu marido também nunca teve vontade de ser pai. Então quando decidimos que queríamos gerar um filho, foi uma decisão muito consciente e bonita.

Quando eu namorava meu marido, sempre perguntavam: “você vai casar quando?”. Depois a pergunta se transformou em: “quando vão ter filhos?”. Depois que tive a minha primeira filha, a pergunta virou: “e o segundo filho, quando vem?”. Atualmente as pessoas perguntam se vamos tentar ter um menino, já que tivemos duas meninas. E eu tenho certeza que se eu engravidasse pela terceira vez, as mesmas pessoas que estão me encorajando atualmente para ter um terceiro filho, me olhariam torto dizendo que é um exagero ter três filhos.

Por aí dá para perceber que as pessoas SEMPRE irão nos cobrar por algo. Então, já que vão cobrar de qualquer jeito, a melhor maneira é seguir o nosso coração, fazer o que o nosso coração manda. Quer ter filhos? Ótimo! Não quer ter filhos? Ótimo também!

A liberdade de escolha de ser mãe é uma conquista.

A liberdade de escolha de não ser mãe, também.

~ Yuka ~

45 comentários em “A decisão de não ser mãe: preconceito e pressão social

  1. Gratidão Yuka! suas palavras fazem carinho na nossa alma! essa decisão de ter ou não filhos seria muito mais tranquila se fosse tratada com mais naturalidade e respeito…viva a diferença!

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    1. Oi Cecilia, as pessoas tendem a achar que só porque aquela receita deu certo para ela, vai dar certo na vida de todos. A decisão de ter filhos ou não, é uma decisão individual. Infelizmente na vida real, se tornou uma decisão coletiva. Beijos.

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  2. Perfeito. Tenho 37 anos e atualmente minha decisão é não ter filhos. Talvez eu mude de ideia, talvez não. Há 8 meses minha mãe faleceu e grande parte das pessoas a minha volta me dizem que agora que “fiquei sozinha” eu “deveria ter um filho”. Nem perco meu tempo argumentando que não vou trazer uma pessoa ao mundo tentando substituir outra. Outro dia, uma colega de trabalho percebeu meu descoforto quando uma terceira colega me perguntou se eu não tinha um namorado sério para quem sabe ter um filho. Ela me disse que quando casou, todas as colegas de trabalho de diziam que só um filho completaria um casal. Quando ela engravidou, as mesmas começaram a dizer que ela nunca mais teria a mesma vida, o marido e tempo só para ela. E me aconselhou a seguir meu coração e não dar ouvidos a comentários de ninguém. Quando a gente fala em julgamento da sociedade, raramente pensa que a essa sociedade é composta também por mulheres, e o quanto é triste que uma mulher julgue a escolha da outra.

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    1. Oi Patrícia, exatamente!!! E vou te falar, a vida muda muito quando se tem filhos. Não é, definitivamente, uma tarefa fácil. São horas de sono perdido, dedicação exclusiva por anos, deixamos de fazer diversas coisas para ficar com os filhos. A relação do casal muda muito. Eu sempre digo para as minhas amigas, que um casamento com amor já possui muitos desafios, um casamento sem amor então deve ser muito difícil. Essa sua amiga que deu o conselho de seguir seu coração é muito sábia. Ela tem total razão quando disse que as próprias pessoas que aconselharam a ter filhos dizem que agora não teria mais a mesma vida. Por isso eu também não levo em consideração quando as pessoas perguntam pelo terceiro filho. Tenho certeza que me julgariam dizendo que estou super povoando o Planeta Terra rsrsr. Eu teria um terceiro filho por mim, pelo meu coração, nunca pelos outros. E sobre o julgamento das mulheres, também sinto isso. Às vezes até acho que as mulheres julgam muito mais que os homens… Beijos.

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  3. Muito obrigado por ajudar a iluminar algumas mentes. Tantas vezes que eu tento explicar que não é obrigatório ser mãe e tantas vezes eu levo com a resposta de que nunca me vou sentir plenamente realizada como mulher se não tiver um filho. 😐

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    1. Pois é, é aquela velha história das pessoas que acham que só porque é feliz de uma forma, todo mundo só vai ser feliz se fizerem as mesmas escolhas que ela… Só que não… Um beijo pra você.

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  4. No Brasil é tanta cobrança pra sermos mãe!!! Deveriam incentivar as adolescentes a estudar ter uma estrutura pra não depender de homem, mas ao contrário, ficam só perguntando de namorado, como se a mulher sem homem, não fosse completa, depois vem a cobrança de filhos!! Eu vi uma youtuber contando que na Alemanha se vc é mãe antes dos 30 eles acham muito estranho, lá é super comum mulheres mães após os 40 anos, algumas com 50. Aqui no brasil é um choque uma mulher com 45 gravida!!! Eu decidi ser mãe após os 35, foi muito dificil, pois já estava com meu marido desde os 21, até na padaria o pessoal perguntava: e o nenem vem quando??? Affffff……

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    1. É, Andreia, na verdade o pessoal gosta muito de se intrometer na vida alheia, essa é a verdade. Ao invés de auto cobrar melhorias na própria vida, como por exemplo ser uma esposa melhor, uma filha melhor, uma amiga melhor, é mais fácil cobrar os outros.

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  5. Que texto bom. Também não quero ter filhos e isso foi uma decisão tomada aos poucos. Meu marido e eu fomos percebendo que não queríamos. Hoje vejo que engravidar não quero. Sento uma simpatia maior pela adoção. Então se um dia eu for ser mãe, será adorando. Mas como sofro preconceito. Nossa, nunca pensei que fosse tão difícil. É muito desconfortável. E o preconceito vem de outras mulheres. Que horror! Já ouvi dizer que toda mulher tem que ser mãe… Ou que é um absurdo a mulher poder engravidar e não querer… Que vou me arrepender. Sinceramente, nunca pensei que seria tão difícil

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    1. Oi Lu, realmente, a impressão que dá é que as mulheres julgam muito as outras mulheres. Ao invés de nos apoiarmos uma a outra, nós colocamos uma contra a outra. Precisamos mudar isso. Sobre ter filhos ou não, você se arrependerá sim, se seguir o conselho dos outros. Por isso, siga seu coração. Beijos.

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  6. Oi Yuka,
    Conheci sei blog recentemente e me identifiquei muito. Hoje comento pela primeira vez. Eu estou justamente nessa fase da decisão, faço 35 anos esse ano. Me considero uma pessoa independente mas é incrível como os comentários sobre esse assunto me incomodam, alguns me deixam triste de verdade. Meu marido tem uma condição de saúde que é hereditária (30% de chance de passar aos filhos), então levo isso em consideração quando penso se desejo ser mãe (ainda não decidi). As pessoas da família dele, sabendo disso, são as que mais insistem no assunto! Esse lado da família infelizmente é machista e penso que não imaginam que temos direito de escolha, são da linha “casou tem que ter filhos”. E também tem os conhecidos que não tem idéia da doença do meu marido, e nos questionam, não sabendo que já sofremos bastante por isso, nós deixam em situação delicada. Não deveria me deixar abater, mas às vezes se torna difícil. É aquele ditado, seja gentil pois não sabe pelo que o outro está passando. Um abraço!

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    1. Oi Ana, realmente é difícil lidar com o julgamento de terceiros. Por mais que saibamos que não devemos dar valor, é quase impossível não prestar atenção, nem que seja um pouco, em relação ao que os outros falam. Enquanto lia seu comentário, lembrei muito de um vídeo que assisti há alguns anos… Sobre a importância em ter empatia. Beijos. https://www.youtube.com/watch?v=5SaJdQMYxhk

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  7. Perfeito seu texto. Confesso que já tive preconceito com mulheres que não queriam ter filhos. Hoje eu as entendo perfeitamente, apesar de ter uma filha e querer sim, aumentar a família. O segundo filho porém virá de uma vontade genuína e de uma decisão muito mais consciente. Amo minha filha mais que qualquer pessoa em minha vida,mas desconstruí totalmente a maternidade romântica que coloquei na minha cabeça. Como você falou,julgamentos sempre virão. As pessoas hoje que me incentivam a ter outro filho são as mesmas que me chamarão de louca e “corajosa” quando eu engravidar novamente. Fui aprendendo ao longo dos meus 36 anos de vida também que cada um deve fazer seu caminho.

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    1. Isso mesmo, nós devemos tentar ao máximo fazer o que nos agrada, não o que agradam as outras pessoas. Sempre terão pessoas que olharão torto pelas coisas que fazemos, e isso é inevitável. Então que sejamos pelo menos felizes. Beijos.

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  8. Oi Yuka! Atualmente tenho 26 anos e já (pra mim é já hehehe) me cobram para ser mãe, acredita?! Há dois dias conversei no serviço que pretendo ser mãe apenas após os 33 anos, e ouvi absurdos! Quer saber?! As pessoas só querem que você concorde com elas! Nem sei porque me perguntam quando pretendo ser mãe, a minha resposta é sempre a mesma e as reações também!

    Boa semana!!!

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    1. Oi Fernanda, antes eu fazia isso também, eu sempre falava “daqui a 5 anos”. Só que os 5 anos nunca diminuíam, se a pessoa perguntasse passados 2 anos, a minha resposta ainda era “daqui a 5 anos”. Desta forma, as pessoas nem perguntavam mais. As pessoas só querem ouvir respostas prontas. Beijos e boa semana pra você.

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  9. Que maravilha ler um texto seu sobre esse assunto! Vou fazer 34 anos e ainda tenho muitas dúvidas em relação a ter filho e estou sofrendo muito com isso. Eu me sinto feliz e realizada na vida pessoal e profissional e tenho receio de mudar esse cenário tendo um filho, mas tem dias que eu tenho muita vontade de ter um filho ou adotar um… Estou fazendo muita meditação para acalmar essa angústia! Além da cobrança e pressão interna vem a pressão da sociedade. Fora isso, ainda tenho que lidar com as mulheres que se sentem superiores por já serem mães.. Para gente ver como ainda é muito difícil ser mulher!

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    1. Oi Maria, tudo bem com você?
      Sei bem isso que você comentou, de que algumas mulheres se sentirem superiores por já serem mães. Eu ficava muito brava com isso, por várias vezes voltei pra casa super irritada por perceber que algumas pessoas me tratavam diferente por eu não ser mãe, ou achar que eu não entendia por não ser mãe “ah, mas você não vai entender, você não é mãe…”. E te digo mais, todas as opiniões que eu tinha antes de ser mãe, permanecem. Ou seja, eu não mudei pelo fato de ter me tornado mãe rsrs. Sobre ter filhos ou não, é uma decisão difícil mesmo. Quando estou na dúvida, gosto muito de ir por exclusão, pra mim ajuda muito a tomada de decisão. Por exemplo: vou me arrepender mais se eu tiver um filho antes de me sentir preparada, ou esperar mais alguns anos e na hora que eu decidir engravidar, não conseguir mais? (Aliás, essa foi exatamente a pergunta que eu e meu marido nos fizemos quando já sabíamos que queríamos, mas não sabíamos para quando). Um beijo pra você.

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      1. Olá Yuka! Pensei MT na dica que vc deu sobre decidir entre ter filho ou não, sobre qual arrependimento seria maior… e eu percebi que ficaria muito mais triste no futuro se não tivesse um filho.. e adivinhe só, na primeira tentativa depois da decisão eu engravidei!! Queria te contar pq os seus textos sobre maternidade me ajudaram e Ainda me ajudam muito! Espero ter a mesma sabedoria que vc tem na criação de suas filhas! Estou mt feliz e muito obrigada de coração por me ajudar a ver esse mundo da maternidade com olhos de amor! Beijos

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        1. Oi Maria, ohhhh parabénssss! Tô muito feliz por você ter usado a minha tática de exclusão rsrs. Funciona, né? Eu uso essa tática para praticamente tudo na minha vida, porque não é sempre que temos a certeza do que queremos, não é? Quando tiver alguma dúvida, não hesite em me mandar alguma pergunta, se eu souber a resposta, com certeza te ajudarei. Um beijo e boa sorte na sua nova jornada como mamãe.

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  10. Excelente texto! É bem isso. As opiniões dos outros sobre nós, ainda assim são opiniões DOS OUTROS sobre nós. Devemos respeitar a liberdade de todo mundo – inclusive a nossa própria.

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    1. Oi Julia, estava conversando sobre isso com meu marido, da mesma forma que as pessoas não me conhecem a fundo, eu também não conheço os outros a fundo. E por isso mesmo, não temos como, e o direito de julgar. Beijos.

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  11. Ola Yuka. Sempre faço comemtarios publicos em seu blog. Mas gostaria de comentar esse texto de forma privada. Como posso fazer isso? Ha algum email para contato?

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  12. Olá Yuka
    Gostei demais de conhecer seu blog, pois em mtos aspectos somos bem parecidas. Jamais quis ser mãe e tinha minha vida planejada desde os meus doze anos, mas tive um relacionamento longo que se iniciou aos dezessete anos – meu primeiro namorado. Conforme o tempo ia passando as perguntas eram inevitáveis: qdo irão se casar? qdo irão ter filhos? Decidi que não queria me casar e nem ser mãe aos quinze anos e mantive essa decisão desde então. Já sou mãe e sempre o fui – de felinos. Amo gatos! Eles são os únicos filhos que sempre tive e quero ter, lembro-me de todos os que tive ao longo de minha vida, aliás eu amo animais, não apenas os felinos, mas estes são os prediletos…Porém apesar da pressão eu nunca me intimidei, sei mto bem o que quero e ninguém vai me dizer o que fazer de minha vida. Parabéns por sua lucidez e maturidade – raras em nosso país, devo dizer. Bjs..

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    1. Oi Márcia, agora imagine se você tivesse feito a vontade das outras pessoas, e ter tido um filho, ou vários filhos. Certamente, você não seria a pessoa que é hoje. O que as pessoas precisam entender de uma vez por todas é que não precisamos encaixar em formas, podemos cada um ter formatos, tamanhos, pensamentos e ideias diferentes. E tá tudo bem. Obrigada pelo elogios rsrs. Beijos.

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  13. Olá Yuka, que texto fantástico! Acho muito importante falar sobre isso e conscientizar principalmente as mulheres a não cobrar as outras por isso e nem romantizar a maternidade. Eu tenho 27 anos e sei claramente que não quero ter filhos, mas as vezes respondo que no futuro quero só para evitar todo esse trabalho de explicar meu ponto de vista. Já me perguntaram quem cuidaria de mim quando idosa, como se filho fosse algum tipo de seguro. Espero que a cada dia mais mulheres percebam que esse instinto materno na maioria das vezes não existe.

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    1. Oi Josi, essa história de contar com os filhos na velhice não é garantido, da mesma forma que não é garantido que eles irão conseguir ajudar os pais financeiramente. Eles podem estar numa situação mais difícil, o futuro ninguém sabe. Pena que muita gente não entende isso, né? Beijos pra você.

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  14. Oi de novo Yuuka!
    Desde os 7 anos eu já não queria ter filhos, virei adolescente e continuei pensando assim, depois de adulta tbm, agora, com 28, tbm…realmente, não nasci com esse dom, é para poucas mulheres. Em compensação tenho animais de estimação, e as pessoas me questionam porquê n quero ter filhos, e eu tbm não quero casar, e as pessoas me olham como se eu tivesse algum problema, pode até ser sabe, sou mto excêntrica…hahahaha…mas não vejo sentido em uniões de longo prazo…e nem vejo sentido em colocar mais humanos na terra…enfim…
    Bjo!

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    1. Oi Suh, vejo que você é super bem resolvida, acho isso muito legal. Um filho tem que ser gerado por amor, não por obrigação social. Agora preciso ir, minha filha está me chamando rs. Beijos e bom feriado pra você.

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  15. Olá, Yuka!

    Mais um excelente texto!
    Tenho 39 anos e, embora tenha o desejo de ser mãe, não encontrei um companheiro para partilhar a vida e filhos.
    O departamento onde trabalho é composto por 95% de colegas homens, então você pode imaginar o quanto eles “brincam” com essa situação…
    No início eu ficava chateada, me sentindo inferior, aquilo me machucava demais!
    Com o passar do tempo, não me permiti mais me sentir assim, percebi que nós é que abrimos espaço para que os outros nos firam.

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    1. Oi Priscila, e também tem outro ponto. Se alguém não quer ficar com a gente, quem tá perdendo a oportunidade de ouro não somos nós, são eles. Eu penso isso em relação à amizade também. Eu me considero uma super amiga, então se alguém não me dá a oportunidade de me tornar amiga daquela pessoa, quem tá perdendo definitivamente não sou eu. Claro que a gente tem que deixar as portas abertas para as oportunidades entrarem, mas não deixe ninguém te machucar por causa de brincadeiras. Um beijo pra você.

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  16. Esse texto foi perfeito para mim. Sou casada há 12 anos e sempre houve muita cobrança. Demorei para tentar engravidar e quando tentei, descobri que tinha problema nas trompas e por isso não engravidava. Já estava com 40 anos e procuramos uma clínica de reprodução. Após 2 FIVS mal-sucedidas (tratamento muito doloroso e puxado), o médico disse que meus óvulos estavam velhos e por isso eu não conseguia embriões viáveis. Meu esposo é maravilhoso e super compreensivo, nunca me cobrou nada. Mas as pessoas são crueis. Acredita que até a minha depiladora me falou absurdos do tipo: “viaje com seu marido, porque, afinal de contas, se você é feliz sem filhos, fazer o quê né?” e a outra pérola: “não fique chateada, talvez você não fosse ser boa mãe mesmo”. É uma total falta de noção, de humanidade e de invasão de privacidade….o pior foi o comentário da prima do meu marido (que provavelmente sabe que tentamos ter filhos e não conseguimos. Ela tem filhos e delega todo o cuidado com eles a uma empregada, acredita?): “fulana ficou x anos tentando e não conseguiu, daí, adotou cachorros pra substituir os filhos, coitada”. Fiquei muito chateada com esses comentários. São de muita falta de educação. Mesmo que eu tivesse filhos, jamais faria esse tipo de observação para pessoas que não os tem, porque a gente não sabe a história de cada um e não pode julgar. Não temos esse direito. Daí, minha postura a partir de então é me manter afastada de pessoas tóxicas, como essas que citei e evitar, a todo custo, de comentar minha vida com os outros. Infelizmente, nossa sociedade é machista, hipócrita e conservadora e não está preparada para muita coisa. Abraços e parabéns pelo lindo texto!

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    1. Oi Renata. As pessoas são muito sem noção mesmo. Lembro que quando eu não era mãe e falava algo sobre crianças, uma pessoa sempre falava pra mim “você fala isso porque você não é mãe”, “você não sabe o que é ser mãe”, “o dia que você for mãe você vai entender o que estou dizendo”… nossa, eu ficava muito indignada. Era como se eu valesse menos por não ser mãe. Nessas horas eu prometia a mim mesma para eu nunca esquecer essas palavras para eu não cometer esse tipo de grosseria com outras pessoas. A estratégia que você usa é a mesma que eu uso: afastar de pessoas tóxicas e não comentar da própria vida para pessoas que não são amigos verdadeiros, e se unir ainda mais ao seu marido. É o melhor que você pode fazer. Um beijo pra você.

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      1. Obrigada, querida! É isso mesmo que tenho feito. Afinal de contas, quem deve cuidar da nossa vida, somos nós mesmos e não os outros. Meu marido é muito tranquilo, ele sempre diz que cobranças e gente sem noção sempre vai haver. O importante é saber filtrar o que não presta, deixar entrar por um ouvido e sair pelo outro. Beijos!

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  17. Eu sou cobrada diariamente, tem pessoas que até se afastaram de mim por não querer ter filhos, tenho medo até de um dia sofrer algum tipo de violência por causa disso, tem pessoas que não aceitam e ponto final.

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    1. Oi Anna, as pessoas cobram dos outros, porque ao invés de olhar para a própria vida, preferem apontar o dedo e julgar, porque é mais fácil. Não ligue. Não comente da sua vida, evite expor suas opiniões. Infelizmente, há ambientes em que não podemos ser o que somos. Beijos.

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