Minimalismo

Não é mais rico quem tem mais, mas quem precisa menos

riqueza

Essa é uma frase budista.

A gente sempre acha que a felicidade está logo ali, mas nunca aqui.

A gente almeja mais e mais, sempre buscando por algo maior, mais caro, não percebendo que é uma busca incessante, sem fim. Uma armadilha do consumo e da expectativa.

O minimalismo tem estado na moda nestes últimos anos. Mas seguir um estilo de vida minimalista não é tão fácil como parece, pois para isso é necessário muito autoconhecimento, se afastar dos conceitos preconcebidos, reconhecer-se e curar das inseguranças que possuímos.

Se estamos bem, não sentimos necessidade de atender as demandas impostas pela sociedade e conseguimos desapegar de pessoas e de objetos.

Geralmente, consumir excessivamente é a forma que encontramos para preencher a sensação de vazio que reina dentro de nós. E assim descobrimos muitas vezes que o descontrole financeiro não é a causa, e sim a consequência.

Compramos para nos sentir incluídas em um grupo. Compramos para nos sentir amadas. Compramos para preencher o tempo ocioso.

Ao consumir de forma desnecessária, além do dinheiro gasto, perdemos tempo de vida para cuidar e manter o objeto em casa.

Veja o exemplo de ricos e famosos ostentando jatinhos, iates, mansões… como deve dar trabalho mantê-los.

Veja colegas se apertando financeiramente para ter um padrão de vida que não conseguem manter.

E finalmente chego a conclusão de que aquele que precisa de pouco para viver, está livre da escravidão do consumo.

– Yuka –

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33 comentários em “Não é mais rico quem tem mais, mas quem precisa menos

  1. Como sempre um texto enriquecedor, por isso eu sou mais eu. To nem ai se o que tem me faz já muito feliz. Se não preciso de muitas coisas materiais.
    E como você mesma diz, a gente fica até mais leve e as coisas fluem da melhor maneira possível.
    Já estou muito feliz com o pouco que tenho para mim já o bastante!
    Super bjs e abraços querida Yuka ❤
    Ótima semana 😉
    Dri 🙂

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  2. Que texto maravilhoso! Concordo 100%! No começo parece tão difícil nos livrarmos de certas coisas que consideramos indispensáveis, achamos difícil lidar com o julgamento alheio…. mas quando estamos felizes e satisfeitos por dentro, nada nos abala!! E quanto mais nos desapegamos das coisas, mais vemos como precisamos de pouco pra viver!! (Obs: vendi mesmo meu carro, e consegui vender apenas 2 dias após ter anunciado! Estou com menos uma preocupação, menos uma draga de dinheiro, com mais dinheiro investido e MUITO FELIZ pela liberdade e tranquilidade que isso me proporcionou!!). Um grande abraço e ótima semana!!

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    1. Oi Camila, sério que você vendeu seu carro? Corajosa! E nem se preocupe que sua família vai se acostumar com o tempo rs. Quando eu deixei de usar o carro eu senti muita falta, inclusive cansaço físico, já que a preguiça era tanta que eu ia até para a padaria de carro. Se vendeu com apenas 2 dias de anunciado, significa uma coisa: o preço estava bom. Bom para quem comprou, bom para quem vendeu. Também fiz a mesma coisa quando vendi meu apartamento. Algumas pessoas falavam que eu estava vendendo muito barato, mas o preço estava bom para mim e quem comprou ficou muito feliz com o preço que pagou. Quando a gente aprende que desapegar não dói, a gente aprende a soltar as amarras que nos prendem. Menos coisas e mais dinheiro no bolso. É isso mesmo!!! Um beijo pra você.

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  3. Yuka,

    Me identifiquei muito com seu post, pois também acredito que quanto mais coisas possuímos, mais tempo gastaremos organizando e arrumando tudo isso.

    Tudo na vida precisa ter equilíbrio e com o marketing criando novas “necessidades” a todo momento, o equilíbrio da maioria das pessoas fica a cada dia mais tendencioso ao consumo, o que é ruim para a saúde financeira e péssimo para a sustentabilidade.

    “aquele que precisa de pouco para viver, está livre da escravidão do consumo.”
    Gostei muito dessa última frase, você fechou o texto com chave de ouro. Vou publicá-la no meu Twitter (com os devidos créditos).

    Abraços,

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  4. Olá Yuka. Li seu post de hoje e achei maravilhoso, mas não ia comentar. Só que, depois de ler o post, resolvi dar uma passada em outro blog que leio de vez em quando e a moça dizia que uma amiga havia se queixado de estar gastando muito em roupas por causa das redes sociais, pois roupas usadas mais de uma vez podem parecer repetitivas nas redes sociais, se usada mais de uma vez. É triste ver quanta gente ainda é escrava desse consumismo desenfreado e dependente da aprovação alheia.

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    1. Oi Cláudia, o primeiro passo é reconhecer que somos vítimas da escravidão moderna. Sem esse reconhecimento, não há como sair dele. Há uma frase muito famosa da Harriet Tubman que diz “Libertei mil escravos. Podia ter libertado outros mil se eles soubessem que eram escravos”. Infelizmente a maioria das pessoas defendem esse sistema pois acham que são livres. Beijos pra você.

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  5. Segunda é dia de… correr aqui para o blog… um exercício diário… precisar menos… está tão incorporada a cultura do “eu preciso mais” que sim, estou reprogramando, reacostumando a dizer, entender e viver “precisando de menos”. Uma linda semana 😘

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  6. Perfeito o texto. Acredito que hoje também temos uma escravidão intelectual. As pessoas vão fazendo cursos,faculdades,especializações… Mas não aprendem. Querem apenas mais um curso para ostentar. Acho que isto explica muita gente intelectualizada mas totalmente ignorante em muitas coisas,não sabendo por exemplo tratar as pessoas de forma gentil. É um mundo complicado este viu.

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    1. Tem toda razão. Conheço várias pessoas que possuem muitos títulos, mas não sabe nem falar bom dia. Ou até mesmo pais que ficam orgulhosos pelo filho falar inglês, mas não percebem que os mesmos não sabem falar bom dia, obrigado, desculpe, com licença…

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  7. É libertador viver assim, mas também temos que tomar cuidado de nos apegarmos demais a “não ter nada” e deixarmos de consumir o que nos interessa.
    Bj e fk c Deus.
    Nana – procurandoamigosvirtuais.blogspot.com

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  8. Yuka, seu blog é como um retiro de férias para mim! É acolhedor, limpo, leve e sofisticado. A cada post você demonstra um nível de evolução incrível e altíssimo. Tudo o que eu penso está completamente detalhado neste artigo. Parabéns pelas sábias palavras!

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    1. Oi Fernanda. Muito obrigada pelas palavras. É incrível como pensar fora da caixa pode ser vista como “não ser inteligente” para muitas pessoas. Aqui (no blog) eu encontrei o espaço para desaguar ideias e emoções. Obrigada por me acompanhar. Beijos.

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  9. Sim, esse é um exercício diário. Por mais avançada que esteja em não comprar, o mundo nos empurra para isso e toda hora estamos pensando em alguma coisa que ‘precisa’. Vivemos na sociedade da escassez, sempre faltando alguma coisa em meio ao excesso.

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  10. Perfeito. Gosto mais da ideia de compreender a essencia do minimalismo e aplicar na minha realidade de acordo com o meu aprendizado, meu autoconhecimento. Mais descoberta individual e menos fórmulas prontas!

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  11. Tão bom ser livre de “tralhas”, sim porque ter uma casa, um carro, um monte de bens materiais etc são empecilhos na nossa vida. Eu e o meu marido mudamos muito de país, e nós gostamos de viver descomplicadamente, com poucas coisas, caso contrário não conseguiriamos ter a liberdade de fazer uma mala e iniciar uma nova etapa das nossas vidas noutro país. E quanto mais nos desapegamos das coisas, menos nos identificamos com elas e mais fácil a vida se torna. 🙂

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    1. Oi Andreia, vocês já são bem evoluídos. Eu e meu marido estamos a cada ano vivendo com menos coisas. E a cada objeto a menos, sentimos que a vida vai se tornando mais fácil. Beijos.

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