Auto-Conhecimento

Ter imaginação é um exercício para o cérebro

Fonte: pinterest
Fonte: pinterest

A minha filha ainda é pequena demais para entender o que é o consumismo, mas gosto de mostrar para ela as minhas “invenções”. Uma garrafinha vazia com várias pedras de bijuteria dá um efeito lindo e vira um chocalho. Alterno o tamanho das garrafas e o conteúdo para ter barulhos diferentes, com arroz, milho, feijão…

Gosto de imaginar que ao me ver criando coisas a partir do nada, ela também irá aprender a se divertir usando a imaginação.

As crianças de hoje estão muito acomodadas em serem servidas. Os adultos precisam entretê-las o tempo todo. Um videogame, assistir televisão, mexer no celular, ter palhaços em festa…

Claro que não dá pra isolar os nossos filhos da realidade tecnológica existente hoje, mas se eu puder prolongar a infância, já vou ficar feliz.

Reclamamos de que as crianças de hoje não sabem brincar sozinhas, que estão viciadas em televisão, vídeo game e celular. Será que são as crianças ou somos nós que incentivamos? Outro dia o filho da minha prima que tem 6 anos veio fazer uma visita em casa. Quando chegou a hora de ir embora, ele disse que tinha gostado de um brinquedo da minha filha e veio me pedir todo envergonhado. Sabe o que ele queria? Uma garrafa vazia com um pouco de milho cru. Era esse o brinquedo que ele tinha gostado tanto e veio me pedir. As crianças de hoje continuam sendo crianças.

Brincar de bolinha de sabão, de seguir as formigas, pegar um cabo de vassoura e lençol e transformar em uma cabana, jogar bola, brincar de esconde-esconde, um graveto que vira varinha de condão, uma caixa vazia vira um carrinho, criar castelos de areia, brincar de adivinhar o formato das nuvens…

Perceberam que tudo o que falei não envolve dinheiro? Não gastar dinheiro se torna consequência das coisas que acredito.

E também porque meu lema é “comprar é mais fácil, criar é muito mais difícil”.

~ Yuka ~

5 comentários em “Ter imaginação é um exercício para o cérebro

  1. Eu trabalho com crianças dando aula de inglês e de espanhol. É incrível como elas se divertem fazendo brincadeiras simples como ter que soletrar palavras aos gritos e que um coleguinha pegue a palavra soletrada, fazer ritmos partindo de novo vocabulário (eu sou péssima cantando, assim que não canto com eles mas faço músicas estilo rap) ou simplesmente desenhar, como fizemos o outro dia em grupos, o quarto dos sonhos para colocar o vocabulário aprendido dentro do desenho. É claro que temos a questão das novas tecnologias das quais não podemos escondê-los e sim, por isso também fazemos na sala de aula jogos no computador. Mas o importante é acompanhar à criança e não enchê-la de atividades. É permitir que seja criança. É não botar um monte de expectativas sobre ela. É um pouco de tudo. Desde permitir que desenvolva a criatividade e acompanhá-la para que isto aconteça até deixá-la um tempo sozinha para desenvolver sua própria subjetividade. Agora que estão vindo meu gêmeos, é uma questão sobre a qual penso muito…Abraços.

    Curtir

    1. Olá! As crianças são uma esponjinha, tudo o que a gente oferece, eles aprendem de bom grado. Outro dia vi minha filha de 1 ano fingindo apertar o frasco do álcool em gel para logo em seguida esfregar as mãos. Quem ensinou? Ninguém. Ela aprendeu observando. Trabalhar com crianças não é uma tarefa fácil, mas é a oportunidade de poder ensinar, agregar algo de valor para essas crianças. Eu acredito que o ócio é importante para que elas possam respirar entre as tantas atividades que já possuem. O adulto terá uma agenda cheia… E é como você disse. Temos que permitir que sejam crianças. Parabéns pelos gêmeos. Você terá alegria em dobro. Beijos!

      Curtir

Deixe um comentário