Auto-Conhecimento

Sociedade baseada em rótulos

rotulos
Fonte: Pinterest

Gosto sempre que possível, compartilhar por aqui algumas situações que enfrento por levar minha vida simples. A ideia não é criticar quem faz diferente, mas dar apoio às pessoas que tentam levar um estilo de vida menos consumista (saibam que não estão sozinhas).

Como vocês sabem, estou grávida e provavelmente estou esperando uma menina. Digo provavelmente, porque há ainda uma chance de erro de 30%. Ao comentar isso com os colegas de trabalho, informei que se for uma menina, não precisarei comprar nada porque eu (sabendo que ainda teria mais filhos) guardei todas as roupinhas da minha filha. E me chamaram de pão-dura.

Saibam que eu não me ofendo fácil, nem fico chateada com estes rótulos. Só acho engraçado a sociedade achar tão natural comprar-comprar-comprar, mesmo não precisando comprar. Se eu já tenho um berço, o colchão, a banheira, as roupinhas (que estão limpas e quase novas), os sapatinhos e brinquedos, para quê comprar algo que não estou precisando?

Aliás, fui numa festa de aniversário de 1 ano de um primo meu, e estava tudo muito lindo. Só que não consigo deixar de imaginar, como os pais administram os 100 brinquedos ganhados de uma única vez? Entrega-se tudo para o filho? Ou guarda-se e libera 1 brinquedo por semana?

Para a alegria da minha filha, ela também ganhou um presente da prima. E desde que entreguei este único presente, ela brinca, tira, chacoalha, traz para perto para me mostrar, enfim, ela brinca até dizer chega. Foi quando pensei nos pais que administram 100 brinquedos.

Muitos podem achar que o amor dos pais é proporcional à quantidade de brinquedos que uma criança possui. Ou das roupas novas e caras, sinal de uma criança bem cuidada.

A sociedade que se baseia em rótulos diz que “sim”.

E eu digo “não necessariamente”.

~ Yuka ~

31 comentários em “Sociedade baseada em rótulos

  1. As pessoas acham certo ou normal comprar, comprar, comprar simplesmente pq a maioria das pessoas seguem esse caminho, pq a televisão, a internet, as redes sociais e própria sociedade fez disso uma necessidade para todas as pessoas. Se você faz diferente, você no mínimo é esquisito, brega, cafona ou até “pão duro”. Eu só sei que o segredo, em primeiro lugar, é não se importa com que os o”utros” vão pensar. Se vou estar sendo isso ou aquilo, não ligo. Eu gosto mesmo é de ser diferente dos “outros”. Esses “outros” não podem decidir sobre minha vida, meu comportamento, minhas escolhas. Você está certíssima em mostrar às suas filhas o verdadeiro sentido da vida, que não está nos brinquedos caros, mas sim nas brincadeiras que as deixam felizes. São os momentos que ficam na memória, não as coisas.

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  2. Amiga, vc está super certa!
    Também não imagino administrar 100 brinquedos e mesmo não estando inserida no contexto minimalista, não vejo necessidade de tantas coisas. E sinceramente? Acho muito feio comprar quilos de roupas para as crianças e depois ficar nos sites de desapego vendo, pois as roupas foram caras e tal. Poxa, acho mais bonito doar para quem precisa e se essa pessoa for cuidadosa, esta mesma roupa servirá para mais duas ou três crianças.
    Estou grávida de 5 meses, não comprei quase nada, estou aguardando as doações e faria uma triagem para então saber o que preciso comprar, pois até o presente momento, meu bebê ainda não tem roupas para usar na maternidade. Tenho até algumas pecinhas pequena, porém não combina praticamente nada com nada…rsss

    Enfim, acho mais legal uma criança criada rica de amor, carinho e principalmente atenção dos pais do que com todos os melhores brinquedos do mundo. Quantidade de brinquedos não é parâmetro para o quanto são amadas.

    Bjs

    Cátia

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    1. Oi Cátia! Minha filha também não usa roupas de cima combinando com as de baixo, porque a maioria das roupas foram ganhadas. Mas nem ligo rsrs. Só que minha filha é muito amada, recebe muitos beijos e carinhos, levo no parque, nas brinquedotecas do bairro, brinca comigo e com o pai até dizer chega! Parabéns pela sua gravidez!!!! Um beijo.

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      1. Rs…Então Yuka, o combinar refere-se apenas a maternidade, o resto será juntando o que tem e pronto.
        Suas filhas serão adultos felizes pois estão tendo o principal: amor, carinho e principalmente atenção dos pais. É esse caminho que pretendo seguir com o Davi.

        Bjs

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  3. Olá, concordo plenamente contigo. Moro em Portugal. Só tenho uma filha e não foi o facto de ser ou não a primeira sequer que me impediu de aceitar tudo o que me ofereciam, fosse de menino ou menina. Depois de usar e já não precisar mais, fiz o mesmo e ofereci a quem precisasse. Acho de uma pobreza de espírito incrível comprar só porque sim. Ainda hoje, com 8 anos, ela veste alguma roupa que era de outras meninas sem qualquer problema e ela mesma já refere que a roupa ou brinquedos que já não lhe servem devem ser doados a outros. O importante é transmitir valores…

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  4. Concordo com tudo que você escreveu. As pessoas estão tão mergulhadas no consumismo, que nós que pensamos e agimos de forma diferente com relação a esse assunto somos consideradas loucas kkkk. É o mundo está de cabeça pra baixo mesmo! As pessoas reclamam que não tem tempo, não tem dinheiro…e não se atentam que reduzindo o consumo e vivendo de forma mais simples já resolveriam grande parte de seus problemas. Amando seus posts!Bjs.

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    1. É justamente esse o ponto que quero chegar. Muitas pessoas reclamam, mas não percebem que dá para viver de uma forma mais simples. Às vezes gastando menos, daria até para trabalhar menos 🙂 Beijos.

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  5. Oi Yuka, adoro seu blog, já li todos os seus posts. Você é um exemplo pra mim, ainda não tenho filhos mas penso em tê-los. Sempre escutei isso também, que eu sou mão de vaca por querer ter uma vida simples, comprar menos pra viver mais e melhor. Agora evito falar da minha vida e dos meus planos para os outros, e isso inclui até alguns familiares, por exemplo muita gente acha que tenho que ter carro, comprar um apartamento financiado e já ter tido filhos. Porém não gosto de carro, meu marido tem porque utiliza no trabalho, acredito que um é mais do que suficiente para um casal, não quero pagar um apartamento financiado que na verdade custará quase três vezes o valor real do imóvel, quanto aos filhos ainda não tive porque eu mesma quero criar com meu marido, então estou organizando minha vida profissional pra isso, assim como você quero comprar somente o necessário. O que me deixa bem é saber que sou feliz e vivo em paz com minhas escolhas. Continue assim, você não sabe como a sua experiência de vida é importante para outras pessoas que optaram por viver uma vida sem pressa. Um grande abraço!

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    1. Oi Fernanda. Falar menos é uma dádiva. Eu aprendi aos poucos a fazer isso, antes gostava de contar as coisas que fazia, as coisas que comprava, o que tinha feito no fim de semana, e percebi que as pessoas se intrometiam demais na minha vida. Aprendi a ponderar e hoje dou um limite para as pessoas. Talvez esse seja o maior motivo para esse blog ser anônimo 🙂 Você faz bem em guardar o dinheiro, ao invés de pagar um financiamento por 30 anos. Eu tenho estudado bastante sobre finanças, e percebo muito que a mídia tem o principal intuito de que gastemos nosso dinheiro em carro, apartamento, roupas, jóias, viagens, etc. Quem conseguir escapar desta armadilha, poderá ter um futuro tranquilo. Um grande beijo pra você.

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  6. Que legal que é uma menina 😍
    Já tem ideia de nome?
    Penso exatamente igual. A diferença é que entre meus amigos e pessoas do meu convívio a maioria é bem econômica mesmo (tipo eu 😁).
    Beijos 😘

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    1. Oi Rosana, ainda não escolhemos o nome. Estamos esperando ter 100% de certeza de que será uma menina. Vai que é menino? rsrs Alguns dos meus amigos são econômicos, outros não rsrsrs. Quem é bastante econômica é a minha mãe, com quem compartilho sempre dicas. Beijos.

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  7. Menina tbm me chamam de pão fura por
    Ser minimalista…
    Adoro…
    Não compro por que não quero não por que não tenho dinheiro
    Isso é libertador

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    1. Com certeza Luzia. Eu e meu marido não sentimos que estamos economizando ou fazendo sacrifícios. Pra gente tem se tornado cada dia mais natural não querer comprar por que simplesmente não precisamos. O grande exemplo disso é quando entra o décimo terceiro. Todo ano eu pergunto: “Você quer comprar alguma coisa?” E depois de alguns minutos, vem a resposta: “Não.” 🙂 Beijos.

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  8. Oi Yuka, por aqui também estamos guardando tudo tudo para o caso de termos outro filho. Realmente não faz o menor sentido se desfazer de coisas tão novinhas para comprar tudo de novo só “porque sim”.
    Como já falei anteriormente, minha filha não usa roupas de marca e evitamos entulhar a casa de brinquedos porque no fim só se brinca com um ou outro. Nenhuma criança precisa ter uma loja de brinquedos! É importante deixar que exercitem a criatividade 🙂
    Abraço

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    1. Oi Bruna. Eu às vezes tenho até vergonha de mostrar alguma foto da minha sala rsrsrs. Tem 2 caixas de papelão bem no meio do caminho. Minha filha adora brincar de casinha com essa caixa, ou de carro, empurrar, subir em cima. E fico encantada como as crianças são inocentes e brincam com o que tem em mãos. Quem dá valor para as coisas somos nós (isso é feio, isso é bom, isso é caro, etc). Realmente, nenhuma criança precisa ter uma loja de brinquedos! Bjs.

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  9. Amei, tenho filho de 2 anos e guardamos tudo para um proximo ou para minha irma que pretendia engravidar. Ai ela esta gravida e precisou comprar pouquissima coisa, mesmo sendo menina, pois eu ja ia comprando tentando que fosse meio unissex. Para roupas e mais complicado, mas msm assim ela usara muita coisa e depois passara para o proximo bebe, meu o dela, rsrs. Mas ate minha mae ficava achando estranho guardar kkkkkk

    Mundo louco e consumista minha gente! MAs concordo total q dá sim pra gente dar um passinho para o lado e sair dessa armadilha, mesmo que todos achem q o passo que demos foi para trás, rsrsrs

    Bjs, e nao perco um post!!

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    1. Oi Debora. Eu também comprei bastante coisa unissex, já pensando no segundo filho. Tanto que minha filha (que tinha pouco cabelo) durante muito tempo foi confundida por menino, porque usava roupinha branca, amarela, cinza. Você falou bem, não estamos dando passos para trás. É passinho para o lado rsrsrs. Beijos.

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  10. Achei q eu era a unica q pensava nisso em festinhas.kkkkk

    Não sou muito de dar presentes se a pessoa não está querendo algo … E sempre q dou presente penso em dar algo de consumo (seja doces, sabonetes…) Pra pessoa não ficar com nada encalhado em casa ….

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  11. Eu não tive muita escolha quando soube que viriam dois. A maioria das roupas ganhei de pessoas que tinham tido filhos recentemente e hj tanto a menina quanto o menino usam o que está limpo. Só comprei uns mijões brancos, amarelos e verdes porque não eram suficientes mas tirando isso, as roupas que ganhamos são bonitas, não estão rasgadas ou com buracos e as pessoas que te passam roupas a maioria das vezes o fazem com muito carinho e com o intuito de ajudar. Te aconselham como usá-las, quando usá-las, etc. Se cria um relacionamento muito bonito entre todos. Tem esse ditado “é preciso uma aldeia inteira para educar uma criança” e quando vc compra e compra e compra, perde essa troca que ganhamos aqueles que escolhemos compartilhar e que permitimos também que compartilhem conosco 🙂

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    1. Você explicou bem o que se passa em casa. A minha filha usa o que está limpo. Não dou muita atenção se está combinando, ou se a cor corresponde ao que os outros vão pensar (de que menina tem que usar rosa e menino azul). Ela usa o que tem em casa e ponto. Somente quando tem algum evento importante, se percebo que ela não tem roupinha, vou em alguma loja e compro, mas também deixo para a última hora, pois já teve casos em que comprei antes da hora e a roupa não servia mais hehehe. Eu gosto muito também desse compartilhamento e de doação: ganha-se o que precisa, doa-se o que não se usa mais (e que esteja em bom estado) e para quem está precisando mais. Beijos.

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  12. Oi Yuka,
    Também pretendo ter filhos, e a primeira dica que vou seguir é a que você deu em outro post de não comprar nada. Vou esperar para ver o que ganho e só depois comprarei o que faltar. E apenas o necessário. E também guardarei as roupas para o segundo filho, com certeza. Isso na minha opinião não é ser pão-dura, mas sim econômica. Não tem motivos para comprar o que não precisamos. Também penso em festinhas simples e com as pessoas mais próximas, pois pra mim são as melhores festas. Que bom que meu marido pensa como eu. Aonde moro tem muitas praias e montanhas bonitas e penso em passeios com os filhos pela natureza e não em shoppings.Tenho apenas 26 anos mas me preocupo com o futuro. Uma criança precisa principalmente de amor e atenção.
    Em tempo: fiz o muffin fit e o pão caseiro e ficaram uma delicia.
    Desculpe o texto enorme.
    Beijo,

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    1. Janaína, eu achei que não fosse ganhar muita coisa, pois não conheço muita gente que é mãe recentemente. Mas surpreendi com a quantidade de roupas que ganhei. Por isso o segredo é se segurar (porque a vontade de comprar as coisas vai ser inevitável). Foi graças a essa atitude que eu não tive muita coisa duplicada. Você tem muita sorte do seu marido pensar igual você, pois quando o casal pensa de forma parecida, nada pode abalar, nem a opinião diferente da mãe, nem da sogra, sem dos amigos rsrsrs. Que legal que você fez o muffin fit e o pão. Eu adoro aquele pão. Eu até apelidei de “pão-segura-marido”. kkk. Vou ver se escrevo um post sobre o kibe recheado com alho poró que eu faço, que é uma delícia! Um beijo.

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